Hanging By A Moment escrita por Extraordinary Girl


Capítulo 14
Revelations


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores!!! Eu sei que vocês devem estar querendo me matar por causa da demora, maaas é por uma causa boa, acreditem. Eu resolvi mudar um personagem e colocar outro, que por sinal eu sou muito fã, isso não vai alterar em nada, somente na aparência do personagem. bjos e boa leitura.



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                                                    Narrado por Vick

_Syn eu vou te dizer a ultima vez. VOCÊ PODE USAR O FREIO!

Coloquei a mão na cabeça tampando os olhos frustrada, era o quinto carro que Syn destruíra somente nessa semana e eu acho que se continuar assim vou acabar falida.

Estávamos em um local distante, um lugar que eu costumava sair para treinar ou então... esquecer a vida pelo menos por um segundo, bom pelo menos era isso que eu pensava. Lukas  me trouxe aqui na primeira vez que fomos treinar, sempre que podíamos naquela época  nós voltávamos para cá e bebíamos uma ou duas garrafas de Whisky que ele havia roubado da adega de Peter, para mim  era um lugar pessoal e com muitas lembranças.

_COMO É QUE EU VOU GANHAR VELOCIDADE USANDO O FREIO?- gritou de dentro do carro correndo pela estrada de terra e eu revirei os olhos.

O observei dirigindo e tive uma vontade enorme de rir. Syn não tinha paciência nenhuma e isso fazia com que o carro derrapasse demais por ele não usar o freio , ele sempre saia do carro irritado e começava a chingar sobre como tudo àquilo era uma perda de tempo e blá, blá, blá. Eu tinha certeza desde o começo de que ele não me ouviria a respeito do freio, afinal, para os homens a velocidade é tudo e ponto.

_SE VOCÊ NÃO QUISER MORRER CEDO, EU SUGIRO QUE VOCÊ  USE A DROGA DESSE FREIO!- disse enquanto massageava as têmporas.

_CALA A BOCA E ME DEIXA DIRIGIR!- o carro derrapou na pista e foi de encontro com um arbusto. Nossa sorte era que não havia nenhum lugar perigoso ali para ele bater, ao menos que ele pire e tente me atropelar.

Me recostei na cadeira observando por um momento algum ponto no chão , já estava cansada de ficar dependente de Brian, desde o dia que nós beijamos no hospital ele sempre mantinha um postura fria quando eu estava por perto e isso me incomodava muito, parecia que eu estava convivendo com uma estátua de gelo, entretanto apesar dessa frieza Syn se preocupava comigo, me mimando e sempre que podia me fazendo companhia, fora as mil e uma perguntas de como minha perna estava,  e de alguma forma isso me deixava feliz.

Olhei para cima me perdendo por um momento observando o céu alaranjado que indicava que já estava começando anoitecer,  ao meu redor as várias arvores balançavam lentamente e o pequeno lago era iluminado pela cabana de madeira branca escondida entre os galhos. Eu estava sentada em uma cadeira de balanço antiga que pertencia aos meus avós. Minha perna estava apoiada em um puff e eu não conseguia parar de pensar em tudo que já aconteceu ali, aquele era o lugar onde minhas emoções vinham mais fortes e que me fazia pensar em meu irmão. Balancei a cabeça parando de contemplar aquele lugar e voltei minha atenção a Brian.

O carro dele havia parado e eu estranhei, onde ele estava? Estreitei os olhos confusa e pude ver claramente que não havia ninguém dentro daquele carro, estranho, muito estranho.

_Syn?- o silêncio pairou e eu senti meu coração acelerando, tentei ficar calma enquanto olhava para os lados ainda sentada na cadeira.

_Olha isto não tem graça. - murmurei enquanto pegava minha muleta e tentava desajeitadamente me levantar, dei uns passos para frente enquanto ainda olhava ao meu redor, tudo estava estranhamente calmo e eu dava mais passos em direção ao carro, de repente, ouvi o barulho de folhas se mexendo, era como se alguém estivesse me observando  e ao fazer isso tivesse acidentalmente feito o barulho. O que mais me assustou foi que no momento que eu olhei em direção as folhas, não havia ninguém ali.

Quando finalmente cheguei ao carro dele me apoiei no teto com os dois braços deixando que as muletas caíssem, olhei pelo vidro do carro e nada dele.

_Syn?- chamei uma ultima vez antes de realmente começar a ficar nervosa, meu olhar estava direcionado para frente e meu corpo encostado no carro.

Estava tudo muito tenso e ficou pior quando eu senti um outro corpo atrás de mim e me pressionou contra o carro, foi tudo rápido demais e antes que eu gritasse senti uma mão tapar a minha boca. O corpo era obviamente masculino e bem maior que o meu, o que me fazia cogitar a hipótese de que eu estava muito ferrada. Me remexi tentando me virar, mas senti um braço rodear a minha cintura num abraço sufocante. Eu temia que fosse um estuprador que estava fugindo da policia e por acaso havia visto eu e Syn treinando aqui na floresta. Se fosse verdade, provavelmente ele teria desmaiado Brian e agora iria me estuprar me fazendo mais uma de suas vítimas.

