Triplex escrita por liviahel


Capítulo 7
Fairplaying


Notas iniciais do capítulo

Capitulo polêmico pra alguns leitores...mas acalmen-se se não gostarem, vem coisa interessante por aí. E muita risada LOL



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/196791/chapter/7

Seu celular tocou e ela atendeu.
— Oi?
— First!
— O quê?
— First!
Houve um “click” e a outra linha ficou muda.
— “First”? Como assim “first”? ... Ai não... Não pode ser... não não não...Droga!


****

Victoria e Nana não se mudaram imediatamente para o triplex, até porque havia muita coisa pra resolver, as duas tinham suas próprias casas, e não seria nada inteligente largar tudo para viver com NichKhun naquelas condições. Então nos dias que se seguiram os três ficaram por conta de se acomodarem gradativamente com a mudança. Nana ia trabalhar normalmente, e NichKhun e Victoria ficaram ensaiando as coreografias para o mv.

— Muito bom. — disse Victoria à NichKhun depois de ensaiarem pela milésima vez o trecho em dupla da coreografia, os ensaios com o grupo tinham sido pela manhã, então estavam a sós na sala de dança. — Mas uma vez e terminamos por hoje.
— Eu estou cansado. — NichKhun fez bico e sentou-se no chão.
— Você sempre se cansa assim tão rápido? — responde ela, sentando-se no chão ao lado dele.
— Quase nunca, depende da atividade. — disse ele, afastando os cabelos de Victoria dos ombros para beijar-lhe o pescoço. — Se envolve uns beijinhos, uns abraços. — ele ia falando e fazendo o que falava. — e de preferência um lugar bom de deitar... — e empurrou Victoria para o chão. — Sou capaz de ter uma performance de maratonista.

Victoria riu.

— Olha a propaganda enganosa hein? ...
— Melhor que só falar é provar, assim não fica dúvidas...


E NichKhun cobriu Victoria de beijos, ela teve a sensação de ter mil mãos passando por seu corpo, e se deixou levar por um tempo, mas aí a consciência lhe deu um aviso:
“Você está indo rápido demais... de novo”


— NichKhun... espera... aqui não... se alguém nos vir... — ela usou o ultimo resquício de força de vontade para se desvencilhar, e claro, NichKhun não forçou a barra. — Não é a hora nem o lugar...
— Tudo bem... — disse, tirando a camisa para enxugar o rosto suado. — Falando em lugar, você vem pra casa hoje?
— Eu tenho casa...


Victoria não olhava para ele, já tinha se levantado do chão, fingia colocar coisas dentro da mochila e estava de costas.


— Não se faça de boba, estou falando da nossa casa.
— Nossa?
— É nossa desde que eu as convidei para morar lá. Nana ainda não voltou lá por que está trabalhando à noite, mas você...


A simples menção de Nana na conversa foi suficiente para afetar o estado de espírito de Victoria, que estava tendo o dobro de trabalho para processar a situação.


— Por que não vai para casa hoje comigo? Eu sinto sua falta...

Victoria riu.

— NichKhun, a gente anda passando o dia todo juntos.
— Não é a mesma coisa, você mesma disse que trabalho é sempre trabalho.

Victoria se virou para encará-lo.

— Eu disse isso né? Mas quem foi que disse que eu tenho sempre razão? — ela disse sorrindo.
— Como é?
— Trabalho também pode ser divertido, você é quem não está se dedicando o suficiente...
— O que tem em mente garota? Para de falar por enigmas.

Victoria deu “play” no aparelho de som e ajudou NichKhun a se levantar do chão.

— Me observa primeiro e depois me copia...

Ela reiniciou a coreografia que estavam ensaiando, só que de forma mais provocante, encostando em NichKhun sempre que a coreografia permitia, e ele, surpreso, tentava acompanhá-la. No final ela o deixou de joelhos, deu um beijo de leve em seus lábios e disse:

— Te vejo em casa.

Saiu às presas da sala, “o que foi que eu insinuei? Droga Victoria, você não está pensando antes de fazer as coisas!” pensou ela, “whatever” era o que o coração dela dizia.


NichKhun vestiu a camisa e um casaco, e também saiu correndo da sala, para alcançar Victoria, só que quando chegou ao estacionamento ela já estava saindo com o carro. Ele a seguiu com seu próprio carro, torcendo para que ela estivesse mesmo indo para o triplex. E ela estava mesmo indo pra lá, como NichKhun já tinha dado o controle do portão automático pra ela e Nana, Victoria não precisou falar com o porteiro. Entrou primeiro no estacionamento e subiu sozinha no elevador privativo. Foi à área de serviço buscar uma toalha limpa quando chegou de volta à sala NichKhun estava entrando. Ela apressou o passo em direção ao quarto que era dela, mas NichKhun a alcançou.

