( Sentimento de Sam Puckett ) 

É definitivamente, eu precisava de um banho, para relaxar. Ainda mais depois de tudo que me aconteceu hoje... e o pior, estou sentindo que as surpresas ainda não acabaram, e eu estou prestes a descobrir mais coisas sobre essa nova vida. Argh! Que droga... porque eu não pedi dinheiro, ou bacons, no lugar desse estúpido desejo de não ter irmã. Se eu tivesse pedido bacon boliviano, com certeza, agora eu estaria saboreando ele todinho, deitada no sofá da sala. Mas não.. eu tinha que desejar a Melanie fora da minha vida, e agora estou aqui me arrumando para sair com o Freddie e a mãe dele e o namorado. Hump... e saber que o Freddie só gosta de mim, porque nessa realidade, eu sou doce e sensível como a Melanie e a Carly. O que eu vou fazer? Eu não sei agir como elas. Não sei, não quero e não posso.

 Pam: Sam? Posso entrar? - Ouvi minha mãe dizendo, enquanto batia na porta. Desde quando ela bate na porta? 

Sam: Entra!

 Pam: Então... quer ajuda para se arrumar? - Como é que é? Minha mãe querendo me ajudar? Ah Não...

Sam: O que?

 Pam: Não quer ajuda para se arrumar, passar maquiagem, fazer o cabelo? 

Sam: Ah, desde quando você sabe fazer maquiagem?

Pam: Ué...desde sempre! Esqueceu quem é que faz sua maquiagem nos concursos de beleza? - Ela falou, me lançando um olhar confuso. Ótimo... eu ainda participo dos concursos de beleza. Será que eu ganhei algum, ou aquela patricinha idiota ainda ganha de mim em todos eles? E... cara!! Porque eu estou me preocupando com isso?

Sam: Ahn.. ta! Pode me ajudar. - Falei. Ela sorriu. Minha mãe foi até meu guarda-roupas, pegou uma bolsinha rosa, com umas estrelinhas brancas, e de dentro tirou várias coisas, sombras, batom, rímel, lápis e outras coisas que eu não sei o que é. Sentei em uma cadeira, de frente há um espelho enorme que tinha no meu quarto. E logo minha mãe começou a me maquiar. 

Pam: Filhinha, você está bem? - Ela falou, de repente. 

Sam: Estou... porque?

Pam: Porque você está estranha desde que acordou. Marisa disse ao telefone, que você brigou com o Freddie e parecia muito irritada quando foram ao shopping.

Sam: Não é nada... 

Pam: Samantha querida, pode me contar o que está acontecendo... entre nós nunca houve segredos. - Ela disse, colocando a mão em meu ombro. Ela sorria docemente, me fazendo até arrepiar. Fiquei em silêncio, apenas pensando em tudo que está acontecendo. Credo... eu nunca senti isso, pela primeira vez, eu sinto que minha mãe é realmente responsável e que se importa comigo. 

Sam: Ahn.. já desejou algo, mesmo sem realmente querer, e quando aconteceu, você se arrependeu?

 Pam: Como assim? O que aconteceu?

Sam: Ah, nada! Esquece... - Eu disse. Eu não podia falar sobre a Melanie, porque ela ficaria magoada. 

Pam: Anda filha, me conte! Eu quero te ajudar. 

Sam: Olha... se você ficasse com raiva de alguém, e por um momento, desejasse que essa pessoa não existisse, e de repente, esse desejo se realizasse... o que você faria? - Eu perguntei. Eu não sei o que fazer, eu estou triste, me sinto culpada, porque a Melanie morreu por minha culpa, eu desejei isso. Minha mãe me encarava assustada e muito confusa. Eu não devia ter falado nada disso à ela. Agora minha mãe vai achar que estou ficando louca.

 Pam: Samantha, isso até parece um filme! O que você andou assistindo? - Ela disse, rindo. O QUE? Como assim...isso tão tem graça! Encarei-a séria e ela parou de rir. 

Sam: Eu to falando sério. O que você faria? - Eu perguntei novamente. Ela ficou séria, sua mão pousou sobre meu ombro. 

