Ticket To Ride escrita por Jojo Almeida


Capítulo 3
Flourescent Adolescent


Notas iniciais do capítulo

Hey, hey, hey!
Bom... Faz exatamente um mês e meio que eu não posto nada.
Mas antes tarde do que nunca, certo?
Hehe.
Okay, eu sou um ser humano terrível. Só tentem ser um pouquinho compreensivos, eu estou completamente atolada. E pelo amor de deus, não desistam da fic. Sei que é um saco autores enrolados, mas eu juro que não faço por mal.
Então... É isso aí gente. Eu sou uma chata total, mas eu queria poder fazer algo a respeito. Desculpem mesmo pela demora.
Quanto ao capitulo... O nome é em homenagem ao show do Artic no Lolla Palluza ^^
Tenho certeza que ele vai ser bem... Inesperado.
Ah, e eu sei que a mudança no tempo pode ter ficado meio confusa, mas esse era o único jeito que eu consegui achar de explicar tudo sem deixar alguns pontos vagos demais, ou rasos de mais.



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2 horas antes...               

                Katie tramboleou os dedos pela superfície porosa do copo de isopor com café fumegante até a borda, entediada.

                Estava sentada em uma das mesinhas de bancos altos na frente do Starbuks do aeroporto, tomando um smottie absurdamente caro apenas pelo fato de estar no aeroporto. Flourescent Adolescent, do Arctic Monkeys tocava no talo pelos fones de ouvido. Iluminou a tela de seu celular, olhando as horas.

                Cinco horas e quatro minutos e vinte e seis segundos. Haviam cinco horas e quatro minutos e vinte e seis segundos que Katie havia pulado dentro daquele estúpido taxie amarelo e dado o endereço do aeroporto para o taxista calvo e bigodudo que passara praticamente o percurso inteiro fazendo perguntas que ela não tinha vontade nenhuma de responder (vai viajar? Para onde? Londres?! Família lá, ou vai sozinha? Vai encontrar o namorado? Ah, não tem namorado. Intercâmbio então? A prima da amiga da minha tia fez um intercâmbio para...). E, principalmente, haviam cinco horas e quatro minutos e vinte e seis segundo que ela estava pensando em ninguém mais, ninguém menos, do que Travis.

                - The Best you ever had is Just a memorie and those dreams...– a voz profunda de Alex Turner cantava por cima das notas da guitarra, ela percebeu. Ah, claro. Quanta ironia.

                Arrancou os fones de olvido em um súbito ataque de raiva. Aquela música não estava ajudando em nada. Arctic Monkeys era uma das bandas preferidas de Travis. Era impossível não pensar nele ouvindo uma das musicas que ele considerava a melhor de todos os tempos.

                Ela suspirou, pegando o copo de café com mão esquerda e resolvendo ir dar um volta. California Café também não estava ajudando. Fazia com que ela se lembrasse de quando ela e Travis estavam no acampamento, ouvindo música na praia e dançando desajeitadamente na areia. Naquela semana em que eles brigaram e ele prometeu que tentaria reconquistá-la.

                Katie balançou a cabeça, numa tentativa de afastar esses pensamentos. Porque Hades ela estava pensando tanto em Travis?! Eles haviam terminado terminado. Travis não passava de um idiota que um dia foi seu namorado. Ela não devia estar pensando nele.

                Olhou para os lados, tentando se concentrar em qualquer outra coisa.

                Ela odiava aeroportos. Eram lugares tão deprimentes. Ninguém ia para o aeroporto. Ninguém nunca estava realmente interessado no aeroporto. Ninguém morava no aeroporto. E isso era tão estranho. Era um lugar de passagem, todo mundo arrastando malas e andando de um lado para o outro, sempre com pressa. Sempre querendo estar em outro lugar, que não fosse ali. Um meio termo que ninguém realmente gostava, só estava interessado no que viria a seguir, no lugar onde o aeroporto poderia leva-la.

                Era de dar calafrios.

                - Ah, desculpe. – Katie murmurou para uma agradável senhora de cabelos castanhos que brincava com um bebê, ao distraidamente esbarrar em sua mala e quase derruba-la. Ela sorriu para Katie, falando que não era nada de mais. Meio sem jeito, Katie se afastou dela.