— Ei! Você não vai fugir de mim de novo! — disse NichKhun, segurando-a fortemente nos braços.
— Me deixa tomar banho primeiro? — disse ela rindo, vendo que não conseguiria sair sozinha dos braços dele.
— Pra quê? A gente pode fazer isso depois... 

E os dois se beijaram apaixonadamente. NichKhun puxou as pernas de Victoria, se sentou no sofá com ela no colo. Victoria livrou NichKhun do casaco que estava usando e agora tentava se livrar da camisa, só que era difícil, porque ele agora tinha os braços fortemente presos à sua cintura, por debaixo da blusa.

— Ainda bem que eu interrompi alguma coisa! — ouviu-se a voz de Nana.

Os dois se sobressaltaram e olharam em volta e viram Nana sorrindo no ultimo degrau da escada que levava ao segundo andar. Victoria suspirou, e saiu de cima de NichKhun, para sentar-se na almofada ao lado, ele por sua vez pegou uma almofada e a pousou no colo.

— Você aqui? Não estava trabalhando? — disse NichKhun, ofegando.
— Como pode ver, eu estou aqui, ao vivo e a cores. E sem clichês.
— Como é? — disse Victoria.
— É, sem clichês. Numa situação normal eu diria “Opa! Interrompi alguma coisa não é?” — Nana estava citando Victoria no dia em que ela flagrou os dois no banheiro na boate. — E iria embora, mas “oops”! Felizmente a situação é não é normal, e nem nós somos. Fico feliz em interromper. 

Nana estava se divertindo vendo os dois super sem graça e descompostos no sofá, a NichKhun e a Vitoria lhes espantava tamanha naturalidade com que a garota encarava a situação. Nana desceu as escadas e se sentou no sofá, entre os dois.

— E aí bonitos, além “disso”, o que andaram fazendo na minha ausência? — disse dando um choquinho em NichKhun e apertando a bochecha de Victoria.
— Sabe de uma coisa? Eu vou tomar um banho, foi um dia longo. — disse Victoria, ainda extremamente sem graça.
— Melhor eu ir tomar meu banho também. — disse NichKhun, subindo para o terceiro andar.
— Banho gelado vocês dois! — Nana disse rindo.

Vitoria não ficou irritada com a interrupção de Nana, ficou mais aliviada, quando entrou no chuveiro pode ver as coisas com mais clareza, e lembrou-se do conflito que tinha na cabeça a caminho de casa, estava realmente indo rápido demais. Muita mudança em pouco tempo, pensava ela, estava tomando cuidado dessa vez porque já tinha cometido o mesmo erro mais de uma vez, sempre que se envolvia a esse nível de relacionamento, sofria uma desilusão. Tinha prometido a si mesma que ia ser mais esperta numa próxima vez, e tinha dado certo até então. Só que essa dessa vez era diferente, ainda que a realidade de seu relacionamento com NichKhun não fosse das mais comuns, ou confortáveis, pela primeira vez ela não estava sendo enganada, e isso na cabeça dela fazia diferença. Por isso era tão difícil agir de forma racional, como havia prometido a si mesma fazer.

Victoria vestiu um roupão e saiu do banheiro enxugando os cabelos molhados, quando levantou a cabeça deu de cara com Nana sentada na sua cama.

— Oi... fazendo o que aqui?
— Tédio... Vim conversar.
— Se é sobre o que você viu na sala... — Victoria se adiantou na conversa.
— Não, não é bem isso, queria te fazer umas perguntas, mas não sei se você vai ficar irritada.
— Depende. Você nunca vai saber se não me perguntar, eu só tenho que decidir se quero responder ou não... — Victoria estava anormalmente paciente e relaxada depois do banho e das conclusões a que tinha chegado.
— Promete que não vai brigar comigo? 

Victoria sentia que vinha uma bomba por aí, mas a forma com que Nana lhe falava era tão insegura que de novo ela realmente parecia ter vinte anos recém completados.

— Eu já te prometi isso antes, não vou brigar com você, pode falar. Depois vejo se posso responder.

Nana suspirou e Victoria se sentou de frente pra ela.

— Eu queria saber se... saber se... Victoria, você é virgem? — ela disse de olhos fechados.
— Hein? Er... não... — a expressão de Nana não podia ser mais preocupada. — Mas, espera, por que a pergunta? Se o que você queria perguntar é se eu e NichKhun já...
— Não. — interrompeu Nana. — Não é isso... É que eu...