Pam: Olha, filha...todos nós cometemos erros e brigamos com alguém importante em nossa vida. Isso tudo nos serve de lição, para que dá próxima vez possamos fazer a coisa certa! - Wow.... sábias palavras. Mas por incrível que pareça, não está me ajudando em nada! Mas também o que eu esperava como resposta? Ela nem sabe o que realmente está se passando. Se soubesse, me mataria. Não só ela, como todos. 

Sam: Olha mãe, me ajudou muito! Obrigada! - Eu menti. Ela sorriu, feliz. Retribui com um pequeno sorriso. 

Pam: Awn, que bom filhinha! - Argh! Odeio essa melação toda. 

Sam: Então... vamos continuar logo, porque a Sra. Benson, chega aqui em 15 minutos. 

Pam: Sra. Benson? Você nunca a chama assim, é sempre sogrinha linda, Ma ou Marisa. - Credo! Sogrinha linda? Que tipo de patricinha puxa-saco de sogra eu sou? Argh!! Eu não acredito que isso está realmente acontecendo. Eu quero acordar desse pesadelo. 

Sam: Jura? - Perguntei incrédula. 

Pam:Juro! Eu heim... parece até que é outra pessoa. - Ela disse sorrindo, enquanto começava a arrumar meu cabelo.

 Sam: Você não faz idéia. - Eu disse, rindo discretamente. Nossa... tenho que admitir, minha mãe é muito boa com maquiagem. Ela usou sombras, nas cores, prata, preto e branco, realçando o azul dos meus olhos. Um blush, clarinho, e um batom rosa bebê, que confesso que eu gostei. Essa cor ficou linda em mim... bem que a Carly sempre me disse que eu fico bem de rosa, mas eu nunca dei ouvidos à ela. E essa maquiagem que a minha mãe fez ficou muito melhor do que a que Carly faz em mim. Quem diria heim... 

Pam: E então... o que achou do seu cabelo? - Ela perguntou, virando a cadeira para para o espelho. 

Sam: Nossa!! Eu.... eu adorei! Ficou lindo. - Disse. Eu encarava o espelho boquiaberta. Cara... eu não sabia que era tão bonita assim. Meus cabelos estavam soltos, com cachos perfeitamente modelados, e uma franja escovada para o lado.

 Pam: Own.. que bom que gostou! Você está linda! Vem cá, eu te ajudo a colocar o vestido.

 Sam: Tá, valeu! Me levantei e tirei da sacola o vestido que Marisa e eu compramos no shopping mais cedo. Mamãe me ajudou a vesti-lo. Coloquei a sandália, e caminhei até o espelho. Eu me assustei, eu estava exatamente vestida como a Melanie. Se eu me vestisse assim na minha antiga vida, com certeza não saberiam a diferença entre nós. Ok, confesso que eu gostei de estar vestida assim. Estou muito bonita, achei que só a Melanie fosse bonita desse jeito. 

Pam: Samantha, como você está linda, minha filha! 

Sam: É... estou! Obrigada! 

Pam: Acho que você está pronta, não é?

Sam: Estou... eu acho! - Eu disse, sorrindo. Ouvi a campainha tocar. 

Pam: Vamos descer... Freddie já chegou.

 Sam: Claro. Peguei uma bolsinha pequena, branca, que minha mãe havia deixado arrumada para mim e desci. Minha mãe ja estava lá embaixo. Caminhei até a porta, devagar. Nossa... estou muito nervosa. Sinto minhas mãos frias, minhas pernas estão bambas. Estou com medo... eu não sei agir naturalmente, porque o meu natural nessa realidade maluca, é ser uma patricinha sem graça. Abri a porta e vi Freddie, parado, com o sorriso mais lindo que eu já vi em toda minha vida. Por um instante eu me esqueci de tudo e fiquei apenas olhando pra ele. Uau... ele está tão lindo. Uma calça social preta, camisa preta e uma gravata num tom de roxo bem escuro. 

Freddie: Você está linda, amor! - Ouvi sua voz tão suave, perto do meu rosto, me fazendo '' acordar ''. Seus olhos brilhavam, ao me olhar de cima, abaixo. 

Sam: Ahn... valeu! - Eu disse. Ele se aproximou de mim, e me beijou de leve. Nesse momento, perdi todas as forças. Seus lábios, tão quentinhos encostando nos meus, me fez arrepiar dos pés à cabeça. Acho que não consegui nem disfarçar.

Freddie: O que foi? - Ele perguntou, com uma expressão confusa. 

