Hey There Hinata escrita por Star


Capítulo 1
O Incêndio


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoa sem mais o que fazer nem sorte ou Ser Divino pra te livrar dos caminhos de dor e perdição que veio parar nessa fic! (Foi brincadeira, você é linda, eu te amo, não fecha a aba POR FAVOR)
Essa fic começou como uma songfic de Hey there Delilah, do Plain WHite T's, mas não tenho certeza se continua sendo ou virou só inspiração. De qualquer forma, é uma ótima idéia usar a música como plano de fundo enquanto lê, vai criar todo o clima de quando escrevi! ♥ http://www.youtube.com/watch?v=jPibEnf3tgM



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"YOU LOSE!"

As letras em vermelho balançavam na tela do computador por cima de uma arena de boxe com um boxeador tatuado de mãos pra cima e outro caído em uma poça de sangue. Atrás uma platéia virtual vaiava furiosamente e jogava latinhas brancas. Sasuke começou outro jogo e voltou a apertar teclas a esmo, cansado demais para se importar ou prestar atenção. Pouco mais de três segundos depois as vaiam já recomeçavam.

– Babaca, cai fora desse computador! Eu preciso usar!

– Não.

– Mas você já tá aí o dia inteiro!

– Foda-se.

– SAI DAI!

– Não.

Naruto bufou, irritado.

– Não é desse jeito que você vai conseguir ela de volta, ô animal.

O tec-tec das teclas parou e mesmo que Sasuke não tivesse mexido um músculo sequer Naruto percebeu que havia cutucado a ferida que não devia.

– F-foi mal, eu não quis...

– Eu sei o que eu tenho que fazer. - Sasuke falou, e saiu da cadeira pra se jogar na sua cama pregada à parede. - Vai usar. Você enche mais o saco que mulher.

Naruto olhou o amigo se espreguiçar debaixo da luz que entrava pela janela sem vidros ou cortinas e encarar o teto com a mesma cara dos últimos dias, uma mistura de reflexão profunda, nada e bunda que desanimava só de ver. As coisas andavam bastante deprimentes pelo apartamento desde que aqueles dois brigaram. Foi uma crueldade, Naruto admitia, terem deixado que ficassem juntos em primeiro lugar. Porque Sasuke era simplesmente um puta idiota grosso e violento enquanto ela era a pessoa mais doce e inocente que ele já teve a honra de conhecer. Mesmo que os últimos meses - ou já faziam um ano? - tivessem passado como uma comédia romântica ou um videoclipe da Taylor Swift, já era meio óbvio que iria acabar daquele jeito. A única coisa que Naruto não esperava era ver seu colega de quarto troll completamente apaixonado e destruído, passando dias a fio em uma inércia impertubável, jogado na cama, no sofá e pelo chão, sem comer, sem encher a cara, sem brigar. Aquilo, sim, era assustador. Mesmo parecendo um pessimista e sendo chamado de empata-foda, Naruto realmente esperava que os dois ficassem juntos. Porque ela era mais confiante com ele, ele era mais inocente com ela, e os dois eram felizes juntos, de um jeito meio estranho, meio bonito.

– Ah, a Hinata ficou online. - O loiro comentou, quase sem perceber, uns quinze minutos depois.

Não houve meio segundo antes que Sasuke pulasse da cama em cima dele, eufórico.

– NARUTO, SOME. SAI DAI. AGORA.

– Ow, ow, espera aí, meu jogo tá baix--

Sasuke puxou Naruto pela camisa, tão forte que quase o levantou, e ele se agarrou no monitor.

– VOCÊ TÁ MUITO VIOLENTO, SABIA?

– SAI DAI, AGORA!

Tentou com os dois braços empurrar o loiro pra longe, depois ainda com um pé no estômago, deu cotoveladas, chutes, socos, voadoras, finalizando com uma chave de braço.

– GAAAAAAAAAAAAH--

– Você vai embora? - Sasuke rangeu, aumentando o aperto no pescoço. Naruto esperneou dando gritos sufocados e ele preferiu entender aquilo como um "sim". - Beleza. Se manda.

