Dois Mundos: Entre A Magia E O Poder. escrita por Tye


Capítulo 9
Encontros não tão agradáveis...


Notas iniciais do capítulo

Hey guys, desculpem o pequeno atraso (comparado a cinco meses, três dias não foi nada, né não? haha).
Mas então, sobre o capítulo... ah cara, eu prometi pra mim mesma que não iria mais fazer capítulos meia boca... mas eu acho que esse ficou meia boca e.e

Só vocês podem me dizer, né?

Enfim... boa leitura e até lá embaixo!



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- Vamos lá, Miss Coragem. Pode começar a falar. – Clarisse estava com os pés em cima da mesa – o que provocava nas garçonetes do café uma expressão de desaprovação – e um olhar de quem poderia matar um leão com uma mão só.

Depois de sairmos daquela montanha horrorosa voamos até o limite do Canadá – a essa altura já era de manhã – e encontramos um café para descansarmos brevemente. Assim que pedimos nossos cappuccinos (Caio me disse que era bom, então confiei nele e pedi também...) e nossa comida, Clarisse se colocou a me encarar. Respirei bem fundo antes de responde-la.

- Clarisse, é complicado...

- “Complicado” está bem longe do que a situação é realmente. – vociferou ela. – Você tem uma varinha! Como naqueles desenhos de crianças estúpidas. Dá pra explicar isso?! Sem contar que só agora reparei em como você é esquisita! Você não sabe o que é um cappuccino!

- Ei! Eu não sou esquisita... – tentei me defender.

- Esse não é o ponto... Não fuja do assunto. – Clarisse abaixou um pouco seu tom de voz, inspirou fundo e fechou os olhos.

- Ok... eu... sou uma bruxa. – era dificil pronunciar aquelas palavras outra vez sem se sentir idiota. Mas sua reação foi completamente diferente da de Caio.

Ela parecia querer gargalhar. E ao mesmo tempo, me socar ou me matar. Para resumir bem a história, Clarisse me xingou um pouco, e aí, assim como fiz com Caio, expliquei para ela sobre Hogwarts e tudo o mais – ela continuou me xingando, mas pelo menos não me bateu. Foi bastante dificil, já que pela segunda vez, eu estava traindo o segredo de todos os bruxos do mundo. Mas se eu não o fizesse, seria pior. Aproveitei e expliquei tudo o que havia, de fato, acontecido na King’s Cross.

- Pelos deuses. Isso é a maior loucura de todas. – disse ela como se estivesse praguejando. – Não pode ser verdade! – ela me olhou nos olhos. – Mas pelo visto, é né...

- Clarisse – eu disse quando ela terminou de ter um pequeno chilique. – Esse é o maior segredo de uma comunidade inteira. Você tem que me prometer que não vai contar pra ninguém.

Clarisse me fitou com um olhar meio perdido.

- Não se preocupe Miss Coragem. Eu até que sei guardar uns segredos... – ela sorriu de leve (sim, Clarisse La Rue sorriu para Elyssa).

- Falemos agora sobre os dois primeiros dias de missão. – a filha de Ares mudou subitamente de assunto. – Puxa... até que dessa vez tá fácil né?

- Fácil?! – dissemos eu e Caio em unissono.

- Ai, ai... esses calouros... – zombou ela.

 - Comida! – Caio exclamou quando a garçonete finalmente chegou com nossos pedidos. Tomei um gole do cappuccino. Uou. Esses trouxas me surpreendem! Era ótimo!

- Hey, o que devemos fazer com a esfera agora? – perguntou Caio, tirando a bolinha roxa do bolso da jaqueta.

- Ah, sim. – disse Clarisse. – Pegue a caixa, Lyss.

Peguei na mochila a caixinha e, pela primeira vez, analisei ela com atenção. Era de madeira rústica, com os mesmo símbolos, desenhos e escritos do mapa. Não era muito grande, tinha o tamanho de um livro comum. Na lateral, tinha um puxador dourado.

Entreguei a caixa a Clarisse, que puxou a pequena “maçaneta”. Na parte de cima da caixa, um quadradinho apareceu, depois outro maior por cima daquele, depois outro e outro. Então, quatro circulos foram marcados, cada um do tamanho da esfera. Eles afundaram, formando “buracos” – para que as esferas pudessem encaixar ali.

- Caio, coloque a esfera em um dos buracos. – ordenou Clarisse.

- Nossa! – disse Caio surpreso, fingindo admiração. – Você me chamou de Caio!

- Cala a boca idiota. – respondeu Clarisse. – E coloca logo a esfera aí.

Caio colocou, e a caixa começou a fazer alguns ruídos – como se engrenagens há muito esperando, finalmente estivessem se movendo para o que foram criadas. A madeira da própria caixa começou a envolver a esfera, formando um envólucro.

- Acho que é isso... – disse Clarisse meio incerta.

- Legal... – eu disse também com incerteza.

