The Black Rose escrita por JuhMbeck


Capítulo 6
New Life


Notas iniciais do capítulo

"Como andar para dentro de um sonho,
Tão diferente do que você já viu
Tão incerto, mas parece
Porque nós estivemos esperando por você"
Afterlife - Avenged Sevenfold



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Eles estavam na carruagem há quase dois dias, Rebeka estava dormindo no colo de Andy enquanto o mesmo observava pela janela. Ela parecia estar em um sono tranquilo, então ele não havia ficado com coragem para acordá-la, ela havia demorado muito para dormir. Ele já conseguia reconhecer a estrada, estavam perto da cidade.

Percebendo a situação que se encontrava ele não pode evitar se lembrar de uma conversa que teve com sua mãe, anos atrás.

“Andy estava procurando por sua mãe e a encontrou no jardim da casa, ele sempre ficava com ela o tempo todo, mesmo agora que ela já estava praticamente curada. Desde que soube da doença dela, ele quase não saia de casa, às vezes alguns amigos viam visitá-lo, mas ele não gostava de se distanciar dela, ele tinha medo que algo acontecesse e ele não estivesse lá.

Ela estava sentada na grama e ele se sentou ao lado dela.

– Está tudo bem, mãe? – essa era sempre a primeira pergunta dele.

– Estou sim, querido. Já falei para parar de se preocupar, eu estou bem agora – ela respondeu sorrindo, tudo que ela queria era que seu filho parasse de se preocupar tanto com ela e voltasse a andar com seus amigos, ele havia se isolado muito.

– Eu sei que está, mas e se algo acontecer? – sua mãe deu uma risada curta.

– Se acontecer, aconteceu filho. É assim que a vida é. Às vezes acontecem coisas que não gostamos. Mas “Se” é uma palavra muito vaga, pode ser que aconteça e pode ser que não. Não podemos nos apegar demais a isso – ela disse para ele, que a olhava atentamente.

– Mas... eu tenho medo, medo que você vá embora. Você quase me deixou, lembra? – ele se referia a sua doença, ela realmente quase morreu.

– Mas eu estou aqui, não estou? – ele concordou com a cabeça. – Então, querido. Eu não fui embora quando estava doente e não vou agora que estou boa. Você tem essa mania obsessiva nada boa sabia? Já estou boa faz semanas e você continua grudado em mim. Isso não vai ser bom quando crescer mais.

– Por que não, mãe? – ele perguntou confuso, não que ele realmente achasse que era uma mania obsessiva, só achava que estava cuidando dela direito.

– Porque quando você crescer e encontrar alguém, quem sabe Julie? – Andy fez uma careta na mesma hora e sua mãe riu. – Ela gosta tanto de você coitada, mas tudo bem. Quando você encontrar alguém, e isso se encontrar, pois para isso você tem que sair de casa, quem sabe voltar a viajar com seu pai ou pelo menos ir até do outro lado da rua... – ela começou a reclamar e Andy revirou os olhos -... Enfim, voltando ao assunto, você não poderá ser obsessivo ao ponto de não desgrudar da pessoa, de vigiar o que ela faz, ou coisas assim, todos precisamos de um pouco de espaço. Não pode ter esse ciúme louco. Vai afastar essa pessoa de você.

Mas Andy não ligou realmente para aquilo”

Agora ele entendia que sua mãe estava certa, o que chegava até ser irônico praticamente tudo que ela disse aconteceu. Ele saiu de casa e encontrou alguém que goste de verdade, e ele foi obsessivo, mas felizmente ele percebeu e essa pessoa não se afastou.

Naquele mesmo momento Rebeka acordou e se sentou esfregando os olhos, ela ainda estava um pouco sonolenta.

– Já chegamos? – ela perguntou parecendo uma criancinha de cinco anos, o que o fez rir.

– Quase, ainda não. – ele respondeu ainda sorrindo.

Então ele viu que a expressão da garota mudou, ela parecia ter ficado triste.

– O que foi? – ele perguntou a garota.

– E se seus pais não gostarem de mim ou algo der errado – ela olhou para ele e parecia bem aflita.

– Não se preocupe com isso, eles vão te adorar eu tenho certeza. Principalmente a minha mãe – ele deu um pequeno sorriso para ela. – Vai dar tudo certo, eu prometo.