Sasuke sentou na cadeira do computador, ofegante e desgrenhado.

Tentou abrir uma janela para conversa, ela recusou. Duas vezes. Bufou.

– Qual a senha do seu msn? - Perguntou para Naruto que tinha tentado se arrastar até a porta mas parecia ter morrido no meio do caminho.

– Que droga, tá uma falta de respeito muito grande nesse lugar... - Ele resmungou.

– Só responde. Ainda é otigrãopreferidodasrosadinhas123? Ou euamoramen?

– Não vou falar, já basta a falta de privacidade que foi você ter pintado bigodes nas minhas revistas secretas.

– Fala logo ou eu acerto a sua cabeça com o violão.

– É a segunda.

– Valeu. Agora some. E fecha a porta.

– Sasuke, se você for tentar pirocoptero na webcam, eu preciso dizer que realmente acho que isso não vai ajudar muita coi--

Sasuke o puxou pelos pés e arrastou até o lado de fora, batendo a porta em seguida.

– ATÉ PORQUE É TÃO PEQUENO E TORTO QUE PODE ATÉ FAZER ELA CHORAR, NÉ - Naruto continuou gritando do lado de fora, enquanto se levantava e dava risadinhas. - E POR QUE FECHOU A PORTA, PRA QUE TER VERGONHA DESSAS "PEQUENAS COISAS", CARA? HAHAHA.... Eu sou muito engraçado, como é que eu ainda não tô famo-

Antes que terminasse de falar Sasuke abriu a porta bufando e empunhando o violão e Naruto gritou, tropeçou no tapete e bateu a canela na poltrona na corrida pra se trancar no banheiro.

Sasuke voltou para a cadeira, de violão no colo. Fez outra chamada pelo msn do Naruto. Ela aceitou, ele se sentiu mais idiota do que nunca por estar tão nervoso. Não tinha ficado assim nem mesmo quando deu uma surra em dois caras armados. Era tudo culpa dela.

A janela de vídeo finalmente carregou. Ele não sabia que alguém podia parecer tão bonita no meio de um monte de pixels desregulados.

– E aí, gatinha? - Brincou, com um sorriso tentando esconder a sua massa de nervosismo e desânimo. E se apressou a acrescentar - Não desliga, por favor. Vai ser rápido.

Hinata tirou a mão do mouse e cruzou os braços. Ela parecia abatida de tão pálida, tinha olheiras roxas embaixo dos olhos, os cabelos presos em um coque de nó e usava uma camisola de gatinhos, mesmo que já passassem das duas da tarde.

– O que você quer? - A voz dela saiu pelos auto-falantes, tentando indiferença.

– Só escuta, tá legal?

Sasuke arrumou a posição do violão no seu colo, sem tirar os olhos do computador para ver se ela não tinha fugido. Com as mãos fracas e uma suruba de borboletas drogadas acontecendo no seu estômago, começou as primeiras notas da melhor tentativa que tinha conseguido pensar, alternando o olhar entre as cordas do violão e a garota do outro lado da webcam.

