Capítulo 23 – O Menino que Sobreviveu.

“Ontem se casaram dois dos mais notáveis bruxos de sua geração. O auror Tiago Potter e a medibruxa Lilian Evans finalmente se juntaram e formaram um família.

A cerimônia foi pequena, sendo convidados apenas as famílias dos noivos e alguns amigos dos dois.

Os padrinhos foram os casais o Sirius Black (auror) e Mary Smith Black (Batedora das Harpias), e Remo Lupin (Professor de DCAT em Hogwarts) e Anna Watson Lupin (funcionária do Setor de Transportes Mágicos). Eles são amigos desde a escola, onde frequentaram a casa da Grifinória. Naquela época o Potter tentava convencer a sua esposa que ele queria ter um relacionamento sério com ele, o que gerou muita briga entre o casal, mas que parece terem sido esquecidas pelo amor que brotou entre eles. Amor que conseguiu juntar também os amigos deste belo casal.

As surpresas da festa ficaram com a ausência de Tiago Potter, o primo americano do noivo, e sua namorada Gina Weasley, também americana. Segundo os padrinhos, não puderam comparecer por causa de uma doença contagiosa que adquiriram em uma viagem pelo mundo. E também a presença de Melissa Connor, uma aluna de Hogwarts mais nova que os noivos e que pertencem a casa da Sonserina, rival da que os noivos, mas que parece ser tratada como irmã mais nova dos Marotos, grupo formado pelos dois Potter, Black e Lupin na escola e que depois cresceu agregando as sua namoradas, hoje esposas.

O casal é famoso pela sua participação fundamental na Batalha entre a Cobra e o Grifo e também por se formarem em metade do tempo em suas respectivas carreiras. (...)”

Profeta Diário – Rita Scketer.

Dumbledore estava se dirigindo para o pub de seu irmão o Cabeça de Javali para entrevistar uma candidata a vaga de Adivinhação, apesar de achar que não há mais necessidade desta matéria, mas ela se disse descendente de Cassandra Trelawey, uma vidente famosa, então ele deve ao menos conversar com ela.

Chegando ao pub ele o encontra vazio, exceto pelo irmão e pela candidata a vaga. Ele a conhecia, tinha sido sua aluna, ainda quando ele era professor de Transfiguração, seu nome era Sibila Trelawey, e nunca antes tinha demonstrado algum poder premonitório antes.

- Boa Noite, Srta Trelawey. – disse o diretor se aproximando.

- Boa Noite, Professor. – disse ela. – Agradeço a sua disposição para me receber hoje.

Depois de conversar com a sua parceira de copo do dia, ou melhor da noite, Dumbledore percebeu que ela não possuía nenhum poder e não seria de seu interesse manter uma professora assim para dar aula.

- Me desculpe, mas acho que você não se encaixa no nosso corpo docente. – disse ele. – esperava algo diferente para esse cargo.

Ele começou a se levantar quando sente uma leve alteração na magia de Trelawey. E se vira para vê-la melhor.

Os olhos dela perderam o foco e ela começou a falar com uma voz diferente, mais encorpada e poderosa.

- Aquele que destruiu o Lorde das Trevas se aproxima, nascido no fim do sétimo mês, daqueles que deveriam o enfrentar três vezes, mas só o fizeram uma, no final. Ele tem o poder desconhecido pelo Lorde das Trevas e esse foi o seu erro. Sua primeira vida não foi fácil, mas ele terá alguns problemas nessa também. Os que estão livres tentaram sua vingança nele, e assim ele será novamente marcado. O Anjo protegerá a Fada e ninguém irá impedir isso. E a Luz seguirão.  Aquele que destruiu o Lorde das Trevas se aproxima, com um poder que não poder ser controlado por outros, nascido no fim do sétimo mês.

Trelawey acorda de seu transe como se nada estivesse ocorrido. E olha entristecida para o diretor.

- Se é assim, terei que aceitar. – disse ela pegando suas moedas para pagar a sua bebida.

- Acho que posso tentar te encaixar. – disse Alvo tentando não demonstrar nenhuma emoção. – Passe amanhã em meu gabinete para acertarmos.

- Obrigada, Dumbledore. Você não se arrependerá. – disse ela sorridente.