Victoria leu rapidamente o que Nana tinha em mente.

— Ai meu Deus! Você é!
— Shh! Fala baixo!
— Está bem, mas não precisa ficar envergonhada, não há problema nenhum nisso. — ela disse rindo.
— Tem sim! Se você está me dizendo que não é, quer dizer que eu estou em larga desvantagem...

Victoria ficou parou de rir e ficou séria de repente.

— Nana espera! Você está pensando feito quem está numa competição, isso é coisa séria! — disse Victoria em seu tom mais maternal. — Não existe esse negócio de desvantagem.
— Mas se vocês...
— Esquece isso, não rolou nada disso entre NichKhun e eu, ainda. Por sorte você nos interrompeu.
— Sorte?
— É, eu acho que estava precipitando demais as coisas... Mas o assunto agora não sou eu. — Victoria pôs a mão na cabeça de Nana por um instante e a ficou observando — Você sempre deu a impressão de ser tão... sei lá... madura. Como é que... nunca?
— Eu não tenho tempo pra namorar, não desde os quinze anos, que foi quando eu comecei a trabalhar como modelo. Desde então, tudo que eu fiz foi dar uns beijinhos, observar quem tinha tempo pra isso...
— Entendi... Então tudo isso é só pose?
— Mal hábito do trabalho, desde nova me pedem pra parecer sexy, madura... Não sei ser de outro jeito.
— Você não veio aqui pra me perguntar só isso... Me diz o que mais te atormenta.
— É que, bom, estou preocupada, porque se vocês chegarem a esse nível de relacionamento, eu vou ser deixada de lado, e não quero que isso aconteça, de jeito nenhum.
— Não é assim que funcionam as coisas, nem tudo gira em torno de sexo Nana. Por mais que eu odeie admitir, NichKhun gosta de você da mesma forma que gosta de mim, mas a questão não é exatamente essa. Você está dando importância demais para o que ele quer e esta se esquecendo de si mesma. A questão aqui não é o que ele quer e sim o que você sente. 
— Mas se vocês...
— Nana não! No seu tempo! Coloca uma coisa na sua cabeça, a primeira vez é importante demais pra você fazer pelos motivos errados. 
— Você não está dizendo isso só pra me atrasar não né? — disse ela ainda insegura.
— Ai Nana claro que não. Assim você me coloca o titulo de vilã da historia. É claro que eu estou morrendo de ciúmes, mas jamais jogaria tão baixo.

Nana sorriu e ficou calada.

— Parte de mim está me odiando pelo que eu vou dizer, mas vou deixar a gêmea boa tomar parte. Tudo bem, se você sentir vontade, vai lá e faça, mas se você sentir que não é a hora certa então espere o tanto que for preciso. Não deixe ele te pressionar, eu não acredito que ele vá fazer isso, mas não deixe que aconteça de nenhuma forma.

Nana franziu as sobrancelhas, como se estivesse estranhando o conselho.

— Por que está sendo tão legal comigo?
— Digamos que porque não desejo que você cometa os mesmos erros que uma pessoa que eu conheço.
Nana ficou em duvida se entrava em detalhes sobre o comentário de Victoria, mas decidiu não abusar da sorte e bater de frente com a gêmea má.
— Façamos uma coisa, eu conto se me acontecer e você pode me contar também se te acontecer. — disse Victoria, que no fundo estava aliviada por imaginar que Nana não ia tomar uma decisão dessas cedo assim. Ela também pretendia esperar o máximo que fosse possível.

****

Nos dias que se seguiram, NichKhun e Victoria continuaram ensaiando durante o dia, viajariam pra gravar o mv em Bali no final de semana. Victoria evitando passar muito tempo sozinha com NichKhun, diminuiu o tempo de ensaio em dupla, até porque já não havia tanta necessidade, uma vez que a coreografia durava pouco mais de um minuto, e que gravariam em dois dias. Nana conseguiu uma folga nas noites daquela semana, então aproveitava pra ir no triplex jantar com NichKhun e Victoria. Nesse dia Nana ia poder jantar com ele sozinho e Victoria sabia disso, claro estava tentando controlar os ciúmes, se Nana podia fazer isso por que ela não conseguiria?

O ensaio havia terminado antes da hora do almoço e pela primeira vez em três dias os dois tinham ficado sozinhos de novo. NichKhun tentou dar um beijo em Victoria, que não correspondeu muito.

