(3ª pessoa)

Estava uma manha calma, porém fria e sombria. Ele estava na cama ainda, resmungando por que ainda estava ali quando o médico entrou.

– Bom dia, James. Como está se sentindo?

– Ótimo doutor. Posso ter alta?

– Pode, assim que fizermos alguns exames.

– Tudo bem.

Jimmy se levantou, ainda tonto e mal acostumado por passar tanto tempo na cama. Foi guiado pelo medico para uma sala onde um batalhão de exames foram feitos e logo Jimmy recebeu o resultado de que já poderia ser liberado.

– Matt. – Ligou para o primeiro amigo da lista de contatos rápidos.

– Jimmy! Ta tudo bem?

– Aham, fui liberado! Pode vir me buscar? – pode sentir o amigo ficar mais animado do outro lado da linha.

– Claro. To saindo. Tchau.

– Tchau.

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– Então o imbecil saiu do hospital?! – Perguntou enquanto tirava a carne um pouco passada demais do forno e colocava sobre a mesa.

– Sim. O que faremos? – viu o outro se sentar no velho sofá de vime e sentou-se ao seu lado.

– Sinceramente? Acho que devemos acabar com os outros. Estou um pouco mais compreensivo esses dias, eu acho. Já deixamos muitas sequelas e traumas naquela pobre alma infeliz.

– Hm. Concordo. Quem será o próximo? – perguntou, agora de pé, se olhando no espelho sujo e um pouco ferrado na parede.

– Esperamos para que deem o próximo passo. Assim podemos atacar sem sermos pegos. Farei de tudo para ter o que eu quero.

– Por isso você é meu melhor amigo. – Trocaram sorrisos.

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Matt saiu do hospital carregando James em seus ombros. Estava feliz pelo amigo finalmente ter saído do hospital e poder continuar com sua vida simplesmente da maneira que era antes do incidente. Entediante de dia, louca de noite.

– Temos aula amanha. Falei com os seus pais e os pais de Leana, assim você pode passar alguns dias na casa dela pra ajudar a cuidar de você. Disse que você podia ficar na minha, mas ela insistiu.

– Ela me perdoou Matt. No momento, onde eu vou ficar pouco importa. Na verdade, estou muito feliz de ter saído daquele inferno. Tinha cheiro de dentista e dor de barriga. – Jimmy fez uma careta enquanto Matthew ria de sua expressão.

Logo chegaram a casa de Leana. Estava tudo escuro e mal sabia Jimmy o que lhe aguardava. Entraram pela porta, que estava destrancada. Assim que Matt acendeu a luz, James quase enfartou ao seu lado.

– SURPRESA! – os amigos gritaram.

– Mas que porra é essa? – Jimmy sorria largamente colocando a mão sobre o peito.

–Estamos tão felizes de não ter que voltar naquele fim de mundo! Finalmente vamos nos livrar daquele poço de doenças! – Valary ria enquanto abraçava Jimmy.

– AAAAAAAAAAAAAAAI! – gritou um pouco agudo demais. Logo a morena lhe soltou. E os outros riram.

– Desculpa Jimmy! Eu esqueci!

– Como esquecer? O garoto parece um daqueles bonecos voodoos cheio desses remendos engraçados. – Benji ria escandalosamente, acompanhado por Sanders, enquanto fazia menção a cutucar uma das cicatrizes.

– Eu gostei. Te deixa sexy, Jimmy! – Lacey disse, arrancando olhares raivosos de Leana e Johnny. Ela riu. – Mal humorados. – revirou os olhos ainda risonha.

Jimmy logo recebeu abraços de todos os presentes ali. Até que notou a falta de alguém. Seu grupo de amigos não estava completo. Passou os olhos pela sala. Sanders, Tuck, Mich e Val, Leana, Zacky, Johnny, Benji e Joel... Cadê o Gerard? Mesmo que não tivessem percebido, ele percebeu. Talvez nem o tivessem chamado, mas ele deveria estar ali, não?

– Gente! Cadê o Gerard? – Perguntou.

– Verdade! – Joel gritou, assustando os demais. – Eu não o vejo a algum tempo. Vo-vou ligar para ele! – disse enquanto discava os números.

– Como pode esquecer seu próprio namorado? – Benji ria do irmão.

– Será que aconteceu alguma coisa? – perguntou Michelle.

– Não diga isso. Não perto dele! – Valary deu um tapa em Mich, repreendendo-a.

– Ele não ta me atendendo! Eu to preocupado! – Joel respondeu apoiando sua cabeça no ombro de Benji.