Mas Dumbledore não mais prestava atenção no que ela dizia, estava estarrecido com as conclusões que tinha chegado. Lorde Gryffindor é na verdade Tiago Potter, o viajante do futuro, que vem a ser o filho que Lilian está esperando. O pânico penetrou em seu coração. O menino será poderoso, já o tinha enganado antes. E com certeza ele não conseguiria controlar o poder dele, e ele poderia tomar seu lugar. Mas pelo menos ele não se envergaria para o lado das Trevas. Mas se ele é o Anjo, a imagem de Lorde Gryffindor com as asas de sua forma animaga de Grifo veio a sua cabeça, quem será a Fada? Gina Weasley, uma Filha de Molly Weasley que ainda nascerá? Ou seria outra pessoa? Ele necessário avisar aos Potter sobre isso. Mesmo temendo os poderes do menino, era o certo a fazer, não o fácil, como ele sempre tentará fazer.

- Vejo que logo, logo estaremos segurando o pequeno Fenrir em nossos braços. – disse Sirius ao entrar na casa dos Potter e ver o barrigão de Lilian.

- Sirius, pode não ser ele ainda. Não se lembra que o futuro foi mudado. E que ele pode ter irmãos mais velhos agora que não tem uma guerra. – disse Mary repreendendo seu marido.

- Eu queria poder me vingar dele, logo. – disse Sirius e vendo a cara fechada de Lilian. – eu perdi varias apostas contra ele na escola. Estou pensando no que posso fazer com ele quando tiver idade para isso, é claro.

- Para quando é? – perguntou a loira.

- Final de julho. – disse Lilian orgulhosa. – E sim esse é o Guinho, posso sentir a sua magia.

- Nunca entendi essa historia de sentir magia, as pessoas, perigos. – disse Sirius.

- Isso por que você não sente nada disso. – disse Tiago entrando. – Mesmo querendo ser um Potter, você não tem os mesmo poderes que eu.

Todos riram de Sirius que fechou a cara.

- Eu já disse que odeio vocês e seus poderes malucos. – disse Sirius entre os dentes.

- Sim várias vezes. Acho que o Aluado está contando. E por falar no diabo. – disse Tiago indo até a porta e abrindo quando o amigo ia bater na porta.

- Hoje eu disse que você é assustador com seus poderes? – perguntou Aluado. – Bom dia para todos.

- Bom dia. – disseram todos.

- Hoje, você não disse, mas o Almofadinhas disse de novo que odeia os meus poderes. – disse Tiago. – E como você está Anna?

- Eu estou meio cansada, mas isso é normal no começo da gravidez, você sabe disso. – disse a morena.

- Ah, Pontas foi a centésima vigésima nona vez que o Almofadinhas disse isso.

Esse foi o começo de mais um dia feliz entre amigos.

Tiago chega cansado depois de mais um dia de trabalho. Um idiota de Azkaban solicitou revisão de dezenas de processos de presos. Ele e Sirius tinham passado a manhã inteira em uma sala empoeirada buscando os arquivos, depois passaram a tarde revisando os documentos para descobrir que metade dos nomes dados, ou eram de pessoas mortas a décadas ou de pessoas que já haviam sido libertadas. O pior foi ver o nome de vários comensais que ele tinha combatido em Hogsmeade na pilha de libertados, ou por falta de provas ou por serem julgados como vítimas da Imperius, entre eles Malfoy que tinha tentado matar Lilian.

- Oi, meu Lírio. – disse ele sem animo.

- Oi, meu amor. Tenho uma notícia que deve melhorara seu humor. – disse ela e quando viu a cara do marido não fez muito mistério. – Faz cinco minutos que a bolsa estourou. Seu filho está nascendo.

- Tem certeza? – perguntou ele com cara de bobo. – Pergunta idiota. Claro que tem. Vamos. Quer ajuda para que, chamar alguém? Pegar as bolsas?

- As bolsas estão ali. Avise os outros para nos encontrar no Hospital. E é melhor você nos aparatar, tenho que manter minhas forças e odeio viajar de Floo. – disse ela já abraçando o moreno.

- Sim, Sim. – Com a mão livre ele convocou as bolsas e com a varinha conjurou quatro patronos, todos cervos.

- Você ainda não consegue conjurar patronos diferentes ao mesmo tempo, não? – perguntou a ruiva tentando gozar com ele.

- Conseguir eu consigo. Só não me importei com isso. – disse ele aparatando.

- Então por que não fez? – perguntou ela sem perceber que já estava no hospital. – E por que quatro?

