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       Cheguei ao vilarejo e vi todos trabalhando. Caminhei para a cabana de Kaede e encontrei Miroku, Sango, Myouga, Shippou, Sayuri e Monka lá.

- Como ela está Inuyasha? – perguntou Kaede-baba.

- Está bem. Os remédios de lá são mais eficientes que as ervas daqui. – respondi me sentando.

- Espero que Azumi volte logo. Quero ver pessoalmente como ela está. – disse Sayuri sorrindo e bebericando algo no copo.

- Daqui a dois dias. – eu disse rudemente.

- Por quê?! – Shippou gritou em cima da minha cabeça.

- Porque Kagome disse que era melhor.

- Pra quê? – Monka perguntou arrogantemente.

Olhei para ela impacientemente. Eu sabia o motivo, mas não queria contá-los. Tudo isso era porque Kagome tinha medo que mais coisas aconteçam com Azumi. A começar pelos inimigos de Inuichi e pela Lua Nova.

- Ah, Kagome me disso que era melhor só isso. – menti.

- Inuyasha, você não mente muito bem. – disse Miroku bebericando algo no copo.

- Mas... – olhei para a fogueira e relaxei meus músculos. – É seguro para Azumi. Apenas dois dias. – murmurei.

- Entendo. – disse Sango. – Você quer que ela se recupere daquele dia. Ela se lembra de algo? – perguntou.

Balancei a cabeça negativamente.

Ainda bem que Azumi não se lembrava de nada, só da parte que a Tasseiga era enfiada em seu peito e de Sesshoumaru chorar – que era um segredo apenas meu e dela.

- Ainda bem. – disse Shippou.

- Mas e se ela lembrar? – perguntou Myouga.

- Aí eu não sei Myouga-jiji. Se ela lembrar, vai ser algo ruim. Eu não quero que isso aconteça e eu não quero que ninguém a force a lembrar. Tá bom? Eu quero que Azumi não se lembre de nada e pronto!

Todos assentiram.

Eu só quero o bem de minha aneue, só isso. Não quero que ela se lembre daquela noite.

- Mas e se acontecer de novo? – perguntou Miroku.

- É bem provável. – disse Monka.

- Vamos prendê-la em uma caverna. – respondi rapidamente. – Aquele monstro não pode ficar fora, machucando as pessoas. Vamos prendê-la em uma caverna, colocando um kekkai poderoso. Eu não quero que minha onee-chan se machuque.

Todos assentiram. Levantei-me, saindo da cabana.

- Inuyasha. – Sayuri me chamou.

- Sim?

Olhei para ela e ela me olhava preocupada.

- Como está Sesshoumaru? Alguma noticia dele? – perguntou.

- É verdade. Faz quase três dias que ele desapareceu. – disse Monka.

- Não sei. Vou procurá-lo para avisar. – eu disse.

Elas assentiram e eu saí da cabana.

Sesshoumaru estava se recuperando, eu sabia disso, mas... Aonde? Seu cheiro desapareceu. Seu poder também. Jaken nem nos avisara. O que aconteceu com ele?

De todos os segredos que eu guardava, esse era mais um que eu tinha que manter escondido.

E se Azumi voltasse e perguntasse por ele, o que íamos dizer? Que ele desapareceu por causa dela? Minha aneue ficaria triste e seu coração poderia se corromper de novo.

Parei de correr e farejei algo.

- Inuyasha? – disse alguém atrás de mim.

Virei-me e vi Setsu.

- Ah, Setsu. Que susto.

- Como está Azumi-sama? – perguntou.

- Está bem. – eu disse.

- Ela voltará logo?

- Daqui a dois dias ela voltará. Kagome quer que ela se recupere mais e volte forte.

- Ela se lembra de algo?

Eu sabia que qualquer pessoa que eu encontrasse faria essas perguntas. Eu tinha que me manter paciente e calmo.

- Não. Felizmente, não. – respondi.

- Onii-chan!

- O que foi Ichiu? – perguntou.

Ichiu apareceu e olhou para mim.

- Como está Azumi-chan? – perguntou ele naquela voz de criança.

- Ela voltará logo. – respondeu Setsu. – Vamos, chichi-ue deve está preocupado.

- Até mais, Inuyasha-sama! – despediu-se e eles correram para a floresta.

O que aquele Setsu quer de minha irmã? Já basta ele e o pai dele apontarem armas para ela! Tinham que perguntar se ela estava bem? Qual o problema deles?

***

       - Sesshoumaru-sama, trago-lhe notícias. – disse Jaken diante de mim.

- Quais são? – perguntei cansado.

- Azumi-sama está bem e voltará em dois dias. Foi o que Setsu disse. – respondeu olhando-me.

Sorri e agradeci mentalmente por ela está bem.

- Sesshoumaru-sama, sorrindo?! – disse ele surpreso.

Pela Azumi, eu posso até morrer.

- Sim, estou seu tolo. – eu disse rudemente.

- Está doendo, Sesshoumaru-sama?- perguntou apontando para meu braço.

- Não muito. O miasma não conseguiu entrar na minha corrente sanguínea. – respondi.

Jaken assentiu e foi para perto de mim. Ele pegou um pano, o molhou em um pote e o espremeu.

- Vai doer um pouco. – murmurou.

Assenti.

Ele colocou o pano em cima da ferida e começou a esfregá-lo. Não doía muito, pois estava quase fazendo efeito.

Eu queria me distanciar um pouco daquilo tudo para me curar. Não queria que ninguém me atacasse enquanto eu estivesse indefeso. Queria recuperar minhas forças, por pelo menos esses dias. Aí eu posso ver minha imoto com um sorriso na cara ao me ver.

- Jaken, ela se lembra de algo? – perguntei abruptamente.

- Não, ela não se lembra de absolutamente nada.

- Assim espero.

Continua...