- Então, vou indo... Encontro você na volta, Harry! Me deseje sorte! – Falou Rony, acenando para o amigo.

Harry acenou de volta e viu Ron descer as escadas freneticamente. Mione estava no salão comunal, lendo.

-Já vai Rony? –Perguntou a garota, sem tirar os olhos do livro.

-Vou sim, não quero me atrasar. Tchau!

-Boa sorte, e não faça besteiras, hein!? – Berrou Hermione, enquanto o amigo ia sumindo de ante de seus olhos. Agora era só Rony. Ele saiu do salão e foi para a entrada principal. Lá a Professora McGonagall esperava Rony e pediu a ele o papel de liberação. Rony o entregou e saiu sem problemas. A professora apenas disse: “Tome cuidado, Weasley.” Quando Rony saiu, estava bem frio, apenas a curiosidade estava mantendo-o aquecido. Quem seria essa pessoa afinal? Se Dumbledore lhe dera permissão de sair, devia ser alguém realmente importante... Rony continuou caminhando em direção a Hogsmeade e pareceu demorar uma eternidade devido sua pressa e pelo seu nervosismo. Finalmente ele chegou. Antes de entrar, ouviu uma voz baixinha, perto da porta, conversando com a dona do estabelecimento:

- Meu sobrinho vem me ver hoje. É elementar que ele tome um susto, afinal, um tio desconhecido cujo o pobre garoto nunca ouvira falar? Sinto pena do menino. –Falou um homem.

-Ah, eu não. Ele e seus amigos vivem vindo aqui. Ora, Demus, ele é O MELHOR AMIGO DE HARRY POTTER!  Porque você sente pena dele? –Perguntou Madame Rosmerta.

-Eu sei, os pais dele me mantiveram informado. –Respondeu o suporto Demus.

Rony percebeu na hora. Estavam falando dele, a menos que Harry tivesse arranjado um novo melhor amigo. O garoto abriu a porta e quase derrubou o homem no chão. Madame Rosmerta ajudou-o a se levantar.

- Creio que vocês estavam falando de mim? – Disse Rony, encarando o homem.

- Oh, Rony! Você veio! Estou estupidamente feliz! –Falou o homem, indo dar um abraço no Rony. Rony colocou as mãos impedindo que ele avançasse e perguntou:

- Perai cara, que história é essa de SOBRINHO?

-Ah, sim! Foi exatamente por esse motivo eu lhe convoquei, meu caro! Sente-se! Eu sou Demus Fiberton!

-Acho que vocês tem muito o que conversar! Vão querer algo? Cervejas amanteigadas, talvez?

-Sim! Para comemorar esse memorável dia deste rapazinho! Hoje Ronald completa 15 anos, sabia?

-Ah, parabéns Rony! Agora, com licença. –Falou Rosmerta, enquanto anotava o pedido.

Rony fez uma cara confusa, mas nem precisou perguntar nada, Demus desatou a falar:

-Eu sou seu tio, fui um dos melhores amigos de seu pai. Eles não te contaram pois seria estranho, você saber que tinha um tio, sem ser de sangue, sabe? Então, eu resolvi aparecer agora, porque além de ser uma ocasião mais que especial (estou falando de seu aniversário, é claro!) e tenho alguns assuntos para tratar com você.

-Porque você não apareceu antes? Harry tem um tio que não é de sangue também. – Perguntou Rony, girando os olhos.

-Sirius? É verdade, não tinha pensado nisso. Me perdoe Rony, eu bem podia ter aparecido antes mesmo... Mas faltava coragem. Bem, agora tenho outros tópicos para tratar com você hoje, sem ser você estar aniversariando...

-Como você sabe de Sirius e porque você fala como um aristocrata? –Perguntou o garoto, ainda confuso.

-Eu nasci em uma família um tanto...Avantajada, em questões financeiras, entende Rony? Recebi uma excelente educação...Freqüentei as melhores escolas... Soube de Sirius porque eu e ele somos amigos. Ele me conta absolutamente tudo. Ele nunca me mencionou para Harry porque eu pedi, Rony. Sabia que se Harry soubesse, ele ia contar para você. E eu não queria que você soubesse por outra pessoa, a não ser por mim. Desde que você entrou em Hogwarts, Dumbledore já sabia de mim. Sua entrada no segundo ano foi um tanto, desengonçada Ron. Pelo Ford de seu pai? Mas que idéia...Já soube que foi o tal do elfo que fechou a passagem...

Rony ficou boquiaberto. Demus sabia TUDO sobre sua vida!

-E que assunto tão importante você tem para tratar comigo hoje, para ter que me tirar de Hogwarts, e seria o mal que Harry e Mione me acompanhassem até aqui?

O Sr. Fiberton deu um leve pigarro quando ouviu o nome de Harry e Hermione. Rony estranhou, afinal, ele próprio tinha escrito a carta...Ou não?

-É assunto secreto, Rony. Seus amigos não poderão saber da nossa conversa. Apenas que eu lhe dei os parabéns, e que sou seu tio. NÃO. MENCIONE. MEU. NOME. –Ron não entendeu, mas ia fazer o que Demus estava lhe pedindo. – Eu vim até aqui para tratar, da minha herança. Estou doente, é uma doença crônica, e tenho pouco tempo de vida. Queria deixar a minha herança para você.

Rony arregalou os olhos.

-Porque, já que você diz ser tão amigo do meu pai, não deixou com ele?

-Motivos pessoais. Pergunte a sua mãe, se você quiser realmente saber. Não posso lhe dizer sem a permissão dela. Então, a minha herança é UM MILHÃO DE GALEOES E UMA MANSÃO EM HOGSMEADE, estaria interessado? – Perguntou Demus.

Madame Rosmerta havia voltado com as cervejas. Rony deu uma grande golada e tornou a arregalar os olhos. Era bom demais para ser verdade...UM MILHÃO DE GALEOES? Rony finalmente seria mais rico que Harry...Mas seria uma boa idéia aceitar dinheiro de um tio desconhecido?