I Am Innocent - O Barão Sangrento escrita por Pode me chamar de Cecii


Capítulo 17
Quatorze


Notas iniciais do capítulo

genteee, chorei escrevendo esse cap... ele tah maiorzinho, mas BEM mais triste... nao me matem, mas era necessário. espero q entendam, ok?
[...]
edsculpem a demora, tava de castigo :S
[...]
espero q gostem



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Estava um pouco frio. A brisa leve da manhã soprava seus cabelos loiros na direção oposta. O sol ainda não havia nascido, mas a havia uma fraca iluminação da madrugada. As luzes estavam todas apagadas. Nenhum estudante havia acordado, apenas nós dois.

A luz que batia no lago era completamente absorvida, mas eu sabia que um dia havia sido refletida em tons de dourado de dia e prateado sob a lua. Eu não sabia se podia sorrir ao vê-la ali. Por um lado, Sophie parecia linda, sentada ao meu lado na grama apreciando a madrugada. Os cabelos dourados que esvoaçavam lhe davam o charme de uma Sonserina. Mas por outro, eu sabia o que passava por seus pensamentos. Tantas e tamanhas preocupações. Talvez mais do que as minhas.

Seus olhos estavam parados na linha do horizonte. Ela observava neste momento algo que eu não podia ver. Após alguns segundos, a loira voltou-se para mim, percebendo finalmente que eu a observava. Deixou escapar um sorrisinho delicado.

– Que foi? – perguntou e eu dei de ombros – Ah, Will, pare de me olhar!

Ri.

– Se você não fosse tão bonita eu não estaria olhando. – era bom puxar o saco às vezes. Eu sempre conseguia um sorriso. Mas dessa vez foi apenas algo rápido demais. Logo sua expressão se tornou séria novamente.

– Vou falar com ele hoje. – disse. Aquilo fez com que eu instantaneamente me levantasse.

– Como?

– Não dá mais. Não dá para segurar. Vai ser hoje.

Eu apenas esperava. De manha ela subira até os aposentos do pai adotivo e até agora não chegara. Já passavam de 4:00 PM.

Helena, ao meu lado, não estava muito melhor do que eu mesmo. Na mesa da Sonserina, nos sentávamos em um lugar afastado. A maioria dos alunos já se acostumara com a presença de uma das duas ali.

Respirei fundo. Eu sabia que ela não estava mais lá. Só não sabia onde estava.

De uma só vez, levantei-me. A passos rápidos e firmes, dirigi-me para as masmorras. Os olhos azuis de Helena me acompanharam. Ela soltou algumas rápidas interrogações de “aonde vai?”, mas não ouvi uma sequer. Desci as escadas seguido de seus passos rápidos e gritinhos pedindo para que eu a esperasse. Não podia. Algo me dizia que não havia corrido tudo como o esperado.

Eu me lembrava das palavras da filha de Slytherin.

“Te encontro no Lago Negro, Will. Me espere lá.” O combinado não fora cumprido.

Murmurei para a gárgula a palavra que fora escolhida como nossa senha e esta se abriu, permitindo nossa passagem. Corri até meu quarto, mas sabia que era tarde.

Sobre a cama, um papel prateado selado com o brasão Slytherin me aguardava. Apanhei-o.

“Sinto muito, mas não pude esperar. Até um dia.”

Eram as únicas palavras. Larguei o papel exatamente onde o encontrara assim que Helena entrou no quarto. Ela pegou-o ao mesmo tempo em que saí, mais uma vez seguindo-me.

Algumas lágrimas se formavam em meus olhos. Não há palavras que descrevam o que eu sentia na hora.

A imagem do Lago foi se aproximando, mas, junto a ela, a de uma dama. Ao me aproximar, pude perceber melhor quem era. O vestido azul-marinho, cabelos negros presos por uma presilha cor de bronze. Linhas finas marcavam seu rosto. Rowena Ravenclaw.

– Sinto muito, meu garoto murmurou, enquanto passava por mim. – Ela era uma boa garota. Deixe que se junte ao pai.

Com estas palavras, algo se alarmou em mim. Norfolk. Era para lá que havia ido. Certo? Sentei-me ao lado do carvalho em que sempre me sentava com ela. Logo, Helena juntou-se a mim.

– O que ela quis dizer? – perguntei, obviamente me referindo a sua mãe. Então percebi seus olhos extremamente vermelhos e a face pálida que eu só havia notado uma vez.

E entendi. Sophie havia usado sua primeira maldição imperdoável em si mesma.

Levantei os olhos até a estrela verde que aos poucos ficava visível, ao avançar do crepúsculo. Não seria verdade. Mas um brilho pequeno e distante, que oscilava entre o verde e o branco, surgia ao seu lado.

– Ela está com o pai. – respondeu minha amiga, envolvendo-me em=m um caloroso abraço entre as lágrimas e soluços.



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Notas finais do capítulo

='(
espero q tenham gostado, comente, viuu??? agr o romance principal deve começar...