The Black Rose escrita por JuhMbeck


Capítulo 1
The Novelty


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas, espero que gostem da minha ideia. Esse capítulo vai ser mais sobre a rotina dela, não vai ter muitos acontecimentos. Espero que gostem do mesmo jeito.



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Inglaterra, 1752

O dia amanhecera ensolarado, como normalmente, um leve vento sacudia as folhas das árvores. Rebeka acordou e ficou algum tempo deitada, ouvindo o barulho dos pássaros cantando. Levantou-se e se espreguiçou, ainda era cedo, mas ela não estava com sono. Já se acostumara.

Arrumou-se com um vestido simples, normal para uma camponesa, e se olhou no espelho do quarto de dividia com sua irmã mais nova, Emily, não se achava a menina mais bonita da vila, mas também não se achava feia. Tinha longos cabelos muito loiros que iam até sua cintura, a pele branca quase sempre corada pelo sol, um nariz normal, nem grande e nem pequeno, um pouco mais baixa para sua idade, quinze, e um corpo normal também, só sua cintura que era bem fina. E o que mais gostava em si, seus olhos. Eles eram de um de um azul tão claro que chegava a ser cinza, principalmente no sol. Seu rosto tinha um ar angelical que ela gostava, achava uma grande sorte.

Foi acordar sua irmã como sempre fazia, elas eram meio parecidas, Emily havia puxado um pouco mais a mãe, tinha cabelos loiros e olhos cor de mel, ela tinha sete anos.

– Já é hora de acordar? – A irmã perguntou sonolenta.

– Já sim, levante-se logo – A garota se sentou esfregando os olhos.

Rebeka foi para a pequena sala, se sentou na mesa de madeira que estava coberta pela tolha de renda que sua avó fizera e deu “Bom-Dia” para os pais. Tomou seu café da manhã e quando estava quase terminando, Emily chegou, ainda com a camisola.

– Demorou hoje, querida – disse a mãe.

– Me desculpa mamãe – disse Emily.

– Tudo bem, apenas coma mais rápido – A menina começou a comer desesperadamente. – Não tão rápido, vai engasgar. – Advertiu a mãe, preocupada, mas terminou com um sorriso.

O resto do café foi normal, e Emily voltou para o quarto para se arrumar. Ela não havia levantado antes, pois acabara dormindo de novo.

– Bem, meninas. Já vou indo. O trabalho não vai ser feito sozinho. – O pai de Rebeka era carpinteiro. O dono era um homem que vinha para a vila uma vez pro mês, ele morava na capital com sua mulher e a filinha. Enquanto ele estava fora John, seu pai cuidava do negócio,

–Rebeka, querida, assim que terminar o balde já está lá fora. – disse a mãe, pouco após o pai sair.

Assim a garota terminou o café e saiu para pegar água, passou pelas casas que eram todas meio parecidas e ao chegar ao poço feito de pedra viu que sua amiga já estava lá. Mellany Chase, elas tinham a mesma idade e se conheciam desde pequenas, ela tinha cabelos castanhos e olhos verdes claros.

– Beka, cheguei antes! – Mellany deu uma risada enquanto a outra mergulhava o balde na água.

– Não se gabe, quase sempre chego antes. – Rebeka disse com um falso tom de esnobe que a outra percebeu e riu.

– Mentira, quase sempre chegamos juntas. – Ela retrucou, e tinha razão. – Mas... – ela deu uma pausa dramática colocando seu balde no chão e sentando na beirada do poço - ... Já sabe da novidade?

– Novidade? Não está muito cedo para novidades? – perguntou Rebeka fingindo espanto.

– Nunca é cedo demais para novidade. – Ela respondeu naturalmente.

– Nem tarde, não é? – Retrucou Rebeka se lembrando da noite em que Mellany batera em sua janela só para contar que um soldado amigo de seu pai iria passar a noite na casa dela, e que ele era muito bonito.

– Isso não vem ao caso. – Ela respondeu com a mesma careta de quando a contou que ele era casado. – Adivinha quem vai vir para cá? – Ela perguntou animada novamente.

– Não sei... Um de seus primos? – Ela realmente tinha vários primos.

– Não. – Ela disse decepcionada. – O filho do dono da soldadora que meu pai trabalha. Lembra dele? – O tipo de emprego do pai de Mellany era como o do pai de Rebeka, o dono vinha uma vez por mês, quase sempre juntos, eles eram sócios e ricos.

– Ah, sim. Lembro um pouco dele – disse Rebeka se lembrando de sua infância.

– Um pouco? Andy era um fofo! – Ela disse indignada.

– Nós tínhamos quatro anos, Melly – retrucou Rebeka.

– Cinco, na verdade. E ele tinha oito – corrigiu ela, e finalmente elas começaram a andar de volta para a vila. O poço ficava mais afastado, perto da floresta.

– Tudo bem, mas faz tempo do mesmo jeito.

– Mas ele deve estar lindo, pelo menos com oito ele era lindo. – E as duas riram.

– Porque ele vai vir? Já faz muito tempo – perguntou Rebeka curiosa.

