A New Beginning escrita por Kim Jin Hee


Capítulo 7
Good Night... James.


Notas iniciais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHH me lancem um Crucio! Sim, eu mereço e aguento a dor calada... kkkkkkk
Espero que gostem..
Boa leitura. :)



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As meninas acordaram, se arrumaram e desceram para o salão comunal no mesmo instante que o quadro da Mulher Gorda era aberto e por ali entrava Sirius Black.

Ele estava com as roupas amarrotadas e meio... Verdes? Em seu cabelo havia um pouco de grama e terra.

– Que animal passou por cima de você? – perguntou Rose, se segurando para não rir.

Sirius riu sarcasticamente e respondeu:

– Nenhum animal. Eu apenas dormi na grama – disse ele levantando os braços, fazendo-os estalar.

Assim que iam perguntar maia alguma coisa os meninos desceram fazendo o estardalhaço de sempre.

– É sério, agora eu quero saber com quem o Cachorro passou a noite... – dizia James meio pensativo. Ele ainda não havia reparado no amigo perto do quadro.

– Fala sério Prongs, será que ele já andou cantando as meninas daqui? Imagina se ele cantar a filha dele? – disse Remus, rindo da hipótese.

– Ele não tem filha Moony – disse Scorpius. E completou risonho assim que viu o dito cujo parado no mesmo lugar. – Ah, eu acho que ele dormiu com alguém sim... – os amigos o olharam confusos. – Com o Salgueiro Lutador! – exclamou apontando para Sirius.

Os meninos gargalharam. As meninas também não aguentaram mais prender o riso.

– Isso mesmo! Riam enquanto podem. Imbecis – resmungou indo para o quarto com a intenção de tomar um banho.

Ainda rindo eles foram saindo para tomar café. Mas alguém continuou no mesmo lugar.

– Não vem? – Lily perguntou à Marlene assim que viu a amiga se sentar no sofá.

– Ah, não. Vou esperar o Senhor Grama – disse risonha.

Lily apenas assentiu e saiu pelo buraco do quadro, atrás dos outros.

Quase uma hora depois um Sirius Black totalmente limpo – e cheiroso, devo acrescentar –, desceu as escadas.

– Bom dia Sirius, está melhor? – perguntou Marlene.

– O que faz aqui? – perguntou malcriado.

– Ah, eu também estou muito bem. Obrigada por perguntar, meu dia também está perfeito – disse Marlene sarcasticamente. Sirius revirou os olhos.

– Me desculpe – disse com azedume e depois baixou os olhos. – Mas é porque todos ficaram implicando e rindo de mim, isso não é tão legal quando eu não acho graça – disse tristemente.

– Mas é bem legal quando você e seus amigos acham graça não é? Mas você já parou para pensar que quem é alvo das brincadeiras de vocês, não acha graça nenhuma? – ela perguntou sensatamente.

Ele não respondeu apenas fez um gesto indicando o retrato da Mulher Gorda. Marlene se adiantou e saiu por ali antes dele.

O dia passou irritantemente chato. As aulas pareciam se arrastar, o intervalo pareceu correr, o almoço pareceu voar, sem dar a eles nem tempo de respirar. Já eram quatro e cinquenta e Albus, James e James Sirius se encaminhavam à sala de Umbridge. Cinco minutos depois Harry chegou e sorriu para os três.

– Obrigado por me defenderem – disse ainda sorrindo.

– Não íamos ver uma injustiça daquelas e deixar daquele jeito, cara – Albus respondeu se sentindo idiota por estar falando daquele jeito com o pai.

Então Harry bateu na porta e ouviu um "Entrem" de lá de dentro.

– Boa noite, Srs. Potter, Parker, Parker e Petterson – disse docemente assim que eles entraram.

Nenhum dos citados respondeu, estavam mais preocupados em examinar – com uma careta de horror – a sala.

As superfícies eram enfeitadas com uma cobertura rendada e roupas. Havia alguns vasos cheios de flores secas, cada um residindo em seu próprio adereço, e numa das paredes uma coleção de pratos ornamentais, cada um decorado com um gatinho de cor berrante usando uma gravata diferente em torno do pescoço. Eles eram tão grosseiros que os rapazes não tiraram os olhos deles, paralisado, até a professora Umbridge falar de novo.