Rebeka pareceu ficar mais alegre e foi o que aconteceu, mas ela ainda tinha certo medo, não fazia ideia de como seria na capital e nem de como era a mesma.

Ao chegarem a carruagem parou bem em frente a casa, ela não pode ver muito do jardim, mas percebeu que era muito grande. Logo entraram e ela ficou encantada com a beleza do lugar, entrou em uma sala não muito grande, com muitos detalhes em dourado e duas portas fechadas, uma a direita e outra a esquerda, com vários quadros nas paredes, e uma porta maior à frente, essa estava aberta possibilitando ver realmente dentro da casa, a primeira coisa que Rebeka viu foi uma majestosa escada dourada.

Ela sabia que Andy era rico, mas não imaginava que era tanto. A casa era simplesmente gigante, maior do que qualquer uma que Rebeka já fora na vida. E tudo era muito mais belo do que ela poderia imaginar, ela se sentia perdida, como se aquele não fosse o seu lugar. Ela ainda não conhecia os outros quartos, mas eles eram numerosos e tão belos quanto o resto da casa.

Andy caminhou até ela e segurou sua mão.

– Não se preocupe, eu estou aqui, vai dar tudo certo – ele a levou para uma sala ao lado direito da escada.

A sala era bem clara, iluminada pela luz do sol que atravessava pela grande janela. Havia várias poltronas pelo local, vários quadros sendo a maioria de jardins e uma pequena mesa no centro.

Em uma poltrona perto da janela estava sentada uma bela senhora, ela possuía cabelos negros enrolados em um coque, a pele branca e olhos azuis como os de Andy. Estava claro que aquela era sua mãe, eram muito parecidos.

Ela se virou para os dois e esboçou um sorriso, a primeira vista ela parecia simpática, mas Rebeka continuava com medo. A mulher se levantou e abraçou Andy.

– Como senti sua falta meu filho – ela então o soltou do abraço. – Achei que não ia voltar.

– Não foi tanto tempo assim, mãe – Andy disse a ela som um sorriso.

– Eu sei querido – ela então se virou para Rebeka e parou em sua frente.

– Você é muito bonita, Andy me escreveu sobre você – ela sorriu para a garota. – Estou feliz que meu filho finalmente tenha encontrado alguém que ele realmente goste.

Rebeka apenas sorriu de volta, não sabia o que dizer.

– Será que eu e Rebeka poderíamos conversar sozinhas, Andy? – Ele concordou com a cabeça e após lançar um olhar de conforto para a garota, sai fechando a porta.

Logo que ele saiu, ela apontou para Rebeka uma poltrona e se sentou em outra ao lado.

– Bem, vamos começar pelo simples, sou Ally Biersack, a mãe do Andy – ela sorriu. – Sua vez.

– Er... Sou Rebeka Collins e... – ela começou a falar, mas a mulher a interrompeu.

– E é a noiva dele – ela não disse sorrindo. – Eu quero saber se você realmente gosta dele, ou se está com ele apenas porque ele é rico, como muitas garotas já tentaram.

Rebeka se assustou, não imaginava uma pergunta como essa. E nem tão direta. Ela nunca seria capaz de algo assim, era assim que ela sempre foi, e aquilo a magoou.

– Claro que estou com ele porque gosto, para mim não faz sentido ficar com alguém que não gosta.– ela disse incrédula.

E a Sra. Biersack voltou a sorrir. Ela parecia realmente feliz agora.


–Fico aliviada, percebo que fala a verdade. Vejo em seus olhos querida – ela segurou as mãos de Rebeka. – Eu vou te ajudar a se acostumar com a nova vida que vai ter, aqui na capital é bem diferente, mas sei que vai se sair bem.

Rebeka entendeu o que a mulher quis com aquilo, afinal Andy era seu único filho.


O resto da semana ela passou mais tempo com Ally, como a mulher a fizera chamar, ela não queria ser chamada de Sra. Biersack. Ela mal vira Andy, não tiveram muito tempo juntos.

Ela estranhou muito no começo, ser acordada de manhã e ter alguém para te ajudar a fazer tudo, ser servida em uma grande mesa, e as roupas belas, porém os corpetes apertados. No começo ela não gostava, não conseguia respirar direito, mas no final da semana já estava acostumada e até gostou de usa-los, sempre ficavam bons nela.

