Triplex escrita por liviahel


Capítulo 21
Todas Piradas e...Malucas? — Parte 1




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Em mais um domingo no tríplex, NichKhun, Nana e Victoria curtiam o friozinho do inverno recém chegado debaixo das cobertas vendo um filme que elas tinham insistido em ver. Era uma dessas comédias românticas que os homens só aceitam ver quando querem conquistar uma garota e querem fazer um agrado, NichKhun não precisava fazer nenhuma das duas coisas, então não estava colaborando porque sinceramente não gostava daquele tipo de filme.

— Fala sério! O nome do filme é “Procura-se um amor que goste de Kpop”...
— Fica quieto NichKhun! Presta atenção no filme. — Victoria disse meio brava.
— Está bem, mas eu ainda acho que o nome é bem estúpido, quem foi que escolheu esse filme?
— Fui eu, por quê? — Nana disse, também meio brava.
— É que... Bom... Nada. — NichKhun ficou na defensiva, meio que por instinto. — Só queria saber o que te levou a escolher o filme...
— Ah, me disseram que é legal...
— Sério? — ele disse com sarcasmo na voz.
— O que você quis dizer com isso de “sério”? — Nana imitou a voz de NichKhun.
— É que garotas só escolhem esse tipo de filme pela beleza do ator principal...
— Aí você já está generalizando, odeio essa coisa de “garotas só...”, “Todas as mulheres...”. — Victoria disse.
— Como se vocês nunca dissessem “todos os homens são iguais”, vai me dizer, Nana, que você não escolheu o filme por causa do ator?
— Não... — ela não soou convincente.
— Sei... Quem é o ator?
— Está bem, se você prestar atenção no filme, olha ele ali... — ela apontou para a TV.
— Mas é um moleque!
— Achei lindo. — Victoria disse.
— Pedonoona...
— Arsh! Você sabe que eu odeio ser chamada de noona!
— Quem é ele afinal? Nunca o vi antes.
— CNU... — Nana respondeu.
— Nunca nem ouvi falar.
— Agora vai... Presta atenção no filme.

NichKhun calou-se, mas estava inquieto e impaciente, Nana e Victoria prestaram atenção no filme. A verdade é que o filme era mesmo meio bobo, mas divertido para a parcela feminina da população, não era mesmo o tipo de filme que interessasse a um homem. 

A historia chegou ao ponto clichê triste, NichKhun olhou para os lados e viu os olhos das duas lacrimejarem. Ele deu uma risada baixa, com sarcasmo.

— O que foi agora NichKhun? — Victoria disse.
— Que foi que eu fiz? Eu não disse nada...
— Mas pensou...
— E eu não posso mais pensar agora? Tenho sorte de vocês não conseguirem ler mentes porque eu só penso besteira, imagina se toda vez vocês ficarem irritadas assim... — ele disse rindo.
— Quem falou que eu estou irritada?
— Meio obvio Vic.
— Vocês dois podiam ficar quietos, o filme está quase acabando e está na melhor parte! — Nana falou alto.
— Está bem, vamos ver o seu “Shino”...
— É CNU, e ele não é nada meu...
— Que bom que você sabe...
— Mas se eu quisesse... — dessa vez Nana não foi nem um pouco modesta.
— Mas não quer. — NichKhun disse com despeito. — Vamos encerrar a conversa?
— Você anda tão convencido... — Victoria comentou.
— E vocês andam muito irritadiças, estão de TPM?!

Nana e Victoria se entreolharam com expressões de impaciência no rosto. Elas pegaram os cobertores e já iam sair do quarto.

— Ei! Onde vocês estão indo.
— Para os nossos quartos.
— Fala sério Vic! Por causa de uma bobagem dessas?
— É, por causa da bobagem NichKhun. — Nana disse.
— Viu como vocês estão de TPM? Eu nem mesmo sei qual das bobagens que eu disse causou essa revolta toda.
— É justamente por você ter atribuído nossa irritação à TPM, sendo que foi você quem nos irritou. — Victoria disse com impaciência.
— Todo homem faz isso.
— Então o problema todo foi por eu ter falado do tal CNU? — ele disse rindo.
— Arsh! — as duas disseram juntas, deram as costas e saíram do quarto.
*******

Enquanto isso, na casa de Junsu.