                Entrou em na livraria que estava a poucos metros dela. Olhou para os livros distraidamente, procurando por algum título que lhe parecesse familiar, ou ao menos chamasse sua atenção, e dispensando a ajuda de uma sorridente atendente meio gordinha que passava por ela com uma pilha de livros.

                Achou um romance que podia jurar ter visto Tracy lendo na ultima semana do acampamento. Bom, era melhor que nada. Pagou por ele com o dinheiro que sobrara (ela não havia almoçado. Katie nunca conseguia comer se estivesse mesmo que remotamente nervosa) e se sentou em um dos muitos bancos de metal que haviam por perto    .

                Abriu a primeira página. Quando foi olhar, já estava no nono capitulo. E com uma dor de cabeça de Hades, graças a dislexia. Fechou o livro e se espreguiçou, checando as horas de novo em seu celular. Ainda faltava um bom tempo para o começo do Check-in.

                Suspirou, olhando tristemente para o aparelho. Bom, uma hora ou outra ia ter que fazer isso.

                Discou o número já decorado, ficando de pé e começando a andar de um lado para o outro, sem conseguir se conter.  Mordeu o lábio inferior, aguardando impaciente por algum sinal de vida do outro lado da linha.

                - Shhhiu... – a voz de Juliet repreendeu alguém, falando alguma coisa que ela não conseguiu entender em seguida. – Katie?!

                - Hey, Juliet. – Katie disse sem jeito, meio nervosa.

                - Ah, Katie! – Juliet gritou fino do outro lado da linha, obrigando-a a afastar levemente o celular do rosto. – Você está bem! Graças aos Deuses! Eu achei que tinha acontecido alguma coisa com você... – Juliet parou, parecendo reconsiderar o assunto. – Você está bem, não está?

                - Eu estou bem. – Katie assegurou-a, sem conseguir conter um sorriso.

                - Ufa! – Juliet resmungou. – É... Eu vou... Perguntar... Cala a boca. – Ela disse para alguém que estava ao seu lado, afastando o celular o suficiente para que Katie só conseguisse entender algumas poucas palavras.

                - Juliet? – chamou incerta, franzindo o cenho.

                - Aqui. – ela respondeu, hesitando um pouco antes de continuar. – Katie, onde você está? – disse categoricamente.

                - No aeroporto. – Katie respondeu mordendo o lábio inferior com toda a força.

                - Ah, claro. No que fica próximo ao centro ou na parte sul da cidade? Se for o do sul... Bom talvez eu pegue algum engarrafamento, mas não tem problema. Juro que chego aí em uns quarenta minutos, no máximo...

                - Juliet... – Kay tentou interrompe-la.

                - Quer dizer, se for no do centro eu chegou aí bem mais rápido. Só tenho que trocar de roupa e... Ah, que se dane. Eu vou de pijama mesmo, e é a vida. Calma... Onde eu deixei  as chaves? Kay, você lembra onde eu deixei as chaves? Droga! Onde eu deixei as chaves? Ah, é. Devem estar em cima do...

                - Juliet! – Katie exclamou, tentando desesperadamente chamar a atenção da irmã. Mal acreditava no que estava ouvindo.

                - Hãun? – Juliet resmungou numa voz estranha, como se subitamente se lembrasse que o telefone ainda estava ligado e que ela ainda estava do outro lado da linha. Katie mordeu os lábios com ainda mais força.

                - Eu... Hãn, Olha... Juliet... – repetiu mais delicadamente, tentando selecionar as palavras em sua mente confusa. –  Eu... Eu não quero que você venha me buscar.

                - Como é que é?! – a irmã devolveu numa voz que beirava a esteria. Ótimo. Agora sim parecia que alguém havia enfiado um punhal bem fundo no estômado de Katie. Ela encolheu os ombros.

                - Juliet, me desculpa. – Kay se apressou em dizer, a voz embriagada de um monte de emoções que estava sentindo. – Me desculpa, mesmo. Eu devia ter te avisado antes. Eu fui uma idiota total. Por favor, não fica com raiva de mim. Juro que te explico tudo mais tarde, mas... É complicado.

