Até Que Meu Coração Pare De Bater... escrita por Vany Myuki
Notas iniciais do capítulo
Gente, queria agradecer pelos comentários e pelo apoio, e dizer que eu adoro vcs ;D
Outra coisa, queria pedir desculpa pelo capítulo, tive que apressar os fatos porque quero partir logo para a verdadeira história, o fato que vai basea-la (ansiosa^^)
Desculpem erros...
Ps: o capítulo se chama Novo sentimento velho, pelo fato de o sentimento que ela sentira por Caspian está retornando, porém por outra pessoa, o que faz ele ser um novo (sim é complicado, e com toda certeza não sou muito boa em explicações ^-^)
P.O.V Suzana
_Cheguei!_gritei enquanto fechava a porta atrás de mim.
Ouvi passos na escada e estiquei o pescoço tentando ver quem era.
Lúcia corria em minha direção com uma expressão de indignação, definitivamente alguma coisa, ou, mais precisamente, alguém, conseguira aguçar a raiva de minha irmã mais nova.
_O que foi desta vez? O que eles fizeram?_perguntei as sobrancelhas juntas. Normalmente apenas Pedro e Edmundo conseguiam fazer Lúcia se aborrecer e, atualmente, isso vinha acontecendo constantemente.
Lúcia cruzou os braços e sentou-se na poltrona carrancuda.
Ela não ousou abrir a boca para falar o que havia lhe chateado.
Eu aproximei-me de minha irmã e sentei ao seu lado, escorada no braço da nossa velha poltrona.
_Quer conversar sobre o assunto?_perguntei acariciando seus cabelos sedosos.
Lúcia, ainda sem me olhar, negou com a cabeça.
Suspirei, Lúcia andava muito calada ultimamente, como se algo estivesse afligindo-a.
Eu levantei-me em um pulo, reunindo um entusiasmo que eu já não possuía.
_Faremos o seguinte: tenho uma novidade que talvez vá agradá-la, só que por outro lado o jantar não se fará sozinho, o que me diz de me ajudar enquanto conversamos?_perguntei arrancando os sapatos de meus pés e os jogando em qualquer lugar da sala.
Lúcia me olhou com o semblante franzido, certamente minha irmã estava se perguntando o que dera em mim para parecer tão infantil momentaneamente.
_Anda, vamos! Pelos velhos tempos._eu disse entrelaçando as mãos e piscando os olhos freneticamente.
Lúcia pareceu desemburrar a face e riu, mostrando a verdadeira Lúcia novamente.
Eu pulei na poltrona e agarrei as mãos de minha irmã.
Juntas, gargalhando por motivo algum, entramos na cozinha e começamos a fazer o jantar.
_Então, o que houve?_perguntei enquanto despejava um conteúdo numa panela.
Lúcia se debruçou sobre a bancada e começou a falar o motivo de seu aborrecimento.
_Edmundo apareceu do nada para me buscar na escola.
Eu encarei minha irmã e tentei reprimir o sorriso que queria apoderar-se de meu rosto, certamente Lúcia não estava sozinha para ter ficado aborrecida com a repentina chegada de Edmundo.
_E o que ele fez?_perguntei, mesmo já tendo minhas teorias.
Lúcia bufou pesadamente, ela parecia estar se lembrando do episódio.
_Ele me envergonhou na frente de todos, só porque eu estava conversando.
Eu juntei as sobrancelhas, ela havia chegado no ponto que eu queria saber.
Lúcia entendeu minha expressão e riu, mesmo contrariada.
_O nome dele é Ryan, está no último ano também._minha irmãzinha deixou um brilho, mais do que anormal, se apoderar de seus belos olhos verdes.
Eu corri até Lúcia e lhe dei um abraço mais do que apertado.
Ela, como qualquer garota de sua idade, tentava desvencilhar-se de meus braços enquanto eu a enchia de beijos e cafunés.
_Minha pequena está namorando!_eu disse em meio aos risos.
Lúcia, apesar das tentativas de fuga, também gargalhava.
_Fala baixo Suzana, ou se não...
Lúcia foi interrompida por uma outra voz que vinha da soleira da cozinha.
_Eu vou acabar ouvindo?_perguntou Pedro risonho.
Eu, ainda com Lúcia nos braços, direcionei um sorriso para meu irmão mais velho.
Pedro pareceu engolir em seco por algum motivo, mas tentou disfarçar este.
_Você já está sabendo?_eu disse com um misto de malícia na voz.