– Pera! Vou ligar pra casa dele. – Johnny pegou o celular e logo foi discando os números. Ao tirar o celular da orelha, fez uma careta um pouco preocupante. – Ninguém atende.

– E se... e se ele estiver machucado? Eu não quero passar por isso de novo, principalmente depois do Jack ali – apontou para Jimmy. - Não agora que resolvemos assumir de vez. – contorceu o rosto em uma expressão arrasadora.

– Está tudo bem. Não aconteceu nada. – Johnny chegou perto de Joel, o abraçando.

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Três semanas depois

(Joel POV)

Eu juro que agora a porra ficou seria! To morrendo de todas as maneiras possíveis. Não como direito e nem durmo a alguns dias, tudo por causa do sumiço de Gerard. Por que tinha que acontecer logo agora? Quer dizer, acabamos de assumir que estamos juntos, é tipo oficial. Ninguém me deixou ir atrás dele, mas também a dias ele não aparece na escola, e isso está me preocupando. Até resolvi ir até a secretaria para ver se alguém tinha noticias dele, mas ninguém pode me dar, só disseram que ele tinha ido viajar. Mas então por que não me falou nada?

Agora aqui estou eu, em todo auge de meu desespero, andando por um campo idiota de sei lá o que. Futebol talvez. Será que ele me esqueceu? Deve ser alguma brincadeira muito idiota! Eu vou matar o Gee, ele não pode fazer isso comigo e achar que está tudo bem. Eu... eu... eu me sinto perdido sem ele. É, é isso. Perdidinho. Meu mundo acabou de ser sugado por um buraco negro.

“Mas que porr...” Tropecei. Ok, o que foi isso? Olhei para baixo e vi uma pá. Peguei-a e a mesma estava um pouco suja. Logo em frente vi um buraco. Provavelmente foi aberto novamente por causa da chuva de algumas semanas atrás. E esse lugar está abandonado. Não sei nem como consegui entrar aqui. Fui andando calmamente até o buraco e resolvi cavar. Vai que achava alguma coisa interessante por lá?

Comecei a cavar, já que não tinha mais nada de útil mesmo para fazer. Cavei, cavei, cavei. E... AH MEU DEUS! NÃO PODE SER! Estão me zoando mesmo. ONDE ESTÃO AS CAMERAS? Por que se for alguma pegadinha, eu vou matar um agora mesmo!

– Policia? – Peguei rapidamente meu celular e disquei o numero. Não acredito no que encontrei. Isso é muito desconcertante. Vou ter pesadelos até morrer. – é uma emergência. Estou no descampado perto do Manning Park. E-eu achei uma coisa que acho que vai interessa-los.

(Johnny POV)

Eu estava na melhor parte do meu programa de culinária... quer dizer, da minha mãe, quando meu celular tocou. Uma mensagem do Joel.

“ Eu achei um crânio, cara. Serio mesmo.

Acho melhor você vir aqui.”

E respondi:

“ Joel, para de brincadeira.

Acho que ta meio cedo para você beber, só acho...”

Esse garoto tem sérios problemas. Não ligo que seja um dos meus melhores amigos. Ele com certeza andou bebendo demais hoje. Só me falta ter que ser babá de bêbado de novo. Sempre sobra pra mim.

“Não é brincadeira, seu idiota!

Achei mesmo! Quer saber?

To indo pra sua casa! Me espera.”

Mas é uma besta mesmo. Sinto que ele vai demorar, então vou tomar um banho pra...

Ding-dong.

Que isso? Ele já chegou? Acho que veio por teletransporte intermolecular, seja lá o que for. Fui atender a porta e para minha surpresa, lá estava ele. Mas coberto de barro até os joelhos.

– Virou arqueólogo? Achou um crânio do que? Dinossauro? – Ri. E ele me olhou com a expressão mais mortal.

– Não animal. Humano. De verdade. Estava enterrado. Tipo, eu estava andando e pensando onde o Gee poderia ter se metido e porque teria algum motivo pra me abandonar agora e...

– ESPERA! – ele me olhou assustado. – Por que você tava cavando? – Ele revirou os olhos. - Já que achou esse “crânio de verdade”, me leva lá. Talvez bata com o que eu estou pensando.

– De novo com manias policiais? Já disse pra parar de ver series de investigação, isso afeta tanto sua imagi... – Fiz um gesto para que calasse a boca.

– Você quer saber onde está seu namorado? – ele assentiu. - Então me escuta. Vamos fazer o seguinte...