                - Claro que é complicado. – Juliet resmungou com armagura, antes de soltar um suspiro de cortar a alma. – Mas Katie... Por quê?

                - Porque... Porque... – Deuses, por quê?, Katie se perguntou desesperadamente, Quais eram os motivos? Porque que parecia tão certo? Por quê? – Porque sim. – Ótima resposta. – Eu não sei por quê.  – suspirou. – Eu só... Preciso de um tempo. Um tempo longe de tudo pra pensar um pouco.

                - Isso não tem nada a ver comigo, tem? – Juliet perguntou numa voz tristonha.

                - Não, Juliet! É claro que não! – Katie se apressou em responder, desviando de um menininho que passou correndo perigosamente próximo a suas pernas. -  Eu realmente preciso de um tempo. Para colocar as coisas em ordem.

                - Quando você volta?

                - Eu... Eu não tenho certeza. – era um boa pergunta, até. Quando ela pretendia voltar? – Juro que não vou demorar muito. Você não vai nem sentir minha falta.

                - Claro que vou. – Juliet murmurou. A segunda voz lá no fundo exigiu alguma coisa, e depois houve um barulho estranho e um baque surdo. – Que horas sai o seu voo?

                - Em alguns minutos. – Katie mentiu, sem saber ao certo o por quê, mas lhe parecendo o certo a dizer. – Eu já estou na sala de embarque. Eu te ligo assim que chegar lá. Só.... Tente não fazer nenhuma bobagem até isso.

                - Humpf. Eu não vou fazer nenhuma bobagem. – ela resmongou indignada. Kay riu baixinho. Deuses, como ela já estava sentindo saudade de Juliet. – Você vai voltar... Né?

                - Vou. Claro que vou. – só não sei quando, Katie acrescentou mentalmente, mas preferiu não falar essa parte. – Não precisa se preocupar comigo. Eu vou ficar bem. Prometo.

                - Só um minuto. – Juliet pediu. Depois afastou o celular do rosto de disse algo como “Espera. Perguntar o quê?... Não.... O quê?... Você não... Tá, tá” para seja lá que estivesse ao seu lado. – Katie... – disse com a voz meio incerta. – Você precisa pensar sobre... Sobre Travis, não é?

                - Não. Quer dizer, sim. Eu não sei. – se corrigiu, subitamente reparando que havia se afastando demais da cadeira onde deixara sua mala. Deu meia volta, começando a andar para a direção de onde viera.  – Eu só sei que... Bom, eu preciso de um tempo. Pra pensar sobre absolutamente tudo. Colocar as coisas em ordem, sabe. É complicado.

                - Mas... Katie... Para aonde você está indo? – Juliet perguntou, percebendo que a irmã não tinha mencionado nem meia palavra sobre isso.

                - Eu estou indo para.... AH! – Katie parou de falar, soltando um grito fino surpreso quando se chocou contra o que aparentemente era uma montanha de músculos e couro, caindo no chão com o celular fora da mão e a bolsa escorregando pelo braço.

                Ela tentou se levantar cambaleante, recolhendo o aparelho e ajeitando a bolsa, em quanto usava a outra mão para recolher os papeis que haviam caído e os estendia na direção do dono com as mãos trêmulas.

                - Ah, nossa, me desculpe! Eu estava tão destraída... Me desculpa. Mesmo. – disse envergonhada, jogando o cabelo levemente bagunçado para longe do rosto.

                - Vê se olha por onde anda. – o homem resmungou agarrando o papel em suas mão bruscamente. Katie encolheu levemente os ombros, intimidada, e deu uma segunda olhada nele. Montanha de músculos e couro o definiam bem. Era bem alto, forte, com a cara numa carranca de quem odeia a vida, óculos escuros e, de algum jeito, estranhamente familiar.

                - Olha, me desculpa. De verdade. Não era minha intenção. -  devolveu com a voz doce, se esforçando para dar um de seus típicos sorrisos gentis. Que cara mais mal educado.

                Ele xingou um monte de nome feios baixinho, antes de olhar para ela de novo.

                - Ah, você ainda está aqui. Sai da minha frente, imprestável. – Disse entediado, enfiando os papeis de qualquer jeito em uma bolsa de mão marrom escura. Katie o encarou irritadiça. Quem ele achava que era?

