_Ahn, olá Lucy. – ele não sabia começar. – Tudo... bem?

Ela corou imediatamente. Ouvir a voz dele já a fazia sentir um imenso calor ao seu redor, como se o garoto estivesse a envolvendo com seus braços. Esse tipo de coisa uma pessoa só sente uma ou duas vezes na vida. Ela demorou a responder, sentia saudade dele, e não sabia muito bem o que falar. Ela olhou para baixo, deu uma risadinha e entrou direito dentro da casa, fechando a porta atrás de si.

_Estou bem, obrigada. – ela sorriu, deixando suas antigas roupas em cima de uma estante, ao seu lado. – E você?

_Também. – o sorriso dela o incitava a sorrir mais ainda. – Eu preciso... Admitir uma coisa.

Ela ficou surpresa, e seu coração disparou. Havia milhares de milhares de coisas que ele poderia admitir, e Lucy só conseguia pensar em uma. Talvez fosse o momento certo? Não sabia. Ela olhou no fundo dos olhos dele, fazendo ele quase se esquecer de quem era. Os dois queriam se juntar ali e agora, mas a maldita vergonha não os permitia, além das antigas barreiras.

_Eu te...

Ele paralisou. Quando ela avançou e envolveu seus pequenos braços em volta dele, esqueceu-se de tudo o que tinha ao redor. Ah, Lucy... Sentir ela em seu corpo era a melhor coisa do mundo. E essa sensação era recíproca. Não fora sua consciência que mandara Lucy abraçar Loki, fora sua inconsciência. O que pareceram segundos foram minutos, enquanto eles se abraçavam sem querer largar um ao outro.

Sem saber direito o que estava fazendo, Loki colou seus lábios nos de Lucy. Um longo beijo se iniciou, as línguas se movendo em uma bela dança apaixonada. Malditos pulmões, porque precisam de ar! Eles não queriam se soltar de forma alguma, e o beijo só era interrompido por alguns segundos onde ambos recuperavam o fôlego.

E nenhum de ambos ainda sabia se aquilo era um sonho ou a realidade.