Nunca Me Deixe Sozinha escrita por Letícia


Capítulo 4
Não importa aonde for, eu estarei lá- Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Quarto capítulo, agora um pouco mais ameaçador! Está meio melancólico, mas acho que o próximo capítulo revelará coisas muito mais intrigantes, fiquem de olho! Logo logo, mais mistérios! Espero que gostem, beijos



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Acordei de um sono muito profundo. Olhei ao me redor e eu estava em uma sala escura no meio da floresta. Tentei me mexer mas não conseguia, pois estava presa com muitas cordas em uma cadeira. "ÓTIMO , pensei". Olhei no relógio e eram 23:30. A essa hora o Luca nem estaria mais na minha casa de tanto tempo que se passou desde as 19:30!

Pensei em como vim parar ali. Me lembrava de pouca coisa. Eu saí de casa e fui para a lanchonete para conversar com o Rodrigo. Eu fiquei parada lá e alguém colocou a mão na minha boca. E eu desmaiei, suponho.

Uma luz acendeu iluminando a sala e vi que eu não estava sozinha. A poucos metros em outra cadeira estava o Rodrigo completamente amarrado que nem eu.

– Rodrigo, disse eu. - Eu nunca fiquei tão feliz em ver uma pessoa que eu tinha acabado de conhecer

– Layla, oi!- Como... como eu fui parar...

Fomos interrompidos por palmas. Percebi que havia uma pessoa que estava perto da janela. Não consegui ver o seu rosto e nem identificá-lo

– Bravo, disse ela. O reencontro de duas pessoas! Tão mágico

Depois de um tempo o reconheci! Era o mesmo cara que estava me enforcando no outro dia.

– Você, disse eu. Olha, se eu fosse um bandido eu usaria uma máscara ou algo do tipo, porque você sabe muito bem que eu posso te denunciar para a polícia.

O homem que bateu palmas se aproximou de mim. Percebi que ele tinha um rosto bem redondo, bochechas coradas, uma estatura média e era magro. Estávamos frente a frente até que ele quebrou o silêncio e disse:

– Mas você não vai contar a polícia. Você sabe muito bem o porquê. Se você pensa que é santa, não é. Você fez muitas coisas terríveis, não é? Até com a sua mãe...

– NÃO OUSE FALAR DELA, disse eu interrompendo

– Calma menininha! Não podemos falar da mamãe? Então tudo bem, que assim seja feito, mas você deve pagar pelo que fez não é, e você sabe muito bem o que...

– NEM PENSE EM DIZER MAIS NADA! SE VOCÊ PENSA QUE EU...

– Tudo bem, tudo bem, disse ele. Todos nós erramos. Alguns sem querer, e outros de propósito não é? Mas respondendo a sua pergunta: Eu não uso mascará porque eu quero que você me reconheça a onde estiver. E saiba que, não importa a onde for, eu estarei lá. Sempre. Vigiando cada passo, disso você pode ter certeza.

– Se você acha que eu tenho medo de você, saiba que não tenho!

– Olha! Vejam só! Uma refém corajosa! Você não irá durar muito querida! Já pensou se o seu amiguinho se for? Você estará sozinha não é?

– Você não teria coragem, disse eu incrédula!

– Não duvide do que eu sou capaz. Já fiz coisas horríveis como você, e mais uma é só um detalhe para se acrescentar a lista.

Olhei para o lado. Rodrigo me olhava apavorado. Eu sabia que o homem de preto o mataria. Tinha certeza. Senti muita pena. Era como se eu estivesse o matando. Ele estava ali por minha culpa, por culpa daquele dia! NÃO, eu tinha que fazer de tudo para que o Rodrigo não fosse.

– Me mate!- disse eu- Anda, o que você está esperando? Você já me ameaçou, o que você tem a perder?

– TUDO, disse o homem de preto, exatamente tudo! Você não pode ir agora! Você é a chave para tudo isso, e além do mais, você não pode morrer só porque sente culpa de ter arrastado o seu amiguinho para a morte. Isso é um beco sem saída meu jovem, disse o homem se dirigindo agora para o Rodrigo, lamento, mas você já sabe demais!

– NÃO, tem que dar tempo! Layla eu preciso de falar uma coisa, o seu padrasto...

Fez se um silêncio. No exato momento em que o Rodrigo ia me contar alguma coisa um outro homem entrou na sala e atirou com uma pistola diretamente no peito de Rodrigo. Ele não se mexia. Dentro de mim eu rezava para que ele estivesse vivo mesmo não acreditando nisso. Eu gritei, mas o homem de preto que estava na minha frente cobriu a minha boca dizendo:

– Lembre-se, eu já matei seu amiguinho, não me importaria de torturar você.

Uma lágrima caiu dos meus olhos. Ele a limpou dizendo:

– Não fique assim querida, vou cuidar de você.

– Posso pelo menos saber onde estou e porque estou aqui?

– Não! Na verdade você só está aqui para um pequeno lembrete: Se eu fosse você pensaria melhor sobre essa ideia de fazer amigos agora. Os amigos não são uma boa hora para isso. Lembre-se. Já matei o Rodrigo, posso muito bem matar qualquer outro que chegue perto de você, incluindo alguém chamado Luca.

– Por que você o mataria? Ele não fez nada, ele não sabe de nada!

O homem de preto deu uma risada sínica e disse:

– Ele sabe muitas coisas que você não acreditaria. E muitas coisas relacionadas a você. Eu não acreditaria em uma palavra que ele dissesse.

– Eu não acredito em você.

– Tudo bem então, quanto mais cedo você quebrar a cara melhor. Quando você chegar em casa de um "olá" para a Polícia por mim.

Olhei assustada para o homem e perguntei:

– O que a Polícia tem a ver com isso?

– Como você disse, minha jovem, você foi sequestrada o seu padrasto chamou a polícia e estão todos procurando por você. Mas tem um pequeno detalhe: Na hora de dar o seu depoimento preciso que você diga que tem te sequestrou foi o Rodrigo.

– Eu não vou mentir só para te encobrir!

– Então tudo bem, eu faço da sua vida um inferno 3 vezes pior! Mato seu padrasto, o seu Luca, e todas as pessoas que você gosta e conhece. Eu não correria o risco minha amiga.

– Vá enfrente! Eu não gosto de ninguém mesmo.

– Esperta, mas as vezes, você tem que se fazer de ingênua. É só um conselho, você não precisa segui-lo, mas eu o seguiria se eu tivesse tudo a perder como você tem.

Ele me desamarrou e me levou para fora da casa a onde estávamos. Percebi que estávamos a 20 km de Nova Iorque.


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Notas finais do capítulo

Então é isso, deixem a sua opinião nos comentários! Beeijos, espero que tenham gostado =D



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