– Hey there Hinata, what's it like in other city? I'm a thousand miles away but girl, tonight you look so pretty. I miss you. - Sorriu. - No girl can fuck as well as you, I swear it's true...

~~~~

Era fim de tarde de domingo quando eles se conheceram. Fazia o calor e o tédio de rotina e Sasuke estava largado no sofá assistindo um programa idiota sobre garotas cobertas de mel lutando em um tonel de dinheiro. Não tinha muita coisa pra ver desde que ele foi demitido e chamou a cobradora da TV a cabo que andava comendo em troca do esquecimento de quatro meses sem pagamento de gorda tagarela. Naruto ficou mais aborrecido com isso do que a própria gorda tagarela, mas por sorte conseguiu encontrar um amigo da faculdade que o deixava ir assistir as maratonas de Scrubs no apartamento dele. Sasuke apostou cinquenta reais que até o final do mês o cara engomadinho ia trancar o loiro no apartamento e aparecer usando uma tanga comestível segurando um pote de vaselina e outro de nutella.

Sasuke encarava a TV tão entediado que levou algum tempo para perceber que ouvia gritos descompassados com os gemidinhos sensuais das lutadoras. Gritos estridentes, desesperados, esganiçados, vindo de algum lugar de fora. Agora que percebera, começaram a atrapalhar a atenção que pouco prestava ao programa.

– Vai ver o que tá acontecendo lá fora e faz a mulher calar a boca.

Naruto levantou os olhos do caderno em que rabiscava, irritado.

– Eu fui semana passada e evitei um suicídio. Vai você.

Sasuke pensou em ignorar, mas os gritos desesperados se juntaram a uma sinfonia de coisas sendo arremessadas, quicando e se quebrando, tão forte que chegavam a sacudir a parede que dividia os apartamentos e o impediram até de escutar qual das gostosas de biquini tinha ganho os quinhentos reais. Levantou, mal-humorado, deu um tapa na cabeça de Naruto sentado na mesa quando passou, resmungando "vadia preguiçosa", e saiu pro corredor.

Os gritos, como já sabia, vinham do apartamento à direita, o mesmo em que Naruto e alguns bombeiros foram semana passada pra botar na ambulancia um ex-jogador de futebol alcoolatra que tentou se suicidar por decapitação mas desistira na metade do processo. Bateu na porta algumas vezes e tentou chamar por alguém, mas os gritos continuaram e ele tinha bastante certeza que não tinha sido ouvido. Tentou a maçaneta, estava destrancada, e entrou. O apartamento parecia bastante vazio, exceto por caixas empilhadas nos cantos e papel bolha caindo em cascata de dentro delas. Sasuke entrou no que parecia ser a cozinha, o único cômodo com luz ligada, e encontrou uma garota de cabelos azul-escuro abaixada atrás de uma mesa redonda virada, gritando e atacando a parede da frente com tudo o que agarrava.

– Algum problema?

Sasuke perguntou e a garota virou-se em posição de ataque, com um relógio-despertador na mão que quase jogou nele. Ela apontou pra parede que bombardeava e gritou, de olhos esbugalhados.

– TEM UMA ARANHA ALÍ!!

Uma aranha. Sasuke encarou a garota com um misto de incredulidade e ódio. É claro, devia ter imaginado. Uma aranha estúpida. Movera seu traseiro preguiçoso do sofá por culpa de uma aranha estúpida. O domingo só ia de bom a melhor. Não adiantaria voltar agora, pelo jeito que as coisas iam a garota não iria parar antes de demolir o apartamento inteiro. Sasuke faria a boa ação do dia em nome de seus nervos e em seguida ia ameaçar a novata no apartamento para não ousar fazer escândalos antes das dez da noite.

– Deixa eu dar uma olhada, não deve ser grandes cois-- PUTA MERDA, QUE BICHO É ESSE?

– EU NÃO SEI, ELA TAVA AQUI QUANDO EU CHEGUEI!

– E-eu tenho uma arma em casa, vou pegar e já volto.

– NÃO!!! NÃO ME DEIXA AQUI SOZINHA COM ELA!

– O QUE VOCÊ ESPERA QUE EU FAÇA?

– MATA! MATA COM FOGO!!

– JOGA ALGUMA COISA, ELA TÁ SUBINDO A PAREDE! NÃO, A TELEVISÃO NÃO! UMA CAIXA, PORRA!

– AI MEU DEUS A CAIXA TÁ SE MEXENDO, ELA VAI SAIR!

– ME DÁ UMA VASSOURA, RÁPIDO!

– EU NÃO TENHO VASSOURA!