Os meninos "acordaram" e olharam em volta. Não a tinham notado num primeiro momento por que ela estava usando um conjunto de manto fúnebre de flores que combinavam muito bem com a toalha da mesa atrás.

– Boa noite, Srs. Potter, Parker, Parker e Petterson – disse novamente, um pouco mais irritada.

– Boa noite, professora Umbridge – disseram com rigor.

– Bem, sente-se – ela disse, apontando em direção a uma mesa ornamentada de renda ao lado de uma cadeira bem alta. Quatro pergaminhos se encontravam em cima da mesa, aparentemente esperando por eles.

– Er... - disse Harry, sem se mexer. - Professora Umbridge. Er...Antes de começarmos, eu... Eu queria lhe pedir um... Um favor.

Seus olhos arregalados se encolheram. Os meninos ficaram rígidos atrás dele, e se puseram a ouvir melhor.

– Ah, sim? – ela o instigou a continuar.

– Bem, Eu... Eu estou no time de Quadribol da Grifinória. E eu teria de estar no treino para o novo goleiro às cinco horas da sexta e eu estava... Estava pensando se eu poderia pular a detenção esta noite e fazê-la... Fazê-la outra noite... Em vez de...

Ele sabia bem antes de alcançar o fim da sua frase que aquilo não estava bom.

– Oh, não – disse Umbridge, sorrindo tão abertamente que ela parecia como se tivesse engolido particularmente uma suculenta mosca. – Oh, não, não, não. Esta é a sua punição por ter propagado histórias más, indecentes, e para chamar a atenção, Sr. Potter, e punições certamente não podem ser ajustadas de modo a se adaptarem à conveniência de alguém culpado. Não, você virá aqui às cinco horas amanhã e depois de amanhã e na sexta também, e você cumprirá suas detenções como combinado. Eu acho que é uma boa ideia você estar perdendo algo que realmente queira fazer. Isso serve para reforçar a lição que eu estou tentando lhe passar.

Harry sentiu o sangue subindo na cabeça e ouviu um barulho de soco em suas orelhas.

Ela o estava observando com sua cabeça levemente para um lado, ainda sorrindo abertamente, como se soubesse exatamente o que ele estava pensando e esperando para ver quando ele começaria a falar novamente. Com um tremendo esforço, Harry desviou o olhar dela, jogou sua mochila ao lado da cadeira alta e se sentou. Os outros seguiram seu exemplo.

– Aí está - disse Umbridge docemente –, estamos indo melhor controlando nosso temperamento, não acha? Agora, vocês farão algumas linhas para mim. Não, não com suas penas – ela acrescentou quando eles se curvaram para abrir suas respectivas mochilas. – Vocês usarão minhas penas especiais. Aqui estão.

Ela lhes estendeu penas longas e finas com as pontas extraordinariamente pontiagudas.

– O que vamos escrever? – James perguntou e depois murmurou algo como "Nossos nomes?". Para sua sorte, a professora pareceu não ouvir.

– Eu quero que vocês escrevam "Eu não devo contar mentiras" – ela lhes disse suavemente.

– Quantas vezes? - Harry perguntou, com uma imitação creditável de delicadeza.

– Ah, quantas vezes forem necessárias para a mensagem entrar em suas cabeças – disse Umbridge docemente. - Podem começar agora.

Ela se moveu até sua mesa, sentou-se e se inclinou num amontoado de pergaminhos que pareciam lições para corrigir. Albus levantou a pena preta pontiaguda, então percebeu algo errado. A professora não havia lhes dado tinta. Aquilo era, para ele, um pressagio agourento.

– Você não nos deu nenhuma tinta – disse torcendo para que ela desse seu ridículo sorriso e dissesse que havia se esquecido desse mínimo detalhe, e então abrisse sua escrivaninha e tirasse um pote de tinta lá de dentro.

Porém – como sempre – a imaginação de Albus falhou.

– Oh, não precisam de tinta - disse com a menor sugestão de riso em sua voz.

Então posicionaram as pontas de suas penas no papel e escreveram: "Eu não devo contar mentiras".