Ele costumava brincar com as crianças da vila. Mas um dia ele foi embora e nunca mais voltou com seu pai. Mellany disse que a mãe dele havia ficado doente e ele resolveu ficar com ela em Londres.

– Meu pai disse que o Sr. Biersack quer que ele aprenda mais sobre os negócios, que por nada são ótimos. - Mellany adorava ficar olhando o ajudante de seu pai trabalhar, ela dizia que ele ficava muito lindo todo suado, e Rebeka só ria, nem achava ele tão bonito assim. – Já que um dia tudo será dele mesmo.

– Entendo, espero que ele não seja chato coma a filha do chefe do meu pai – disse Rebeka com uma careta.

– Eu sabia que você adorava cuidar daquela menina – disse Mellany e elas riram.

A pequena Dakota, filha do chefe do pai dela, era extremamente mimada. E sempre que vinha junto Rebeka tinha que cuidar dela, ela ficava pedindo coisas o tempo todo e reclamava muito também. “Essa água está ruim” “Aqui está quente” “Cansei de ficar aqui” “Não gosto dessa floresta” “Cansei de andar, me carrega?” Enfim, a menina era um pesadelo.

Ela chegou a sua casa, se despediu de Mellany e entregou o balde para sua mãe.

– Obrigada querida, você e Emily irão me ajudar com o jardim hoje? – a mãe perguntou.

A casa deles não era muito grande, mas possuía um grande jardim no fundo, sua mãe vendia algumas flores.

– Eu vou, mas Emily irá para a casa da senhora McVanell, lembra?

– Sim, claro – a mãe respondeu. – Pode leva lá? Já vou adiantando as coisas lá trás.

– Tudo bem – e foi procurar Emily, ela estava no quarto tentando fazer uma trança em seu cabelo. A trança estava horrível. Então resolveu ajudar.

E saíram para a casa da Sra. McVanell, com Emily segurando sua mão. A senhora ensinava as crianças, como se fosse uma escola. Emily parecia muito feliz. As duas recebiam muitos olhares. Emily por estar cantando relativamente alto e Rebeka apenas por ser quem é. Ela não fazia idéia, mas apesar de ter apenas 15 anos ela era admirada por vários adolescentes da vila, eles tinham certeza que ela ficaria mais bonita ainda ao crescer. E a maioria tinha medo de seu pai, ele era bom com a faca.

– Chegamos se comporte – ela disse a irmã.

– Sempre me comporto – ela respondeu correndo até suas amigas.

Rebeka apenas se virou e voltou para casa para ajudar sua mãe, um gato preto começou a segui-la, mas ela o ignorou.

Ela tinha um jardim muito bonito, com muitos tipos de flores. Rosas de todos os tipos, margaridas, tulipas, cravos, orquídeas e etc. Mas a favorita de Rebeka era a rosa negra. Ela só havia visto esse tipo de rosa no jardim de sua mãe, ela havia ganhado as sementes de uma mulher que passara na vila um dia, ela era muito bonita e disse que se chamava Ruby. Rebeka sempre se lembraria daquela estranha mulher.

Era um dia chuvoso e Rebeka estava em casa, com sua mãe. Já estava de tarde, era quase noite e após um trovão, que assustou a menina, elas ouviram batidas na porta.

Sua mãe atendeu com Rebeka atrás de si, apenas com a cabeça para fora. Uma mulher com cabelos negros e olhos verdes estava na porta, ela parecia jovem e usava uma capa negra.

– O que deseja? – A mãe de Rebeka perguntou receosa, não gostara daquela mulher.

– Fiquei sabendo que tem um jardim. – Ela respondeu calmamente.

– Tenho sim, gostaria de algo? – A mãe perguntou curiosa já que nunca havia visto ela antes.

– Sim, meu nome é Ruby e eu gostaria de te dar essas sementes. – Ruby abriu a mão e algumas sementes negras estavam lá.

– Mas elas estão pretas, estão boas? – a pequena Rebeka perguntou com uma voz fina.

Ruby sorriu para ela e a olhou nos olhos.

– São rosas negras criança, sei que vai adorar, elas são raras e bonitas – ela respondeu olhando atentamente para Rebeka. – Pena que elas não durem tanto quanto as outras – e seu rosto ficou triste, mas seu olhar continuou em Rebeka e ela sentiu um frio na espinha.

– Rosas negras? Nunca ouvi falar – respondeu a mãe e Ruby tirou seu olhar de Rebeka.

– Como disse, elas são raras e eu as cultivo, mas gostaria que outras pessoas também fizessem isso. Não existem muito dessas por ai. – Ela se abaixou e colocou as sementes na mão de Rebeka.

– Cuide bem delas, elas serão importantes para vocês criança. E não se engane com as rosas, as mais bonitas podem ter muitos espinhos e já essas pretas, normalmente não tão importantes, mas tão ou mais bonitas são as preferidas para quem convive com sua beleza. – Ela sussurrou para Rebeka, que nunca entendeu o que ela queria dizer com isso e sabia que não era sobre as rosas.

Ruby se levantou e saiu na chuva e nunca mais foi vista por Rebeka ou por sua mãe.