Junsu assistia a um jogo de baseball na TV, enquanto comia pipoca. Sohee tentava arrumar suas próprias coisas para ir para casa, porque no dia seguinte tinha que trabalhar cedo. A estilista saiu do quarto arrastando uma toalha branca pela casa, entrou na frente da TV com uma expressão de desaprovação no rosto.

— Pode me dizer o que é isso?
Junsu ainda tentava ver o jogo na TV pelas bordas que Sohee não conseguia cobrir com o corpo.
— É uma toalha, querida.
— Disse eu sei, eu não sou burra.
— Eu nunca disse isso, querida. O que tem a toalha? — ele ainda não olhava para ela enquanto falava.
— Você não faz a menor idéia, não é?
— Não querida...
Sohee jogou a toalha no rosto dele.
— Olha pra mim enquanto eu estou falando!
— Como querida, se você cobriu meus olhos com a toalha? — ele disse rindo.
— Não achei graça. E para de me chamar de “querida”, eu estou brava, você não está vendo?
— Eu não vejo nada, querida.

Sohee suspirou impaciente.

— Já que você quer tanto ficar com a toalha no rosto, vai poder me dizer o problema dela.
— Ela é branca...
— E daí?!
— Não gosto muito de branco...
— E o que mais? — Sohee disse entre os dentes.
— E está úmida, é isso?
— Ah! Parabéns, finalmente.

Ele finalmente tirou a toalha do rosto.

— Muito obrigado.
— Até quando você vai deixar isso em cima da cama?
— Até quando você resolver ficar aqui todos os dias, aí eu mudo meus hábitos...
— Já conversamos sobre isso, e resolvemos que ainda não é hora...
— Você resolveu, eu ainda não concordo.
— Tanto faz isso agora. Custa você colocar a toalha pra secar? É horrível dormir num colchão úmido.
— Mas você não vai nem dormir aqui...
— Eu estava até cogitando ficar, mas desisti.
— Toalha maldita. — Junsu disse sorrindo. —Mas eu não ligo pra essas coisas, é exagero seu.
— Está bem, o colchão ficar úmido é exagero meu, mas o lençol e conseqüentemente você amanhecem com cheiro de cachorro molhado.
— Você está de TPM não é?
— Arsh, vou embora, você não leva nada a sério.
Sohee pegou as coisas, jogou dentro da bolsa e saiu andando.
— Tudo isso por causa de uma toalha?
Ela deu uma ultima olhada venenosa para ele enquanto saía, e fechou a porta.
******

No dormitório da agência...

Krystal e Junho se agarravam no sofá numa das únicas oportunidades que surgiram, pois ela morava com outras meninas que a agencia pretendia fazer debutarem juntas, e também porque o manager sempre fazia rondas para verificar possíveis escapadas dos meninos do dormitório para o dormitório feminino. Esse era um dos motivos pelos quais o relacionamento dos dois não evoluía muito, sempre tinha alguém pra atrapalhar, mas o outro motivo era que Junho era muito tímido e devagar. Toda vez que Krystal tentava avançar, ele recuava, um tanto assustado. Isso irritava e intrigava um pouco a garota, porque era ela quem tinha que dar o primeiro passo. Inclusive dessa vez, ela tinha prometido para as garotas do dormitório que ia lavar as louças da semana inteira se elas ficassem ao menos três horas fora de casa.

E lá estava ela em cima do rapaz, para tentar oficializar de vez o relacionamento.

— Até quando você vai ficar me enrolando? — ela disse, interrompendo um beijo, ela tinha os lábios levemente avermelhados.
— Como é?
— É, a gente já está nisso há meses e parece que você só me procura por conveniência.
— Eu nem devia estar aqui. O que quer que eu faça?
— Queria saber o que nós somos? Estamos namorando ou o quê?
— B-bom, se é o que você quer...
— Arsh! Era o que você devia querer também! — ela disse irritada, sentando se no sofá oposto ao que Junho estava sentado.
— Eu sempre quis... Só estava te protegendo do seu manager, se ele nos pega juntos, você pode nem debutar.
— Sério que você pensa isso? — Krystal parecia surpresa e aliviada.
— Claro. Mas eu sempre achei que de nada adiantaria te pedir em namoro se eu não posso dizer pra ninguém. Quem vive bem numa situação dessas?
— Ah! Tem quem viva sim, em situação pior até. — ela disse rindo, obviamente ela estava se lembrando do trio tríplex.
— Está falando de quem?
— De ninguém... Falando em ninguém, não vai aparecer ninguém aqui agora, por que não aproveitamos?
— Você me faz sentir “a mulher da relação” falando assim. — ele disse rindo, e ajoelhando-se perto do sofá onde ela estava sentada.
— Até eu estava começando a pensar isso. — ela disse rindo.
— Fala sério. — ele disse dando um beijinho de leve nos lábios dela.
— E esse é o seu entusiasmo... — Krystal disse meio decepcionada.
— Arsh! Seu humor oscila mais que a Escala Richter... 
— É que, se isso é o melhor que você pode fazer...

