Segredos De Uma Vida Quase Normal escrita por Mago Merlin


Capítulo 2
Amigos?




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/196251/chapter/2

Capitulo 2 – Amigos?

Minerva indicou para Harry a sua sala e disse que ia conversar com o professor de Física.

Algo em Harry dizia que aquela professora era alguém que não ele não queria ver irritada. Então entrou na sala e observou os seus novos colegas.

Logo na frente ele pode ver um grupo de cinco alunos, pelo jeito que estavam sentados e pelos cadernos e livros sobre a mesa, eram os Nerds da turma.

De um lado da sala estavam os populares, e dos outro os impopulares. No fundo estavam as lideres de torcida com os jogadores de futebol americano, neste grupo estava seu primo, já com uma jaqueta do time.

Ótimo, pensou o moreno, agora ele teria os maiores garotos do colégio no seu pé. Mas parecia que ele não era o ‘líder’ do grupo, era um loiro, o que não era grande consolo, já que o garoto deu uma olhada nele, e virou a cara imediatamente.

Ainda havia mais um grupo no centro da sala. Não era fácil classificar, mais parecia ser um pouco de cada um deles. Tinha um menino rechonchudo, que parecia ser desastrado, uma loira com olhar sonhador, uma morena com cara de muito inteligente, um ruivo com camisa do time de basquete do colégio, e uma ruiva que se parecia muito com o ruivo.

Foi justamente essa ruiva que chamou a atenção de Harry. Ela tinha olhos avelãs que pareciam ser doces, mas escondiam algo que ele queria descobrir.  

Mas assim que esse pensamento apareceu na sua cabeça, ele tirou da sua cabeça. Sabia bem as histórias que seu primo espalhava por ai, e com certeza ela já havia ouvido muitas delas. E logo se sentou, esperando a professora.

Todos da sala ficaram imaginando quem ele seria, mas como Harry preferiu olhar para sua mesa, ele não viu, nem mesmo o olhar que a ruiva mandou em sua direção. Até que Duda contou mais uma de suas histórias favoritas.

Minerva entrou na sala, e imediatamente todos se sentaram e o silêncio se fez presente. Confirmando assim a impressão que Harry teve dela.

- Bom dia, turma. Antes de recolher o dever, quero apresentar a todos o Sr Harry Potter. Alguém está sem dupla para os projetos e gostaria de acompanhar o Sr Potter?

Alguns olhares foram trocados na sala, e apenas uma mão se ergueu. Pelo espanto de alguns, ninguém esperava isso. Harry que até aquele momento olhava para a professora se atreveu a olhar na direção que os outros olhavam.

A mão levantada era da ruiva.

- Srta Weasley. Depois vocês acertam os detalhes. Hoje não trabalharemos em duplas. – disse Minerva começando a aula.

Por sorte de Harry era uma revisão, e ele não perdeu matéria.

No meio da aula, quando a professora estava virada para o quadro Harry recebeu uma bolinha de papel na nuca. Pelo sorrisinho na cara de seu primo era dele.

“Ela é minha. Afaste-se”

Harry ainda se espantava com o pensamento primitivo do seu primo, que obviamente é herança do pai. Mas ele não se intimidava mais com o primo, então teatralmente ele rasgou o bilhete de forma que o primo visse e voltou sua atenção a aula, escutando o bufar de Duda.

Harry passou a responder os exercícios dados, o que toda a turma fez, apesar de que alguns alunos não deram conta.

Quando o sinal bateu, indicando que os alunos deveriam trocar de sala, Harry se levantou rapidamente, já que ele precisava ainda procurar a sala de química sua próxima aula. Se ele se lembrava bem, a sala para as aulas teóricas ficavam no segundo andar e os laboratórios no terceiro.

Já ia virando um corredor onde sabia que tinha uma escada, quando escutou alguém o chamando.

- Potter. – era uma voz feminina, que Harry soube ser da ruiva.

Ele então se encostou à parede, sem se virar, para esperar a menina. Essa posição e sua cara inexpressiva davam a todos a confirmação de que ele era mais um Dark na escola.

- Oi. – disse a menina de forma tímida, coisa que Harry supôs que ela nunca foi. – Sou Gina Weasley, sua parceira.

- Harry. – disse ele ainda sem emoções.