— Você anda me evitando... Por quê? — disse NichKhun desanimado.
— Segurança... — ela disse rindo.
— Hein? Está me achando com cara de maníaco tarado ou coisa do tipo?
— Eu já te disse o que penso a respeito disso, não duvido nada que seja verdade. — respondeu brincando — Falando sério agora, eu te conheço a três semanas somente, e olha o tanto que você já bagunçou minha vida, imagina se apressamos as coisas?

NichKhun riu.

— Você pensa mesmo que eu sou um tarado né? Pois eu não sou, eu só tenho amor demais pra dar...

Victoria riu.

— Sobre isso, você vai jantar sozinho com a Nana hoje não é?
— Você não vai pra casa?
— Não, vou fazer umas compras de roupas e depois vou pro meu apartamento preparar minhas malas pra viagem de amanhã... Mas então, você vai jantar com a Nana hoje?
— Por que quer saber isso? Você não vai gostar se eu disser que sim, sua ciumenta. E depois, vai que você resolve nos seguir e botar veneno na comida? — ele disse brincando.
— Quando foi que eu ganhei essa má fama? – Victoria riu.
— Já veio de antes de eu te conhecer, não me culpe.
— Está bem... Mas não me enrola, você vai ou não jantar com ela hoje em casa?
— Adoro quando você diz “em casa”. — Victoria lhe lançou um olhar de impaciência. — Está bem, sim, eu vou jantar com ela. Por que queria saber?
— Queria conversar com você antes.
— Sobre o que é?
— Não vou me extender sobre isso porque me incomoda muito falar de vocês dois. Mas se você for tentar algo a mais com ela, por favor não force a barra, Nana é muito imatura pra lidar com certas coisas, seja natural.
— Quer estar presente pra garantir? — disse NichKhun com brincando com malicia.
— Eu estou falando sério. — Victoria disse impaciente.
— Ela te disse alguma coisa, se vai tentar alguma coisa?
— Não. É só que você vai ficar sozinho com ela...
— Você está sendo sincera mesmo? Imagino que deve ser difícil pra você... Me sinto muito mal por colocar vocês duas nessa posição incomoda, mas agora que vocês se dão bem... — NichKhun suspirou, meio tenso. — Vocês duas devem achar que eu planejo essas coisas, mas eu não faço nada de caso pensado... Pra você ter uma idéia eu nem estava pensando em fazer nada com a Nana. Ela nunca me deixou brechas pra avançar...
— Que bom. — Victoria cortou o assunto. — Eu tenho que ir agora. Te vejo amanhã às 11 no aeroporto. Boa noite.

Victoria deu um beijinho nos lábios de NichKhun, e saiu. Ele pensou ver seus olhos se encherem, mas ao sair pela porta, Victoria sorriu quase que radiante e se despediu com um “tchauzinho”.

A garota vivia um conflito interno muito grande. “Sem ciúmes Vic, você fez a coisa certa. Está jogando limpo. Esquece esses ciúmes... Você sabia o que ia passar quando aceitou essa situação.” pensou ela, que decidiu não pensar mais nisso, afinal “nunca ia acontecer em tão pouco tempo”.

****

Nana chegou cedo no triplex, não eram nem 7 da noite, e não encontrou ninguém em casa, foi na cozinha e não viu nada de comida pronta.

— Ai que fome! — abriu um armário qualquer a espera de encontrar qualquer guloseima, mas NichKhun não estava comendo essas coisas, estava de dieta por causa da gravação do mv na praia, e ia ter cena sem camisa. — Aé! Amanhã eles viajam pra Bali, arsh, os dois sozinhos em Bali... — Nana falava com ela mesma, não tinha idéia do que o que estava sentindo não era inveja e sim ciúmes. — Falando nisso, cadê NichKhun que já era pra estar em casa?

Abriu mais uns três armários e achou uma adega de vinhos.

— Oba!... Que deprimente, beber sozinha dona Nana. 

Pegou uma taça e saiu com a garrafa em direção à cobertura, a noite era de verão e apesar da poluição em Seul dava pra ver milhares de estrelas. Nana ficou lá bebendo sozinha durante uma hora mais ou menos, e claro, como estava de barriga vazia o efeito do álcool veio feito bala. Houve um barulho no andar de baixo, no quarto de NichKhun.

— Nana você está aí em cima?

Nana se sobressaltou, de alegria alcoólica, e desceu para quarto aos tropeços. 

— NichKhun oppaaaaa! — ela gritou pulando no colo dele.

NichKhun sentiu muito cheiro de vinho e riu.

