Haunting escrita por ARurouni


Capítulo 5
Parte V


Notas iniciais do capítulo

Neste capítulo e no anterior, resolvi dar uma leve importância a chars menores. O exemplo é o Jake e o Carl, que não tem nenhuma importância a trama, mas valeu para mostrar e enriquecer um pouco mais os detalhes e pormenores da mesma ^^ E também mostrei mais sobre o passado da Lania.

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Ainda saindo fumaça, os dois policiais, muito feridos, tentam sair do veículo, antes que o mesmo venha a explodir.  Carl sai do carro primeiro e, sem perceber, um dos fios do poste o acerta em cheio, arremessando-o com tudo contra uma parede, caindo já sem vida.

J: "Carl... CAAAAAAARL!!!  Merda!" Olhando os cabos, que pareciam vivos, como serpentes se debatendo, olhou para os lados e tentou ao máximo não encostar em nada de metal e, por pouco, não recebeu uma descarga violenta, quando um dos cabos acerta a lataria da viatura, mas percebe o perigo: a gasolina, ela iria acabar explodindo e ele seria morto carbonizado.  Olhou para os lados e agradeceu a aparição dos curiosos e começou a berrar em direção a eles:

J: "CHAME OS BOMBEIROS! RÁPIDO!"

Algum tempo depois, estava a salvo, sendo cuidado próximo a uma ambulância dos bombeiros, ficou quieto e cabisbaixo ao ver uma maca com um saco preto passar ao seu lado, até o interior da ambulância.

Um dos bombeiros o olha e pergunta: "Quer me contar o que houve?  As pessoas ao redor falaram que vocês, do nada, derraparam com o carro e bateram no poste!?  O que realmente aconteceu?"

Jake, ainda olhando o corpo do amigo passar e ser colocado dentro da ambulância, continua sério e pensa se deve ou não mencionar sobre a garota.

J: "... Uma... garota passou na frente da viatura... e tentei esquivar..."

O Bombeiro apenas o olhou, meio cético, mas fingiu acreditar na história.  "Olha, é melhor voltar para casa, você deve estar exausto..."

J: "... acho que, não... prefiro voltar para a central."  Olhou o bombeiro, o viu com aquele olhar de 'você está louco, é?!', mas apenas agradeceu uma carona oferecida por um deles, que o deixou na delegacia.

Lania sorriu ao ver a filhinha bem e feliz, apesar de ter estranhado que ela estava de pé, quando voltou ao quarto.  Ela parecia distante e olhando fixamente a janela, mas, quando foi tocá-la, Laura se virou e sorriu para ela.

Lania: "Café?"

Laura: "Tem pão com manteiga?"  Rindo, foi logo acompanhada no riso por sua mãe.

As duas tomam o café juntas, depois, Lania deixa a filha por alguns segundos e dá boa parte do que tem em casa, para pagar pelo menos uma parte do aluguel.  Consegue um acordo para pagar o que deve tão logo estiver ajustada no novo endereço e ficam com algumas poucas peças de roupa e uns poucos brinquedos da Laura.  Lania estranhou um pouco a Laura não discutir e nem espernear por ter perdido alguns dos seus brinquedos.

Laura: "Tudo bem, mamãe!  Vai dar tudo certo!" Sorri, inocentemente, para a mãe.

Lania: "Você é um amor, filha.  Prometo, mas prometo mesmo que, quando as coisas melhorarem, eu compro um monte de brinquedos para você!"

Laura: "Eu tenho o Sr. Urso e a mamãe, já sou feliz!"  Sorri, daquela forma que deixa a Lania emocionada e feliz.

Não demoram muito e já estão na estação rodoviária, ambas com mochilas nas costas.  Iriam levar uma hora ou uma hora e meia de viagem e Lania olhou a filha.

Lania: "Vamos comprar algo para comer?"

Laura concordou com a cabeça e foram a uma pequena padaria, aonde compraram dois pacotinhos de doces e duas garrafas de água.  Logo em seguida, voltaram a estação e deram sorte de pegar um ônibus quase vazio, apesar de ser ainda de tarde.