Ally amava ajudar Rebeka, ela dizia que era como cuidar de uma filha que não teve. Ajudava a escolher roupas, ensinou a andar corretamente, dançar em bailes, como se comportar em um jantar ou qualquer outra ocasião, e até algumas notas de piano.

No sábado de manhã Ally a levou para uma casa bem ao centro de Londres, era meio longe de onde estavam por isso demoraram a chegar. Quando saíram da carruagem Rebeka viu que não era um lugar tão grande como a casa de Andy, mas era tão belo quanto, havia uma grande e comprida escada para chegar à porta.

– Nós estamos aqui para um ensaio, acho que vai se sair muito bem, e é necessário comparecer se quiser dançar no baile. – Ally começou a dizer.

– Ensaio? Baile? Como assim? – Rebeka a interrompeu.

– Ah, eu não te contei, não é mesmo? – A garota confirmou com a cabeça enquanto ela batia na porta. – Você e Andy irão a um baile, ambos foram convidados, e o ensaio é para a dança, não sairíamos dançando igualmente sem nenhum tipo de ensaio, concorda?

– Sim, mas... – ela foi interrompida pela porta que se abriu, uma mulher que devia trabalhar na casa as levou até uma sala onde já havia várias pessoas.

Logo que entraram no local uma mulher de cabelos castanhos e olhos escuros com um sorriso simpático veio na direção delas.

– Ally, minha amiga, que bom que veio – e as duas se abraçaram. – E essa deve ser Rebeka. – ela olhou para a garota e sorriu mais ainda.

–É ela mesma – Ally confirmou.

– Mais bonita do que imaginava – ela segurou uma mecha dos cabelos louros de Rebeka e logo os soltou. – Ally me contou algumas coisas sobre você, disse que aprende rápido, espero que sim, quero a dança perfeita. – Ela disse para Rebeka dessa vez.

– Também espero aprender sem nenhum problema, Sra... – Rebeka parou já que não sabia o nome dela.

– Ah, perdão, não me apresentei. Meu nome é Tina Vannel, o baile eu e meu marido estamos realizando, nosso aniversário de 32 anos de casamento – ela disse aquilo e seus olhos brilharam.

– Parabéns Sra. Vannel, é bastante tempo mesmo.

– Não é? Temos que comemorar – ela riu e puxou Rebeka para o meio da sala junto com outras pessoas, sendo a maioria alguns anos mais velhos do que ela. Ela era a mais nova na sala.

– Agora, todos vocês formes pares, não quero saber como, apenas formem – outra senhora bem mais velha apareceu, ela já possuía cabelos esbranquiçados e olhos verdes. E ao contrario da Sra. Vannel ela não parecia muito simpática.

E não era.

Carmen Wetcher era a professora de dança, ela era muito brava e quando alguém errava o passo ela ficava mais brava ainda.

A dança não era muito fácil, contudo não era impossível, Rebeka achava que estava indo bem, mas Carmen andando por entre os pares, te encarando com aqueles olhos verdes severos não facilitava as coisas. Ela queria que Andy estivesse lá. Seria tudo mais fácil para ela.


Mas como ele não estava ela teve que dançar com outro garoto, e esse garoto era Daniel Hill, ou como ele disse que preferia apenas Dan.

Dan era um garoto bonito, e ela não podia negar que no fundo se sentiu com sorte, pois havia alguns muito estranhos naquela sala. Dan era alto, não tanto quanto Andy, mas para Rebeka não era tão incomodo ser baixinha, ele era três anos mais velho do que ela. Ele tinha a pele branca, cabelos castanhos encaracolados, olhos cor de mel e sempre fazia piada com as outras garotas e garotos.

Rebeka estava muito grata por estar com alguém divertido como Dan, ele tinha um ótimo senso de humor e a fez rir muito naquele dia. Ele nunca pegava os passos de primeira, e por isso Rebeka sempre os explicava lentamente para ele.

– Vejo que está com problemas Dan, por que não desiste dos ensaios logo? – uma garota com a pele morena, os cabelos e olhos castanhos, esbelta e com um ar travesso perguntou a ele.

– E por que você não volta para o seu par e me deixe em paz com o meu? Seria bem legal – a garota apenas o ignorou e deu meia volta.

Logo depois a Sra. Wetcher colocou a música e eles começaram a realmente juntar as partes da dança.

– Sabe Rebeka, existem muitas pessoas aqui que são bonitas por fora, mas horrorosas por dentro, então tome cuidado com elas. – Dan disse em meio a um giro.