– O QUE? COMO VOCÊ NÃO TEM VASSOURA? VOCÊ É MULHER!

– E-EU ACABEI DE ME MUDAR, NÃO ACHEI QUE PRECISASSE DE UMA!

– COMO DIABOS VOCÊ PRETENDIA VIVER SEM VASSOURA?

– EU IA COMPRAR DEPOIS!

– NÃO TEM NADA QUE DÊ PRA USAR DE ARMA?

– TEM UM PÉ DE CABRA, ATRÁS DA GELADEIRA!

– VOCÊ TEM UM PÉ DE CABRA MAS NÃO TEM UMA VASSOURA?

– E-EU NÃO SEI, EL-ELE TAVA EM PROMOÇÃO! - Começou a chorar, histérica. - POR QUE VOCÊ FICA ME JULGANDO? SÓ MATA LOGO A DROGA DA ARANHA!

Sasuke, armado do pé de cabra, avançou pra cima da caixa que já tinha se arrastado até quase o banheiro. Amassou todo o papelão com porradas fortes e rápidas, até depois que ele parou de se mexer. Parou, ofegante, ainda em posição de ataque, olhando desconfiado pro papelão deformado e quieto.

– E-ela já morreu? - A garota perguntou, aproximando-se trêmula e devagar, segurando uma almofada como escudo.

– Não tenho certeza - Sasuke falou, e os dois ficaram com a mesma insegurança vigiando o papelão. - Puxa a caixa.

– Puxa você!

– Se ela tentar fugir, eu acerto com o pé de cabra.

– Mas... E se ela pular na minha cara?!

– Aranhas não pulam tão alto - Sasuke resmungou, impaciente, então olhou pra vizinha, que era no mínimo uma cabeça menor que ele, e repensou. - Esquece, você é meio anã.

Ela pareceu ignorar o insulto, e ele depois de um tempo entedeu que ela não tinha mesmo era percebido, e virou-se pro outro lado da cozinha, dizendo "tive uma idéia!" e voltou com uma caixa de fósforos e um vidro cor-de-rosa de perfume. Despejou metade do conteúdo do perfume na caixa deformada, impestiando todo o aposento com um cheiro de flores e ervas absurdamente doce para Sasuke aguentar, e em seguida riscou fósforos até que um acendesse e o jogou em cima. O fogo se espalhou instantaneamente, envolvendo todo o papelão com uma chama azulada de labaredas amarelas.

Depois de três segundos o papelão começou a dar pequenos estalos e alguma coisa começou a chiar dentro dele, um guincho extremamente agudo que foi diminuindo conforme o fogo consumia o papelão até que tudo o que sobrou foi uma bolota preta disforme. Sasuke olhava indiferente para o fogo que consumia a si mesmo, pensando que aquilo se parecia remotamente com algumas cenas de videogames, e em como ele estaria bem preparado no caso de um apocalipse zumbi.

– A coisa está morta - A garota falou, de mãos na cintura e ares de dever cumprido. - Obrigada pela ajuda.

"Não me chame se encontrar outra, e fique quieta", era o que ele queria dizer, mas apenas fez um "tss" modesto.

– S-sinto muito pela histeria, também. - As faces dela coraram, sem que ele realmente percebesse, e ela se esforçou para acrescentar, fingindo muita simpatia. - Ah, eu sou Hinata Hyuuga!

– Você provavelmente deveria chamar os bombeiros.

O fogo das sobras do papelão espalhara-se para a almofada que antes Hinata tinha usado de escudo e agora era uma bola laranja enorme. Os dois ficaram encarando enquanto a dança das labaredas aumentava, chamuscando o papel de parede verde-água e fazendo uma porção de estalos pelo calor.

– Será que esse tipo de coisa não se apaga sozinho?

As labaredas subiram pelo umbral da porta do banheiro até a cortina presa na parte de cima e depois para as duas caixas empilhadas dentro do banheiro, formando uma bocarra de fogo escancarada na frente dos dois.

– Você ainda espera que ele apague sozinho? - Sasuke perguntou, irônico.

– Talvez se a gente deixar aí algum tempo...

Dois palmos do teto já estava coberto por fumaça preta e sem dúvidas o alarme de incêncio já teria tocado, se o prédio tivesse algum. Ao invés das sirenes e do sino contínuo do alarme, dava pra ouvir ouvir as famílias de classe média baixa e os semi-alcoolatras dos outros apartamentos saindo para fora e perguntando para os outros o que estava acontecendo.

– Eu vou sair daqui.

