Narrado por Vick

Eu senti os lábios de Matt junto aos meus e por incrível que pareça eu correspondi, não pensei em nada na hora apenas permiti sua passagem com a língua, e movi uma de minhas mãos a sua nuca passeando os dedos pelo seu cabelo curto enquanto segurava sua blusa com a outra mão apertando a malha entre meus dedos. Matt por sua vez estava com uma mão em minha cintura e a outra apoiada na parede. Ele praticamente me erguia enquanto eu tentava me equilibrar na ponta dos pés, sua língua brincava com a minha explorando a minha boca enquanto eu sentia minha pele nua encostar no seu corpo.

Nos separamos ofegantes e ele mordeu meu lábio inferior me encarando malicioso.

Encarei seus olhos verdes enquanto passeava os dedos pelo seu rosto e ele fechou os olhos abrindo um sorriso safado.

_Não sabe quanto tempo eu esperei por isso novamente.- eu não disse  nada, apenas continuei o meu gesto e quando eu vi que seus braços em torno de mim amoleciam me soltei rapidamente e corri em direção ao meu quarto, senti uma sombra atrás de mim e antes que chegasse ao meu destino dois braços rodearam a minha cintura e me ergueram.

_AHHH MATT ME SOLTA!- exclamei me contorcendo na tentativa de me libertar. Matt por sua vez ria enquanto me carregava até o sofá.

_Você só esta me excitando mais desse jeito.- deu uma gargalhada alta estilo “nightmare”.

_Você parece um homem das selvas!- gritei irritada. _Seu, seu... Tarzan!

Matt dava gargalhadas altas e quando parou disse:

_Então venha ser a minha Jane. Sua linda!

Eu não disse nada e fiquei emburrada enquanto ele me carregava para o sofá, senti meu corpo se encostar lentamente no sofá enquanto ele se posicionava em cima de mim, o analisei rapidamente e dei um suspiro, levei as minhas mãos até a barra da sua camisa na tentativa de afastá-lo, mas Matt entendeu como outra coisa e retirou a camisa.

Olhei paralisada para aquele corpo definido e cheio de tatoos e soltei um suspiro.

_Puta que pariu.- ele franziu o cenho fazendo uma careta engraçada e eu continuei. _Depois disso as minhas chances de virar freira estão acabadas.

Matt arregalou os olhos entrando em uma breve crise de risos, enquanto isso eu tentava me escorregar pelo sofá  me remexendo e isso foi uma péssima ideia. Nessa minha tentativa falha de escapar minha perna foi de encontro ao seu membro o pressionando contra a minha coxa fazendo com que Matt parasse de rir e soltar um gemido rouco. Ele juntou nossos corpos me beijando, parecia um lobo faminto.

_Matt...- eu tentava  com todas as minhas forças empurrar ele para longe de mim, mas era até ridículo comparado ao tamanho dele. _Matt me solta.

Ele  não se moveu e começou a trilhar beijos em meu pescoço, eu dei um suspiro e em resposta Matt me mordeu.

_Se você não me soltar eu... - sussurrei em seu ouvido e ele separou nossos corpos para me olhar.

_Senão o que Vick?- olhou me desafiando.

_E-eu. - tentei pensar em algo, mas nada me veio à cabeça.

_ Perdeu a fala foi?- sorriu debochado.

Ele não esperou resposta e foi beijando meu ombros, alternando entre beijar, morder e dar chupões que certamente iriam ficar roxos depois, eu que já estava  quase desistindo de resistir tentei a ultima vez:

_Matt é sério, me solta.- ele grunhiu irritado e se levantou.

_Mas que porra Vick! Você quer que eu te solte? Pronto tá aí.- ele andava em círculos irritado, enquanto eu me sentava no sofá.

_Matt por que você insiste ainda em ficar comigo? Aquilo foi só uma noite, foi um- ele se virou bravo comigo alterando seu tom de voz.

_Nunca diga que foi um erro! – seu rosto já estava começando a ficar vermelho e eu também me levantei.

_Por que? Eu só fui mais uma garota em sua vida.- balancei as mãos freneticamente.

_Você sabe que não.- murmurou baixo me olhando.

Eu fiquei calada, o silêncio pairou e Matt me olhava, seus olhos verdes brilhavam e eu encarei meus pés pensando se devia ir até ele ou não. Minha cabeça girava e as únicas pessoas que eu pensava era Syn e Val, não queria ferir ninguém, mas o Matt foi alguém muito importante no meu passado, mesmo que foi só por um dia.  

Senti meu corpo formigar de nervosismo e eu me aproximei lentamente dele, peguei sua mão sem olhar no seu rosto e o puxei para o sofá. Ele não resistiu e suspirou cansado me acompanhando.

Nós dois nos sentamos no sofá lado a lado e eu encostei minha cabeça em seu ombro tatuado.

_Não gosto de brigas.- ele não disse nada, apenas me puxou para seu colo, eu coloquei uma perna de cada lado em seu corpo abraçando seu tronco colocando a minha cabeça na curva do seu pescoço, as mãos dele passeavam pelas minhas costas enquanto que a outra descansava na minha cintura, ninguém dizia nada, apenas ouvíamos a respiração do outro, me afastei um pouco para encara-lo.

Seus olhos estavam indecifráveis e ele brincou com uma mecha do meu cabelo, mas a sua expressão ainda era séria. Involuntariamente me aproximei de seu rosto, e ele observava tudo que eu fazia, estávamos cerca de cinco centímetros um do outro quando houve um estrondo na porta, nos separamos rapidamente, mas eu permaneci em seu colo.

_Mas que porra é essa?