                - Não precisa ser grosso. Eu já pedi desculpas. – murmurou bobamente, meio sem saber o que mais poderia dizer.

                - Eu já pedi desculpas – ele caçoou em uma voz ridiculamente fina, fazendo com que o sangue queimasse nas bochechas de Kay. – Vê se cresce, garotinha. Não, melhor ainda, vê se sai da minha frente. Ou eu posso acabar te incinerando acidentalmente.

                - Ares! – Katie exclamou semicerrando os olhos para ele. Isso explicava porque ele parecia tão familiar. Aquele era Ares, o deus grego, que ela vira em todas as reuniões do conselho no Olimpio. O deus grego que sempre achava uma ideia agradável incinerar todos os semideuses da terra.

                - Eu realmente prefiro quando fazem uma referência, mas... Ora, ora. Vejamos o que temos aqui. – Ares disse com um tom impertinente de zombaria ainda presente na voz. Ela quase se atreveu a ficar irritada novamente, mas não era burra  suficiente para procurar problemas com alguém como o Deus da guerra. – Uma semideusa.

                - Katie. Katie Gardner. – Katie se atreveu a dizer. Estava cansada dele continuar chamando-a de imprestável, ou garotinha. Tinha um nome. Preferia que usasse ele.

                - Filha de Demeter. Sei, sei. – Ares devolveu parecendo novamente entediado. Kay olhou para a bolsa de mão dele, franzindo o cenho.

                - Vai viajar? – perguntou, sem pensar. Até onde sabia não devia ficar fazendo esse tipo de pergunta a um deus. Geralmente eles levavam como uma ofensa pessoal.  E não era nada legal um deus pensando que você acabou de ofendê-lo.

                - Eu ia. Não vai ser mais necessário. Isso não é bem da sua conta, é, garotinha? – ele devolveu num tom de voz irritante. Katie lutou contra a vontade de dizer “Katie. Katie Gardner” de novo, sabendo que isso não ajudaria em nada.

                - Bom... Acho que eu já vou indo, então. – murmurou em vez disso, começando a se afastar do deus da Guerra. Mas, antes que chegasse no terceiro passo, Ares a impediu, dando um leve tapa na sua mão esquerda para que soltasse o seu celular e agarrando o aparelho no ar.           

                -  Um celular? – perguntou com um sorrisinho convencido, erguendo uma sobrancelha para ela. – Você sabe que isso é tipo... Chamar todos os montros para uma boa refeição ambulante, certo? Ou será que nem isso te explicaram naquela droga de acampamento?

                - Eu estou ciente do problema e creio que vale a pena correr o risco. – Katie resmungou irritadiça, olhando para ele sem conseguir acreditar na tamanha criancice do deus.

                - Uau, quantas palavras bonitas na mesma frase. A garotinha andou treinando? – ele provocou. Katie sentiu o sangue subir de novo, cerrando os punhos com tanta força que podia sentir as unhas se cravando em sua pele. Tentou se controlar. Não ia adiantar nada ficar com raiva. Era isso mesmo que ele queria.

                - Você não poderia, por favor, devolver o meu celular para que eu possa continuar com a minha vida e você com a sua, seja lá o que você esteja fazendo aqui. – ela pediu com uma cortesia exageradamente forçada.

                - Claro que poderia. Mas isso não quer dizer que eu vou. – Ares respondeu brincando com o aparelho nas mãos. Katie trincou os dentes. – Sabe, eu estou aqui para dar um recado.

                - Um recado? – Kay levantou uma sobrancelha para ele, debochada. – Achei que essa coisa de recados era com Hermes.

                Ares olhou para ela e, por um segundo, parecia que ele estava dizendo “finalmente alguém me entende!”, mas, caso estivesse, isso foi rapidamente subistituido por alguma outra carranca indecifrável.

                - Isso não vem ao caso. – resmungou irritado.

                - Olha, tanto faz. Só devolve meu celular, que aí você pode ir entregar o seu recado e ser feliz. – Katie disse revirando os olhos para ele. Certo, aquele possivelmente era o mais estranhos dos diálogos que tivera com um Deus até então.

                - O recado é pra você, idiota. – Ares disse voltando a parecer entediado. Katie franziu o cenho.