_Pedro sabe e me apoia incondicionalmente._disse Lúcia sorrindo para nosso irmão.
Eu olhei para o mesmo surpresa, afinal está manhã mesmo ele fizera uma cena e tanto.
Pedro deu de ombros e disse rindo:
_Ele ainda não apareceu em nossa porta, então, até agora estou tranquilo.
Eu e Lúcia rimos, só Pedro mesmo para conseguir amenizar as coisas.
_Estou com uma vontade de bancar o irmão mais velho..._disse Pedro espreguiçando-se.
Eu e Lúcia trocamos um olhar de indagação.
Apenas quando Pedro correu em nossa direção de braços abertos é que entendemos o que ele queria dizer com tais palavras.
Eu corri para um lado e Lúcia para o outro, todos ríamos durante a brincadeira.
Vi que Pedro conseguiu agarrar Lúcia pela cintura, ele depositava beijos na cabeça da irmã enquanto lhe fazia cócegas.
Percebi que o caminho para fora da cozinha estava livre, comecei a correr rapidamente até o mesmo, mas antes que eu pudesse conseguir fugir Pedro envolveu-me com seus musculosos braços, prendendo-me à ele.
Eu comecei a me debater, mas isso só fazia com que ele me apertasse mais contra seu corpo.
Por fim, nós começamos a rir, até Lúcia, com sua risada escultural se aproximou da gente compartilhando tal abraço.
Um barulho fez com que tanto eu quanto Lú e Pedro virássemos nossa direção para a sala, onde o telefone tocava ruidosamente.
_É ele!_disse Lúcia, correndo para atender.
Eu e Pedro nos olhamos e começamos a rir de forma histérica.
_Achei que você seria rigído._eu disse sarcástica.
Pedro pensou e depois voltou a me olhar.
_Decidi ser mais tolerante._disse com orgulho.
Eu não consegui aguentar a outra risada que fugiu de meus lábios, estava virando um hábito rir na presença de meu irmão mais velho.
Pedro me olhou fingindo falsa perplexidade.
Novamente, como castigo, ele começara a tortura das cócegas, eu me debatia para todos os lados tentando fugir, mas certamente Pedro era muito forte, jamais conseguiria tal façanha.
Pedro começou a beijar minha cabeça e sem querer eu arqueei a mesma quando uma nova onda de cócegas me atingiu.
Nesse momento senti os lábios de me irmão nos meus.
Eram tão macios e doces que esqueci-me por breves segundos de quem se tratava.
O beijo se aprofundou, e nenhum de nós dois ousou-se cair na realidade e romper o mesmo.
Fazia anos que eu não sentia esse toque, não nos lábios, mas no coração.
Deixei-me aproveitar o beijo, enquanto era levada por uma lembrança um pouco distante demais.
"O fim, era hora de partimos para jamais retornar. Eu senti meu coração afundar em desespero, e antes que pudesse raciocinar corretamente meus pés se encaminharam para perto dele, o homem que eu tanto amava e que jamais veria novamente.
Nosso beijo foi rápido, porém trouxe consigo um turbilhão de sentimentos. Abracei Caspian, não querendo que acabasse o momento, eu não queria deixar que nossos corpos se afastassem, mas meu dever falou mais alto, e com um último olhar de cumplicidade, me afastei para perto de meus irmãos."
Doía tanto lembrar de Caspian, era tão ruim saber que jamais o veria de novo...
Senti minhas pernas vacilarem, definitivamente não era Caspian que estava fazendo meu coração bater descompassado no peito, porém trazia o ingrediente essencial para fazer com que tais sentimentos surgissem.
Pedro era tão...
Abri os olhos e empurrei Pedro para longe de mim.
Como deixei que isso acontecesse? Havia me rendido as lembranças e esquecido de quem selava meus lábios docemente.
Cobri a boca com ambas as mãos, encarando aturdida o rapaz à minha frente.
Pedro me olhava com uma culpa evidente no olhar, ele olhou para seus pés e em seguida andou para sala, correndo escada acima.
Senti algo novo nascer em meu peito, um sentimento não desconhecido, mas tão forte quanto o primeiro fora.
Arregalei os olhos, enquanto a verdade de tantos anos me atingia gradativamente: estava gostando de Pedro mais do que um irmão.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Beijos de chocolate (eu e minha amiga Jú somos chocolátras ;D)
Se quiserem e achar que mereço comentários eu vou ficar honrada *-*