Pov. Bella:

A felicidade parece fugir de mim quando eu encontro com ela. Aliás, a felicidade parece não gostar de mim, sempre que nos encontrávamos ela parecia ir embora rápida da mesma maneira com que ela vinha. Agora eu estava sentada a frente de doutor George, escutando ele falar que minha, quer dizer que nossa Carlie, estava doente. E não era uma gripe passageira ou uma virose qualquer era a doença que qualquer mãe temia. Leucemia Linfóide Aguda.  Minha respiração saia pesada, as lágrimas escorriam sem cessar por meu rosto, e me agarrava ao peito de Edward, enquanto ele e o médico tentavam me acalmar. Eu estava morrendo.

-Diz que é... Mentira... Por favor!-Eu disse em soluços.

Edward me abraçou, mas forte.

-Meu bem temos que ser fortes... Por Carlie. -Edward disse contendo o choro.

O médico apenas nos observava preocupado.  Isso é mentira, mentira, mentira. Eu tentava mentalizar.

-Hm... Senhor Cullen, precisamos conversar, deixar você e Isabella a parte do que certamente é Leucemia... E senhorita Swan, Edward está certo. Carlie precisa que vocês sejam fortes, ela precisa de vocês. -Disse George olhando em meus olhos.-Por Carlie.-Ele disse.

Suspirei fundo e limpei as lágrimas insistentes.  Eles tinham razão u teria de ser forte para estar ao lado de minha pequena... E claro, para enfim contar a verdade sobre nossa Carlie.

-Então, é pelo amor de Deus George. Explique-nos sobre está doença... - Disse Edward com a voz um pouco sufocada me abraçando.

Eu tive que segurar o choro mais uma vez. George pigarreou e mexeu em alguns papéis sobre a mesa.

-Bem, a leucemia linfóide aguda é um tipo de câncer comum em crianças, pode ser chamada de leucemia linfoblástica aguda, resulta em um dano genético adquirido no DNA de um grupo de células na medula óssea. As células doentes substituem a medula óssea normal. -Disse George observando nossas expressões, a respiração de Edward saia pesada, ele parecia procurar apoio em mim assim como eu procuva nele.-Os efeitos são o crescimento incontrolável e o acúmulo das células chamadas de “linfoblastos” que perdem a capacidade de funcionar como células sangüíneas normais havendo um bloqueio da produção normal de células na medula óssea, levando a uma diminuição na produção de glóbulos vermelhos, plaquetas e glóbulos brancos na medula óssea.-Disse George.

Eu olhava para o médico pasma. As palavras não saiam de minha boca.

-E quais seriam os sintomas de leucemia?-Perguntou Edward com a voz baixa e controlada.

-Sinais de anemia levando a palidez, cansaço fácil, sonolência, manchas roxas que ocorrem em locais onde não relacionados a traumas, podem aparecer pequenos pontos vermelhos sob a pele ou sangramentos prolongados resultantes de pequenos ferimentos. -Ele fez uma pausa e respirou fundo, até agora de todos os sintomas que George citou Carlie havia apresentar quase todos, meu peito doeu novamente, como eu não percebi?-E a facilidade inflamações no organismo, Carlie apresentou alguns deles pelo que pude notar.

Eu respirei fundo e consegui falar.

-Apresentou a sonolência, falta de apetite... -Minha voz fraquejou e Edward me apertou mais forte ao lado dele.-As bolinha vermelhas...-Eu disse segurando o choro.

-Como não percebemos isso?-Disse Edward como se estivesse dentro de um túmulo.

Como? Eu me perguntei mentalmente.

-A culpa não é de vocês, faremos de tudo para achar o tratamento mais adequado para a jovem Carlie. -Disse George.

-E quais... São os tipos de tratamento?-Eu perguntei.

-Dependendo do estado da doença, pode ser apenas uma quimioterapia com radio terapia que no caso é mais eficiente ou podemos fazer um transplante de medula óssea, assim que possível convocarei os familiares mais próximos para fazer a comparação sanguínea... -Disse George.

Comparação sanguínea. Parentes... Ah meu Deus! É bem provável que a medula de nenhum deles seja compatível. Então minha ficha caiu. Eu teria que contar a verdade a Edward assim que ficássemos a sós. Tentei reprimir algumas lágrimas insistentes.

-Por mim poderíamos começar agora!-Disse Edward puxando o celular do bolso.

George deu um sorriso fraco.

-Primeiro tenho que descobrir o estágio da doença Edward, assim que possível poderá comunicar a família, de preferência seus pais irmãos... Os avôs maternos de Carlie.

Avôs maternos de Carlie. Um nó se formou em minha garganta, se minha medula não fosse compatível com a de nossa pequena, Charlie poderia ser a única salvação dela.  Edward suspirou fundo e guardou o aparelho no bolso.

-Ela vai ficar bem?-Perguntou ele meio murcho.

-Claro, farei o possível para que ela fique o melhor possível. -Disse George sorrindo solidário.