- Eu queria combinar com você sobre nossos projetos. – disse ela um pouco mais solta. – Sabe, onde nos encontraremos.

- O melhor lugar será na biblioteca. – disse ele, não querendo levar a menina para sua casa, nem propor a casa dela.

- Biblioteca. Eu odeio aquele lugar. Não podia ser em alguma casa?

Essa parece ser a verdadeira Gina, pensou ele. Coitado de seu primo se tentar algo.

- Eu nunca te levaria para minha casa. – disse ele, e ao ver a pergunta na cara dela completou. – Se você quisesse estudar com meu primo, teria escolhido ele, não eu.

- Então é verdade que você é primo daquele porco. – disse Gina.

- Ei, será que dá para não ofender... os porcos. – disse ele. – Os coitados não merecem ser comparados com o Duda.

- Você tem razão. – disse ela se recuperando do choque. – Pode ser lá em casa, então.

- Certo. Quando tiver um trabalho, combinamos o resto. – disse ele.

- Aqui está o meu endereço e meus telefones. – disse ela passando um papel para ele. – Não se acanhe em ligar.

A ruiva deu a volta nele e voltou para perto dos amigos, enquanto Harry ficou alguns instantes parado antes de voltar a se mover em direção a sala.

Ele foi o primeiro a entrar na sala.

- Finalmente o Sr Potter resolveu aparecer. – disse o Professor de forma extremamente sarcástica. – Devo me sentir honrado?

- Sinto, mas tive problemas de ordem pessoal, que uma vez fora do caminho, posso me dedicar aos estudos. – disse Harry de forma fria. Até mesmo os professores escutaram as historias mirabolantes do primo.

Antes que o professor pudesse retrucar o resto da turma chega, fazendo Harry se sentar.

Aquela sala era diferente e as carteiras eram duplas, o que fez Harry pensar que ficaria sozinho. Mas estava errado quando Gina se sentou com ele.

- As duplas são para todas as aulas. – disse ela.

- Chega de conversa. – disse o professor.

- Esse é o professor Snape. – disse baixinho a ruiva, enojada.

- Sr Potter, onde eu encontraria Hipoclorito de Sódio num supermercado? – disparou Snape.

- Procuraria na sessão de produtos de limpeza, mais especificamente em água sanitária ou na sessão de purificação de água, principalmente para acampamentos.

A forma arrogante como a pergunta foi feita e respondida assustou a turma toda, e pode-se ver celulares sendo sacados das bolsas e a notícia logo se espalhou pelo castelo.

Snape voltou para o quadro e começou a escrever, obviamente a resposta estava certa, mas ele não esperava por isso.

Durante toda a aula, ele voltou a questionar Harry, sendo da matéria dada ou não. E todas as vezes se frustrava ao ver que ele respondia sem fraquejar.

Já no fim da aula, o professor fala.

- Senhor Potter, você terá que fazer todos os exercícios dos três primeiros capítulos do livro para a próxima aula. Sozinho. – disse ele com um risinho. – Srta Weasley, estou surpreso pela sua escolha, sempre está sozinha. Mas agora desta vez fez uma escolha muito ruim.  Espero que isso não afete suas notas. Já que seu comportamento não deve mudar mesmo.

- Espero que não. – disse ela no mesmo momento que o sinal bateu encerrando a aula.

 A menina saiu antes que pudesse levar outra detenção por causa dele em menos de um mês.

Harry nem se abalou pelo olhar raivoso do professor.

- Você pediu. – disse Harry.

- Então você ficará com a detenção dela. – disse o professor.

- Me diga o dia e a hora. – disse ele. – O melhor deixe para o diretor, já que ele que escolhe mesmo.

Harry saiu com um sorriso vitorioso, que logo voltou a ser uma máscara de frieza quando ele passou pela porta.

- Você é louco? – perguntou o ruivo, que estava esperando com o resto do grupo perto da sala.

- Sou. – ele respondeu.

- Não é todo mundo que desafia o Snape assim. – disse o menino de rosto redondo.

- Não liga pra eles, Harry. – disse Gina. – Esse ruivo metido a Magic Johnson é meu irmão gêmeo Rony.

- Irmão mais velho. – disse ele.

- Ele acha que dois minutos valem de algo. – retrucou a ruiva. – Esse é Neville Longbottom.

- Prazer. – disse menino.

- Sou Hermione Granger. – disse a menina que parecia inteligente.