Sam: Na..na..nada! - Respondi, visivelmente nervosa. 

Freddie: Então... vamos? 

Sam: Va...vamos!  Freddie cumprimentou minha mãe e logo nos despedimos. Ele pegou minha mão e me guiou até o carro. Notei que o carro que nos esperava não era o de Marisa, provavelmente é o do noivo dela. Freddie abriu a porta do carro, e eu entrei. Cumprimentei Marisa e depois olhei para o tal noivo dela, fiquei perplexa. Eu conheço esse cara. Ele é um ex-namorado da minha mãe. Como é que ele está namorando a mãe do Freddie? 

Sam: Carlos? - Perguntei, tentando me certificar de que era o mesmo cara.

 Carlos: Oi...

Sam: Você é o noivo da Marisa? - Indaguei novamente. Percebi que eles me encararam, surpresos. 

Carlos: O que? 

Marisa: É claro que sim... - Ela disse. Como foi que eles se conheceram?

 Sam: Ahn... desde quando? Carlos: Ah, desde que eu à pedi em casamento, há uns 5 meses. - Ele me respondeu, e logo depois olhou para Marisa, totalmente encabulado. Isso é muito estranho.

Sam: Hum... 

Freddie: Então... vamos? - Disse Freddie, parecendo querer encerrar o assunto. 

Carlos: Claro. - Ele disse. Carlos ligou o carro e foi em direção ao centro de Seattle. Ao longo do caminho, o silêncio dominava o carro. Freddie passou o braço por cima dos meus ombros, me abraçando. Senti que ele me encarava, mas eu não tinha coragem de encara-lo também, então decidi admirar cidade, pela janela do carro. Cara..eu preciso descobrir como foi que o Carlos e a Marisa se conheceram, antes que eu fale mais alguma besteira. Porque eu sinto que algo pior ainda está por vir? A cada hora que passa eu descubro mais alguma surpresinha que me assusta. Qual será a próxima? 

Carlos: Bem... chegamos! - Ele disse, estacionando o carro. Descemos do carro, Freddie pegou minha mão novamente, fazendo meu coração bater mais rápido. Entramos calmamente no restaurante, Marisa e Carlos de mãos dadas, na frente e logo atrás, Freddie e eu. De fato, o restaurante era muito chique. Era enorme, e dividido em várias partes. Para fumantes e não fumantes, para casais o local era à luz de velas, cortinas vermelhas, algo muito romantico. Mas nós sentamos na parte reservada à familia. Era uma parte mais clara do restaurante, com uma grande janela, que estava aberta. O vento fresco entrava calmamente por ela, batendo no meu rosto. Olhei pela janela e pude ver que o céu ainda estava escurecendo. Ao longe, detrás de um dos prédios, lentamente a Lua Cheia surgia, grandiosa e cintilante, rodeada de pequenas estrelas brilhantes. Voltei minha atenção à mesa e percebi que a mãe do Freddie e o namorado conversavam, enquanto Freddie me olhava. Senti meu rosto esquentar e desviei meu olhar dele. Arrgh! Eu não sei nem como agir aqui. Eu não sei ser como a Melanie. Ahhh... Samantha Puckett, você não pode desistir, aquele anjo te colocou nessa vida maluca, e você terá que se adaptar, queira você ou não! Então como diria sua melhor amiga, Carly Shay: '' Solte a sua patricinha interior ''!!  Respirei fundo, virei o rosto lentamente e o encarei. Ele sorriu, e pegou minha mão. Sua mão quente e macia, ao tocar com a minha que estava estranhamente fria, fez com que eu me arrepiasse. Cara... que sensação mais esquisita. Sinto alegria, ansiedade, falta de ar. Meu coração batia forte e muito rápido. Deus... o que eu estou fazendo aqui? Eu tenho vontade de sair correndo, voltar pra casa e acordar amanhã e saber que tudo isso não passou de um sonho. 

Sam: Então... como se conheceram? - Eu perguntei à Marisa e Carlos, enquanto puxava minha mão, que Freddie agarrou. Perguntei sem nem ao menos pensar direito.  Eles pararam na hora de falar, e me encararam. Aii não... dei outro fora! 

Marisa: O que? - Ela mantinha uma expressão confusa em seu rosto. Fiquei em silêncio, pensando em uma resposta para consertar a besteira que eu fiz. 

