O Motivo Desse Meu Sorriso Bobo escrita por Yuna


Capítulo 8
You Shook Me


Notas iniciais do capítulo

Caramba, foi a muito tempo o último capítulo, e poxa, mal me lembrava de como era gostosa a sensação de escrever para essa fanfic.
Enfim, e como será que passam os nossos personagens queridos?
O capítulo foi escrito enquanto eu ouvia o álbum Animals do Pink Floyd, mas inspirado na música You Shook Me, do Led Zeppelin. Espero que gostem.



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Estava a moça sentada na pequena pracinha, lentamente a tarde ia findando, dando espaço a uma noite agradável. Seus olhinhos corriam o ambiente, mas sua mente pousava tão longe dali. Desde o beijo com Nicholas, ora pegava-se recordando do afeto ou de como riu com o tombo que este levou na biblioteca durante o cumprimento da detenção, que levaram na primeira semana de aula.

O mês que correu desde esse dia foi estranho. Entre eles os diálogos que não passavam de poucas palavras, e Nicholas ao seu jeito, continuava atracado à aquela loira fresca. E assim, as coisas transcorreram, olhares intensos, mas nenhum diálogo sólido.

Toda vez que isso acontecia, ahh, toda vez que isso acontecia, Anne nutria um sentimento de raiva por si mesma, não deveria gastar seu precioso tempo com um idiota feito Nicholas. Despertada de sua viagem, Anne levantara-se do banco e foi se dirigindo ao quarto, já estava aproximando do horário do jantar e a fome a alcançava como posto na rotina.

Já do outro lado do internato estava Nicholas e a loira, que não parava de falar. Nicholas passou a questionar cada vez mais o porque de continuar com essa menina, não havia mais graça e nem excitação. As pernas torneadas dessa criatura valiam a chatice? Já farto da situação, ele se despediu, deixando a face indignada da garota, ninguém ousava deixá-la falando sozinha.

O último mês para Nicholas foi um tremendo desafio, acordava todos os dias com Anne a sua frente, com poucas roupas. Aquilo mexia com o seu consciente, lhe ascendia uma vontade de lentamente tirar peça por peça, e ver nuas as curvas que pelas manhãs disvirtuam seu horizonte. Mas, em compensação, Anne não passava de uma menina metida a sabichona. Poderia ser gostosa, como diria, mas chata que só, sempre implicando com algo.

Passou as mãos pelos cabelos negros e lisos e cantarolou Wish You Were Here para distrair-se ao caminho até o quarto. Quando lá chegou abriu a porta e estava tudo quieto, quieto demais, sua colega de quarto não estava lá.

“Maravilha”, pensou Nicholas. Despiu a blusa, estava quente e já não aguentava mais blusa do clube de atletismo. Caminhou em direção ao banheiro quando chocou-se com um pequeno corpo quente agora sobre o seu. Aquele perfume era familiar, aquele cabelo também lhe era, ora ora, parece que não estava sozinho, a Poésy lhe fazia companhia.

Anne por um segundo se perdeu. O contato com a pele fria e com o seu cheiro já decorado e adorado por ela a pôs em uma pequena hipnose, logo quebrada pelo seu lado consciente, logo pronunciou brava:

– Seu idiota, olha o que você fez, devia prestar atenção por onde anda.

– Eu? Ah, sim, como se você não precisasse olhar por onde você anda também – Rebateu Nicholas, pouco indignado.

– Ao menos, você poderia me soltar – Disse Anne. Foi quando Nicholas se deu conta, que suas mãos seguravam a fina cintura de Anne.

Ao invés de soltá-la, Nicholas a apertou contra seu próprio corpo e a segurou firme.

–O que você quer mesmo que eu faça? - era possível ver a irritação na voz e na face dele - Eu não ouvi direito.

– Quero que você me solte agora, Nicholas – disse num tom um pouco mais irritado que da última vez.

Seus corpos estavam tão colados que nem um grampo passaria entre os dois.

Por conta da proximidade, Anne podia sentir os poucos e definidos músculos da barriga e peitoral do rapaz. Já ele conseguia sentir os volumosos seios da garota roçando contra seu peito. Isso tingiu as bochechas da moça, não apenas pela vergonha, mas pela raiva que estava sentindo.

Nicholas já nem prestava mais atenção nos movimentos que Anne tentava fazer, seus olhos estavam fixos em um ponto da face dela: seus lábios. Enquanto isso, a Poésy, vez ou outra reclamava de como estava sendo apertada, mas o rapaz parecia não escutá-la.

Então, tudo aquilo era muito intenso, aquele envolvimento era diferente do sentimento monótono que sempre sentia quando estava com outras mulheres. Aquilo era excitante, ele sentiu necessidade de tocar o pequeno e macio corpo da castanha, querendo ir além, porque ela sacudia o mundo dele de uma maneira engraçada.


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Notas finais do capítulo

Espero de coração, que tenham gostado, principalmente a Ferynandy, ela é a culpada desse capítulo, e eu só tenho a agradecer o carinho que ela teve. Obrigada mesmo.
Logo logo sairá outro capítulo, eu prometo, mas até lá, beijocas no coração.