“POV Milenna”

“É, definitivamente mudar nunca é bom, ainda mais ir parar em um lugar que não se conhece ninguém. Neste momento eu estou dentro de um avião, escrevendo no meu diário... Sim eu tenho um, já que não tenho ninguém para desabafar, eu uso meu diário, eu acho que eu sou uma pessoa muito anti-social, sei lá, eu não gosto muito de ter contato com pessoas, isso desde que meus pais morreram. Eles foram mortos por um inimigo meu, que se tornou inimigo a partir do momento em que matou meus pais, e ele era digamos que um pouco sobrenatural. É, quem diria... Nesse mundo louco, existir esses tipos de coisas, eu, por exemplo, sou uma vampira... Tenho 550 anos, um pouco velha não é? Mas até que eu já estou acostumada com isso, afinal, há 533 anos eu sou assim. Foi no ano de 1479 que eu fui transformada por um amigo meu, o Elijah, que alegou que assim seria melhor para minha proteção. Foi ele quem me ensinou tudo o que eu sei hoje, ele me deu um anel para me proteger do sol, afinal eu não sou uma original, e só eles podem andar no sol sem se queimarem, e serei grata a ele por isso, apenas por isso. Por que dois anos depois, ele foi embora, e me deixou sozinha, e até hoje eu não sei o porquê, e também nem quero saber... Vai ver ele já esta até morto, ou talvez não, por que ele me contou que para matar um original é difícil, mas eu não sei como faz. E desde que ele me “deixou” eu tenho vivido sozinha, eu tenho medo de me magoarem de novo, por isso eu não me apego a ninguém. Tá certo que vampiros podem desligar os sentimentos, mas eu nunca quis isso, sei lá, não quero me tornar uma pessoa fria por completo, já basta eu estar morta. E a minha vida inteira tem sido assim, ficar alguns anos em uma cidade e depois me mudar, pois com o tempo as pessoas iam percebendo que eu não envelhecia, e mesmo que eu fizesse o máximo de esforço possível para ficar longe delas, elas tentavam se aproximar de mim, e como sempre, eu não os correspondia. Eu até gosto da minha vida assim, mas sempre bate aquela vontade de voltar a ser humana, de envelhecer e morrer... Mas eu não posso ter isso, e nunca vou ter.”

Terminei de escrever e guardei meu diário na minha bolsa, afinal eu já havia chegado ao aeroporto. Peguei minhas bagagens e fui em direção a garagem, até por que meu porsche preto já me esperava (sim, comprei e mandei trazerem até aqui). Caminhei até ele e guardei minhas malas e entrei no mesmo e dei partida em direção a minha nova casa, exatamente na cidade de Mystic Falls. Bom, até que essa cidade não é tão ruim, o clima é bom... até melhor do que era em Forks, aqui pelo menos fazia sol. Estacionei na garagem da minha casa e levei as malas pra dentro em velocidade vampiresca, afinal, não tinha ninguém ali que pudesse ver meu vulto. Depois de passar a tarde inteira arrumando minhas coisas, eu tomei um banho relaxante e fui dormir um pouco, afinal, eram 20hrs ainda, depois eu sairia para “caçar comida”. (n/a: ela se alimenta de sangue humano, e ela também come comida humana só que só sente fome e sede por sangue :D)