Sam: Ahn.. é... que...acho a....história de vocês tão bonita... que adoro ouvi-la. - Eu falei nervosa. Tentei sorrir, mas acho que não consegui. Olhei pro lado e vi Freddie me fitando espantado. 

Marisa: Ah... sim! Entendi! - Ela sorriu.

Carlos: Foi no aniversário da sua mãe, lembra? Ela me convidou, e convidou a Marisa. 

Marisa: É... e você nos apresentou.

Sam: Ah sim... claro! Vocês se lembram de tudo? - Eu perguntei, tentando faze-los me contar exatamente o que houve.

 Marisa: Claro... era seu aniversário, eu cheguei na sua casa, com o Freddie. Logo que entrei, você disse queria me apresentar à uma pessoa. Lembro-me de você chamando o Carlos e dele se aproximando, e você nos apresentou. 

Sam: Nossa... que história interessante, né!? - Eu tentei fingir que sabia de tudo. 

Carlos: Sim... e muito bonita! Me recordo que no dia Marisa usava um vestido verde escuro, muito bonito. - Ele disse, sorrindo. Vi que Freddie fez careta. Acho que o nerd, tem ciúmes da mamãezinha dele. 

Freddie: Ah... vamos mudar de assunto? - Ele pareceu realmente irritado. 

Sam: Own... o nerd tá com ciúmes da mamãe, é? - Eu disse tentando irritá-lo. Péssima idéia... percebi que eles me encararam surpresos com a minha reação. Hump! Vai ser uma longa noite. E agora o que eu faço? Não posso deixar que descubram nada. Tentei formular algo em minha mente, mas não consegui achar uma solução. Percebi que Marisa e Carlos pararam de me encarar... Ufa! Mas Freddie ainda me fitava, confuso. 

Freddie: Nerd? - Ele sussurrou pra mim. Droga! Eu tenho que consertar isso, já! Sorri e fui me aproximando de seu rosto. 

Sam: Meu nerd. - Eu respondi sussurrando, em seu ouvido. Ele sorriu. 

Freddie: Você está muito estranha. - Falou. Fiquei quieta, com medo de abrir a boca e falar mais alguma besteira. Após alguns minutos, vi o garçom de aproximar de nossa mesa. Ótimo... estou morrendo de fome. Parece que não como nada à dias. Carlos pediu bebidas para Marisa e ele, e Freddie pediu refrigerantes para nós. Marisa olhava o cardápio atentamente. Enquanto Carlos tagarelava com o Freddie e as vezes falava comigo, mas eu só concorda e sorria, para não dar mais nenhum fora. Logo o garçom voltou com as bebidas e nos perguntou o que comeriamos. 

Carlos: Hum.. vamos começar com uma salada leve, enquanto decidimos o que comer.

 '' Mais alguma coisa, senhor? '' - Perguntou o garçom. Eu já decidi o que vou comer... 

Sam: Sim, eu vou querer costelas com molho, batatas fritas e.... tem bacon? - Eu pedi ao garçom que anotava tudo atentamente em seu bloco. 

Mais uma vez eu vítima de 3 pares de olhos arregalados e visivelmente surpresos. Porque? O que eu fiz de errado agora? Será que ficaram bravos por pedir antes deles?

 Sam: Ahn... o...que foi? - Perguntei insegura. 

Freddie: Você tá brincando, né? 

Sam: Como assim? 

Marisa: Samantha,querida, o que houve com você? - Xiii.. já vi que tem algo muito errado nisso tudo. 

Sam: Mas... o que eu fiz? Eu só pedi o que eu quero! 

Freddie: Costelas e Bacon? 

Sam: É... porque? Não tem aqui?

Marisa: Mas... você é vegetariana, querida. - Ela parecia muito confusa. Espera.... eu sou o que? 

Sam: Eu sou o que?

Freddie: Vegetariana... - Ele respondeu ainda incrédulo. 

Sam: Desde quando?? 

Freddie: Desde sempre, amor! Você não come carne, porque é contra matar os animais. - Ele falava como se fosse óbvio. ESSA NÃO! 

Sam: VEGETARIANA? Era só isso que me faltava! Aquele anjo pateta vai me pagar por isso! - Eu disse aumentando o tom de voz a cada palavra. 

