Encontros De Amor escrita por Just_Me


Capítulo 1
Amanhecer italiano


Notas iniciais do capítulo

Hello meu povo!
É quase impossível fazer minha cabeça medonha parar,porisso estou aqui de novo!Não vai ser uma fic muito longa mas eu tô feliz da vida!Eu vou colocar todos os integrantes da banda em uma única fic o/
Vamos ver o que sai...Eu pretendia dar umas férias pra minha cabeça doida,agora que a minha outra fic tá no fim,mas não vai rolar não.
Enjoy!



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A gritaria típica das ruas foi meu despertador natural naquela manhã. O sol passava fraco mas reluzente pelas cortinas finas de voal. Um mês em Milão e eu ainda não me acostumara com o tom de voz exaltado de seus moradores. Talvez, fosse o excesso de pessoas nas ruas e naquela pensão, tantas que o café da manhã, servido no gigantesco salão, me fazia lembrar de algum congresso lotado de estrangeiros.

Espreguicei-me uma vez mais. Realmente pretendia dormir um pouco mais naquela manhã. Ontem havia sido o ultimo dia da Semana de Moda. Tirei ótimas fotos ,mas estava exausta, talvez não tenha sido uma boa ideia ter me comprometer com duas grifes, mas o dinheiro com certeza fez valer a pena. Fora a semana mais longa de toda a minha vida, nem tanto pelo trabalho, se não fosse ele provavelmente o mais próximo que eu chegaria de uma semana de moda, seria passar pela calçada do evento, o que não me parecia mal. Moda não era meu forte e isso em Milão era praticamente um insulto.

Como levantar da cama era a única opção, pulei dela com rapidez, ouvindo o som das molas antigas ao fazê-lo. Tudo parecia tão rústico , da minha cama em um ferro tão antigo quanto o tempo, com seus lençóis claros e cheirando a lavanda, a meu quarto, revestido em um papel de parede floral que eu não tinha dúvidas, estava ali desde sempre. De tudo ,o que eu mais gostava, era a enorme sacada, com suas portas de vidro, que me davam a mais bela visão da rua estreita.

Andei rumo ao banheiro, ligando a ducha obsoleta que levava pelo menos cinco minutos para chegar a uma temperatura aceitável para um banho morno. Enquanto esperava escovei os dentes e tirei a camisola. Tomei um banho rápido temendo que me acontecesse algo como na semana passada, onde eu terminei meu banho em água fria, pois o chuveiro havia encrencado pela sétima vez desde que eu chegara ali.

Enrolei-me na toalha, voltando para o quarto. Abri meu guarda roupas pensando no que vestir. Era outono, o vento fraco e gélido pairava em todas as partes, causando uma sensação gostosa de frio, um preparatório para o inverno que começaria dali a alguns meses.Tirei do roupeiro um short jeans e uma meia calça em um marrom muito escuro e fosco. Olhei  de canto de olho para a blusa Dsquared pensando em como Dan Caten  havia me insultado dando-me ela de presente,exigindo que eu demonstrasse algum bom gosto fotografando sua marca. Revirei os olhos,pegando a blusa preta,até que ela era bem bonita,então usaria hoje.Vesti a roupa calçando uma bota marrom logo em seguida.Analisando a rua pela janela,pesei que talvez lá fora estivesse um pouco mais frio,não que o aquecimento do casarão pudesse diferir a temperatura da rua com a de casa...Tirei então do roupeiro um Spencer de couro na mesma cor da bota.Por ultima passei pelo pescoço uma pashimina preta,trazida por mim da Turquia,e coloquei na cabeça meu amado gorrinho medonho,de gosto totalmente duvidoso.Em  uma breve análise no espelho,pude sentir menos raiva de Dan pensando que talvez ele não estivesse tão equivocado em relação ao meu errático senso de  moda.Os meus cabelos cairam úmidos,escurecendo um tom,parecendo pretos embora fossem de um castanho não tão escuro.Minha pele parecia um pouco mais rosada naquela manhã,um ar saudável que eu apreciava muito.

Peguei minha bolsa e minha inseparável câmera fotográfica,saindo do quarto logo em seguida.Se me atrasasse mais perderia o café da manhã,ou um lugar para toma-lo no salão.

Meus passos estalaram o piso de madeira, depois nas escadarias da pensão. Alguns moradores ,em geral estudantes na cidade, saiam junto comigo de seus quartos.

Parei na portano salão,onde a gigantesca mesa estava quase que totalmente ocupada.Quase,se não fosse pelo único lugar vago ao lado de Robert,um inglês que na última semana havia me convidado para jantar pelo menos quatro vezes.A culpa foi minha,se tivesse respondido “mim não falar seu língua” quando ele se pôs a tagarelar na semana passada ao invés de  querer parecer uma pessoa simpática revelando o quão bom era o meu inglês,talvez ele não tivesse cismado comigo.Deveria me lmbrar disso quando aparecesse algum alemão ,francês,ou algum italiano,cuja as linguas eu falava fluentemente graças as metas que meu pai impunha para minha educação,”fluência em pelo menos cinco línguas”dizia ele ,rígido como se fosse caso de vida ou morte.Vendo as coisas pelo ângulo dele,me animava pensar que agora só faltava mais um idioma,já que não podia contar o português,meu idioma nativo.

Saí de meus devaneios quando ,Florinda,a simpática e robusta dona da pensão gritou meu nome chamando minha atenção.

-Carolina!-Exclamou ela,em seu tom de voz grave e alto ,como se visse um parente importante e não mais uma pensionista da sua confusa casa.Ela me fazia pensar em minha mãe,pelo menos o que eu me lembrava dela.

-Buongiorno signore!...-Foi tudo o que consegui dizer,enquanto ela me abraçava e beijava meu rosto.

Provavelmnte ela sabia um pouquinho de cada lingua,certa manhã pude jurar que ela havia mandado um pensionista malcriado para um lugar bem feio,em um frances que para mim foi bem claro.Com seu português enrrolado, que ela já havia me contado,aprendeu com um pensionista de longa data,ela se pôs a falar do jeito que podia.

-Senta,senta! Mangia alguma coisa...-Ela me acenava o lugar vazio chamando a atençaõ de Robert e sua cara de cachorro sem dono...

Espalmei as mãos interrompendo o falatório de Florinda.

-No,no...Vou sair agora!...-Uma mistura incomum de português e italiano,que eu admitia,era divertida.Florinda pareceu não gostar nem um pouco.

-Má como?!Tá tão magrinha...-Ela mantinha as mãos na cintura ao falar.Quem me dera estar tão magrinha como ela dizia.Ultimamente estava fugindo da balança para não ver o peso que minha aventura italiana havia me levado.

-Tchau...-Falei saindo de fininho deixando Florinda exacerbada.

Cruzei a saída procurando por minha bicicleta,uma herança de Emilly,a americana que voltara para casa no mês passado. Alguém a havia trocado de lugar,pondo-a encostada em uma parede ao lado de uma floreira.A imagem me agradou.Tirei uma foto da bicicleta velha,com uma roda parcialmente coberta por flores vermelhas,resistentes ao outono,onde o marrom das folhas secas predominhava.Aquela era minha primeira foto do dia.Coloquei a bolsa e a câmera na cestinha,subindo na bicicleta.Cruzei a saída pedalando para o centro,onde tudo fazia lembrar o quão perfeito era estar em Milão.


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Notas finais do capítulo

Sabem o que fazer!