A Casa Tensa escrita por Geelous


Capítulo 7
Capítulo 7 - O início da batalha




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O clima estava tenso na véspera da batalha contra Artlene. Brenda havia levado alguns membros da família até o refúgio, onde lá ficaram; eram menores demais para lutar. Porém, Isa estava berrando, quase mordendo as mãos de Brenda quando entrara no refúgio - ela tinha 17 anos e queria lutar; porém, não a deixaram, por isso estava zangada.

Lílian, que no início da história, saíra de casa às pressas, voltou da faculdade, e sua cabeça quase explodiu com as notícias:

– Deus do céu! Mateus morreu? Acidente? Mentos desapareceu? Lady Artlene...? Mas esta casa fica um caos sem mim! God! - dizia ela. - Eu sei de um lugar onde arranjar mais pessoas para lutar. Vou ligar para lá.

– Onde? - perguntou Fabi.

– ASPAGEPEL. - disse Lílian.

– Como...? - perguntou Cari, intrigada. - ASPAPE...

– Não, não. ASPAGEPEL, ou seja, Agência de Soldados Procurando Alguma Guerra Para Lutar. Lá, tem os melhores soldados. Podemos contratar um monte! Pegue o dinheiro lá no cofre.

Todos se entreolharam.

– Cofre? - riu-se Tatah.

– Co-cofre? Temos um cofre? - perguntou Fernanda.

– Temos dinheiro? - indagou Sofia, com uma expressão de estranheza.

– Nossa, pessoal! Vocês passam mais tempo aqui que eu e nunca souberam o que existe naquele porão? - disse Lílian.

– Que porão? - perguntou Letícia.

– Ah, deixa pra lá. Então, vou ligar para a ASPA... - Lílian pegou seu celular e começou a digitar. Todos escutaram o "tuh-dun", e então, alguém atendeu do outro lado da linha.

– Alô? - exclamou Lílian, o telefone no viva-voz.

– Agência de Soldados Procurando Alguma Guerra Para Lutar. Posso lhe ajudar? - uma voz grossa atendeu.

– Aqui é Chimera Lílian Tenso, gostaria de contratar todos os soldados disponíveis, para uma batalha amanhã mesmo! Tenho dinheiro aqui, moro no morro Santo Ciço, próximo a um povoado. Aqui será a base do lado do bem, lutaremos contra...

A conversa se estendeu. O homem, que se chamava Adamastor, deu à família as instruções, e algumas dicas úteis sobre guerra; então, Adamastor falou que se juntaria na guerra, pois Artlene foi sua inimiga de infância no passado.

Ao final da ligação, todos estavam convencidos: muitos soldados estavam vindo; tinham chances contra Artlene; tinham chances de resgatar Mentos!

– Chimera? Seu nome de batismo é Chimera? - indagou Cecília.

– Isso mesmo... há, há, há! - Lílian começou a gargalhar. Todos a acompanharam, porém pararam logo depois, pois ouviram algo. Brenda pegou a luneta, e viu, ao longe, mais ou menos cinquenta mil pessoas chegando a cavalo, todas armadas com escudos. Era o exército que Adamastor mandara.

– Eles chegaram, pessoal. - avisou Brenda.

– Hora da aventura, bora. - disse Lucas.

A família desceu o morro em encontro dos soldados. Lá embaixo, todas as instruções foram dadas aos soldados; uns vinte soldados iriam defender o refúgio; outros, iriam lutar, e outros iriam atacar a base inimiga. Quando toda a estratégia foi dita, eles se dispersaram, tomando posição. Todas as armas estavam prontas para serem acionadas a qualquer momento; sabiam que Artlene iria atacar na base principal. A Casa Tensa seria a primeira a ser tiroteada pelo exército inimigo.

A maior parte dos soldados cobriu a área, apenas dando falta na região das montanhas do povoado, que, por sua vez, estava deserto, o que era estranho; sempre era cheio e abarrotado de pessoas pelo dia. Será que evacuaram a cidade, ou lutariam na guerra? Logo, iriam saber. Faltavam algumas horas para a meia-noite... e era quando o próximo dia começava.

A recepcionista, Anna, foi encontrar a família às onze da noite. Totalmente armada no estilo "Idade Média". Usava um arco-e-flecha - iria atirar da árvore alta junto com Fabi e mais uma tropa de atiradores com sniper.

Vários pontos estratégicos foram construídos ao longo das duas semanas do prazo que tinham para formar o exército. Alguns se localizavam atrás da casa, outros nas extremidades do povoado, lá embaixo. Alguns estavam de pé na floresta, outros na vegetação baixa. Os soldados tomaram posição nestes pontos.

Onze e cinquenta e nove - todos olhavam para o relógio, todos fora da casa. Então, ao longe, bem ao longe, ouviram o relógio do povoado bater meia-noite. E então, gritos de guerra. Entre eles, o mais agudo - Artlene berrava como nunca. A família Tensa e os soldados da ASPAGEPEL permaneceram em silêncio, esperando. Queriam dar um susto neles, atacando quando eles chegassem perto.

Porém, ao longe, uma luz surgia. Uma luz pequena, porém agora, muito perto. A luz ia em direção à casa - eles perceberam no último momento que, no centro da luz, uma pequena bala, uma única bala, estava concentrando toda sua energia.

