Andei sem rumo, não sabia para onde ir tudo estava acabado, não restava mais nada, me sentei em uma calçada escorando no banquinho de cimento que havia ali, estava muito frio e meu estomago já estava reclamando.

–vamos Alice pense. – falei enquanto batia com as duas mãos na minha cabeça. Foi quando ouvi barulhos de passos e risadas altas, já era noite e eu estava com medo, e se fosse assaltantes?! Me encolhi mais rezando para que eles não me vissem ali.

–olha pessoal, tem uma menina aqui. – um deles falou e se aproximou com uma garafa de cerveja na mão parecia estar bêbado, logo os outro cinco s juntaram a ele.

–não se aproximem de mim. – falei com a voz roca de medo.

–por que em belezinha. – um deles falou dando um passo para frente e se sentando do meu lado, segurando meu rosto virando em sua direção.

–me solta ta machucando.

– falei tentando tirar sua mão do meu rosto.

–não,não vou saltar. – ele falou enquanto abaixava a cabeça e beijava o meu pescoço de forma bruta aqui era nojento, as lagrimas começaram a vir nos meus olhos e novamente me vi chorando.

–para...por favor. – pedi entre soluços.

–solta ela. – ouvi uma voz autoritária vir dentre aqueles cinco homens que estavam ali.

–que foi em, ta com pena. – o homem que estava me segurando se virou para ele falando. Mais logo voltou a me beijar.

–já disse para soltar ela. – ele repetiu.

–e se eu não quiser. – o homem o confrontou.

–se não quiser por bem, vai ter que ser por mau. – o homem loiro que estava me ajudando falou pulando em cima do outro e dando e dando um soco na cara.

–isso não vai fiar assim. – o homem que antes estava me agarrando, falou tentando dar um soco no anjo que havia me ajudado.

–claro que não, se você não quiser brigar é melhor ir embora. – o muro anjo falou segurando pelo colarinho da camisa e o jogando longe.

–você esta expulso do nosso grupo. –o homem que já estava com o nariz sangrando falou indo embora com os outros.

–você esta bem? – o meu anjo falou se ajoelhando do meu lado, mesmo ele tendo me ajudado eu estava com medo.

–não me machuca por favor. – pedi, e encolhendo mais.

–não vou te machucar. – ele falou simplesmente

–obrigada. – agradeci e ele me olhou com um olhar interrogativo.

–por que esta pedindo obrigada.

–por que ate hoje a única coisa que as pessoas sabem fazer é me machucar, e você é o único eu não esta fazendo isso.

–onde esta sua família. – ele perguntou a gora se sentando.

–meus pais morreram e eu não conheço nenhum parente, a única casa que eu tinha foi derrubada essa tarde. – falei voltando a chorar.

–não chora vai fica tudo bem. – ele falou enquanto me abraçava, e pela primeira vez na vida e senti protegida.

–qual o sue nome? – ele perguntou

–Alice. – falei me afastando do abraço.

–ate mais então Alice, e não se preocupe no fim fica tudo bem. – ele falou se levantando e voltando a andar, me deixando ali sozinha.

–e se eu estiver com medo... – falei baixinho enquanto ele ia embora. Já estava acostumada com isso todos me deixavam.

Deitei ali mesmo naquele banco, esperando que o dia amanhecesse e minha vida continua-se sem rumo. Completamente perdida, é assim que me encontro, não tenho para onde ir, não tenho com quem esta, não tenho o que fazer, não tenho nada que realmente queira.

–levanta daí menina. – uma voz grossa me acordou

–só mais cinco minutinhos. – falei virando a bunda par aquela pessoa.

–anda logo. – falou novamente.

–ta, ta bom. – fali ma sentando e coçando meus olhinhos.

–se retire por favor, aquele guarda falou

–olha aqui seu guarda, eu posso parecer burra mais não sou, conheço meus direitos e sei que essa praia é publica então deito aonde bem entender. – falei em cima do banco, pelo menos assim ficava da altura daquele guardinha.

–a você vai sair por bem ou por mau. –ele falou me pegando pela cintura e colocando no sue ombro.

–hááá, eu sou uma cidadã americana livre me solta. SOCORRO. – gritei chutando a barriga daquele gordo.

–silencio menina. – ele grunhiu

–eu não quero ser presa. – falei fazendo biquinho. – me ajudem ele quer me seqüestrar, - gritei para ver se alguém vinha me ajudar.

–você gosta de fazer escândalo não é mesmo? – ele falou me colocando no chão essa seria uma ótima hora para fugir.

–o sue passarinho vai fugir. –falei apontando para o zíper de calça e quando ele olhou eu sai correndo. Podia ser baixinha mais corria muito.

Virei pra trás para dar tchau para o meu amigo guarda, quando esbarrei em alguém levando essa pessoa para o chão junto comigo, como a pessoa era mais pesada acabou caindo em cima de mim. O guardinha estava vindo correndo me procurando por todos os lados, minha nossa senhora da Prada agora to ferrada. Só havia um jeito. Puxei a cabeça daquela pessoa que avia caído em cima de mim e o beijei, aproximando mais nossos corpos assim o guardinha nunca iria conseguir me ver ou reconhecer já que eu era menor que a pessoa e ele praticamente cobria todo o meu corpo, mais no exato momento que o beijei me esqueci de tudo, e de todos a minha volta, era como se só existisse eu e ele no mundo.

O ar começou a faltar e ele interrompeu o beijo,eu estava tonta, não sabia explicar o misto de sensações que ele havia me causado. Permaneci de olhos fechados ate meu coração se acalmar e a leve tontura passar.

–me...de...desculpe. –falei assim que abri os olhos e vi o anjo loiro que havia me salvado na noite anterior.

–você precisa olha por onde anda. – ele falou se levantando.

–desculpa, era que eu esta... – eu mau tinha começado a falar quando vi o guardinha vir na minha direção, agora eu não teria mais saída, me abracei forte ao anjo esperando que ele me salvasse novamente, ele percebeu que eu estava assustada e olhou na mesma direção que eu olhava dando um sorrisinho.