Leucemia linfóide aguda. Transplante, compatibilidade de medula... A verdade terá de vir à tona. O mais rápido possível...

-Bem, agora eu tenho que terminar de checar a bateria de exames de Carlie e montar a equipe médica. Podem ir ver a princesa de vocês. -Disse George.

Meu coração se encheu de alegria, poderíamos abraçar nossa Carlie.

-Muito obrigado George. -Disse Edward apertando a mão do médico.

-Não me agradeça Edward, mande lembranças ao seu pai. Prometo fazer o melhor por sua filha. -Disse George.

Edward apenas assentiu e então saímos da sala de George.

O corredor branco com cheiro enjoativo de hospital me deixou um pouco tonta, limpei meu rosto novamente e olhei para Edward que estava encostado na parede esperando minha “recuperação”.

-Eu amo você. -Ele disse.

Eu sorri um pouco para ele e olhei em seus olhos azuis.

-Eu também te amo. -Eu disse abraçando-o.

Ele beijou meus cabelos e enterrou o rosto ali.

-Nós vamos vencer essa junta. E vamos ser felizes, mas do que já somos. -Disse Edward com a voz embargada.

Suspirei fundo e o abracei mais forte.

-Vai ser além da vida. -Eu disse.

Edward olhou em meus olhos e deu um sorriso meio tristonho e tocou meus lábios com os seus macios por um breve momento assim selando nossa promessa.

-Então... Vamos?-Eu perguntei olhando para a porta branca do quarto onde repousava nossa Carlie.

Edward assentiu e segurou em minha mão avançando para a maçaneta e abrindo a porta lentamente.  Aos poucos a imagem de nossa princesa foi aparecendo atrás da porta. Ela estava em uma cama com alguns todos em suas veias, os cabelos longos e lisos soltos, os olhinhos brilhando aos no ver, e aquele lindo sorriso com a pontinha dos dentes da frente que começavam a nascer. Apesar de tudo, ela estava feliz. Feliz por nos ter ali.

-MAMÃE!PAPAI!-Disse Carlie com os olhos brilhando.

Eu e Edward corremos de encontro a nossa pequenina abraçando ela com delicadeza e a enchendo de beijos pela face pálida.

-Chegaaaa!-Disse Carlie rindo.

Edward revirou os olhos verdes eu me sentei ao lado de minha pequenina a abraçando.

-Tudo bem anjinho. -Disse Edward se sentando ao lado dela.

Ela deu um sorriso fraco e olhou tristemente para o tudo intravenoso em seu braço direito.

-Quanto tempo isso vai ficar aqui?-Ela disse triste fazendo uma careta.

Eu e Edward trocamos um olhar preocupado.

-Bem... Até você ficar melhor meu bem... –Eu disse reprimindo o choro.

Carlie olhou para Edward que sorriu fraco.

-Meu bem, depois teremos que conversar como você... É... Como eu posso te dizer isso... -Disse Edward coçando a cabeça.

Olhei para ele como se eu pedisse permissão para falar e ele assentiu.

-Vamos ter que passar um tempo aqui com você... –Eu disse mordendo meu lábio segurando meu choro.

-Quanto tempo?-Perguntou Carlie arregalando sua bolota de chocolate.

Edward e eu suspiramos fundo ao mesmo tempo e ele disse:

-Até você ficar bem meu anjo... Depois o doutor George virá conversar com você tudo bem?-Perguntou Edward.

Carlie assentiu, então ouvimos uma batida na porta.

-Entre. -Disse Edward.

Então Emmett entrou seguido de Rosalie no quarto. Pela primeira vez na vida vi Emm com uma expressão de medo no rosto, Rosalie sorria fraco.

-Tio Emm!-Disse Carlie fraquinho.

Emmett sorriu para a sobrinha, e Rose também.

-Olá anjinho!-Disse Emmett se aproximando com Rose.

-Oi tia Rose!-Disse Carlie sorrindo um pouco mais.

Rosalie segurava o choro e se aproximou da cama dando um beijo demorado na testa de Carlie.

-O que fazem aqui?-Perguntou Edward confuso...

Emm sorriu um pouco e se sentou na ponta da cama de Carlie olhando meio triste para o tubo intravenoso no braço da sobrinha.

-Soubemos que estavam aqui... E ahm... Rose diz ai. -Disse Emm sem graça.

Rosalie sorriu um pouco e disse algo pela primeira vez desde que entrou no quarto.

-Estamos grávidos. -Ela disse tentando soar contente.

Então Carlie explodiu num gritinho de alegria que encheu o quarto de energias boas, alegres e de esperança, de que tudo iria dar certo. Era disso que Carlie precisava uma família única, que ame ela ao lado dela. Ah, e claro... Assim que eu e Edward que possível... Eu contaria a Edward, toda a verdade sobre nossa pequena Carlie que mesmo nos momentos difíceis mostra o quanto é feliz com sua família.