Eddie finalmente pode falar. Sua voz estava rouca, desde cedo. Portanto, tinha muita cautela ao falar as coisas, tinha medo de seu tio, tinha medo daquele lugar. Não era nada o que ele tinha visto antes, a cabana parecia com aquela dos seus sonhos, sua mão já suava como pelos de porco no chiqueiro.

— Mas, por que tenho que recuperar esse espírito para você? Por que não o faz sozinho? Disseram-me que você era imortal. — Terminou Eddie com raiva.

— Eu sou, portanto, com o tempo perco minha essência, ela é retirada e fica presa em algum lugar. Sou imortal, portanto, um dia ficarei sem poderes. Os meus são poucos agora, foi extremamente cansativo fazer um ritual para te trazer aqui. Não posso, pois estou fraco, por isso mesmo preciso do meu único parente vivo aquele que mais confio. Ao recuperar, poderei acabar com essa guerra e unir nossas fortalezas, acho que você almeja isso. Meu espírito foi dividido em três partes. Todos se encontram em um baú. Localizei dois, um nessa mesma ilha, Mekir, ao noroeste esquerdo do mapa, e o outro, No Vulcão de Sephiris, portanto, você só tem 3 dias para recuperar, ou as sombras irão á absorver.

A conversa durou por tempos, foram reveladas muitas coisas para Eddie, sua vida então, foi um pouco mais esclarecida, porém, não tudo. No final, Eddie já estava indo embora.

— Só um minuto Eddie.. Eddie! Espere, antes de ir, tenho algo para você. — Invocou em suas mãos um bastão de ouro, com símbolos de Irigan/Azaran, tinha desenhos de batalha, ícones de feitiços e símbolos de elementos, era redecorada com ouro, porém, no meio, tinha 4 cores diferenciadas com seus símbolos destacados por cima, água, vento, terra, fogo. Fogo era vermelho e soltava umas chamas as vezes, água azul era um tubo com ondas, vento cinza soltando rajadas de ventos cortantes, e terra marrom era áspero e as vezes soltava microscópicas pedras. Cada um tinha um efeito, pequeno, ao redor. — Isso é o bastão de capricórnio,Capricornius, pertencia ao seu pai. — Ao encostar, Eddie teve lembranças de seu pai, e lembrou de sua face, e o toque de seus dedos. Logo acabou, as coisas e lembranças boas acabam rápido.

Eddie pegou o bastão, agradeceu, e entrou no portal. Quando voltou, achou Lisa, Francis e os servos lutando contra os bárbaros.

Eddie chegou, e todos seus aliados olharam para ele. Eddie moveu seu bastão, e conjurou um vento o qual derrubou 2 bárbaros e lançou os dois para longe, assim, voltaram e começaram a atacar, Eddie desviava em uma velocidade incrédula, tinha reflexos de um deus, assim, conjurou chamas nos dois, que morreram após alguns segundos. Mais dois vieram, e assim, Eddie lançou o Capricornius até um dos homens, caiu, e o bastão retornou as suas mãos semelhante a um bumerangue. Bateu em um arco, duas vezes, e outro homem voltou para trás, o que estava caído se levantou e se jogou contra Eddie, o garoto o tirou de cima, lhe deu um soco, e lhe afogou em uma bola aquática flutuante. Assim sobrou somente um, que virou pedra. Assim, os outros bárbaros fugiram, com medo de Eddie. Portanto, Francis, Lisa e os servos, sentaram mais tarde com Eddie para conversar.

— Pessoal, antes de perguntarem, fui levado para as cabanas de Charin. Lá, ele me entregou esse bastão, e me pediu para que eu buscasse sua alma de volta. — Ao terminar, os servos disseram.

— Como é? Você falou com nosso inimigo? Isso é impossível, não iremos fazer favor para inimigos, que absurdo! — Disse a menina.

Assim como ela, Lisa também ficou pasma, assim, olhando atentamente ao rapaz.

— Eu sei, perdoem me, mais dessa maneira, ele disse que nos deixaria em paz, e se esconderia no fundo do Vulcão de Sephiris. — Mentiu, pois os servos não sabiam que Charin era seu tio. Longo tempo depois, os servos se acostumaram com a idéia. — Temos que ir, estamos perdendo tempo, temos somente 3 dias, um dos espíritos está aqui na ilha, ao norte do lado esquerdo. No baú das sombras.

FIM DO EPISÓDIO 8.