James quase deixou escapar um gemido de dor. As palavras tinham aparecido no pergaminho no que parecia ser tinta vermelha brilhante. Ao mesmo tempo, as palavras tinham aparecido nas costas de sua mão direita, cortando sua pele como se traçadas por um bisturi – e ainda quando ele olhava fixamente para o corte brilhante a pele cicatrizou, deixando o lugar onde estava menos vermelho do que antes, mas completamente liso. Olhou para os companheiros de detenção e viu a mesma coisa acontecer com eles.

Harry levantou o olhar para Umbridge. Ela estava os observando com sua boca larga de sapo esticada num sorriso.

– Sim?

– Nada – disse Harry baixinho.

Ele olhou de volta ao pergaminho, posicionou a pena mais uma vez, escreveu "Eu não devo contar mentiras", e sentiu a dor queimando nas costas da sua mão pela segunda vez; de novo as palavras cortaram dentro da sua pele; de novo cicatrizaram segundos depois.

E assim eles foram. De novo e de novo escreveram as palavras no pergaminho no que eles logo perceberam que não era tinta, mas seu próprio sangue. E, de novo e de novo, as palavras cortavam dentro das costas de suas mãos, cicatrizavam e reapareciam toda vez que eles escreviam com a pena no pergaminho.

Uma escuridão caiu lá fora pela janela de Umbridge. Eles não perguntaram quando poderiam parar. Tampouco checaram seus relógios. Sabiam que ela estava procurando neles algum sinal de fraqueza e não mostrariam nenhum, nem mesmo se tivessem de ficar sentados lá a noite toda, cortando suas próprias mãos com aquela maldita pena...

– Venham cá – ela disse depois do que pareceram horas.

Eles se levantaram. Suas mãos estavam doendo aflitivamente. Quando olharam para baixo, para a mão, viram que o corte cicatrizara, mas a pele ali estava com uma ferida vermelha.

– Mão - ela disse.

Um por um eles estenderam as mãos. Ela as colocou em cima da sua própria mão, como um ritual.

Harry conteve um calafrio enquanto ela o tocava com seus dedos curtos e grossos nos quais usava alguns anéis feios e velhos.

– Tsc, tsc, não vejo que causei muita impressão, ainda – disse, sorrindo. - Bom, teremos que tentar novamente amanhã à noite, não é? Podem ir.

Deixaram seu escritório sem dizer uma palavra. A escola estava completamente deserta; já tinha com certeza passado da meia noite. Caminharam lentamente pelo corredor, ainda em silencio, então, quando tinham virado a esquina e tinham certeza de que ela não os ouviria, saíram correndo.


Já na sala comunal...


– O que houve? – perguntou Lily assim que eles entraram.

Os alunos novos já sabiam o que acontecia nas detenções, porque o pessoal do futuro já havia contado. Então, as meninas ficaram esperando eles chegarem para darem os devidos cuidados.

– Ela nos fez escrever – disse Albus se jogando no sofá, sentindo sua mão formigar e doer.

Rose olhou para Harry e disse:

– Pelo menos não foi tão difícil, não é?

Ele apenas assentiu. Então se encaminhando às escadas disse:

– Vou dormir. Boa noite, e obrigado de novo.

– Boa noite – disseram em coro.

Sentaram todos e ficaram pensando...

Não poderiam contar ao Dumbledore, porque corriam o risco de o Ministro dizer mais uma vez que ele está louco. E assim Dumbledore poderia ser afastado da escola mais cedo.

– Mas que droga! – Lily exclamou de repente.

– O que foi ruiva? – Marlene perguntou.

– Estamos de pés e mãos atados, não podemos fazer nada – explicou. – Quanto mais detenções, mais machucados.

– Nós somos fortes, vovó. Vamos dar um jeito – disse James Sirius brincalhão.

– Não me chame de vovó, Potter – ela disse entredentes. Ele apenas riu.

– Já está tarde, e temos aula amanhã... Vamos dormir? – perguntou Nick.

Todos assentiram e começaram a subir, mas James Sirius continuou sentado, olhando a lareira já apagada.

– Vai subindo – Isabela disse à irmã assim que o viu sentado. Nick olhou para trás e o viu também, e então deu um sorriso malicioso.

– Se você insiste maninha... – disse sugestivamente com uma piscadela.