Do lado de fora do ônibus, uma multidão de passageiros aguardava o próximo ônibus, enquanto que, entre esta multidão, um sujeito olha e ri para o ônibus que havia seguido, havia visto o destino do ônibus e foi embora da rodoviária.  'Eu te encontro... me aguarda...'

Laura ficava vendo a paisagem pela janela, enquanto que a mãe, volta e meia, olhava para ver se estava tudo bem com sua filha, confirmando, voltava a ler um livro que nunca acabara de ler.  Havia recebido ele de sua mãe, e sempre quis terminá-lo de ler, mas só agora, finalmente, encontrava tempo para lê-lo.  Ao menos, tinha algo que ela admirava em sua mãe e isso era o seu bom gosto para livros.

Lania, quando criança, sempre foi uma garota muito hiperativa, mas quando dava, sempre gostou de visitar a pequena biblioteca da cidade aonde ela e seus pais viviam.  Entrava um pouco em atrito com eles, dada a sua personalidade, mas amava o pai acima de tudo, enquanto que sua mãe ela tinha um tratamento respeitoso, mas viviam trocando farpas.  Foi a mãe que a incentivou e a ensinou a ler e, desde então, passou a frequentar, como programa sagrado, a biblioteca, com o pai, todos os finais de semana.  Chegava em casa com uma pilha de livros que, mesmo sendo como ela era, praticamente 'devorava' os livros e, em menos de uma semana, já havia lido uns três.

Até que, quando já tinha 16 anos, seu pai, já de idade, veio a falecer e tudo ficou meio estranho em sua vida: parou de ler, perdendo o ânimo para até ir na biblioteca e, o convívio com sua mãe foi se tornando cada dia pior: praticamente, todos os dias eram brigas e discussões.  Boa parte delas, nenhuma das duas estavam com a razão, mas discutiam mesmo assim.

A coisa piorou de vez quando Lania encontrou e se apaixonou por um rapaz de outra cidade.  Lavínia, sua mãe, sempre fora contra e praticamente a proíbia de que ela se encontrasse com ele, mas surtia o efeito oposto: Quanto mais sua mãe proíbia, mais ela queria se encontrar com ele e dava sempre um jeito de sair do controle de sua mãe.

Tudo ia como sempre, até que, um dia, Lania descobriu que estava grávida e, o que era pior: sua mãe havia descoberto.  Ambas tiveram uma discussão feia e, terminou com a Lania gritando que partiria daquela casa para sempre.  Juntou suas coisas todas em uma mochila e partiu para viver com o rapaz, se casando as escondidas e passou a morar em outra cidade.

Lania suspirou.  'Faz... tanto tempo...'  Olhou novamente para a filha, vendo que ela continuava, ainda animada, vendo pela janela do ônibus.  Sorriu, apesar de tudo que passou, amava aquela filha por demais e prometeu que iria manter a guarda dela para sempre.  Colocou o marcador de páginas no livro e o guardara.  Laura, percebendo aquilo, lançou um olhar curioso para a mãe.

Laura: "Já chegamos, mamãe?"  com uma expressão tão meiga, mas curiosa, para a Lania.

Lania: "haha, não, minha filha, falta um pouco ainda.  Quer dormir um pouco?  Você não dormiu nada direito, hoje..."

Laura: "Não..." mas, apesar de negar, os olhinhos se fechavam e bocejou longamente.

Lania: "Não mesmo, né?"  Olhando-a com um sorriso irônico.  "Vem, deita aqui..."  Dando leves tapinhas no colo, logo viu que a Laura deitou a cabecinha dela ali e, não demorou muito, adormeceu, sendo embalada por uma suave canção de ninar e pequenas carícias nos cabelos dela.  Ficaram assim, juntinhas, pelo resto da viagem.


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Notas finais do capítulo

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Aguardem o próximo, que vou explicar sobre o passado de um char, que é importante para a trama ^^



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