- E eu sou Luna Lovegood. – disse a loira.

- Vamos almoçar. – disse Gina.

- Não posso. – disse o menino. – Tenho que encontrar com o Filch, algo sobre meu armário.

- Conversamos depois então. – disse a ruiva com um sorriso triste.

Ele seguiu para a sala do zelador, que o deu o número do armário dele, assim como a senha genérica e as instruções de como mudar.

Seguiu até o seu armário e se espantou ao ver que ele era inteiriço, ao contrário de muito que era apenas metade da parede. E como ele era o último do ano a pegar um, esperava pegar o pior.

Provavelmente por ser de algum aluno que formou e os outros alunos mantinham os seus do ano anterior, pensou ele.

Terminado de mudar a senha, ele seguiu para o refeitório.

Era um enorme salão. Em um canto tinha a mesa dos professores, perto do local onde estavam dispostas as comidas. Pelo resto do salão, havia um grande número de mesas com um bancão adjacente de cada lado.

Um fenômeno interessante aconteceu quando os alunos perceberam a presença de Harry, todos os alunos que estavam na fila de espera se dispersaram sentando com os amigos.

Harry não se importou com isso, já que estava com muita fome, por pular o café. Se serviu tranquilamente. Cada aluno podia se servir a vontade, mas apenas uma vez.

Vasculhou o salão para encontrar um lugar para sentar. Procurou pelos novos amigos, se é que podia chamar assim, mas ao identificar Gina, viu que sua mesa estava cheia.

Aliás todas estavam cheias, com exceção de uma.

Nela havia apenas uma pessoa. Harry quase riu quando chegou mais perto. Era um garoto da sua idade, com cabelos longos, um casaco de motoqueiro, óculos escuros e uma atitude rebelde.

- Posso me sentar? – perguntou ele.

- Claro. – respondeu o menino. – Apesar de não parecer, eu não mordo.

- Parece que eu estou nessa categoria. – disse Harry.

- Meu nome é Tiago. – disse o motoqueiro estendendo a mão.

- Harry Potter. – disse ele aceitando o cumprimento.

- Você é o primo do calouro burro. É assim que chamam um novato no time de futebol.

- Você escutou as historias dele então.

- Se pelo menos metade for verdade, eu não te culpo. Eu faria o mesmo se estivesse na sua situação. – disse Tiago.

- Você é o primeiro que me diz isso.

- Vai ver por que eu sei o que você passa. Eu sou alvo principal dos comentários há uns quatro anos. – disse ele. – Vão perder o interesse em você em uma semana. Sempre é assim, até que arrumem um assunto melhor, como um casal. Isso se não for você um dos integrantes dele.

- Como assim?

- Você não tira os olhos da metade feminina dos gêmeos de fogo. E ela a cada três garfadas, ela dá uma olhada pra você. – disse Tiago, ainda vendo a cara de espanto dele. – Esses óculos não são apenas para parecer malvado. Servem para olhar para todos. E tenho recomendações médicas para isso.

- Hein?

- Sofro de Fotofobia. – disse ele abaixando os óculos, mostrando olhos castanhos esverdeados, mas logo as pupilas se dilataram restando apenas uma linha verde escura em volta e o resto dos olhos logo ficaram vermelho. – Isso gera um monte de boatos. Pelo menos você é correspondido.

- Sabe para alguém que parece malvado, você fala muito.

- Não é todo dia que se pode conversar com alguém. – disse Tiago. – Vou te mostrar o que eu acabei de te dizer. Olhe para aquela ruiva na mesa atrás da sua princesa de fogo. Veja bem a reação dela.

Ele se levantou, e todo o salão pareceu parar, o som diminuiu consideravelmente.

- A proposito, para o resto da escola, você é da minha gangue, caso eu tivesse uma. Cuide da sua imagem de Dark.

Tiago andou por entre as mesas e passou pela menina ruiva, era um cabelo mais escuro que o da Gina que parecia ser mais brilhante. Todos evitavam olhar para ele, exceto a ruiva. Esta deu uma olhada de rabo de olho para ele e fechou a cara, como se estivesse com muita raiva dele. Somente quando o moreno saiu do refeitório que todos voltaram ao normal.

Será um ano interessante, pensou Harry voltando a comer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Segredos De Uma Vida Quase Normal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.