O Mistério De Uma Lembrança escrita por Emmy


Capítulo 5
Capítulo 4 - É Tão Estranho... Amar Você...




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PDV - Bella

Acordei no dia seguinte me sentindo um pouco estranha. Parecia que algo estava prestes a acontecer. Respirei e inspirei profundamente como a psicóloga havia me ensinado. De imediato adiantou, mas ao longo da manhã voltou a me atormentar.

– Bom dia Ellie – Jacob se curvou me dando um selinho.

– Bom dia – Puxei a cadeira sentando-me ao seu lado direito como de costume.

– Como está se sentindo?

– Bem – Menti. – Mas o por que da pergunta?

– Você é a minha esposa, só estou querendo saber como está. Não há nada demais nisso.

– Como já disse antes – estou bem, obrigada. E você?

– Ótimo – Sorriu mostrando seus dentes brancos.

– O por que desse sorriso?

– Não é nada. Só estou pensado.

– Ok. Mas eu te conheço Jacob Black.

– Eu sei. E eu a você – Pegou minha mão a apertando de leve.

– Não vai mesmo me contar não é?

– Não tenho nada pra contar.

– Tudo bem. Desisto! Não ficarei insistindo.

– É assim que eu gosto! – Tocou suavemente meu queixo. – Margareth sirva chá para Ellie, sim?

Margareth nossa empregada assentiu me servindo rapidamente. Saboreei o gosto doce do chá e suspirei me recostando a cadeira.

– Onde está Emma? – Perguntei me lembrando dela.

– Ela já foi para escola.

– Ah Sim. Ela me disse que está adorando. Além de ter facilidade com as matérias já fez diversas amizades.

– Que maravilha! Mas não esperava menos da minha filha. Com certeza puxou a minha inteligência – Disse orgulhoso.

– Isso pelo menos. Mas queria saber de onde vieram aqueles olhos. Eles são tão lindos!

– Como já disse – de algum parente.

– Disso eu já sei, só que acho que os olhos dela são tão parecidos com os do...

– Dos meus parentes. De algum deles com certeza – Vi seu maxilar ficar rígido.

– Mas Jacob...

– Margareth traga o remédio de Ellie, por favor.

– Sim senhor, com licença.

– Eu não preciso de remédio algum! Já estou bem.

– Ellie eu sou médico e meus colegas de trabalho – principalmente seu doutor. Todos nós sabemos que você por conta das seqüelas do acidente PRECISA do remédio.

– De que adianta? Eu nunca vou me lembrar de nada mesmo! – Dei de ombros.

– Não fale isso Ellie!

– Você quer que eu fale o que? Que agradeça e fique muda diante a minha condição?

– Estou vendo que está tendo outra crise. Ligarei para a psicóloga.

– Não ligará para ninguém!

– Então trate logo de tomar esse remédio!

– Me dê logo essa droga! – Murmurei pegando o pequeno copo com o liquido efervescente (age mais rápido segundo Jacob) e entornei tudo de uma vez.

– Boa menina! – Acariciou minha mão e a afastei rapidamente.

– Satisfeito, Doutor Black? – Disse com ironia.

– Não fale assim Ellie. Você sabe que só quero o seu bem.

– Estou vendo que sim – Abaixei a cabeça olhando para o prato ainda vazio.

– Olhe pra mim – Puxou meu rosto me forçando a encará-lo. – Nunca duvide do meu amor por você. Eu te amo muito!

– Eu... Eu não duvido. E também te amo – Não fui totalmente sincera, mas não queria discutir.

– Assim está ótimo! Agora tome seu café da manhã, sim? – Assenti atendendo seu pedido.

Depois que Jacob saiu para trabalhar, fui arrumar algo para fazer. Gostaria muito de voltar a trabalhar, mas o Doutor Slater e também Jake acharam melhor não, e que eu deveria esperar por mais algum tempo. É claro que não concordei de imediato – queria ser útil ao invés de ser tratada como uma incapaz, porém meus argumentos não serviram de nada e perdi essa guerra.

Andei até o quarto que Jacob havia transformado em biblioteca e comecei a dar uma boa olhada nos títulos. Todo mês novos livros são comprados para eu não ficar sem ter o que ler. Mais uma preocupação de Jake.

É apenas um agrado. Não quero que minha rainha fique entediada – Foram as palavras dele ao me mostrar a biblioteca pela primeira vez. É claro que adorei e até derramei algumas lágrimas. Ler é uma atividade que faço desde pequenina (pelo menos sinto isso), e aquele gesto dele me emocionou.

Após mais algumas olhadas resolvi optar pegando “A Cabana” de William P. Young. Já me disseram que esse livro é muito bom.

Veremos se é mesmo.

Sentei-me na poltrona perto da janela e comecei a folhear.

– Sabia que estaria aqui.

–Leah? O que faz aqui? – Levantei meu olhar até ela que estava encostada no batente da porta.

– Oi pra você também Ellie – Deu uma risadinha se aproximando. – E desde quando eu não posso visitar minha melhor amiga? – Se curvou me dando dois beijinhos em cada lado da bochecha.

– Desculpa. É que não esperava por ninguém hoje.

– Eu devia ter avisado...

– Sem problemas. Adoro a sua companhia.

