POV Matt

Acordei com um susto e dores pelo corpo inteiro, não estava mais na casa que aquela vampira tinha me levado, dava graças a deus por isso, mas não tinha a minima ideia de como eu vim parar na casa de Seko, poderia parecer um pouco obvio que ele tenha me resgatado, mas concerteza não foi sozinho, com aquele monte de cheiros de vampiros, aquela casa não era uma simples casa para nomades. Eu tentei me levantar algumas vezes, mas para minha total infelicidade as dores só aumentavam apesar de eu quase não ter nenhum hematoma a vista, isso se deve pelos meus genes, uma parte boa em toda essa historia.

Na minha ultima tentativa de me levantar senti alguem tocando meu ombro e me fazendo novamente deitar na cama, olhei para o dono e era Seko, claro, fiz uma careta pra ele que riu baixo e ficou serio novamente me encarando.

-Você está bem? - Sua pergunta me fez rir sem uma razão eminente o que pareceu ter deixado ele um pouco mais despreocupado.

-Só com algumas dores. - Não deixei de sorrir ao terminar a frase, aquilo me divertia, as caretas que Seko fazia do modo que eu estava levando o acontecido, mas uma pergunta martelando minha cabeça fez eu ficar serio dessa vez, até penso que Seko já imagina o que venho a perguntar.

-Como me tiraram da casa daquela sanguessuga ruiva?

-Me Tiraram - Repetiu ele fazendo aspas com os dedos no ar.

-O que quer dizer? - Perguntei confuso, não era possivel que ele foi sozinho enfrentar aquela maldita e me tirar de lá.

-Eu que te tirei de lá Matt. - Explicou rolando os olhos no final da frase. -Parece tão impossivel assim? - Complementou e eu ri novamente, era como se o dia não pudesse ficar ruim, por alguma razão estava tudo tão feliz que se eu pudesse estaria saltando.

-Farei o almoço. - Então outra pergunta saiu pulando da minha boca.

-Espera, almoço? Quanto tempo estive naquela casa e apagado aqui? - Seko hesitou em responder, mas vendo que eu não desistiria tão facil de ter aquela resposta decidiu falar.

-Você não ficou tanto tempo naquela casa, cerca de uma ou duas horas, mas quando eu te trouxe de volta pra cá... - Hesitou novamente e minha curiosidade junto com a preocupação logo se instalaram em meu corpo. - Você ficou quatro dias na casa do Sam, sendo tratado por ele e um medico... ãhn... depois de algumas discussões e conversas consegui que Sam deixasse você comigo, isso faz dois dias, então você ficou apagado uma semana. - Sua expressão era triste, aquilo me chatiava.

-Eu estou bem melhor agora, e seis dias dormindo... É por isso que estou com tanta fome. - Tentei fazer uma cara de bravo e pensativo para tirar o clima de tensão e funcionou, até outra pergunta aparecer na minha cabeça diabolica. - Você disse que um medico havia tratado de mim... Não é perigoso isso? Se descobrirem sobre nós...

-Esse medico, então, ele é um vampiro, aquele do arcodo que Sam fez para eles ficarem longe dessas terras e não beberem sangue humano e poderiam ficar. - Aquilo me assutou um pouco, um sanguessuga sendo medico? Que piada bonita, apesar da sua cara de serio eu não podia acreditar nisso.

-Vou fazer o almoço, daqui a pouco te trago. - Apenas assenti e lá se foi ele me deixando sozinho de novo, meus pensamentos ficaram loucos como se pudessem passear pelo quarto desenhando cada um deles nas paredes e eu os vendo com tanta clareza. Como foram esses dias que eu fiquei desmaiado, a tensão que todos talvez sentiram, como me sinto estupido por ter pulado daquele penhasco, tudo por causa daquela desgraçada, ela ainda vai pagar por tudo. Não fiquei muito tempo sozinho e logo Seko trouxe minha comida e o agradeci, e tinha que agradecer mais por tudo que ele fez por mim, ao fazer isso ele ria e dizia que não havia o por que agradecer, nossa conversa continuava distraida, mas ele infelizmente tinha que fazer ronda já que estava cobrindo as minhas vezes de ronda o que parecia deixa-lo cansado, como ele não tinha muito tempo pra conversar deixei pra falar com ele isso depois. Comecei a comer novamente no meu silencio e no quarto que tinha percebido a pouco que era o quarto de Seko, acho que ter ficado naquela casa tomando porrada afetou meu cerebro, ri um pouco alto demais.

Após acabar de comer encarei um problema, como iria levar o prato até a cozinha, encarei o nada meio irritado, teria que sofrer um pouco, imaginando o quanto o Seko sofreu por mim essa semana isso é pouco. Coloquei o prato ao meu lado na cama e tentei me levantar, consegui tirar os pés da cama e fixa-los no chão, segurei firme a cabeceira da cama e levantei, com um medo enorme de quebrar a cabeceira da cama so de tentar me levantar tirei rapidamente a mao dali e coloquei na parede assim conseguindo me levantar finalmente. Peguei o prato e com a ajuda da parede consegui chegar a cozinha e lavei o prato, tentei voltar ao quarto, porem as dores se intensificaram e eu tive que sentar em uma cadeira na cozinha, olhando pelo lado postivo a cozinha é aberta e meus pensamentos não parecem me rondar como faziam no quarto, sempre havia um pensamento discontraido, como por exemplo a luz do sol entrando pelas frestas das janelas, apesar de ser bem fraco eu conseguia ver até que bem ele, seus pequenos detalhes, o brilho reluzente que dava ao passar por um grão de poeira do ar, era incrivel como meus sentindos eram aumentados, parecia tudo novo apesar de eu já ter me transformado faz tempo, nem me lembro mais quanto tempo já. Imagino o que seria de mim se não existisse todo esse mundo sobrenatural, onde estaria agora, o que estaria fazendo e com quem eu estaria, essas eram as perguntas que eu gostaria de saber, minha cabeça começou a doer não sei se foi de tanto pensar ou esses ultimos pensamentos afinal, quero tanto ter pelo menos uma pequena memoria do que foi minha vida antes de Seko me achar naquela floresta, antes de eu ter acordado lá. Espero algum dia lembrar...