Junho não esperou ela terminar o raciocínio para beijá-la, Krystal desceu do sofá e se ajoelhou de frente pra ele sem interromper o beijo. Para sua surpresa, Junho a segurou forte nos braços e os dois se deitaram no tapete felpudo da sala de estar do apartamento. O rapaz segurou as duas mãos da garota acima da cabeça, deixando-a presa por debaixo de seu corpo.

— Melhor assim?
— Estou chocada... — Krystal disse sorrindo, completamente imóvel.
— Não vai tentar se soltar?
— Quem disse que eu estou presa?
— Se solta então... — ele disse em tom de desafio.
— Não, obrigada.

Ele voltaram a se beijar, se livraram de algumas roupas de inverno que ainda usavam mesmo estando dentro de casa com aquecimento. Quando tudo parecia que ia dar certo, alguém bateu à porta.

— Krystal, eu sei que você está aí, abra essa porta! — disse uma voz masculina do outro lado da porta da sala.
Krystal jogou Junho para o lado de susto.
— Merda! — ela disse aos sussurros. — É meu manager.
— Quê? — Junho disse, também sussurrando, mas um pouco mais alto do que o necessário.
— Krystal, eu sei que você está aí! Abra a porta!
— Droga, vai pro quarto de uma das meninas, sei lá se esconda bem!
— Um pouco óbvio, não?
— Só se você estivesse dormindo com a Sulli, o que não é o caso.
— Como sabe? — ele disse brincando, se levantando pra ir pro tal quarto. 
— Porque nem comigo você dorme... Agora vai logo, que eu resolvo.

Ele entrou no quarto e desapareceu de vista, enquanto o manager continuava batendo na porta. Krystal pegou o casaco, os sapatos e o cachecol de Junho, que estavam espalhados no tapete e enfiou no primeiro lugar que conseguiu pensar, debaixo do sofá. Tentou ajeitar as roupas que estava vestindo a caminho da porta.

— Já vai! — ela destrancou a porta e atendeu o manager com uma expressão incrivelmente tranqüila no rosto. — Oi ajuhshi.
— Oi SooJung. — ele disse, entrando sem perguntar.

Ele andou pela sala como quem procurava alguma coisa, Krystal só fechou a porta atrás de si e esperou.

— Onde estão as outras meninas?
— Ãh? Ah! Não sei, acho que elas saíram para dar uma volta.
— Nesse tempo?
— Nem está tão ruim assim, já houve dias mais frios que o de hoje, não estamos nem em dezembro ainda.
— Verdade... Mas porque você não foi com elas? — ele estava espreitando, mas Krystal não era do tipo que se intimidava por tão pouco.
— Minha garganta está doendo, acho que estou ficando doente, não posso arriscar.
— Você parece bem saudável pra mim, está corada, e seus lábios estão vermelhos.
— É que eu acho que estava com febre...

O homem colocou a mão sobre a testa de Krystal.

— Nem sinal de febre... Você estava com alguém aqui?
— Só as meninas... Bom, isso foi há mais ou menos duas horas, elas já devem estar de volta. Quer que eu ligue pra elas?
— SooJung, você sabe bem que eu não vim aqui pra fazer visita, vim te vigiar, porque das cinco, você é que mais apronta...
— Eu?! O que foi que eu já fiz? — ela parecia realmente surpresa com o comentário.
— Ainda não tenho como provar.
— Viu só? Está de implicância comigo... Você devia se preocupar com as outras que nem em casa estão, porque obviamente, eu estou bem vigiada.
— Verdade... Eu devia fazer isso mesmo, principalmente a Sulli, aquela ali tem cara de pervertida.

