I Make Plans To Break Plans escrita por frederiica


Capítulo 2
Capítulo 1 - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo foi dividido em 3 partes.



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Abri os olhos vagarosamente tentando me localizar ainda, olhei para o lado e vi em cima da mesinha de cabaceira o relógio, este marcava 16:50, ainda?

Constatei decepcionado, sem motivo aparente, que eu havia dormido demais, e que havia tido um sonho estranho, do qual eu realmente não conseguia lembrar o conteúdo. Levantei-me o mais bem humorado possível.

Fui até a cozinha e peguei uma maçã, voltei para o quarto, arrastando meus pés. Liguei a televisão, e comecei a comer minha fruta olhando para pequena tela a minha frente, onde passava... Nada.

Definitivamente, se eu quisesse continuar de bom humor, era melhor eu sair de casa. Decidido, uma voltinha por aí vai ser melhor, e bem menos dramático do que ficar o dia inteiro poluindo minha mente.

Fui rápido até o banheiro, e passei o lápis em questões de segundos. Fui até a sala apressado puxei meu casaco preto, que estava pendurado ao lado da porta como sempre, e saí do meu apartamento o mais rápido possível.

Logo já estava saindo para as ruas frias de Londres, puxei minha habitual carteira de cigarros do bolso, e antes que me desse conta, já estava com um aceso na boca.

Maldito vício, pensei, um dia isso ainda me mata, mas agora já é tarde demais para pensar nisso.

Com esses pensamentos me encolhi dentro do meu casaco, por causa do frio cortante que fazia na rua.

Ao mais, avistei uma casa de chá pequena, de aparência abandonada, mas com ar acolhedor, com certeza, melhor que a rua fria que trincava meus ossos.

Fui até sua pequena porta, e ao abri-la um pequeno sino soou, anunciando minha entrada.

Podia-se ver ao máximo três clientes encolhidos, tomando seus chás tranqüilamente. Por dentro o estabelecimento parecia mágico. Couro preto cobria o estofamento das cadeiras, em cima de cada mesa repousava um pequeno arranjo com rosas vermelhas, as janelas pouco abertas, davam um ar sombrio ao local, e o cheiro delicioso de chá que pairava no ar, fechava o clima perfeito e encantador.

Sentei-me na ultima mesa encostada na parede, próxima a uma janela, onde tinha um pequeno sofá em forma de “L” como cadeira.

Em pouco tempo escutei a voz de um rapaz, que eu supunha ser o atendente.

Ele me entregou o menu de chás, que eu folhei desejoso, após alguns segundos ele falou.

“E então... o que o senhor gostaria?”.

Fiz o meu pedido, vendo o atendente logo em seguida sair apressado com meu pedido.

Peguei um jornal que estava eu meu lado em cima da mesa, e comecei a lê-lo, tomando calmamente o meu chá.

Escutei o pequeno sino da porta soar novamente, e uma leve brisa suave passou pelo meu rosto, olhei de imediato para porta, onde um jovem de mais ou menos minha idade passava pelo portal.

Fiquei observando-o ir até o balcão, com seu estilo um tanto quanto sombrio. Seu all star e sua calça jeans indicavam um jovem normal, mas seu enorme casaco preto com golas altas e o óculos escuro nesse frio, era no mínimo... Intrigante.

O atendente chegou com meu pedido, fazendo-me desprender minha atenção do estranho.

Sorri meu melhor sorriso para o jovem garçom, que quase deixou a bandeja cair e depois sorriu sem graça.

Olhei convencido para o meu chá e sorvei um pouco do líquido. Voltei a ler meu jornal tranqüilamente, sem dar mais importância para quem mais estava por ali.

Depois de longos minutos, escutei um pigarro ao meu lado, levantei a cabeça mecanicamente, irritado.

Eu sei que eu não estava fazendo nada, mas uma coisa que me irrita extremamente é quando interrompem o que eu esteja fazendo, ou seja... Nada.

Ao ver quem estava ao meu lado comecei a babar e meu queixo caiu me surpreendi. O estranho que tinha entrado na pequena casa de chá estava ao meu lado, me olhando com a cara mais safada do mundo. Estranhei, mesmo estando encantado com as feições dele.

Olhei-o curioso, e ele continuou me encarando, como se como mágica, ele se tocou de que tinha que falar alguma coisa.

“Posso sentar?” – ele perguntou sorrindo.

Pensei um pouco, ele quer sentar? Por que? Ele acha que é quem? Eu sei que eu sou lindo, mas ele quer sentar na minha mesa, e ficar me cantando, pra fazer sabe-se o que lá? Coitado.

“Não” – falei fechando a cara e voltando a ler meu jornal.

Ele gargalhou sorriu e se sentou a minha mesa. O olhei indignado.

“Vem cá... você é surdo ou o que?” – perguntei irritado.

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