– Cala a boca – Isa resmungou empurrando a irmã, que subiu as escadas rindo.

Depois de verificar se todos já haviam subido, Isa se encaminhou à poltrona ao lado de James.

– Hey – disse meio envergonhada.

Ele se assustou, não havia a ouvido chegar.

– Ah, oi... – respondeu vagamente.

Ela suspirou.

– O que houve? – perguntou ele de repente. ­– Por que está aqui falando comigo?

– Porque te vi sentado e achei que alguma coisa errada tivesse acontecido na detenção... E vocês não quiseram dizer para não nos preocupar.

Ele ficou sacudindo a cabeça, para frente e para trás.

– Não aconteceu nada demais, só escrevemos mais de duzentas vezes a frase "Eu não devo contar mentiras" com o nosso próprio sangue – ele narrou indiferente.

Ela arregalou os olhos.

Com o próprio sangue? Ela sabia da história, que machucava a mão e tal, mas não fazia ideia de que a tinta era o sangue.

Sentiu seu estomago embrulhar.

– Com... Com o próprio sangue? – perguntou enjoada.

Ele assentiu friamente.

– Isso não pode ficar assim! – exclamou exasperada. – Vocês... O tio Harry, o Jay, o Al, e... E você, Potter, têm que contar o Dumbledore!


No dormitório masculino...


– Tio Harry? Jay, Al e... Potter? – um menino sussurrava para si mesmo intrigado.

Ele tinha os cabelos ruivos e sardas enfeitavam suas bochechas. Ronald Weasley usava um pijama meio pequeno, que deixava seu tornozelo à mostra.

Sacudiu a cabeça tentando se livrar da ideia idiota.

– Não pode ser... – murmurou. – Isso é impossível. Mas eu ouvi perfeitamente quando ela disse isso...

Então se lembrou de uma coisa.

O Mapa do Maroto.

"Se o Mapa do Maroto revelou que o Perebas não era um rato e sim aquela ratazana nojenta e venenosa do Pettigrew, então poderá e dizer quem os alunos novos realmente são..." – pensou orgulhoso de si mesmo, por poder ter uma ideia genial como aquela.

Se levantou de sua cama, onde estava sentado, e foi até a cama de Harry. O amigo estava tão cansado que nem havia tirado as vestes, e o Mapa estava exatamente dentro do bolso das vestes de Harry.

Com a língua para fora – em um gesto de esforço –, Rony se abaixou e tentou puxar o mapa do bolso do amigo, mas assim que ia pôr a mão para tirar, Harry se virou quase derrubando Rony. Praguejando Rony foi em direção à sua cama.

Precisava de um plano para conseguir o mapa sem que Harry suspeitasse dele.


Na sala comunal novamente...


– Por quê? Só quero saber o porquê Isabela – James quase implorava.

– Não tem motivo, acho que é costume – ela respondeu mais uma vez.

Ele suspirou.

Sabia que não era sem motivo.

– Ruivinha, porque você o chama de Jay e eu de Potter? É só isso que quero saber, e essa é a pergunta mais fácil que já te fiz. Incluindo te chamar para sair – acrescentou.

Ela pensou um tempo.

– Acho que é exatamente por esse motivo, eu não te suportava, porque vivia me chamando para sair. Então acostumei a te chamar de Potter – explicou sensatamente.

Ele sorriu feliz.

– Você disse que não me suportava. Passado. Me suporta agora? – perguntou feliz.

Ela riu dele.

Ela não era de admitir, mas James Sirius Potter sabia ser fofo e engraçado.

– Sim, Potter. Eu te suporto agora.

Ele, ainda sorrindo deu um beijo estalado em seu rosto – o que a fez parecer um pimentão –, e foi em direção às escadas.

– Boa noite, Bela.

Ela riu do novo apelido.

– Boa noite – disse com um sorriso de lado.

E quando teve certeza de que ele não poderia mais a ouvir sussurrou sorrindo:

– Boa noite... James.


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Notas finais do capítulo

Aaaaah e ai? O que acharam? Reviews são bem vindos, e não fazem cair a mão :)Mas sem pressão... SUHAUSHAUH
Beijooos, e prometo não demorar com o próximo. :****