Krystal riu.

— Exagero seu. Mas então, vai aceita alguma coisa, um chá talvez?
— Chá não, obrigado. Mas eu poderia usar seu banheiro?
“Arsh, aposto que ele veio aqui pra isso mesmo. Vai embora logo!” ela pensou.
— Claro... Fique à vontade.

O homem, que devia ter uns quarenta e tantos anos e era um tanto antiquado, entrou no banheiro, mas não fechou a porta, ficou olhando pra alguma coisa que lhe chamou atenção.

— Ahá! Eu sabia!
— Tudo bem aí ajuhshi? — Krystal disse, sentada no sofá, meio sobressaltada.
— Cadê o rapaz que estava com você?
— Do que está falando? 
— Tinha um rapaz aqui até agora a pouco, cadê ele?
— Não sei do que está falando. — Krystal fez-se de desentendida.
— A tampa do vaso está levantada...
“Putz! Que merda! Te mato depois Junho.” Ela pensou consigo mesma, enquanto tentava pensar numa resposta convincente.
— E daí?
— E daí que pelo que eu saiba nenhuma garota faz isso, ao menos que alguém de vocês faça xixi em pé.
— Vai saber né? — Krystal disse sarcasticamente.
— Estou falando sério Jung SooJung! Quem está aqui com você?!
— Paranóia ajuhshi! Eu deixei a tampa aberta porque tinha lavado o banheiro e deixei ela assim pra escorrer a água.
— Você... Lavando banheiro?
— O que é que tem?
— Não parece que foi lavado.

Krystal riu.

— Olha a minha cara de quem fica esfregando essas coisas com a mão, eu só joguei uma água. Além do mais isso não é minha tarefa.
— Pois bem, se não tem nenhum rapaz aqui, você não vai ter problema em me deixar dar uma olhada no apartamento.

Uma corrente gelada passou pela coluna de Krystal, que estava torcendo pra que Junho tivesse se escondido bem. O senhor passou por todos os quartos, o dela foi o que ele teve mais atenção em verificar, mas não havia encontrado nada, a idéia de mandar Junho se esconder em outro quarto tinha sido eficiente. O manager pareceu mais tranqüilo quando não conseguiu encontrar evidências, passou batido pelo ultimo quarto, que era aonde Junho devia ter se escondido.

— Parece que você dizia a verdade. Mas não é à toa que você disse estar ficando doente, um frio desses e a janela aberta...
— Quê?
— A janela aberta. — ele mostrou do que estava falando fechando a janela.
“Droga Junho, eu falei pra você se esconder no armário, não pra pular da janela... Espera, estamos no terceiro andar!” Krystal pensou, o pânico tomando conta.
— Ah sim... Deve... Deve ter sido a Sulli quem deixou aberta, ela não é de sentir muito frio...
— Aí é que está o problema, quem não sente frio sente calores... Vou procurar por ela então.
— Boa sorte. — ela disse, trancando a porta logo depois que o manager saiu.

Ela correu de volta para o quarto à procura de Junho, foi direto abria a janela pra ver o que tinha acontecido. Mas quando olhou pro pátio do prédio lá embaixo não viu ninguém.

— Junho! — ela chamou, não muito alto, porque o manager ainda estava nos arredores.
— Oi! — disse uma voz acompanhada por um estrondo atrás dela.

Krystal pulou de susto.

— Ah! Está querendo me enfartar ou o quê? 
— Desculpa amor. — ele disse, segurando-a pela cintura.
— Eu pensei que você tivesse pulado a janela! — ela disse dando uns tapas no peito dele, tentando se desvencilhar.
— Ficou com medo que eu tivesse morrido pra salvar sua honra?
— Não brinca com essas coisas! Eu fiquei preocupada de verdade.
— Está bem. — ele disse num tom leve de quem não deu a menor importância para a histeria da garota, porque pra ele não fazia muito sentido. — Eu usei a abertura da janela como escada
— E você hein? Mal entra na minha casa e já está fazendo das suas...
— Do que está falando?
— Da tampa do vaso levantada!
— Ah, isso? Coisa de homem... — ele disse, aproximando o rosto para beijá-la.

Krystal se desviou.

