I Am Innocent - O Barão Sangrento escrita por Pode me chamar de Cecii


Capítulo 20
Dezessete


Notas iniciais do capítulo

eeespero q gostem, ta pequeno ^^ eu ia fazer maiorzinho mas deu preguiça *naomematem*
[...]
troquei a capa *o* q axaram? espero q tenham gostado a diva miller q fez
[...]
espero q gosteem



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Subi mais uma vez ao 7º andar e me surpreendi ao perceber que, desta vez, não havia nenhum ruído que eu pudesse ouvir. Apressei-me. Percorri por alguns corredores. Aos poucos me sentia levemente desesperado. E uma angústia foi apenas crescendo. Foi quando encontrei pirraça.

Não era uma visão que eu esperava. Ele permanecia sentado, com a cabeça enterrada entre os braços, que abraçavam as pernas. Chorava em silêncio. Nenhum mínimo ruído era deixado escapar. Ao perceber minha chegada, ele levantou um pouco a cabeça, os olhos avermelhados deixavam escapar suas lágrimas verdadeiras, tão raras eram.

Indeciso, pousei a mão sobre seu ombro levemente e ele voltou a chorar. Eu não sabia o que fazer. Sentei-me ao seu lado e passei o braço sobre seu ombro, acolhendo-o. Ele me encarou profundamente e eu soube o que aquele olhar significava. Saudades.

Mas saudades? De quem? Algo me dizia que era algo que eu entendia, apesar de não saber ao certo o porquê. Ele se levantou e eu o acompanhei. E o segui enquanto caminhava escada abaixo.

Eu não sabia para onde íamos. Na verdade, naquele momento, nada me passava pela cabeça. Eu realmente não poderia esperar o que viria à seguir.

Descemos as diversas escadarias em poucos minutos, e nos dirigimos para os terrenos. Eu nunca havia visto meu amigo sair do castelo. Porém, para ainda maior surpresa, ele se dirigiu para m de meus locais prediletos em toda Hogwarts. O Lago Negro.

Ao chegarmos ali, eu já me via completamente confuso. E, pelo que parecia, ele também. Mas algo que pensei ser o instinto o fez tocar a água. E, antes sendo negra como piche, ela se tornou bela, prateada como a lua. E não só ela mudou. Mas também o ambiente em que nos encontrávamos. Antes uma nublada manhã de inverno, com o sol escondido pelas diversas nuvens e o calor extremamente escasso, agora uma noite bela com a enorme lua a flutuar sobre nós.

E Pirraça estava diferente. Não possuía mais a aparência do que eu diria... Um bebezão. Não. Agora sua expressão trazia seriedade e maturidade como eu nunca vira antes, e o corpo do que antes era um adulto agora era de apenas uma criança de 11 anos. Ele estava exatamente o contrário do que era antes, assim como tudo ali.

O garoto sorriu.

- Não sabe quem eu sou, não, amigo? – perguntara, mas eu permaneci calado, não sabia o que responder. Ele suspirou. – Meu nome é Marlon Slytherin. Ou Pirraça. É eu estou... – riu. – Morto. Obrigada amigo. Por me acolher.

- Co... C... – gaguejei, mas ele adivinhou minhas perguntas.

- Em forma de poltergeist ou não, a perda da única que restava de minha família me doeu. Despertou algo em mim que jamais teria sido descoberto sem você, amigo. Sou grato, meu caro. Obrigado.

Permaneci encarando-o por algum tempo, enquanto tudo voltava ao normal. Pirraça, um Slytherin.

Não dormi naquela noite. Muita coisa me interditava a cabeça. E no dia seguinte. Não fui ao 7º andar novamente por muitos dias, nem mesmo soube de nenhuma confusão causada por Pirraça. E as confusões continuavam em minha cabeça.

Foram elas o combustível que me levou até a biblioteca. As prateleiras repletas de livros que eu julgava inúteis me deixavam até mesmo enjoado. E, mesmo após um dia inteiro de pesquisas, eu não encontrei nada que me satisfizesse.

“Mais à frente, William”, disse a mim mesmo, “Você descobre.”


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Notas finais do capítulo

comentem, ok? beijoos