Seus olhos se abriram lentamente, uma encomoda luz, refletia em seu rosto, deixando sua visão embaçada. Olhou em volta, e viu que estava no chão de uma casa, não a sua, mas de uma pequena casa. A garota apoiou-se no chão e levantou seu corpo, logo já estava em pé. Passou as mãos pelos cabelos negros, olhando em volta, não era sua casa, muito menos a casa de alguma de suas amigas. Ela teve um único pensamento: Como vim parar aqui?

– Onde eu estou? - Perguntou a si mesma, arqueando um das sobrancelhas. Pensou estar sozinha, mas levou um susto, ao escutar um voz atrás de si.

– Boa pergunta. Nem eu sei. - A voz rouca vinha de trás de si. Ela rapidamente virou-se, vendo Justin Bieber, sentando em uma cadeira com uma expressão nada boa.

– O quê você está fazendo aqui? - Perguntou, mas logo corrigiu-se. - O quê estamos fazendo aqui?

– E você acha que eu sei? - O garoto perguntou irritado. A garota arregalou os olhos, pois fez apenas uma simples pergunta.

– O que foi garoto? Comeu tinta com chumbo no café da manhã? - Melanie perguntou irônica.

– Desculpa. Só estou um pouco estressado. - Disse ele, ajeitando-se na cadeira.

– Nossa, jura? Nem tinha percebido. - Mais uma vez a garota disse em um tom bastante irônico, fazendo Justin revirar os olhos. Ela caminhou pela pequena casa, no meio de uma floresta, e em cima de uma mesinha tinha um bilhete. A mesma pegou-o.

"Olá Melly e Justin, tudo bem? Vocês lembram-se de mim? Sou a Esmée. Melhor dizendo sou a mulher que vocês viram na luz. Bom, é um tanto complicado explicar tudo isso por um pequeno bilhete. Então só lhes digo: Confiem em mim, Naomi e Arnold. Venham até Punctum Crystalli. Você provavelmente não sabem onde é, mas caminhem pela trilha que está bem a frente da casa, no meio do caminho encontrarão algumas placas. Se quiserem alguma explicação venham. Beijos."

– Já tinha lido esse bilhete? - Melanie perguntou caminhando até o garoto, que agora fitava o teto.

– Claro, né? Mas não ia deixar você aqui sozinha. Posso estar mau-humorado, mas sou um cavalheiro. - Respondeu ele se levantando e ajeitando sua roupa. Melanie abriu a porta e saiu pela trilha que estava bem a frente da casa.

– Hey! Espera! - Justin gritou, correndo atrás da garota. - Que falta de educação, eu te espero, e você não tem a capacidade de ao menos me esperar? - Justin perguntou fingindo estar decepcionado. Melanie revirou os olhos e voltou a caminhar. - Você ainda não me disse seu nome.

– Melanie. Melanie Kessler Petrovick. Quer saber a data do meu nascimento também? Quer saber onde estudo também? - Perguntou ela irritada e novamente, com irônia na voz.

– Agora é você que está irritada, é?

– Tô sim, por quê eu estou sei lá onde, com um garoto que acordou mau-humorado e eu quero ir pra casa! - Disse ela virando-se e voltando a caminhar.

– Não está mais aqui quem falou.

– Ah, como eu queria que você sumisse agora. - Melanie disse respirando fundo, tentando se acalmar. - Foi mal. Me estressei.

– Ah, jura? - Ele perguntou do mesmo modo que ela: Irônico. Os dois caminhavam, calados, pois se algum do dois falassem iria dar em briga. Eles viram algumas placas no meio do caminho, e seguiram em direção ao indicado. Escutaram um barulho dentro da mata, Melanie parou arregalando os olhos, Justin continuou andando. - O que foi? Empacou ai? - Nessa hora Melanie teve vontade de jogar o salto que usava no meio da testa dele, para que ele tivesse uma mrote trágica. Sim, ela estava com pensamentos loucos. Ela voltou a andar, mas depois de dar alguns passos, escutou novamente o barulho dentro da mata. Ela parou, esperou e escutou uma voz atrás de si.

– Quem são vocês? - Era uma voz grossa, e estava em um tom sério. Melanie virou-se e encarou um homem grande, forte, e com cara de mal a sua frente. Ela gritou e saiu correndo pra dentro da mata, ela passou por muitos pássaros, mas não eram normais como os que ela via. Eram totalmente diferente, para definir melhor, eram... Esquisitos. Ela continuou correndo, enquanto escutava a voz de Justin a chamando. Chamou-a uma, duas, três, quatro vezes, até ela parar. Cansada. Sentiu uma mão em seu ombro, ela gritou, e tentou sair correndo. Mas foi segurada pela cintura.

– Calma ai, miss assustada. - O homem disse agarrando-a.

– Me solta! Socorro! Não faça mal a mim! - A garota gritava enquanto se debatia nos braços do homem.

– Não vou fazer nada com você. Relaxa. - O homem disse largando-a em frente de Justin. - Seu amigo ai, explicou a situação. Fica calma, não sou do mal. Prazer me chamo Marcus. - Disse ele dando um sorriso amigável, fazendo-a acalmar-se.

– Além de estar com TPM ainda é medrosa. - Justin disse revirando os olhos.

– Se você gosta de sorrir, cala a boca, se não eu quebro teus dentes. - Ela gritou dando um tapa bem forte em Justin.

– Caramba garota. Surtou de vez agora. - Ele disse normalmente, mas correu para o lado de Marcus, quando viu o olhar homicida que Melanie o jogava.

– Vamos sair daqui de dentro. - Marcus disse, caminhando novamente até a trilha. - Vocês dois se conheçem a muito tempo? - Ele perguntou encarando-os.

– Não. Nos conheçemos hoje, mas já não nos damos bem logo de cara. - Justin explicou.

– Ah. De onde vocês são?

– Eu sou de Seattle. E ele não sei...

– Atlanta.

– Tanto faz. - Disse ela revirando os olhos. - E afinal de conta, onde estamos? - Perguntou curiosa.

– Mundo Perdido. Barkley. - Marcus disse, fazendo-os arregalarem os olhos.

– Barkley? Onde é essa cidade? Qual nome do estado? - Melanie fez uma serie de perguntas á Marcus.

– Barkley é um cidade que fica no estado de Petrovick, que fica no país de Mundo Perdido.

– Nunca ouvi falar nessas cidades, muito menos no país. Fica perto da América? México? Inglaterra? - Dessa vez Justin perguntou.

– Cara, vocês são da Terra? - Marcus perguntou animado.

– Espera... Em que planeta estamos? - Melanie perguntou respirando fundo.

– Verve. Antes que me perguntem, não é perto de Saturno, Marte nem nada disso. Verve é um planeta, que fica acima da Terra, só que é imperceptivel para as pessoas de lá. - Quando Marcus terminou de dizer isso Melanie ficou com a boca no formato exato de um 'o' gigantesco, não estava muito diferente de Justin. As únicas perguntas que vinha na cabeça de ambos, era: Como vinhemos parar aqui? Por quê estamos aqui? E que loucura toda é essa?