Mas não.

Franzi o cenho ao sentir o homem atrás de mim cuidadosamente tirar a mão da minha boca e se direcionar a minha nuca retirando o cabelo que havia ali, o homem pareceu observar um pouco a tattoo que eu possuía no pescoço, e antes que pudesse fazer algo senti seus lábios tocarem o local da minha tatuagem, os cabelos dele caíram em minhas costas me dando cócegas e me fazendo ter certeza de quem era.

Só havia uma pessoa que sabia exatamente onde ficava aquela tattoo. Todos os dias que estávamos juntos ele a beijava como uma forma de demonstrar o quanto me amava, e até por que ele possuía uma no mesmo lugar que a minha.

_Peter?-  hesitei um pouco antes de falar seu nome ainda nervosa com a situação.

Ele não disse nada, apenas me virou bruscamente fazendo com que eu ficasse frente a frente com ele, era o mesmo Peter de sempre a não ser pela barba por fazer, o encarei com uma mistura de medo e desprezo e  ao contrario de mim, pude ver o brilho de felicidade em seus olhos, ele encostou a cabeça em meu ombro e  suas mãos passeavam pela lateral do meu corpo me fazendo ter náuseas daquele homem que eu um dia amei tanto.

Ele me encarou tirando rapidamente o cabelo do meu rosto, e eu somente observava sem poder esboçar nenhuma reação já que se eu tentasse correr provavelmente cairia. Senti o desespero tomar conta de mim ao ver seu rosto se aproximar do meu e juntei minhas forças para empurra-lo antes que ele me beijasse.

Peter franziu o cenho confuso, mas não tentou de novo, a cada vez que Peter me tocava eu sentia a raiva dentro de mim crescendo,  minha cabeça começou a rodar e ele me abraçou enquanto eu esperava ansiosa que ele sumisse.

_Você está viva!- murmurou alegre e voltou a me encarar, arregalei os olhos ao ver lágrimas saindo de seus olhos.

_Como se você se importasse.- disse com raiva de mim mesmo por estar tão indefesa.

Os olhos de Peter se estreitaram e ele beijou meu rosto.

_Por que não me importaria?

_Por que você é um assassino de merda que tentou matar a própria namorada.- disse ironicamente enquanto via seu rosto mudar de expressão.

Eu não iria falar para ele o que eu descobri através do telefonema na porta da igreja, seria fácil de mais e estragaria todos os meus planos.

O fato era que, eu sabia que ele era completamente louco por mim, e quando falo louco isso não é uma coisa boa.

 Fui surpreendida quando o braço ao redor da minha cintura amoleceu e me soltou. Antes que eu caísse me encostei no carro apoiando-me, houve um barulho e eu olhei para baixo curiosa, dei um gritinho de susto ao ver que Peter caíra ajoelhado bem a minha frente, seu corpo pendia para frente e ele olhava o chão atordoado, a postura derrotada demostrava que minhas palavras haviam o atingido como uma faca.

_Não.- ouvi ele murmurar e me afastei um pouco._ Você não pode pensar isso de mim.- a ultima frase pareceu mais um sussurro.

_Você me ama não é?- ele levantou o rosto me encarando e me assustei ao ver sua cara incrédula esperando uma resposta. Ele chorava e eu não sabia explicar se aquilo era verdade ou encenação, já que, eu nunca havia visto Peter chorar em toda minha vida.

Permaneci em silêncio diante de sua pergunta, loucura eu sei, mas eu não gosto de ver ninguém sofrendo por mais que essa pessoa mereça. Peter entendeu meu silêncio como um não a sua resposta e passou as mãos no cabelo.

_Eu não devia.- Peter murmurava palavras desconexas e eu tentava entender. _Não devia.

_Eu não posso ter feito tudo aquilo em vão.- ele murmurou para si mesmo e isso atiçou minha curiosidade.

_O que foi que você fez Peter?- eu tinha muito receio em saber a resposta, por mais que eu tentasse ainda havia uma parte em mim que gostava do Peter, o velho Peter, aquele que cuidava de mim e que me amava, e não esse ser abominável que estava a minha frente.

_Antes que eu fale, eu quero que você saiba que eu não tinha escolha.- ele passou as mãos no cabelo enquanto eu sentia minha mãos suarem frio. _Eu fiz tudo para te proteger.

Ele me encarou, seu rosto mostrava angustia e dor enquanto que, ele lentamente se levantou se pondo a minha frente. Eu sentia meu corpo inteiro tremer e minha garganta ficar seca, fazia um esforço tremendo para tentar ficar em pé já que minhas pernas não me obedeciam mais.

Peter hesitou antes de responder e com isso eu fiquei mais aflita.

_Fui eu quem matou o seu irmão.

NOVO PETER


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