Freddie: Anjo? 

Sam: Ahn... eu ...vou ao banheiro. - Eu disse me levantando.

Marisa: Quer que eu vá com você?

 Sam: Não... obrigada. - Sai de lá e corri até o banheiro. Cara... eu não acredito. Aquele anjo me aprontou mais uma. Vegetariana? Ele tá brincando com a cara? Como ele pode fazer isso, sem nem ao menos me avisar? Arrrrgh!!! 

Sam: Mitch!! Miiitch!! Apareça já! - Eu berrei dentro do banheiro. 

Mitch: Olá... como vai o jantar? - Ele perguntou irônico. 

Sam: VEGETARIANA??? Como eu posso ser vegetariana, seu maluco? EU NUNCA SERIA VEGETARIANA... NEM A MELANIE É VEGETARIANA. - Eu cuspia as palavras, enquanto ele sorria, pra mim. De repente, uma mulher que estava em um dos banheiros, saiu correndo de lá, assustada com meus gritos. 

Mitch: Calma.... olha o que você fez, assustou a moça.

 Sam: Que se dane aquela perua. 

Mitch: Sam... não é tão ruim, quanto parece. 

Sam: É MUITO PIOR DO QUE PARECE... Como eu, Samantha Puckett, pode ser vegetariana? EU AMO CARNE, MAIS DO QUE QUALQUER COISA NA VIDA. 

Mitch: Ok... eu respeito isso! Mas aqui, você sempre foi amiga dos animais e amante dos vegetais.... então acostume-se, com isso. 

Sam: Não! Eu não vou me acostumar... eu já tenho que me vestir feito uma patricinha, e me comportar bem com todo mundo, mas NUNCA vou parar de comer carne, ok!? 

Mitch: Tá, tudo bem... a escolha é sua. Quero ver você explicar isso à todos que te conhecem. 

Sam: Pode deixar.... eu não devo satisfações à ninguém aqui. - Eu berrei, para ele. 

Mitch: Ok... agora, eu estou indo! Se precisar é só chamar. - Ele disse, desaparecendo em seguida. Me virei e olhei-me no espelho, por um instante. Minha vontade agora é de chorar. Eu não quero estar aqui... eu quero ir pra casa, comer o que eu quiser, sem ninguém para questionar. Ouvi a porta do banheiro abrir.... era Marisa.

Sam: Sra. Benson, o que faz aqui?

Marisa: Vim ver se está bem! Você parecia meio agitada lá fora. 

Sam: Estou sim... 

Marisa: Vamos voltar pra mesa então?

 Sam: Claro. Marisa abriu a porta e eu saí, com ela vindo logo atrás de mim. Algumas pessoas no restaurante me olhavam, assustados. Sorte a deles que eu tenho que agir diferente aqui, porque se fosse na minha vida de verdade, eu com certeza já estaria espancando qualquer idiota que me olhasse como se eu fosse anormal. 

Cheguei na mesa, me sentei e Freddie ficou me encarando, parecia preocupado. Own... como ele está lindo essa noite... pena que tudo isso vai acabar em uma semana. 

Freddie: Você está melhor, meu amor? 

Sam: Sim.. estou! - Eu disse, tentando sorrir. Ele se aproximou me deu um beijo no rosto. Ouvi Carlos falando com Marisa, algo sobre o trabalho dele. Mas eu não prestei muita atenção. Ainda estou pensando em como posso ficar sem comer bacon? Não dá... não tem como, eu não consigo. O Mitch só pode estar maluco, mesmo. Não demorou muito, e o garçom chegou com nosso jantar. Fiquei feliz ao ver que eles mantiveram o que eu pedi, e não substituiram por algo cheio de folhas e coisas que só uma vaca comeria. Comecei pelo bacon, estava delicioso, depois peguei costela e batata frita. Wow... que delicia Esse restaurante é o melhor... não importa o que vai acontecer daqui pra frente, mas sempre que eu puder, vou jantar aqui. É a melhor costela que eu já comi na minha vida. Percebi os olhares de Freddie, Marisa e Carlos em cima de mim, enquanto eu devorava tudo rapidamente. Eles pareciam surpresos, chocados... eu não sei bem que palavra descreve melhor a reação deles, mas com certeza eles me olhavam como se eu fosse alguma anormal.