                - Jura? – não esperou por uma resposta. – Olha, tanto faz. Por favor, me de o celular, fale o recado e me deixa em paz.

                - Eu estou começando a me arrepender de não ter te incinerado quando você trombou em mim a dois minutos a trás. – ele atacou cruzando os braços. O gesto, de alguma forma, fez com que ele parecesse ainda mais medonho e imponente. Mas Katie não ia dizer isso a ele, claro.

                - Eu estou começando a me arrepender de ter trombado em você a dois minutos a trás. – Katie rebateu na defensiva. Se era para ser incinerada, ela preferia que ele fosse logo com isso em vez de ficar enrolado.

                - Sabe, nunca é tarde para incinerar uma semideusa idiota. -  Ares disse pensativo, girando o celular dela nos dedos na mão mais uma vez. – É uma pena que você seja uma semideusa idiota particurlamente importante demais para mim para ser incinerada assim. – acrescentou vagamente.

                - Sou é? – Katie perguntou duvidosa. – Importate... Para você?

                - Ah, é. Acredite, filha de Demeter. Você ainda vai fazer uma grande diferença no destino de muitas vidas. – ele respondeu distante, como se estivesse mais falando sozinho do que com ela. – Você pode não saber, garotinha, mas de uma forma ou de outra, seu futuro está na guerra.

                Katie o encarou antônima. Não tinha nem ideia de como responder a algo como aquilo. Ares olhou para ela de uma forma estranha, como se pela primeira vez realmente notasse sua presença ali.

                - Bom, é isso aí. A gente se vê por aí. – Ele disse casualmente, jogando o celular na direção de Katie. Ela agarrou o aparelho por puro reflexo, ainda meio conjelada.

                - Hey! Espera! – Ela chamou antes que ele se afastasse, tentando desbloquear o celular e percebendo que a tela ainda continuava completamente preta. – O quê você fez com o meu celular?

                - Ah, digamos que agora ele não é mais uma alerta monstros. – Ares respondeu com um sorrisinho irônico insuportável. Katie sentiu as bochechas arderem. – Pode me agradecer já próxima vez que for fazer uma oferenda.

                - Você o estragou. – Ela murmurou bobamente, fazendo com que ele parecesse estar se divertido ainda mais.

                - Eu diria que apenas melhorei seu funcionamento. – disse pausadamente, pensativo. Voltou a se afastar, mas Katie não conseguiu evitar andar na direção dele em passos largos para que a distancia entre os dois diminuísse.

                - Espera! – Pediu de novo, com a voz excitante. – Você disse que tinha um recado. Um recado para mim.

                Ares fez um leve abano com a mão esquerda, distraído.

                - Eu disse que era melhor Hermes cuidar disso... Espera... Qual era o recado?... Hãun... Ah, é.–  resmungou em voz baixa antes de estalar os dedos vitoriosamente e se voltar para ela de novo. - Cuidado com o que você faz, Katie Gardner. Algumas ações erradas, e o pior de seus medos pode se tornar realidade.

                O deus da guerra deu as costas para ela e se afastou em passos largos, logo sumindo no meio das pessoas que andavam de um lado para o outro nas filas de check-in. Mas Katie não o chamou mais uma vez. Ela não perguntou o que aquele recado queria dizer. Ela não perguntou o que Hades ela tinha a ver com alguma guerra que estava por vir. Ela não perguntou nem mesmo que era o remetente.

                Katie só ficou lá, parada. Olhando para o lugar vazio onde Ares estivera segundos antes, as palavras dele ainda pairando no ar. Podia ter perguntado meio milhão de coisas, mas nem uma delas veio a sua mente naquele momento. Estava ocupada demais pensando em outras coisas.

                Em como não tinha nem ideia de qual era seu pior medo, por exemplo.


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Notas finais do capítulo

E aí?
O que acharam?
Bem macabro o recado, não?
Hahaha.
Enfim... Deixem reviews!
Nem que sejam aqueles falando o quanto vocês querem me matar e o quão horrivel minha pessoa é...
Eu posso não responder todos, mas eu leio, e cada um tem um lugarzinho guardado no meu coração.
Beijos!
Jojo