A Preferida 2 - O Ano Da Formatura escrita por Roli Cruz


Capítulo 22
Decididamente, minha vida nunca fora pior.


Notas iniciais do capítulo

Hi!!!!!!
Como vão amores da minha vida? *-----------*
Queria agradecer à todos os leitores e seus reviews. Vocês não sabem como me deixam felizes kk'
Quero fazer um anúncio:
"A SAGA DE 'A PREFERIDA' ATINGIU A META DE 50 LEITORES!"
Sério!
53 leitores totalmente... L-I-N-D-O-S! kkkkkkkk'
*------*
Tendo orgasmos múltiplos aqui... kkk'
E também queria dizer que a Lys Castellan está em dois blogs de edição (eu aqui, muito orgulhosa *u*) e não vai ser sempre que ela terá tempo para fazer meus Banners. Peço a compreensão de vocês *u*
Beijos!



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– Já se conhecem? – Vi Andrew franzir o cenho.

– Creio que sim. – Disse, de cara fechada. – Pensei que seu nome era Parsons, oficial. – Dei um sorriso de escárnio e vi a figura contrair os lábios.

– Conhece ela, Philip? – O loiro perguntou, ignorando-me.

– Conheço, Andrew. – Ele respondeu, sentando ao lado do irmão.

– De onde?

– Ele foi fazer um interrogatório para mim lá na escola. – Respondi, ainda fitando-o atentamente.

– Por quê? – Amani arregalou os olhos.

– Porque recebemos uma denúncia lá na delegacia. De um possível caso de pedofilia. – O policial falou.

Senti todos os olhares sobre mim.

– E quem seria o pedófilo? – Andrew perguntou.

– O Dylan. – Dei de ombros, como se isso não significasse absolutamente nada.

– E aí? – Os garotos pareciam excitados.

– E aí nada. – Cruzei os braços. – Não aconteceu nada.

Um silêncio constrangedor pairou sobre nosso pequeno grupo. Até que decidi falar alguma coisa:

– Então... Pensei que seu nome era Parsons. – Disse, virando para o irmão do Andrew.

– Fiquei com o nome do nosso pai. Parsons. Andrew ficou com a da nossa mãe. Sanders. – Ele explicou, dando de ombros.

– Acho que ainda não fomos apresentados. – Piper se fez ouvir, enquanto sorria ternamente.

– Philip. – O policial estendeu a mão e a morena a apertou.

– Piper.

– E que intimidade é essa? – Ele estreitou um olho e sorriu, olhando para cintura da menina, enlaçada pelos braços do namorado.

– Ciúmes, maninho? – Andrew sorriu e vi Piper corar.

– Hey. – Eu disse, atraindo a atenção de todos. – Como eu dizia antes de você chegar... – Olhei para Philip. – Então... Vamos passar o Natal juntos?

Vi meus amigos concordarem. Um pouco hesitantes, mas concordaram.

– E onde pretendem passar o Natal? – O policial perguntou, depois de pedir uma lata de chá gelado para o Amani.

– Não sei... – Mordi o lábio. – Acho que é meio difícil de ser na minha casa. Mas eu posso ver, se quiserem.

– Podíamos ir para a casa na praia dos meus pais. – Andrew deu de ombros.

– E a mãe vai deixar? – Ouvi Philip perguntar, bebericando de hora em hora seu chá.

– Ela me deixou ir nas últimas férias. – O loiro respondeu dando de ombros. – Porque não deixaria agora?

– Por medo? – Sorri. – Vai que explodimos a casa.

Observei todos rirem do meu comentário.

– E outra... – Continuei. – Vai ser inverno. É... Meio difícil aproveitar o lugar... A praia... No inverno. Não acham?

– Bom... – Amani deu de ombros. – Acho que o lugar é o de menos, contanto que estejamos juntos.

Sorri e continuei a beber minha querida Coca-cola.

*

Cheguei em casa e abri a porta. Dei de cara com uma cena não muito agradável.

Margareth e meu pai estavam sentados no sofá, encarando-me de cara feia. Bom... Pra falar a verdade, Margareth parecia estar gostando bastante do mau humor do meu pai.

– Que foi? – Perguntei, fechando a porta.

– Recebi um telefonema hoje de manhã... – Meu pai disse. – Falaram que você teve visitas hoje.

– E daí? – Cruzei os braços.

– Os policiais foram lá. – Meu pai continuou. – Soube que estão investigando uma denúncia de pedofilia.

– Eu sei. – Dei de ombros.

– Contra você. – Ele completou.

– Eu sei. – Repeti.

– Se eu soubesse com quem você anda... – Ele suspirou. - Nada disso teria acontecido. - Ele balançou a cabeça.

– Não aconteceu nada. – Eu disse, mas não parecia que tinham me ouvido.

– Porque não me contou sobre isso? – Ele perguntou, fitando-me com seus olhos castanhos.

Não aconteceu nada! – Repeti. – Nada.

Ao lado do meu pai, que se martirizava, vi Margareth dar um meio sorriso.