Sasuke foi para o corredor, as pessoas já começavam a fazer algazarra e correr pra fora do prédio. A porta do seu próprio apartamento foi largada aberta, Naruto provavelmente já tinha pulado fora salvando seu PS3 e tinha chamado a polícia. Ainda da porta do apartamento por sobre sobre os estalos de madeira queimando conseguiu ouvir a garota dizer "uau, como esse lugar é inflamável!". Tossiu um pouco, olhando as escadas. Voltou. O fogo tinha se estendido para o teto e as paredes ao redor. Era como se a enorme boca de fogo de antes os estivesse engolindo. A garota estava parada no mesmo lugar, imóvel. Os olhos dela - de um cinza estranho, que ele não tinha visto antes - brilhavam com tanto medo e admiração que ele não duvidava que ela sequer sentisse o calor infernal daquele lugar ou a fumaça tóxica enchendo seus pulmões. Puxou-a pelo braço e foram assim por quatro lances de escada até conseguirem sair do prédio.

Pouco tempo depois sirenes soaram por todos os lados e chegaram dois carros de polícia, um caminhão de bombeiros e uma ambulância. Ninguém tinha realmente se machucado, mas uma senhora gorda de avental aproveitou para pedir que os enfermeiros analisassem um caroço estranho que apareceu no seu cotovelo. O resto dos moradores ficou em volta, praguejando ou conversando com os vizinhos de outros prédio que botavam a cabeça pra fora da janela cheios de curiosidade, enquanto os policiais conversavam com a dona do prédio, vestida em uma camisola de algodão branca e segurando um gato no colo, parecendo nervosa. Sasuke passou os olhos por cima de todo mundo, tentando encontrar o loiro com quem dividia apartamento e saber se ele salvara alguma coisa, mas não o conseguiu achar. Então percebeu que perdera de vista também a garota, mas loho a encontrou sentada na escada de entrada de um prédio ao lado, com ar de culpa.

– Sinto muito por pôr fogo em tudo - ela falou, quando ele se sentou ao seu lado.

– Por mim tudo bem. A síndica é que parece meio chateada.

Hinata levantou o olhar para a mulher miúda de cabelos tingidos de vermelhos, que apontava para todos os lados enquanto falava com o policial, afetada, quase esmagando o gato gordo que segurava com uma mão só, e soltou um gemidinho frustrado, encolhendo-se inteira como uma ostra.

– Aliás, meu nome é Sasuke, sou do apartamento do lado do seu. Nunca me chame quando vir uma aranha. E compre uma vassoura.

Ela sorriu, Sasuke encostou-se nos degraus gelados, sem ter muita certeza se ela não tinha percebido a ofensa novamente ou se ele realmente quisera ofender em primeiro lugar. Desejou um cigarro, mas estavam todos no apartamento. Do seu lado, Hinata encolheu-se outra vez, deitando a cabeça nos braços e abraçando os joelhos. Sasuke nunca sequer cogitou a idéia de lhe contar mas quando a viu no apartamento sob a luz laranja do fogo, com o suor grudando mechas da franja em sua testa, a boca levemente aberta em choque, a pose de entrega ao próprio destino, à algo que parecia incrivelmente mais poderoso e sublime, foi a imagem mais linda que já vira em toda sua vida. Teria pintado um quadro, se soubesse como segurar um pincel direito. Teria feito um parágrafo para descrevê-la, se soubesse mais que uma dúzia de palavras, mais da metade sendo palavrões. Tudo o que lhe restou então foi guarda-la na mente até o dia em que sua memória o traísse.

~~~~

"Hey there Hinata, don't you worry about the distance. I'm right there, if you get lonely, give this song another listen. Close your eyes. You really don't know how lovely you are. Don't dare you cry...."


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Notas finais do capítulo

Faz algum tempo que eu não escrevo nem lista de compras, o Word se demitiu e o Bloco de Notas se recusa a fazer correção ortográfica por metade do salário, então por favor me avisem se virem quaisquer erros!!
Além disso, vocês gostaram? odiaram? Não entenderam bulhufas? Querem gifs de gatos? Mandem reviews!
Ah, como disse, era pra ser uma songfic, mas foi ficando meio grande, o proximo capitulo vem assim que for escrito, não vai demorar muito... Espero.



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