- Ok. Mas agora, vai ficar dificil. – começou Caio. – Precisaremos planejar cada passo. Porque invadir a Casa Branca não é a coisa mais fácil do mundo...

- Eu sei, eu sei – comecei. – Mas tamb-

- Shhhh. – disse Clarisse subitamente, encarando um casal que estava sentado na mesa do lado. – Monstros. – disse ela simplesmente.

- Monstros? – repeti. – Você acha que aquele casal...? Ora Clarisse, por favor né. Ok que ela não é a mulher mais linda do mundo... mas não precisa ser má também!

Clarisse revirou os olhos e fez sinal com a cabeça para sairmos do café. Deixamos alguns dolares na mesa e nos levantamos. Ao chegarmos a porta, o tal casal já se encontrava atrás de nós.

- Atrás de mim. – sussurrou Clarisse.

Seguimos furtivamente até um beco, o casal sempre em nosso encalço – o que, confesso, já estava me deixando com medo. Não pela possibilidade iminente de aquele casal ser um par de lobisomens ou algo do tipo. E sim pelo fato de que eu detesto me sentir observada. Agora imagine ser observado e seguido por uma dupla de coisas esquisitas... ugh.

Paramos na metade do beco e nos viramos. Obviamente o casal estranho estava de frente para nós.

- Hmmmm. Delícia. – disse a mulher. – Faz um certo tempo que não como bem assim.

Clarisse olhou para ela repugnada e preparou sua lança. Caio desembainhou a espada e eu fiz o mesmo – apesar de ter a certeza de que já havia sido expulsa de Hogwarts, não me atreveria a usar minha varinha de novo.

O casal de canadenses começou a se contorcer grotescamente. Os pés e mãos deram lugar a garras, a cabeça aumentou, os dentes se tornaram mais afiados e o tronco duas vezes mais largo. Aqueles eram os bichos mais feios e amedrontadores que eu já tivera o desprazer de conhecer.

- Que diabos é isso...? – murmurou Caio.

- Não tenho a menor ideia. – Clarisse respondeu pasma.

Um dos montros voou em Clarisse, que imediatamente começou a combatê-lo. E o outro... advinha? Direto pra mim.

A criatura veio sadicamente em minha direção, me dando tempo apenas de levantar a espada. Veja bem, eu nunca, em toda a minha vida, usei uma espada. A situação não estava muito boa.

- Poxa! Qual o problema de vocês, monstros? – disse Caio em um tom magoado. – Porque me ignoraram? Eu não sou um adversário a altura, é?

Eu não podia acreditar nisso. Como ele podia fazer piada em um momento daqueles?

- Pare de reclamar e ajude, idiota! – berrou Clarisse de volta.

Caio analisou a cena por alguns segundos, e provavelmente chegou a conclusão de que eu precisava mais de ajuda do que Clarisse. Isso graças aos deuses! Pois eu estava prestes a ser dilacerada por aquelas unhas gigantes, quando Caio se colocou no meio e deu inicio a sua própria batalha.

Olhei para o lado e senti meu estômago afundar. Clarisse estava no chão, com o rosto pingando sangue e os dentes cerrados. Segurava a lança acima da cabeça, como que em um último esforço para não morrer. Respirei fundo e reuni toda a minha concentração, coragem e determinação para levantar Mousití e enterra-la nas costas do bicho. Infelizmente, não seria assim tão fácil. Aquela coisa (que antes havia sido uma não-tão-simpática canadense) rugiu alto e se virou para mim, louca de raiva. “É o meu fim”, pensei. Mas quando o monstro levantou sua garra em minha direção, ele desintegrou. Sim, é isso. As duas bestas, desintegraram, atingidas por três dardos de bronze, cada uma.

Olhamos em volta assustados, procurando o dono daqueles dardos. Na entrada do beco estava uma garota. Ela era magra, de altura mediana, cabelos cumpridos e negros, com mechas azuis. Tinha os olhos bastante puxados e vários traços orientais. Sua expressão era séria e não muito amigável. Vestia jeans e uma camiseta azul.

- Quem é você? – perguntei.

Nesse momento, mais quatro garotos vestidos como ela chegaram.

- O que você encontrou aí, Tris? – perguntou um deles.

- Nada demais. – respondeu a garota. – Mas acho que seria bastante interessante se nós levassemos esses três para a chefe conhecer... Não é?

Os outros concordaram e se deslocaram em nossa direção. Suspirei. E suspirei porque, para mim, morrer nas mãos de uma besta como aquelas que há poucos segundos estava nos atacando, parecia muito mais digno do que morrer nas mãos de cinco adolescentes que gostavam de azul...


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Notas finais do capítulo

E aí, tá ruim demais? kkkkkkkkkk
Cindy, ganhou sua personagem (a Tris a foda u.u)! Acho que eu mereço chiclet antes da aula de Educação Física por causa disso U_U

Gente, muuuuito obrigada por acompanhar! Até domingo!
beeeeeeeijos *-*



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