- Olhando para você não consegui pensar em mais nenhum animal. E Mandei um para o Sirius e a Mary, um para o Remo e a Anna, um para a Mimi e um para meus pais, eles passaram na sua casa para avisar aos seus. Não acho que eles iam conseguir esconder um patrono dos vizinhos. – disse ele. – E Frank e Alice já estão aqui. Neville nasceu ontem.

- Boa Noite. – disse uma curandeira chamando a atenção de Lilian. – Me acompanhem.

- Quando chegamos aqui? – perguntou a ruiva espantada.

- No meio da discussão. – respondeu Tiago.

O parto foi tranquilo, o que não quer dizer que Tiago não tenha ficado preocupado. Lilian permitiu que ele assistisse, uma forma de um confortar o outro, e impedir que ele arrombasse a porta e tentasse matar o medibruxo quando ela gritasse.

Logo já estavam no quarto Tiago, Lilian e o pequeno moreno. Quando permitidos houve uma invasão no quarto. Entraram os Marotos, Minerva e os avôs orgulhosos.

- Pessoal, eu lhes apresento Harry Tiago Potter. Meu pequeno anjo. – disse Lilian sem conseguir tirar os olhos do filho.

Este ao perceber que estava sendo observado abre os olhos revelando duas esmeraldas como as da mãe.

- Vejo que escolheram o nome direitinho. – disse Samanta. – Ei que cara é essa. Ele nos contou. Não contou para vocês para não influenciar a escolha. Ele fez o que eu faria.

- Quem mais sabia? - Perguntou Tiago.

Seus pais e a Minerva levantaram as mãos.

- Só para saber a quem perguntar sobre os segredos dele, quando ele estiver em dificuldades. – disse o moreno dando de ombros.

Lilian estava visitando Anna com Harry, enquanto Tiago ajudava Remo nas compras para o bebê. Harry começou a ficar agitado.

- Que foi, meu anjo? – mas o menino ainda estava agitado.

A ruiva percebeu que o menino não tirava os olhos de Anna. Então passou o menino para ela. Harry se acalmou, mas seus olhos estavam tristes, do mesmo modo que estavam quando contou a morte do Sirius no seu antigo futuro. Isso deixou a medibruxa preocupada.

- Lily, você pode pegar o Harry um pouco. – disse Anna.

- Sim. Mas por quê? Está sentindo algo? – perguntou sem deixar a aflição sair de sua boca.

- Só uma contração. Acho que meu bebê está com pressa. – disse a morena divertida. – Ele quer ser colega do Harry em Hogwarts.

- Não fale isso. Outra turma de Marotos na escola, e com certeza os professores pedem demissão. Inclusive seu marido, a paciência em pessoa.

- Eles não podem ser tão ruins assim, Lis. – disse Anna.

- Como não. Se o Harry sozinho já fez tanta coisa, imagina com ajuda dos Marotos originais e com uma turma nova.

- Merlin tenha pena de nós todos. – disse Anna divertida.

Quando Tiago e Remo chegaram em casa, mal tiveram tempo para respirar. Logo Lilian pediu para que seu marido aparatasse com a amiga para o Hospital, a aparatação dele era diferente e não faria mal a gestante nem ao bebê. Enquanto ela ajudava o futuro papai a organizar as coisas ali.

Quando os dois ex-monitores chegaram ao hospital, não foi permitida a entrada de nenhum dos dois na sala de parto. E se juntaram ao Tiago, que explicou que foi necessária uma intervenção rápida, pois, a bolsa tinha estourado mas a criança ainda não estava na posição e isso poderia afetar a ambos.

Algum tempo depois, um medibruxo se aproxima do grupo, que já contavam com Sirius, Mary, Alice e Frank.

- Quem é o Sr Lupin? – Remo se adianta. – Tenho que informar que o parto teve complicações. Seu filho está bem. Mas a sua mulher ainda corre risco. Ela quer vê-lo.

Remo segue o medibruxo sem saber o que pensar.

Os outros ficaram quietos torcendo para mais um final feliz. Harry nem mesmo se manifestava, apenas apertava com força a mão de sua mãe.

Pouco depois um uivo triste ecoou pelas paredes do hospital indicando que o pior tinha acontecido. Anna falecerá nos braços de seu amado.

O velório de Anna foi muito triste. Muitas pessoas compareceram, amigos da época de Hogwarts, alguns alunos que estiveram com eles ali, mas que pouco conversaram, os professores, colegas de ministério, vários jogadores de quadribol, e membros da Ordem.

