O Juiz E A Serviçal escrita por judy harrison


Capítulo 1
Apresentação


Notas iniciais do capítulo

Essa é uma estória que mostra o julgamento de duas mulheres e um juiz que se apaixona por uma delas. Não pude minimizar os capítulos por que se trata de passo a passo de um processo e os detalhes foram necessários. É uma narração simples com um enredo interessante.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/195791/chapter/1


O ano era 1822.

A cidade chamada Fraterna foi fundada como povoado em 1700 por dois amigos: Ernie e Cal, homens jovens, pais de famílias numerosas. Ernie tinha 12 filhos e Cal tinha 16. Com o tempo as famílias se uniram e se casaram uns com os outros, e em 50 anos o povoado se tornou uma pequena cidade com uma grande família. Grande, mas não totalmente unida.

Desde que era povoado, o lugar era comandado pelos patriarcas, os quais criavam seus próprios cargos e leis. E assim foi por cinco gerações.

Um tetraneto de Ernie teve um único filho, a quem deu o cargo legislativo mesmo antes de o rapaz completar a maioridade. Keller foi criado com a finalidade de ser um juiz sério e implacável. Foi migrado para universidades externas e aprendeu o que pôde sobre o comportamento humano. Teve como base de estudo desde os filósofos, religiosos e reis até os analfabetos, ateus e plebeus.

Durante algumas décadas houve muita desavença entre alguns membros das famílias Ernie e Cal, e seus descendentes seguiram a tradição da apatia e hostilidade, transformando os Ernie e os Cal inimigos de morte. Mas restavam os líderes que resistiam às divergências e que procuravam ser imparciais. Eles sabiam que algumas mudanças deviam ser feitas na cidade, mas que só alguém que tivesse a perfeita vocação acadêmica para julgar e que para eles era o mais importante, era verdadeiramente imparcial, poderia impor as mudanças.

 Juiz Keller era esse homem.

Ele se tornou autoridade máxima quando decidiu acabar com os impostos altos e a falta de estrutura da cidade, e até mesmo o prefeito lhe devia reverência. E ao favorecer a maioria com leis de melhoria, recebeu a aprovação de quase toda a população.

Seu verdadeiro desafio, porém, estava por vir.

Ramona era uma beata, viúva de banqueiro e rica, que liderava grupos religiosos e campanhas de caridade. Era respeitada pelas outras beatas e familiares. Ela criava um bebê, filho de sua serviçal que morreu de meningite. Mas o criava por que havia uma lei que proibia qualquer pessoa de abandonar menores de 12 anos, se estivessem sob seu teto. Com o bebê ficou também Novella, sua irmã. Ela era adulta, mas por conveniência de Ramona foi mantida na casa, para ficar no lugar de sua mãe e ainda ser a babá do menino.

O fato aconteceu numa manhã fria, quando nevava. O bebê foi encontrado morto, no meio fio por moradores. E depois da intervenção da polícia e da investigação, chegaram à conclusão de que só havia duas suspeitas; Ramona e Novella. E elas foram presas no mesmo dia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!