Dumbledore caminhava até os portões de Hogwarts para poder aparatar. Ele poderia ter pediu para Fawkes o levar, mas precisava deste tempo para pensar.

Depois que Anjo do Caos e Gina voaram para o horizonte, ele passou um tempo procurando algo que eles pudessem ter pegou ou feito na escola, mas não encontrou nada. Nem mesmo os quadros eram de ajuda, nenhum revelava nada.

Isso o deixava mais nervoso.

Chegou à Toca com esperanças de que o casal ainda se demorasse um pouco. Precisava muito falar com Molly. Sabia que a matriarca tinha grande influência sobre os filhos, mesmo que eles aparentassem se rebelar.

- Bom dia, Molly. – disse ele para a mulher que alimentava algumas galinhas gordas.

- Bom dia, Alvo. – disse ela. – Vamos entrar para tomar uma xícara de chá.

Dumbledore deu um suspiro aliviado, ela estava sendo amável.

- A que devo a honra da visita? Más notícias não são. Você costuma mandar outros no seu lugar.

Por essa Dumbledore não esperava. Sim, ele preferia que outras pessoas fizessem esse papel. As pessoas tem uma tendência a descontar suas frustrações no mensageiro, e ele não podia se dar ao luxo de perder a confiança dos membros da Ordem.

- De certa forma elas são ruins. – disse o diretor. – Hoje, recebi alguns visitantes inesperados no castelo.

- Não vai me dizer que Fred e Jorge resolveram deixar alguns de seus inventos armados no castelo.

Dumbledore riu pensando na cena. Ele teve mais contato com os gêmeos Weasley depois que eles entraram para a Ordem, o que era uma pena. Ele gostou muito do humor deles, principalmente quando se rivalizava com os Marotos ou seus tios. Um pena que a morte de Harry tenha endurecido os Marotos.

- Não foram eles. Mas acho que isso teria alegrado um pouco as coisas. Foi sua filha.

- Então foi para lá que eles foram. – disse Molly somente para ela, e depois perguntou. – Ela causou algum problema?

- No castelo, não. Mas sua companhia pode ser. – disse ele. – Ela estava com o Anjo do Caos.

- E qual o problemas, eles estão namorando. – disse Molly. – Vai ver ela queria mostrar a escola para Caos, já que ele não a conhece.

- Ele é perigoso. – disse Dumbledore. – Não sabemos nada sobre ele.

- Você também pode ser considerado perigoso. – disse Molly. – Tem muitos poderes que a maioria não possui.

- Você não está entendendo, Molly. As histórias que contam dele são assustadoras.

- Sim, mas são só histórias. Caos não é nada disso. E nem adianta tentar separar os dois, se nem mesmo os meus meninos conseguiram isso. Eu apoio os dois.

- Você então poderia...

- Não, não vou me meter nisso. Se ele quiser lutar contra Você-sabe-quem vai ser do jeito dele. Quando Gina foi sequestrada, você ficou atrás de sua mesa, planejando, dando ordens, mas nada de tentar resgata-la. Nem mesmo teve a cara de pau de me contar. Caos cuidou dela, deu um jeito de fugir de lá.

- Ele pode ser a nossa chance de vencer a guerra.

- Não, ele é perigoso. – disse Molly. – Já disse, se ele quiser ele vai acabar com Voldemort.

- Bom, já fiz o que tinha que fazer. - disse Dumbledore. – Agora tenho um almoço com o Ministro para verificar o que faremos com os exames que não pudemos realizar.

Dumbledore estava frustrado. Perder os Weasley não estava nos seus planos. Os Potter também pareciam não estar muito afinado com ele mais. Ele agora esperava que Molly tivesse razão, que Anjo do Caos estivesse querendo derrotar Voldemort.

Remo escutou atentamente alguns relatos dos encontros com Harry. Principalmente o primeiro.

- Isso é... – disse o lobisomem sendo interrompido por uma coruja branca.

- Oi, Edwiges. – disse Lilian indo até a coruja. – ele mandou algo pra mim?

A ave esticou a perna e mostrou uma carta.

- Essa é a coruja que te avisa dos ataques? – perguntou Remo.

- Sim, é a coruja de Harry. – disse a ruiva lendo a carta. – Nenhum ataque. Só ele avisando que vai demorar para voltar.

- Harry é o seu contato? – perguntou Remo.

- Sim. Ele sempre nos avisou a tempo. – disse Tiago.

- Isso é muito para minha cabeça. – disse ele.

- Vá visitar a Tonks. – disse Lilian. – Harry falou que ainda vai demorar um pouco para ela se recuperar.

- Harry? Como ele sabe?

- Foi ele quem a curou. Aprendeu o feitiço que acertou sua namorada com a tia dela, assim como a cura. – disse Lilian.

- Ela não é minha namorada. – disse Remo.

- Noivaram e nem contou pra gente, Lobinho Safado. – disse Tiago.

- Não é nada disso. – disse ele corando.

- Não perca a chance de ser feliz. – disse Lilian.

Relutantemente, Remo Foi para a Mansão Black. Ele teria que conversar com Sirius mesmo.

- Olha quem veio me visitar. – disse a metamorfomaga.

- Estava ocupado. – disse Remo envergonhado.

- Como se eu tivesse condições de fazer algo. – reclamou ela.

- Você me parece muito bem. – disse ele.

- Mas tenho que manter essa aparência.

- Eu gosto. – disse Remo.

- O que te deu hoje?

- Tive uma conversa com Pontas e Lily.

- Eles sabem que é o anjo que me curou?

- Anjo? – ele perguntou se fazendo de desentendido.

- Sim, eu vi um anjo junto com Tiago e Lilian, depois que eles me trouxeram aqui. Ou seria imaginação minha?

- Não é imaginação sua Dora. Havia um anjo aqui, o Anjo Do Caos.

- Parece que Gina não é a única que foi salva por ele. Sirius é que não vai gostar desta notícia.

- Não, não vai. Mas... – Remo deixou o pensamento no ar.

Duas horas depois, Remo foi procurar o amigo cabeça dura.