Rebeka suspirou passando levemente os dedos pela rosa negra, sem espinhos. Algumas não ficavam tão belas e totalmente negras, mas sempre havia uma maior e muito negra e até parecia que tinha um brilho próprio. Aquelas não eram rosas comuns e Ruby também não pareceu uma mulher comum. No começo sua mãe relutou em plantar as flores, dizia que Ruby podia ser uma bruxa, porém Rebeka insistiu tanto que ela as plantou.

– Venha me ajudar, Rebeka. – Gritou a mãe, e ela foi até lá.

O resto estava passando normalmente, ela buscou Emily na escola que contou que já estava aprendendo a ler entusiasdamente e Rebeka apenas fingia interesse.

– Sabia que já consigo ler várias palavras, Beka? – Ela perguntou animada.

–É? Que legal. – ele respondeu com um sorriso falso.

– É sim, daqui a pouco estarei lendo frases e... e livros! – ela deu vários pulinhos, segurando a mão de Rebeka com as duas mãos.

– É, que bom. Agora anda direito – a menina continuou andando, sem pular, e continuou falando até chegar em casa.

A tarde foi levar o lanche para seu pai junto com Mellany, elas sempre faziam isso, iriam até a carpintaria primeiro, e depois na soldadora do pai da amiga. Já estavam quase na soldadora quando Scott Kerk, um amigo de infância delas apareceu. Ele era dois anos mais velho e bem alto e forte, tinha cabelos e olhos pretos e a pele morena. Os olhos de Mellany sempre brilhavam quando ele aparecia, mas quando Rebeka dizia algo sobre os dois ficarem juntos um dia ela negava.

– Olá, garotas. – Ele disse com uma voz suave, e piscou para elas que ignoraram esse fato.

– Oi, Scott – responderam as duas juntas.

– Nossa, já estão ficando afiadas com isso. Daqui a pouco podemos formar um pequeno coral – disse ele debochando do fato de sempre dizerem isso juntas, mas já era costume.

– Você já disse isso antes, Scott – reclamou Mellany, ela sempre era meio grossa com ele.

– Que pena, já perdeu a graça então – disse ele.

– Sim, há algum tempo – Melly retrucou.

– Incrível como já me acostumei com o seu mau humor – ele apertou as bochechas de Mellany que fez uma careta. – Então, Rebeka. O que estão fazendo de bom nessa bela tarde? – Ele perguntou.

– Só o de sempre, estamos indo entregar o lanche para o pai de Melly. – Rebeka respondeu com um pequeno sorriso.

– Então se apressem, não quero que meu sogro fique com fome. – Após dizer isso ele saiu correndo e rindo, Mellany ficou parada com uma cara indignada e Rebeka abafou o riso.

– Ele está ficando abusado – reclamou a garota quando entraram na soldadora.

– Acho que ele está mal acostumado – disse Rebeka.

– Pai, aqui está a... – Ela parou de falar olhando fixamente para frente e Rebeka olhou para o que havia feito à amiga ficar parada daquele jeito.

Provavelmente antes soldando algo que nenhuma das duas se importou em olhar e agora as olhando estava alguém que as duas não tinham certeza se conheciam ou não. Ele tinha a pele branca avermelhada pelo trabalho, era alto e não tão forte como Scott, mas isso não o fazia menos bonito. O cabelo preto estava meio grudado em seu rosto pelo suor, que também fazia a camisa branca que usava se grudar no corpo. O rosto era muito bonito e ele tinha incríveis olhos azuis escuro. Quando seu olhar encontrou o de Rebeka ela abaixou o olhar, envergonhada.

– Olá, meninas – disse o pai de Melly aparecendo.

– O..Oi pai – respondeu a garota após alguns segundos. – Aqui está a comida – ela entregou o pacote para o pai e voltou a olhar para o “estranho”.

– Se lembram do Andrew, meninas? – O Sr. Chase perguntou.

– Oi – ele disse com uma voz rouca e um sorriso de canto.

– Andrew, essa é minha filha Mellany e a amiga dela, Rebeka Collins. Lembra-se delas? – O pai dela perguntou.

– Claro que me lembro – ele respondeu com o mesmo sorriso de antes e Rebeka percebeu que ele ainda estava a olhando.

– Então... – começou Melly -... Temos que ir, não é Rebeka? – Ela se virou para a amiga.

– É... Temos sim. – Ela concordou, apesar delas não terem o que fazer.

Então elas saíram apressadas sem ao menos ouvir o “Até mais” dos dois.

– É, ele continua fofo – disse Rebeka quando já estavam longe da soldadora.

– Fofo? – perguntou Melly indignada. – Ele está lindo. – Ela fez uma careta.

– Então porque a careta?

– Nós parecemos duas idiotas na frente dele – desabafou a amiga.

E Rebeka teve que concordar, o que ela não sabia é que Andy estava dando uma risada baixa para si mesmo naquele momento, e ele se lembrou dos claros olhos da garota e de como ela corara quando ele a olhara.



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Notas finais do capítulo

Enfim, espero que tenham gostado e se quiserem que eu continue mandem reviews. Sou totalmente movida a eles e sem os reviews lindos eu não posto ~sou má mesmo u_u~



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