Capítulo 10- Mistério do colar~Uma história triste

Amy chegou ao chalé e lá encontrou seu meio irmão Percy sentado olhando para a fonte como se estivesse imerso em pensamentos, seus olhos estavam com pequenas olheiras se formando e Le parecia ter tido uma noite de sono terrível.

– Oi Percy. – Ela falou.

– Oi Amy. – Ele falou olhando a deusa com um olhar curioso.

– Tudo bem? Aconteceu alguma coisa? – A deusa perguntou ao ver o olhar que ele lhe dirigia.

– Eu, añ... – Ele hesitou.

– Você o que fala garoto? Eu não te fulminar não. – Falou a deusa rindo.

– Eu acordei muito cedo hoje, e quando digo cedo é cedo mesmo, e eu sai do chalé e bem... Ouvi algumas coisas...

– Você me ouviu conversando com Afrodite? – Perguntou Amy, sentido a boca ficar seca e o coração acelerado.

– É, foi isso, mas desculpa, não era a minha intenção, eu... Eu não sou bisbilhoteiro. – Ele falava rápido demais e parecia realmente nervoso.

– E você quer saber o que ela quis dizer quando estava falando do colar. – Afirmou Amy, pegando a pingente e alisando-a com os dedos.

– Bem, é. – Ele falou e acrescentou rapidamente. - Mas não precisa falar nada se não quiser.

Amy deu uma risada curta sem emoção , sentou-se na cama e falou:

– Quer ouvir minha história Percy? Mas vou logo avisando ela não tem um final feliz.

Percy assentiu com a cabeça e Amy começou.

– Quando nasci fui deixada por Afrodite e Poseidon na casa de um casal que cuidou de mim, na nossa casa tinha uma fonte exatamente igual a essa, por isso escolhi ficar aqui nesse chalé. Eu era feliz até um garoto misterioso aparecer nos arredores da nossa cidade, ele era lindo e eu o conheci em uma das minhas caminhadas pela praia. Eu me envolvi com ele e me apaixonei pela primeira e ultima vez na eternidade, ele era gentil comigo, me dizia coisa que eu queria ouvir no momento em que eu precisava ouvi-las.

Percy olhava atentamente a deusa e parecia beber cada palavra que ela falava.

– Eu nunca fui ingênua mas eu estava apaixonada e como dizem o amor é cego, eu não consegui ver o que estava por trás daqueles gestos e palavras, até o dia em um incêndio aconteceu na minha casa enquanto eu e meus pais dormíamos, eu consegui me salvar a fonte que tínhamos gerou uma bolha em volta do meu corpo protegendo-os das chamas, mas meus pais não, eles não conseguiram se salvar, eu não consegui salvá-los por mais que tentasse, eles gritavam meu nome e eu não podia fazer nada.

Lágrimas rolavam pelo rosto da deusa.

– Não precisa continuar se não quiser.- Falou Percy.

– Não, agora vem a melhor parte. – Falou a deusa com um sorriso amargo nos lábios enquanto as lágrimas desciam.

– “Quando o fogo cessou eu fui procurar pelos corpos dos meus pais, mas eu não encontrei nada apenas cinzas e ele, o garoto pelo qual eu havia me apaixonado Brian ele olhava a casa com um sorriso de satisfação nos lábios, eu perguntei mo que ele fazia ali, ele disse que era um semi deus e estava lá a mando do seu mestre Cronos e me contou que ele havia colocado fogo na casa e que ele havia matado meus pais, porque eu tinha me recusado a ficar ao lado de Cronos na guerra contra os deuses.

Eu o matei, não me olhe com essa cara Percy. - Falou ao ver a cara de espanto que Percy fez. - Eu o amava e o que ele me deu em troca? Matou meus pais. Após isso eu fui em busca de Afrodite e pedi pra que ela tirasse o amor de dentro de mime jogasse-o no Tártaro , eu não queria viver mais com aquele sentimento que amaldiçoou a minha vida, afinal se eu não o amasse ele não teria se aproximado se mim a ponto de colocar fogo na minha casa e matar meus pais, a culpa da morte deles foi minha, porque eu amei de mais.

Afrodite lógico ficou chocada, mas como era meu primeiro pedido a ela cedeu, mas não jogou meu sentimento no Tártaro como eu havia pedido antes , aprisionou-o nesse colar de coração.

E desde então vem pedindo pra eu libertar o amor, mas eu me recuso acho melhor assim, me ajuda com o meu trabalho, eu sou a deusa dos infiéis não vejo razão pra querer amar, não mais.”

Após terminar Percy a olhava como se a visse pela primeira vez, e numa atitude inesperada levantou-se e a abraçou forte.

Ela no primeiro instante ficou sem reação, mas logo depois retribuiu o abraço e logo após levantou-se enxugando algumas lágrimas que insistiam em descer e falando:

– Vou tomar banho e me arrumar, te encontro lá fora pra você me levar a um tour pelo acampamento.

E dizendo isso seguiu rumo ao banheiro.