Rebeka logo percebeu que ele realmente falava a verdade, você nunca sabia se uma pessoa estava sendo boa com você somente porque tinha outro interesse ou se essa pessoa era boa.

– Você é como uma coelha – ele continuou e riu, pela primeira vez parecendo calmo ao dançar. – Uma coelha fofa em um ninho de cobras – e para a surpresa dela, ele dançou como não havia dançado na aula toda. Ao final ele sussurrou ao seu ouvido: - Às vezes temos que fingir ser o que não somos para nos darmos bem, é assim que funciona por aqui.

Tudo o que ele disse passou pela mente dela em todo o caminho de volta, ela não se lembraria de nada do caminho ao chegar à casa de Andy. Ela foi direto para o jardim, após falar com Ally.

Ela já havia visto todo ele, e era o lugar da casa em que se sentia melhor, as árvores eram verdes assim como suas folhas que caiam com a leve brisa do vento. Ela andava perto das flores, havia rosas, tulipas e orquídeas, se sentia mais em casa.

Estava há algum tempo apenas andando quando uma serviçal apareceu, dizendo que Ally a queria de volta em casa, pois o jantar já estava quase pronto. Ela a acompanhou até a sala onde ela estava a esperando.

Nos outros dias Andy sempre a acompanhava nos ensaios, ele era bom, e se divertiam muito juntos, mas ela continuava o vendo pouco por causa do trabalho. E ficava triste com isso, porém tentava não se abalar.

Ela esperava que ficassem mais tempo juntos, e isso não aconteceu.

No dia antes do baile a ultima coisa que ouviu antes de dormir a deixou mais tensa do que estava:

– Amanhã será o baile querida, o seu vestido está pronto e tenho certeza que ficará linda, e também tenho certeza que está pronta para isso, vai se sair bem lá, eu tenho certeza. - Ally disse a ela.


No outro dia a Sra. Biersack e duas serviçais ficaram horas no quarto de Rebeka para ajudá-la a se preparar para o baile. Sua pele estava macia como nunca, seus cabelos brilhantes caiam como cascatas de ouro em suas costas e ombros, leves cachos nas pontas foram feitos pelas serviçais, seu rosto estava impecável, sem nenhum sinal de olheiras e com seus belos olhos azuis-acinzentado brilhantes.

Vestiu o vestido, um azul-celeste que realçava seus olhos, o corpete deixava sua cintura bem marcada, com vários detalhes na frente e sua saia caia até o chão. Era simplesmente lindo. Quase não acreditou quando se viu no espelho.

A cara de Andy quando ela desceu as escadas foi incrível para ela, ele nem sabia o que falar. Ela estava simplesmente magnífica, e era só dele.

Ele deu um grande sorriso para ela.

– Você está linda, está... maravilhosa – ele disse. – Nem sei o que dizer.

Ele deu um grande sorriso para ela.

– Você está linda, está... maravilhosa – ele disse. – Nem sei o que dizer.

– Não diga nada, filho – a mãe dele disse rapidamente, os empurrando pela porta. – Vocês estão atrasados, vão.

Rebeka olhou para Andy, ele estava incrível também, seus cabelos pretos estavam perfeitamente arrumados e ao mesmo tempo meio bagunçados e seus olhos azuis pareciam ainda mais escuros e misteriosos a noite, ela mal acreditava na própria sorte.

E logo entraram na carruagem, rindo, prontos para o baile.


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Notas finais do capítulo

Demorei séculos, mas era porque estava viajando, sinto muito por não avisar, espero que não estejam super bravas e que tenham gostado do capítulo.
Mudei a capa, o que acharam? *o*
E se quiserem imaginar melhor o little Andy e sua mommy eu achei que essa gif ajuda muito:
http://26.media.tumblr.com/tumblr_m1b15ag58v1qii97qo1_500.gif
Esse menino não é a coisa mais lida do mundo? É o Asa Butterfield, ele tem 14 anos e quero ele pra mim mimimi/ Alguém me da? KKKKKKKKKKK
Não imaginei exatamente assim, mas para servir de modelo podem usar esse vestido: http://1.bp.blogspot.com/_F_5O8-toMs4/SRHFTBEl3II/AAAAAAAAABE/unNkKvzo31k/s1600-h/opcao12.jpg
Não me matem pela demora q



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