— Essa “coisa de homem” quase me entrega!
— Mas você se saiu bem, como sempre.
— Foi sorte... E pode parar de me bajular.
— Ih... — ele suspirou como quem acabava de concluir algo óbvio.
— O que foi?
— Nada, é que... Você está para... Para... Você sabe... Não é?
— Está querendo insinuar que eu estou de TPM? — Krystal disse impaciente.
— E não está?
— Foi só o susto, não é TPM!
— Então podemos voltar aonde paramos... — ele disse apertando-a nos braços para beijá-la.
Só que ela não correspondeu como o esperado, deu apenas um “selinho” e se desviou.
— É agora, o quê?
— Não tem mais clima.
Junho riu.
— E você diz que não é TPM... Você sempre insistindo, e quando eu cedo, você não quer mais.
— Está me chamando de oferecida?
Ele ergueu as sobrancelhas. Surpreso com tamanha mudança de humor.
— Não... Você que está deduzindo demais. Quer saber, acho melhor eu ir embora, a gente se fala depois.
Ele deu um beijo rápido nela, pegou o casaco, os sapatos e o cachecol aonde Krystal os tinha escondido e foi embora.

******

JaeKyung e Siwon se encontravam de novo depois de duas semanas sem se verem, ele tinha viajado para fazer um curso sobre intervenções cirúrgicas. JaeKyung foi recebê-lo no aeroporto e os dois foram direto para a casa dele.

Chegando lá, Siwon mal abriu a porta e a moça pulou no pescoço dele e cobriu-lhe os lábios de beijos, ele correspondeu de imediato puxando-a para si pelos quadris. Ela abriu-lhe a camisa branca com um puxão, arrebentando vários botões que ficaram pelo caminho, assim como alguns quadros do corredor que levava até o quarto. Jaekyung passava a ponta dos dedos no peito nu de Siwon, brincando com os gominhos de músculos bem definidos que ele tinha naquela área, enquanto ele soltava-lhe os cabelos e se livrava com cuidado da blusa de botões que ela usava. Os dois voltaram a se beijar e seus corpos começaram a ficar ansiosos, Dr. Choi carregou Jaekyung no colo, a pôs de joelhos no colchão e ajoelhou-se de frente para ela. Ele abraçou e beijou-lhe o colo, próximo ao bojo do sutiã, JaeKyung inclinou-se para trás para receber a caricia e os dois caíram deitados no colchão.

— Senti sua falta. — ela disse.
— Eu também... Muita falta. — ele disse muito rapidamente e voltou a beijar-lhe o colo e o pescoço com ansiedade.

Siwon desceu os lábios para o umbigo da moça e usou as mãos para desabotoar-lhe a calça e deslizá-la pelas pernas. Depois voltou a beijar-lhe os lábios, segurando-a por trás da perna, para manter os quadris bem próximos. JaeKyung não se deu conta de quando foi que Siwon fez isso, mas quando deu por si ele já estava sem roupa alguma. Começou a sentir uma euforia muito grande, e seu corpo estava queimando. Ela estava bem mais sensível do que o normal, e Siwon notou isso. Talvez fosse só a saudade, não havia como saber, mas fisicamente ele compreendia o que ela devia estar sentindo, porque ele, como homem, sempre reagia assim.

Siwon quase arruinou o momento tentando desatar o sutiã de JaeKyung, demorou muito mais do que o necessário. Uma vez livre da peça, ele voltou a beijar-lhe o colo nu, enquanto ela brincava com seus cabelos. Ele desceu, depositando-lhe beijos na linha que ia do abdômen a até o ventre, aonde ainda restava uma peça de lingerie a ser tirada.

JaeKyung usava uma tanguinha com elástico fino, bem fofa até, nada vulgar, ele passou os dedos pelo elástico e deslisou a peça devagar, continuando a carícia da linha de beijos do quadril aos pés, por onde passava. A moça foi tomada por uma onda de ansiedade e sentou-se no colchão para poder tocar o rosto de Siwon e beijar-lhe os lábios. Ela abraçou-o, jogou-o contra o colchão e cobriu-lhe o corpo.

— Wow! — ele disse, sorrindo surpreso.
— Quietinho. — ela disse sorrindo, selando seus lábios com o dedo indicador.