Remo não largava seu filho, Antony, nem um minuto.

No final só restavam os Marotos e seus filhotes ali.

Lilian e Alice estavam trocando a roupa de Antony para que Remo pudesse descansar um pouco, o que ele fez com pouca vontade. Sirius carregava Harry, que assistia tudo com olhar triste, enquanto Tiago tinha ido pegar alguma comida para todos.

Sirius sem saber o porquê, acabou levando o menino até o amigo, que o pegou espantado com a ação dele.

Harry então coloca suas mãozinhas nas bochechas de Remo e as levanta forçando um sorriso no rosto do Lobisomem. Que continua a sorrir por algum tempo depois que Harry o solta. Mas logo volta a fechar a cara. Harry então o abraça.

- Obrigado, Pequenino. Queria que as coisas fossem tão fáceis. – disse ele.

- O que aconteceu? – perguntou Mary. Os outros acabaram de retornar a sala onde estavam.

- O Harry tentou usar seus poderes de Lobo Místico em mim, para me fazer ficar feliz, mas percebeu que as coisas não podem ser resolvidas deste jeito. – disse Remo. – Mas ele está certo, eu tenho que viver minha vida, fui feliz com a Anna e tenho que cuidar de nosso filho.  Nunca a esquecerei.

- Como assim poderes de Lobo Místico? – perguntou Alice.

- A forma animaga do Harry é um Lobo Místico, por isso seu apelido era ‘Fenrir’, por causa do devorador de deuses da mitologia Nórdica. Ele conseguia controlar os canídeos, inclusive lobisomens e animagos deste tipo, mesmo em suas formas humanas. Foi assim que ele conseguiu que o Aluado fosse conversar com a Anna antes dele a convidar para o passeio em Hogsmeade. – disse Tiago.

- Tão pequeno e tão poderoso. – disse Frank de forma respeitosa olhando do moreno para o filho em seus braços.

- Isso porque não foram vocês que encontraram um grifo no lugar de seu filho quando ia amamentar durante a noite. – disse Lilian assustando a todos.

- Duas formas animagas? – perguntou Sirius.

- Almofadinhas, você já viu as duas, ou você se esqueceu que ele é o Lorde Gryffindor.

- Me esqueci. – disse ele.

 Remo deu graças a Merlin que ele tinha aquelas pessoas como amigos, sem eles, não conseguiria suportar a dor que sentia, ou melhor nem estaria vivo para ter um filho.

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- Lilian, me conta o seu segredo. Como você faz para que o Tiago se comporte como um adulto quando está com o Harry. – perguntou Mary enquanto dava banho em sua filha Fernanda, e Lilian colocava a roupa na irmã gêmea dela Flávia.

- Simplesmente dizendo que se ele quer se comportar como uma criança ele perderá privilégios de adultos. – disse a ruiva.

- E deu certo? – perguntou a loira.

- Na maioria das vezes. – disse Lilian com a mão sobre a barriga.

- E nota-se. Para quando é?

- Está previsto para final de julho.

- Então logo, logo teremos mais um filhote de maroto. – disse Mary.

- Se você considerar um membro efetivo, sendo também um filhote, teremos seis. E isso já é o suficiente para Dumbledore usar a Ordem para garantir a segurança dos outros alunos quando eles forem para a escola.

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Lilian estava deitada na cama segurando a sua filhinha, Cristiana. Tiago como pai babão estava ali junto com Harry, que admirava a irmãzinha ruiva, como a mãe.

Desta vez não deu para avisar a todos, a pequenina nasceu durante a madrugada, no dia 31. Harry demonstrando seus poderes premonitórios, tinha alertado seu pai, que tinha adormecido em seu quarto, então ele teve que ir junto. Caso contrário, o menino teria sido esquecido em casa dormindo.

- Olha Harry, sua irmãzinha. Você tem que protegê-la sempre. – disse Tiago.

- Fada. – disse Harry olhando para a menina.

- Isso mesmo, você tem que proteger a sua Fada. – disse Lilian recordando da profecia que Dumbledore tinha lhe contado, antes de Harry nascer. Uma profecia diferente da que Guinho tinha contado.

Assim que foram permitidas as visitas o pequeno quarto se encheu. E todos cumprimentando os pais.

Harry estava sentado ao lado da mãe, quietinho, mas com cara fechada para todos que se aproximavam muito rápido da Cris.

Depois de fazer uma piada sobre ruivas para zoar com Tiago, Sirius começar a rir como um cachorro assustando a ruivinha que começa a chorar.

