Sem Dizer Adeus escrita por PinkNeonFantasy


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Eu vejo você se apaixonando outra vez
Eu fico com a saudade
E você com outro alguém.



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- Daniel? – Julie pergunta com a voz fraca e lágrimas quentes escapando de seus olhos. Ela deseja estar num pesadelo que logo acabaria. Mas não é tão fácil assim. – Droga, o que eu fui fazer?! – Ela se pergunta, passando suas mãos trêmulas em seu rosto molhado.

- Hei Julie, e aí menina? – Uma colega de Julie vem chegando atrás, sem ver que Julie estava chorando.

Julie não responde e sai correndo, o mais rápido que pode, em direção ao banheiro. Lá, ela se encosta na parede, escorrega até o chão e tampa seu rosto.

- C..como eu sou burra. – Julie sussurra para si mesma. O banheiro estava vazio por ser hora de entrar para a sala, mas Julie não liga. Se ela não pode estar com Daniel agora, ela quer ficar sozinha, e é o que acha que merece por deixa-lo ver tal vergonhosa coisa que fizera.

Ela passa uns minutos ali, tentando se aclamar, pois se continuasse assim, ela não conseguiria nem ir para casa falar com Daniel. Sem falar com ele, Julie não ficaria mesmo. Pensando assim, Julie consegue se acalmar e levantar o rosto. Só o Daniel mesmo para ser uma determinação para ela.

Inesperadamente, Anne entra no banheiro.

- Julie, mas o que que houve?! – Anne se assusta ao ver o estado de Julie, vai até ela e a ajuda a se levantar. – Diz pra mim.. Eu te vi correndo triste para o banheiro..

- Ah..

- Foi.. Ele que te deixou assim? – Anne pergunta se referindo a Leonardo, ela não demonstra raiva, mas sim preocupação.

- Não..

- Tá. – Anne vê que Julie não vai soltar muitas palavras. – Vem lavar o rosto.. a gente tem  que voltar, a profe tá chamando..

Julie lava o rosto e o seca.

- E esses olhos vermelhos? Todo mundo vai ficar olhando.. – Julie diz.

- A gente diz que você tá resfriada! – Anne puxa Julie para irem para a sala.

- Nesse calor?

- É isso aí. – Anne diz, fazendo Julie rir um pouco. – Fica triste não, tá? – Diz Anne, com um sorrisinho amigável.

- Tá, vou tentar.. Obrigada. – Julie responde.

A hora da saída nunca chegava, as aulas pareciam durar uma eternidade, e tudo que Julie queria era chegar em casa, largar tudo, se atirar em Daniel e nunca mais soltar. “Opa, opa!! Juulie se controla!! Vê lá o que você vai fazer..” Ela pensa. “E ainda tem isso, não tem se ele está em casa! Tomara que ele não tenha sumido...”. Julie passou o resto das aulas com seu pensamento em Daniel.

A aulas do dia acabaram enfim. Julie foi o mais rápido que podia para casa, querendo chegar o quanto antes. Chegando ao prédio e depois de pegar o elevador, ela foi apressada, sem perder tempo, para seu apartamento.

-Daniel!! – Ela grita, ao abrir a porta rapidamente.

Ofegante, ela percebe que Daniel está bem ali, na sala. “Ele está aqui!” Ela pensa alegre de ele não ter sumido. Mas sua alegria escapa como água ao ver que Daniel segurava Rebecca adormecida em seu ombro. “Ahh não.. que saco!”.

- ..Huh? – Rebecca pergunta acordando.

- Que que eu fiz agora? – Daniel pergunta, sem olhar para Julie e parecendo não ligar muito para quais seriam as próximas palavras dela.

- Ah oi, Julie. – Rebecca diz.

- Oi .. huh Daniel, eu tenho que falar com você.. – Julie diz.

- É mesmo, é? – Daniel diz, trocando de canal com o controle.

- Sim.. – Julie anda até a porta de seu quarto. – Rebecca, poderia nos dar licenç--

- Ela está muito bem aqui. – Daniel interrompe a Julie.

Ela permanece à frente de seu quarto, com o coração doído e muito triste, mas não se permitiria chorar.

Olhar para Julie nesse instante era de cortar o coração, então, para não acabar falando para Daniel ir com ela, Rebecca prefere não olhar.

Com um suspiro, Daniel coloca o controle remoto no sofá. Rebecca entende e se levanta dele. Daniel atravessa a parede para o quarto.

- Me pergunto quando que a Rebecca vai arrumar cordas novas pra guitarra, só violão não dá. – Daniel diz sentado na cama, sabendo que não era disso que Julie ia falar.

- Daniel, eu não queria que você tivesse visto aquilo... – Julie diz.

- E por isso a culpa é minha. – Daniel fica invisível e se levanta.

- Não, não, não! Você não vai sumir! – Julie corre até e abraça Daniel mesmo invisível.

- ..O que que você quer? – Daniel pergunta reaparecendo.

- É o que eu não quero. – Julie diz olhando para Daniel, o qual a retorna o olhar. – Não quero que você fique chateado.. - “Não me odeie, Daniel..” Julie implorava em sua mente. Ela sentia seu abraço com Daniel ficar mais quente. Julie começara a olhar mais para os lábios de Daniel. “Se controla..!” Julie preferiu se afastar, um pouco hesitante.