Então, um baque ensurdecedor, e a casa explodiu em pedaços. Madeira e concreto caíram e voaram. Fumaça tomou conta da área, e eles visualizaram um dos pontos estratégicos desabar junto. Então, todos os Tensos viram que era a hora.

Brenda, Cari, Anna, Cecília, Tatah, Sofia, Ana, Lucas, Sir Machado, Gabriel, Fernanda, Igor, Lílian, Mari, Beatriz, Carol, Fabi, Letícia; todos gritaram ao mesmo tempo. Em um feroz ataque, junto com o exército, eles avançaram.

A guerra começara. Tiros se ouviam por todos os lados, pessoas caindo, sangue, madeira, fumaça, barulhos estranhos. Tudo explodia ao redor, desde árvores até casas inteiras, lá embaixo, no povoado. Eles batalharam ferozmente; atiravam, brandiam espadas, berravam feitiços e pragas.

Letícia agitava a varinha, e da ponta, saía um feixe cristalino de luz verde, que atingia algum ser maligno e o derrubava, matando-o. Fabi e Anna, da árvore, miravam com um tiro certeiro. Brenda era uma das melhores na guerra - servia para tudo. Atirava com arco-e-flecha, sniper, bazuca, usava espadas, facas, e a própria mão. Suas luvas a protegiam, e plantavam força em quem sentia o soco.

Porém, Artlene tinha um estoque enorme de lanças elétricas, armas nucleares, bombas e revólveres. Seu exército era o dobro; tinham armas melhores e mais soldados. Mas, até que a guerra estava bem equilibrada.


No refúgio, ao longe, se ouvia os estouros da guerra. Os soldados fechavam a porta, e recrutavam ao longe. Viram a casa explodir e noticiaram os refugiados.

– Ai, deus. - disse Isa, simplesmente.

O clima estava pesado em ambos os lados. Só que um deles era mais emocionante, e era lá que Isa preferia estar; lutando, e não escondida como um pato. Ela tinha certeza que os Tensos estava perdendo para o exército nojento de Artlene. Precisavam dela.


– ALFA 1, ATIRAR! - berrava Igor. O ponto estratégico Alfa 1 obedecia, atirando canhões contra os inimigos. Alguns caíam, outros continuavam. Realmente, agora estavam perdendo a guerra. Não sabiam como iriam ganhar.

– VAMOS, PESSOAL! TENTEM ATIRAR COM AS VELHAS CATAPULTAS! - brandiu Brenda, colocando fogo na pedra que estava dentro de uma catapulta de madeira. O soldado cortou a corda, e a pedra foi lançada aos ares. Velha tática de guerras antigas - muitos inimigos foram derrubados. Outra pedra foi jogada, mais inimigos caíram.

Fabi e Anna ainda miravam lá de cima - já, os soldados de sniper do seu lado, haviam morrido, com um tiro de bazuca que a própria Artlene jogara. A bazuca queimou toda a base, menos o piso onde as duas atiravam agora.

Artlene ria quando matava. Atirara contra Letícia, porém, ela desviou. Esse desvio causou a morte certa de Gabriel, lutando atrás dela. A lança atravessou-o.

O povoado, como notaram, lutava do lado de Artlene. Mas eram os mais fáceis de serem derrubados; apenas alguns guardas da prisão eram mais difíceis, mas nada que algumas flechadas não resolvessem.

Artlene no momento, lutava de pé contra alguns soldados da ASPAGEPEL. Ela não era atingida, só raspada. Os soldados, no entanto, tinham a cabeça arrancada, e seus corpos voavam para longe. Ela era poderosa;

Sir Machado jogava granadas, e lutava com as armas que havia mostrado a eles em uma das jantas; o tal rifle, a bazuca e as granadas. Ele emprestava às vezes as armas para alguns soldados e as pessoas da família, que não atiravam com a mesma proeza, porém acertavam do mesmo jeito.

Tatah lutava com uma armadura boa, porém, estava cansada. Ela lutava com um revólver, contra um soldado inimigo com uma bazuca. Então, atirou na cabeça dele, mas nenhum efeito foi visto. O soldado coçou a cabeça e largou a bazuca no chão, que foi catada por outro soldado.

Ele correu até Tatah, caída no chão, puxou uma grande adaga e cravou na barriga dela. A adaga parecia ser envenenada - pois Tatah começou a se contorcer. Então, o soldado correu rindo, mas não durou tempo - Anna o matou com mais um tiro de flecha, porém se arrependeu - Artlene viu o feito, e atirou contra elas.

Tiros e mais tiros na base dos arco-e-flechas. Artlene quebrou o piso de madeira que estava cravado na árvore; Fabi e Anna desabaram e foram... puxadas pela gravidade. Bateram no chão e rolaram para o lado. Sir Machado pegou as duas no colo e as levou para o refúgio, rapidamente.

Começaram a perder a guerra ainda mais. Eram apenas vinte mil soldados, aproximadamente, no seu exército. Já, o inimigo, deveria ser uns sessenta mil ainda vivos. E havia Artlene, claro. Todos já viram que Artlene estava andando como se havia algo dentro dela, a incomodando.

Se matassem Artlene, Mentos apareceria - era isso que estava claro. Porém, precisavam matar Artlene.


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