Sem Dizer Adeus escrita por PinkNeonFantasy


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Mesmo que o dia de hoje seja tão difícil como esse
Um dia se tornará uma linda lembrança
Se eu conseguir dizer tudo o que sinto...



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– Você não me disse que ele fala com humanos. – Uma voz de homem dissera isso, e só poderia ser um fantasma para ter visto Rebecca.

Ela tenta se soltar, sabendo que ela o havia reconhecido e por isso não gritaria, ele a solta.

– Tadeu! Você quase me mata do coração..!! – Diz Rebecca, respirando pesado.

– Rebecca, o que esse Daniel está fazendo é perigoso. Estou falando sério.

– Só é perigoso se você contar..

– O Demétrius não fica em um lugar só não, tenta entender, se ele andar por aqui e ver o belo trabalho que estou fazendo por acobertar esse fantasma, ele não vai ficar muito feliz.

– Tadeu, deixa que eu o protejo.. Por favor, não fale nada..

– E quem é que vai proteger a você? Esquece aquela humana, vai, para com isso..

– Não posso.. Se você vier e for amigo dele também você vai entender.

– Não, não quero me meter nesse assunto.

– Vamos, Tadeu.. – Rebecca se aproxima, tentando convencê-lo com uma carinha triste.

– .. Rebecca, não dá.

– Então como é que fica?

Por uns segundos, ficam em silêncio, Tadeu pensando preocupado e Rebecca com as mãos na cintura para não demonstrar medo do que possa ser a resposta dele.

–... Olha, faça o que quiser..

– Você vai contar?

– ... Não.

Rebecca se sente aliviada, ela corre, dá um pulo e abraça Tadeu pelo pescoço, ele retribui o abraço. Ela fica sendo segurada pelo seu amigo, ele é forte e alto por trabalhar para Demétrios.

– Obrigada..

– Cuidado com aquele lá, hein.

– Ai mas por que você não só apareceu e falou comigo?? Que susto... - Diz Rebecca sendo posta no chão de volta.

– Só assegurando que ninguém mais ouvisse. Eu não quero te encrencar mais.

– Vamos pra casa, vem. – Rebecca diz com um leve sorriso, acariciando o rosto de Tadeu. Ele, por sua vez, segura Rebecca bem perto de si e deixam a construção juntos.

No apartamento, a tarde se passa como qualquer outra tarde chata. Daniel e Julie estavam no sofá, cada um do seu lado, ele mexia no celular de Julie e ela apenas assistia televisão.

– Que tanto você futuca no meu celular? – Julie pergunta, incomodada com isso. Ela antes havia tentado pegar o celular da mão de Daniel, porém ela se viu numa situação constrangedora com ele: Daniel esticava o braço para Julie não pegar o celular, ela tentava alcançar o celular, mas logo percebeu que estavam deitados no sofá, Julie em cima de Daniel.

– Só tentando me distrair desse programa chato que você gosta. – Daniel diz.

– Tá chato mesmo.. – Julie tem que concordar. – Mas Daniel, você não quer .. me contar sobre a Rebecca?

– Não.

– Ué por que?

– Porque eu não quero, simples. – Daniel joga o celular de volta para Julie.

– Ai não tem nada mais pra fazer, vai, me conta alguma coisa dela.

– Você não vai com a cara dela, por que eu gastaria minha saliva?

– Não é que eu não vou com a cara dela. Eu só não a conheço.

– Hum, sei. Mas eu vou contar, pra você ver que não tem motivo pra ficar nessa bobeira com ela.

– Tá, conta..

– Eu e os meninos conhecemos a Rebecca quando a gente viajava por aqui. Um dia, escutamos um solo de guitarra de uma casa na rua que a gente estava passando.

– Era a Rebecca..??

– Shh deixa eu continuar. Então, eu quis continuar ouvindo, a pessoa que estava tocando dominava muito bem uma técnica que eu ainda não conseguia. O Félix tava reclamando do sol e foi embora, o Martim também. Eu fiquei sentado na calçada só ouvindo, até a pessoa parar de tocar. No outro dia, o Martim disse ter visto uma menina sair daquela casa quando ele passava pela mesma rua. Cara de pau do jeito que ele é, ele conv--

– Como se você não fosse.

– Escuta. Ele conversou com a menina, descobriu o nome dela.

– ..Rebecca?

– É, Julie, ela. Culpa do Martim ela virou nossa amiga. Ela me ensinou uns truques novos com a guitarra, também tinha bateria e baixo. – Daniel para por uns segundos, antes de continuar. – E uma voz linda.

– Como que ela morreu? – Julie não quis saber de rodeios, perguntou logo, ela não estava gostando do jeito que Daniel falava de Rebecca.

– Ela disse que foi no mar, por causa de um idiota num jet-ski.

– ..Ela disse “idiota”?

– Não, só estou complementando.

– Ah. – Julie está com outra visão de Rebecca agora, ela parecia mais legal. “Talvez legal de mais..” Julie pensa, antes de prosseguir. – Você deve gostar muito dela, não é? Pra ela aturar seu orgulho e te ajudar com a guitarra..

– Eu.. – Daniel hesita um pouco em continuar. – Já cheguei a gostar dela.

– j..Já, é? – Julie sentira as palavras de Daniel como se fossem espadas em seu coração, mas ela tentava não deixar isso aparecer, falhando um pouco. – E a..aí?

– Você tá bem?

– Tô, claro. Eu vou beber uma água. – Ela se levanta. Na frente de Daniel ela forçava um sorriso, mas de costas para ele sua expressão é outra, enquanto pensava “Que bobeira, deixa eles, Julie..!”.

Julie pega um copo, coloca Sprite e senta-se à mesa. Daniel vai até ela, na cozinha.

– Você não está bem mesmo. – Ele conclui.

Droga, ele sabe.” Julie pensa, antes de falar. – Por que diz isso?

– Não sabe nem o que é água mais. – Daniel diz, indo sentar-se na cadeira ao lado de Julie.

– Nada a ver, eu quero beber isso. – Julie diz. – Quer?

– Não, obrigado.

Passam se uns minutos sem falarem nada. Julie tentava se recompor, o que era fácil. Daniel geralmente não era calmo ou gentil, e mesmo que tenham acontecido coisas que a deixam com um pouco de vergonha só de lembrar ou pensar no que poderia acontecer depois, ela conseguia agir normalmente.

– Daniel.. Por quanto tempo você gostou da Rebecca? – Julie pergunta, apesar de ainda se sentir insegura com esse assunto.

– Uns 3 anos ou mais. Quando eu virei fantasma ainda gostava dela.

Mais tempo do que eu pensei..” Julie pensa.– E, tipo.. ela sabia? - “Será que eles..



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Notas finais do capítulo

Será?? Daniel.. e Rebecca? x_x'



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