Certo tempo depois, os dois estavam deitados, abraçados na cama. Siwon tinha a cabeça pousada no peito dela, onde podia passar as mãos pelas curvas do corpo dela, enquanto ela mexia em seus cabelos.

— Você sempre me surpreende.
— Você precisa fazer um corte nesse cabelo. — ela comentou.
— Pensei que você gostasse assim...
— Eu gosto... É que você fica adiando, vai acabar ficando grande demais.
— Não te entendo. — ele disse rindo.
— Por quê?
— É que você diz uma coisa, mas pensa outra.
— Só estava puxando assunto, além do mais você não precisa só fazer as coisas porque eu gosto...

A conversa era meio que uma metáfora pra alguma coisa que Siwon não conseguiu entender o que era, então ele simplesmente tentou ignorar e parecer o mais agradável possível.

— Mas não é melhor quando eu faço o que você gosta?
— Pode ser... Se você souber o que eu quero. — ela disse num tom de quem espera um comentário óbvio e específico.
Siwon sentiu que era melhor cortar o assunto antes que virasse uma bola de neve e acabasse com alguma discussão estúpida.
— Você se importaria se eu dormisse um pouco?
— Quê?! — ela disse um tanto surpresa, e um pouco irritada.
— Estou cansado da viagem...
— Ah... pode...

Ele ajeitou o corpo, segurando-a mais perto de si e pousando a cabeça por cima do ombro dela, com os lábios encostados ao lóbulo da orelha.

— Não vai dormir também? — ele disse com um sussurro, os olhos já fechados.
— Com você sussurrando no meu ouvido fica difícil. — Siwon riu baixinho. — Mas vou tentar.

Dr. Choi dormiu rápido, mas JaeKyung não conseguiu porquesentia arrepios toda vez que o sopro da respiração dele passava por seu pescoço. Também porque ele a mantinha tão perto do corpo que era difícil se mover, não que ela quisesse realmente.

Ele já dormia há algum tempo, e como estava cansado, começou a falar coisas sem nexo. JaeKyung já estava se habituando com isso, achava engraçado, ele fazia isso sempre quando tinha muito trabalho.

— Mais uma vez.... pega... pega pra mim...

A moça se segurava para não rir, não queria acordar o rapaz, que continuava falando palavras soltas no ar, nada que fizesse muito sentido.

— Isso... HyeWon...
—HyeWon?! — JaeKyung disse indignada, empurrando Siwon para o lado bruscamente, acordando-o.
— Ai! O que foi? Ficou maluca? — ele disse, esfregando os olhos, com dificuldade de abri-los.
— Quem é HyeWon?! — ela disse, cruzando os braços.
— Hein? — ele parecia forçar a memória para entender o motivo da pergunta.
— Você disse esse nome enquanto dormia.
— Ah! Era a enfereira instrumentista que estava fazendo o curso comigo.
— Só isso?
— O que mais quer que eu diga? Você está viajando...
— O que quer que eu pense se você estava falando coisas como “Isso... pega pra mim...HyeWon”?!
— Mas eu nem lembro sobre o que eu estava sonhando, foi só um ato falho.
— Só um ato falho? Nós acabamos de fazer amor, você dormiu nos meus braços, era o meu nome que você tinha que ter nos lábios!
— Você sabe que eu falo coisas sem nexo quando estou domindo!
— Eu sei!
— Então?
— Mas você nunca falou de outra mulher antes...
— Você está exagerando, eu não tenho nada com essa mulher... Você está é de TPM!

JaeKyung suspirou, furiosa.

— Quem está dizendo isso? O médico ou meu namorado?
— Somos a mesma pessoa, faz diferença?
— Claro que faz! Se foi o médico quem disse, ele só constatou algo que observou clinicamente, se foi meu namorado, então está me chamando de histérica de graça!
— Mas você está histérica!
— Não é por causa da TPM, eu tenho motivo!
— Não tem não! Eu já disse que foi só um ato falho.
— Eu não tenho como saber!
— Eu te provo então!

Siwon puxou-a pelas pernas para perto de si, pesou o corpo para que ela se deitasse e a beijou. JaeKyung tentou resistir, mas foi vencida pela própria vontade e os dois acabaram fazendo amor de novo.
— Isso não muda o fato de que eu ainda estou brava. — ela disse quase sem voz e meio ofegante.
— Eu sei, mas ameniza as coisas.


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