– Você não aprende nunca, não é mesmo? – Ela disse.

– O que? – Perguntei, olhando-a com desprezo.

– Nunca sabe quando é hora de parar. – Vi em seus olhos, um brilho estranho.

– Olha aqui. – Dei dois passos na direção do sofá, onde eles estavam, e estreitei os olhos. – Se você não tivesse contratado o John e o Dylan para me perturbarem ano passado, nada disso teria acontecido!

– Agora a culpa é minha? – Ela arqueou uma sobrancelha e continuou a sorrir, enquanto meu pai olhava para o chão, totalmente aturdido.

Claro que é! – Levantei a voz algumas oitavas.

Você que anda com as pessoas erradas, e a culpa é minha. – Ela fingiu indignação, agora que meu pai olhara para ela.

Trinquei o maxilar e reprimi a vontade de avançar no sofá e deixar a Katherine órfã.

– Não vou discutir isso com você. – Disse, sentindo meu corpo tremer de raiva. – Não vale a pena. – Completei, começando a ir para o quarto.

– Volte aqui, Jennifer! – Ouvi a voz do meu pai. – Não dê as costas para mim e para sua mãe.

Ela não é minha mãe! – Gritei de volta. Entrei no quarto batendo a porta de madeira com força, fazendo as dobradiças estremeceram.

Joguei a bolsa furiosamente na cama e senti um movimento. Cheguei mais perto e tirei as cobertas.

– Hey! – Katherine reclamou, puxando o cobertor para cobrir seu busto. Que se encontrava nu.

Revirei os olhos e agarrei meu celular.

– Tal mãe, tal filha. – Resmunguei, deixando Katherine no quarto. Sozinha com aquele garoto que eu nunca tinha visto na vida.

“E depois eu que preciso ser vigiada.” Pensei. “Francamente... Katherine transando bem debaixo do nariz do meu pai...”

Virei o corredor e, ignorando os gritos insistentes do meu pai (“Volte aqui Jennifer Connor!” “Aonde vai?”), saí de casa. Batendo a porta com força.

Peguei o primeiro táxi que vi e disse o endereço do Nicholas.

Pelo caminho, não parava de discar o número dele. Mas sempre caía na caixa postal.

– Sério. Me liga quando puder. Beijos. – Disse para a secretária eletrônica, pela quinta vez.

– Chegamos. – O motorista anunciou.

– Obrigada. – Paguei o cara e desci, ficando de frente para a casa do Nick.

Suspirei e subi os três degraus que dividiam a calçada da soleira da porta.

Toquei a campainha.

Ninguém atendeu.

Toquei de novo e, novamente, fiquei sem resposta. Decidi ir até a porta dos fundos. Vai que ele estava ocupado...

Pulei a cerca e andei até os fundos. Bati na porta e, pela terceira vez, não fui atendida.

Girei a maçaneta e vi que estava destrancada. Empurrei a porta lentamente e entrei, sem fazer barulho nenhum, na cozinha.

Nenhum sinal de vida. Nem na cozinha, nem na sala.

Fui até o corredor e ouvi vozes.

Encostei-me à parede e fiquei ouvindo a conversa que vinha do quarto.

– Eu disse que a pessoa iria embora. – Parecia ser a voz da Nadia.

– O que você quer? – Reconheci imediatamente a voz rouca. Ela estava ríspida e o garoto parecia impaciente.

– Fui fazer o exame. – Ela respondeu.

– Que exame?

– De DNA, meu amor.

Reprimi a vontade de entrar no quarto e arrancar aquela peruca preta que ela chamava de cabelo.

– D-do Peter? – Ouvi a voz do Nicholas falhar, ao mencionar o nome do filho bastardo de Nadia.

– Não. – Ela disse com ironia. – Da Kiara.

– E qual o resultado? – Podia imaginá-lo imóvel na cama, pensando se aquele filho seria, ou não, dele.

– Só sai daqui a um tempo. – Ela disse com um tom de impaciência. – Pouco antes do Natal, acho.

Um silêncio ensurdecedor tomou conta da casa. Prendi a respiração por um tempo, para que não percebessem minha presença ali.

– E... Se for meu? – Nicholas perguntou, meio que refletindo para si mesmo.

– Aí você pode dar adeus à sua querida namorada, e vir cuidar da sua família. – Ela enfatizou as duas últimas palavras.

“E-ele vai me... Abandonar?” Pensei, arregalando os olhos e fixando-os na parede à minha frente. “Depois de tudo, ele vai me abandonar por um filho que nem sabe se é dele mesmo?”

Com as bochechas molhadas pelas lágrimas que desciam insistentemente, e tentando fazer o maior silêncio possível, voltei para a cozinha e abri a porta. Saí de lá e, quando me vi do lado de fora, corri.

Decididamente, minha vida nunca fora pior.


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Notas finais do capítulo

Quem aí acha que a Nadia é uma vadia levanta a mão o/
Espero que tenham gostado *u*
Perguntinha rápida:
Alguém tem alguma ideia para o local onde eles passarão o Natal? *u*
Beijos!