Até Que Meu Coração Pare De Bater... escrita por Vany Myuki


Capítulo 1
Primeiros sintomas


Notas iniciais do capítulo

Bom, aqui estou eu de novo ^^
A ideia surgiu repentinamente e eu achei um insulto de minha parte ignora-la.
Sendo assim, ai está o primeiro capítulo.
Espero que gostem.
Desculpem erros...



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Desci as escadas apressada, seria mais um longo e tedioso dia de trabalho, ao qual eu teria que me sujeitar se quisesse pagar as despesas juntamente com meus irmãos.

_Opa!_esbarrei em algo, na verdade em alguém.

Levantei minha cabeça e encontrei Pedro me olhando atentamente.

Sorri para meu irmão mais velho. Pedro sempre era muito atencioso tanto comigo quanto com os demais, sempre fora um dom dele.

_Está indo a algum lugar?_disse brincalhão.

Eu ergui-me novamente, porém Pedro não retirou seus braços de meus ombros.

_Acho que o trabalho não deixa de ser um lugar, por mais decepcionante e melancólico, não é mesmo?_eu gargalhei, Pedro sempre conseguia, apenas com seu olhar penetrante, causar esse tipo de sentimento em mim.

_E precisa ir tão arrumada para o trabalho?_perguntou, as sobrancelhas erguidas.

Eu analisei meu vestido, não era extravagante, era simples como todos os outros que eu costumava usar num dia comum de trabalho.

_Vai bancar o irmão protetor agora?_perguntei tentando soar séria, porém falhando catastroficamente na encenação.

Pedro ficou sério, algo o estava encomodando, algo estava causando um certo desconforto em meu irmão.

_Suzana, é errado um irmão sentir-se obrigado a proteger e cuidar de sua irmã?_perguntou ele preocupado.

Eu lhe dei um sorriso sincero, compreendendo sua pergunta.

_Pedro, querer cuidar e proteger suas irmãs é algo que você sentirá normalmente, apesar de eu achar um tanto quanto constrangedor.

Pedro assentiu pensativo.

_Acredite, quando o primeiro namorado de Lúcia aparecer na soleira de nossa porta e perguntar se pode ter uma conversa com você, eu lhe garanto que o ciúme se expandirá em um nível totalmente novo para você.

Pedro riu, entendendo o que eu queria dizer.

Eu acariciei seu rosto e ele fechou os olhos ao meu toque.

_Também será absolutamente normal o dia em que eu entrar pela aquela porta para lhe apresentar meu namorado.

Pedro instantaneamente abriu os olhos, assumindo uma expressão furiosa.

_Co...Como?_gaguejou.

Eu sorri para meu irmão, apesar de tudo, eu e Pedro sempre fomos mais grudados, era de se esperar que no dia em que cada um seguisse seu caminho ambos sentiriam tamanha falta um do outro. Eu não esperei que ele dissesse nada, beijei o topo de sua cabeça, e corri até a porta.

Coloquei meu casaco atrapalhadamente, e peguei minha bolsa em seguida.

_Suzana Pevensie!

Virei-me com um sorriso divertido no rosto.

Pedro me encarava, a expressão mortificada.

Em instantes meu irmão chegou perto de mim e falou com uma autoridade polida:

_Não ouse, estou falando sério, não ouse me aparecer com um rapaz aqui, ou se não eu...

As palavras morreram em sua boca, ele tentava encontrar algumas, mas estava tendo uma certa dificuldade.

_Mata?_sugeri risonha.

Ele assentiu freneticamente.

Eu ri e segurei seu rosto com ambas as mãos.

_Pedro, já sou adulta o suficiente para fazer de minha vida o que eu bem entender, mas acredite, nunca trocaria um homem por sua companhia.

Pedro me olhou em dúvida.

_Você promete? Promete de verdade?

Eu não pude deixar de rir, parecia que Pedro havia regredido uns dez anos e voltava a ser um menino amedrontado.

Mesmo assim fiz questão de prometer, certamente não trocaria meu irmão por pessoa alguma, jamais!

_Eu, Suzana Pevensie, prometo eternamente não deixar que nada nem ninguém nunca estrague nossa relação.

Eu estava achando tudo aquilo muito engraçado, porém Pedro pareceu aliviado ao constatar que eu não estava mentindo.

_Essa é minha menina._ele beijou a ponta de meu nariz e ambos rimos, fazia anos que Pedro não beijava a ponta de meu nariz, era algo infantil que pensamos ter se perdido no tempo.

_Até mais tarde!_eu disse abrindo a porta_Me espere acordado._gritei enquanto me encaminhava por entre a neve.

_Sempre te esperarei!_Pedro gritou e, por um instante, tive a sensação que as palavras fluíram de forma automática de sua boca. Tão verídicas quanto um juramento.

Apesar de eu não ver motivo para me preocupar com tais demonstrações de sentimento vindo de meu irmão, algo dizia-me que Pedro estava escondendo algo, algo além de minha compreensão.


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Notas finais do capítulo

Quero agradecer a todos os que estão lendo a fic.
E se não for incomodar, gostaria de pedir comentários, sério, eles animam o autor a prosseguir ^^
Mil beijos e não deixem de comentar *-*