- Quem disse que eu estou?

- .. Você não está? – Pergunta Julie.

- Não sei porque você se importa tanto com isso.

“..Dê a ele o porque, diga seus sentimentos..” Julie pensa, com o coração batendo mais forte de ansiedade.

- Julie, para de bobeira e vem almoçar. – O pai de Julie a chama, chegando do trabalho.

- ... Não estou com fome..! – Julie responde. Ela mente. Não tivera comido desde o intervalo na escola.

- Vai comer, Julie.. – Daniel diz. Ele sentiu Julie tremer um pouco quando o abraçou. Além de ela dever estar nervosa, devia precisar se alimentar também, estava fraca.

- Não.. – Julie fala baixo, se aproximando de cabeça baixa. – Eu quero ficar aqui com você...

Julie dissera isso hesitantemente, pois estava com um pouco de vergonha, e medo de qual poderia ser a reação de Daniel.

Essas poucas palavras de Julie entraram pelo ouvido de Daniel como uma boa música. Ele se aproximou o resto do caminho até Julie, e carinhosamente levantou seu rosto para olhá-lo.

- Você tem uns quereres meio estranhos.. – Daniel diz. Mas na verdade ele apreciou muito o que ouviu de Julie. “Tenho que confessar, eu não resisto a você.. Sua pele macia, seu rosto adorável..” – Vem cá.. – Daniel sussurra, puxando Julie para um abraço.

Ele ainda está comigo..” Julie está tão feliz. Aquela sensação de abandono, de estar sozinha e o ter perdido não estava mais nela. “Como gosto desse abraço.. Ah Daniel, eu te amo...” Julie sente borboletas no estômago ao pensar isso. Ela está com vergonha, então tenta se afastar. Tenta, Daniel não a solta, mas também não a aperta, era um abraço leve e que significava muito. “Será que ele também gosta de m--

- Galerinhaa..? – Rebecca chama do lado de fora da porta fechada, antes de abri-la. Julie se solta de Daniel e vira para Rebecca, mas automaticamente segura a mão de Daniel, não querendo deixa-lo com Rebecca. Ele percebe a ação de Julie e acha um pouco engraçado. - ... Sabe, eu já vou indo... Só queria dar um tchau...

- Ah.. Tchau! – Julie diz, feliz que Rebecca não iria pegar Daniel dela, e lembrando de sussurrar para seu pai não escutar.

- Tá, depois a gente se vê. – Daniel diz. Rebecca sai e ele continua a dizer. – Se quiser, pode me soltar agora.

- Ah desculpa..! – Julie solta a mão de Daniel, e ri bem sem graça. Ela não pode conter, mas ficou vermelha. Como Daniel gostava disso.

- Julie.. – “Que .. fofa.” Daniel ri sozinho ao pensar isso. – Vem, vamos almoçar. – Ele convida pegando na mão de Julie dessa vez.

- .. Você vai almoçar comigo? – Julie pergunta, com os olhos brilhantes.

- Com você sim, com todos vocês não. Acho que seu pai não ia gostar de almoçar do lado de um fantasma. – Daniel diz, fazendo Julie rir, e descontraindo a situação de estarem de mãos dadas.

- Verdade, vamos trazer aqui pro quarto. – Julie diz, com um doce sorriso.

Na casa de Rebecca, ela conversava com Tadeu.

- Mas aí eu entrei lá e os interrompi...... – Rebecca diz, sentada à mesa com Tadeu a seu lado.

- Tá pegando o jeito. – Ele responde.

- ...... Mas eu só disse que viria embora e os deixei lá......

- Você o que?

- Tadeu, eles são fofos juntos, você tem que admitir! – Rebecca diz com os olhos brilhantes. – Tem que ver, ela disse que queria ficar com ele, e daí ele disse ‘vem cá’ e a abraçou, foi lindoo....!

- .. Pelo menos não foi pra você que ele disse isso.

- Que?

- Huh nada... Eh.. O Demétrios está vindo aí fazer inspeção por ele mesmo..

- Não pode ser! – Rebecca não gosta nada da notícia repentina.

- Você tem que se esforçar mais em separar os dois..

- Seu trabalho é um saco hein! Não vou com a cara desse Demétrius, ele é muito mal! – Rebecca cruza os braços.

- É o trabalho dele.

- Ele gosta de fazer o que ele faz com os fantasmas: Ele é mal!!

- Isso muda o fato de que o Daniel tem que deixar aquela humana de lado?

- ..... Não tem outro jeito Tadeu?! – Rebecca o pergunta triste.

- .. Se tivesse, eu com certeza te deixaria saber.

Rebecca abraça Tadeu, procurando por conforto, pois ela teria que continuar sendo a vilã da história.

- Desculpa.. – Tadeu continua a falar.

- Não é sua culpa..

- Não é isso.. – Tadeu diz, fazendo Rebecca o olhá-lo, não entendendo ainda.

- O que é?

- ...Você vai ter que ser pior.


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Notas finais do capítulo

Ah Maldade Dx
Meninaas, vocês me ajudam muito com os comentários! Espero que os capítulos estejam fazendo jus à paciência que vocês têm de ter para sempre comentarem ^^
Beijos e muito obrigada! =*



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