— O que você andou fazendo sua doida?
— Andei com a melhor companhia do mundo!
— Hein?
— Xiiiii! — Nana pôs o dedo indicador nos lábios de NichKhun, para silenciá-lo, ele estava achando atitude dela muito cômica — Não precisa ficar com ciúmes, não é o Ricardão, o Cabernet Sauvignon*.
— Quem? — NichKhun fazia perguntas só pra ver o que ela respondia.

Nana deu um beijo e NichKhun e depois ficou segurando seu rosto e olhando tristemente.

— Você me perdoa? — disse ela.
— Pelo quê? — disse ele confuso.
— Por que eu te traí...
— Com quem? — NichKhun não estava levando a sério claro, mas disse como se estivesse bravo.
— Com o tal Cabernet Sauvignon ué? — disse ela impaciente.

Nana jogou o corpo para o lado, pesando para que NichKhun, que ainda a tinha no colo, se sentasse na cama, e o beijou, já tentando tirar-lhe a roupa.
NichKhun estava achando a situação tão engraçada que ao invés de corresponder, estava rindo.

— Nana... espera... Que é que você está fazendo?
— Estou me reconciliando, ué!

NichKhun riu alto, e Nana continuou tentando tirar a camisa do rapaz, enfim, tentando abrir toda parte de roupa que tinha botões ou zipers. NichKhun segurou suas mãos.

— Nana, não faça isso... — ele disse.

Ela o fitou, meio tristonha.

— Você ainda está bravo?
— Se eu disser que sim, o que você vai fazer? — disse ele brincando.
— Compensar... — ela respondeu, e voltou a beijá-lo e brigar com os botões e zipers da roupa dele.

NichKhun já ia se deixar levar, mas se lembrou do aviso de Victoria.

— Espera um momento. — disse ele colocando Nana em cima do colchão, encostada na cabeceira da cama. — Eu já volto.
— Você já vai viajar? Pra Bali? ... NichKhun volta aqui! Eu tenho que te compensar!
— Amanhã você não vai se lembrar de nada... — disse ele, que não esperava que Nana estivesse prestando atenção.

NichKhun tinha ido à cozinha buscar algo do jantar que ele tinha trazido para ela comer, quando voltou ao quarto ela estava dormindo. Tirou-lhe as sandálias, cobriu-a com o edredom, comeu um pouco e foi se trocar para dormir. Ele se deitou do lado dela e dormiu quase que tão rápido quando ela.

Nana acordou às 7 da manhã seguinte, por causa da fome e da dor de cabeça. Tentou se lembrar como foi parar no quarto de NichKhun na noite anterior, e se lembrou brevemente de estar tentando tirar a camisa dele.

— Que eu não tenha feito nenhuma besteira, por favor por favor por favor... — ela cochichou pra si mesma, sentindo remorso.

NichKhun voltou ao quarto trazendo uma bandeja de café.

— Bom dia! Você deve estar morrendo de fome, não é?
— NichKhun, que foi que eu fiz ontem? — disse ela preocupada.
— Você bebeu demais, não comeu nada... e tentou me seduzir.
— E consegui? — foi o “não” que ela mais esperou receber na vida.
— Se o que você está realmente me perguntando é se eu me aproveitei de você, a resposta é não. Você tem uma imagem muito ruim de mim... — disse ele, desanimado e meio bravo.

Nana se sentiu tão aliviada e beijou NichKhun com mais vontade que nunca. NichKhun ficou meio desconcertado, achando que ela ainda podia estar sob efeito de álcool.

— Nana... De novo não...
— Eu não estou mais bêbada, só estou feliz... e eu, quero que aconteça agora.
— Por que isso agora? — disse NichKhun em meio a um turbilhão de beijos que Nana lhe dava.
— Porque é o que eu quero... Porque eu estou sóbria... E para você sentir saudades de mim quando estiver em Bali...

NichKhun não conseguiu encontrar motivos para adiar e se deixou levar, e os dois fizeram amor.

Certo tempo depois, os dois estavam tomando café juntos, e NichKhun se deu conta de que horas eram.

— Deus! Eu tenho que me encontrar com a equipe no aeroporto em menos de 2 horas!
— Ih! Verdade. Não se atrase por mim.
— Me desculpe por não ficar mais tempo, mas eu preciso mesmo ir. Vou tomar um banho e vou correndo pra lá, chame um táxi pra mim enquanto isso?
****
Victoria estava no banheiro do aeroporto quando, seu celular tocou e ela atendeu.

— Oi?
— First! — disse uma voz alegre.
— O quê?
— First! — disse a mesma voz, agora mais familiar.
Houve um “click” e a outra linha ficou muda.
— “First”? Como assim “first”? ... Ai não... Não pode ser... não não não...Droga!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Triplex" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.