- Não. – disse Harry com força.

Sirius perde completamente a voz, nenhum som sai de sua boca. Ele sabia de imediato que o afilhado tinha usado seus poderes nele de novo, fazendo-o fechar a cara.  

Harry estica a pequena mão e coloca sobre a irmã, que logo para de chorar e adormece.

- Li, eu disse que adora o seu filho. Pode me emprestar algumas vezes para que eu possa domesticar um vira-lata puro sangue? – disse Mary fazendo todos rir baixinho, para não acordar a menina, e assim aborrecer o Harry.

- Oi, meu amor. – disse Lilian quando Tiago chega em casa depois de mais um dia de trabalho. – como foi o seu dia?

- Meu dia foi tranquilo, por incrível que pareça. Nem mesmo o Almofadinhas me irritou tanto. – disse o moreno dando um beijo nela. – e como foi o seu dia com nossos marotinhos?

- O Harry sempre me ajuda a cuidar da Cris, mas hoje ele ficou o tempo todo olhando para a janela. Achei muito estranho. Mas não notei nenhuma reação dele para que me preocupasse.

- Você sabe que dia é hoje? – perguntou o auror.

- Não me vem nada de especial na mente.

- Hoje é dia das bruxas, uai. Hoje é o dia que morreríamos. Harry deve ter algum tipo de memória de outra vida. Deve ser por isso que ele fica olhando para a janela.

- Espero. – disse a ruiva com um suspiro.

Harry estava parado olhando pela janela, depois do jantar. Ainda era muito estranho isso. Ele geralmente estava dormindo a essa hora.

Sons de aparatação foram ouvidos do lado de fora da casa dos Potter em Godric Hollows. Porém nem Lilian, nem Tiago prestaram a atenção, já que aquela era uma vila bruxa.  Somente quando um feitiço atingiu a porta, que ameaçou desabar, foi que se preocuparam.

 Tiago se posicionou na frente da porta enquanto Lilian ficava perto da escada para subir caso necessitasse. Harry permaneceu parado onde estava olhando para fora.

A porta explodiu, forçando o auror a se proteger e quando ele se virou, quatro comensais já estavam dentro de sua casa apontando as varinhas para ele e sua esposa.

- Potter, você sabe que estamos aqui atrás de vingança, pelo o que vocês fizeram com o nosso mestre. – disse aquele que parecia ser o líder.

Tiago conhecia todos os comensais que foram presos, porém alguns conseguiram fugir antes de serem capturados durante a tentativa frustrada de atacar o ministério anos antes.

- Ele fez aquilo consigo mesmo. Eu vi. – disse Tiago. – E vocês não são nada perto dos comensais que eu já combati.

- Não precisamos vencê-los em um duelo. Estamos aqui para destruir a sua família, matar ao seu filho e também a sua filha. Só precisamos mantê-los ocupado o tempo suficiente para um de nós matá-los. – disse novamente o comensal.

- NÃO! FADA NÃO! – disse Harry correndo e se colocando entre os comensais e o pai.

- Assim é mais fácil. – disse o comensal e então todos os quatro apontaram a varinha para o menino e disseram:

- AVADA KEVADRA!

Tudo aconteceu de forma bem lenta, para Tiago. Lilian tentou saltar na frente dos raios, mas ele não permitiu isso. Harry não se moveu e os raios o atingiram diretamente.

Os comensais começaram a rir da estupidez do menino.

Quando o tempo pareceu voltar ao seu ritmo normal, todos viram que o Menino estava em pé, e estava iluminado pela luz das Maldições. A luz foi mudando de verde, para vermelho e depois para dourado e quatro raios partiram do corpo dele, acertando em cheio os comensais que voaram para trás caindo inconscientes no chão.

Neste momento, Cris começa a chorar quando sentiu a magia que foi usada.

 Harry como pedido foi protegê-la, aparatou para o quarto.

- Vamos. – disse Tiago para uma Lilian paralisada com o que aconteceu. – eles não se levantaram tão cedo, se conseguirem fazer isso sozinhos.

Os dois sobem e veem o filho acariciando a cabeça da irmã, que tinha parado de chorar e estava sorrindo para o irmão. O Anjo Protegendo a Fada.

 Quando Harry se virou para os pais eles puderam notar uma marca, uma cicatriz em forma de raio na testa do menino. Ele novamente se tornou o Menino Que Sobreviveu.