– E eu como uma ótima amiga só apareço de vez em quando.

– Eu entendo. Você deve estar ocupada ultimamente.

– Adivinhou! O Garret não me dá sossego! – Bufou cruzando as pernas ao se sentar.

– Coitado Leah! Ele só está apaixonado.

– Pode até ser, mas já tá ficando grudento demais.

– Assim até parece que o amor não é recíproco.

– Esse é o problema! É sim recíproco, mas eu não consigo me doar tanto quanto ele. Eu sou um pouco fria nesse assunto.

– Eu bem sei! Mas posso te garantir que você mudou bastante. Agora está quase perto de ser uma manteiga derretida.

– Valeu, mas não chega a tanto. Eu ainda sou firme como uma rocha quando quero.

– Se você diz...

– Vamos deixar esse assunto de lado e vamos falar sobre algo interessante?

– Se o seu noivo Garret não é interessante o que mais pode ser?

– Muitas coisas, apesar dele ser ótimo em...

– Ok. Eu já sei em que. Você me contou muito sobre isso – Muito mesmo! Desde a primeira vez até a última, Leah costuma contar com detalhes. Somos melhores amigas, mas esse tipo de assunto é muito particular.

– Tudo bem. Então vou falar o motivo da minha ilustre visita.

– Claro! Gostaria de saber.

– Vim até aqui para saber se você Ellie Black quer ser a minha madrinha. Junto com o Jacob, é claro.

– É obvio que eu quero! Não precisava nem pedir sua boba! – A abracei feliz pelo convite.

– Foi isso o que eu disse para o Garret, mas ele insistiu em fazermos tudo nos conformes.

– Todo organizado. Típico dele.

– Muito organizado e um pouco antiquado. Mas não o trocaria por ninguém.

– Nem pelo Brad Pitt?

– Cá entre nós – eu sou mais o Tom Cruise – Sussurrou.

“E eu o homem misterioso”, pensei.

Ficamos colocando o papo em dia até que o “noivo apaixonado” ligou e ela teve que ir. Foi contra a vontade mais foi.

Aproveitei a solidão aconchegante para finalmente ler. Só parei quando olhei para o relógio e me dei conta que Emma já estava pra chegar.

Fui para a sala esperá-la. Eram apenas algumas horas que ela passava fora, mas já eram suficientes para me fazer sentir muita saudade da minha menininha.

Ouvi a porta se abrir e Emma veio correndo até mim.

– Mamãe! Mamãe! – Seus bracinhos me rodearam num abraço doce.

– Oi minha querida – A puxei para meu colo. – Como está?

– Ótima. Senti saudade mamãe.

– Eu também minha vida.

– Pu que você não foi me bucá?

– Esqueceu minha querida que combinamos que irei buscá-la na escolinha um dia sim e outro não? E hoje é o dia do não.

– Ah mamãe! Eu quelo que você me buque todo dia.

– Oh meu bem a mamãe também quer, mas não dá – Alisei seus longos cabelos.

– Pu que mamãe?

– A mamãe precisa de um tempinho pra ela – Seus olhinhos verdes estavam confusos. Odeio vê-la assim. Apesar da incrível inteligência, não dá para falar de tudo com ela.

– Que tal irmos passear? – Sussurrei para deixá-la feliz.

– Eu queo!

– E pra onde quer ir?

– No paque!

– Conheço um lugar que tem um parque cheio de brinquedos e outras coisas...

– Vamos mamãe.

– Vou arrumar umas coisinhas primeiro e enquanto faço isso, peça a Margareth para te dar um banho e escolher roupas bem bonitas.

– Magaeth! – Pulou do meu colo sem hesitar a procurando.

Dei risada indo para o meu quarto. Tomei um banho rápido e optei por um look confortável que fosse quente e também casual. Ajeitei meus cabelos e passei maquiagem, e para finalizar perfume.

– Emma já estou pronta – Anunciei descendo as escadas.

– Eu também mamãe – Apareceu toda arrumada.

– Está linda minha princesa – Me ajoelhei a beijando na testa. – E então vamos?

– Vamos! – Me puxou para a porta.

– Obrigada Margareth. Demoraremos um pouco. Faça o jantar apenas para o Jacob, sim?

– Como quiser senhora.

– Até mais – Fechei a porta indo em direção ao carro. Acomodei Emma em sua cadeirinha no banco de trás e dei a partida.

Me dirigi ao shopping mais próximo – que não ficava tão longe de casa. Assim que encontrei uma vaga, estacionei peguei Emma e logo em seguida passamos pela enorme porta de vidro. Não sei dizer ao certo dizer, mas senti um frio na barriga que arrepiou meus pêlos. Ajeitei meu casaco segurando firme na mãozinha de Emma coberta pela luva. A temperatura tinha caído ainda mais. É claro! Esse vento gelado é o responsável por essa sensação. Mas então porquê meu coração também está batendo tão rápido?


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Notas finais do capítulo

Novas Leitoras Sejam Muitooooo Bem-Vindas!!
Não Consigo Dizer Não a Vocês... Então Mais Um Capitulo Para Vocês!
Vim Rapidinho Já Que Daqui a Pouco Sairei...
Muitooooooooo Obrigada Pelos Reviews!!
Até a Próxima!!
Bj'ooooooooooo!!



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