Breaking Dawn escrita por Nara


Capítulo 13
Décimo Terceiro Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!
Vim consideravelmente rápido dessa vez.
Espero que gostem do capítulo, lembrando que estamos na reta final (snif, snif)
Enjoy!



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Décimo Terceiro Capítulo

Acordei em meio aos lençóis aconchegantes de minha cama e me espreguicei. Meu corpo nunca esteve tão relaxado em anos. Passei minhas mãos pelo colchão ao meu lado, mas ele estava vazio. Para onde meu marido teria ido depois de uma noite de amor como a que nós tivemos? No mínimo ele deveria estar ao meu lado para me desejar um bom dia!

Ri de mim mesma. – Não seja rabugenta, Isabella.

Levantei-me e caminhei para o banheiro. Olhei minha face no espelho: eu parecia muito pálida e com olheiras, mas apesar disse minha expressão estava radiante. Escovei os dentes e joguei a água gelada da torneira em meu rosto. Aquilo estava tão bom que decidi tomar um banho. Para falar a verdade eu precisava de um banho. Entrei no box e liguei o chuveiro, deixando a água morna cair por meu corpo. Demorei um tempo considerável ali. Quando decidi que minha pele e meu cabelo estavam cheirosos o bastante saí de lá enrolada em uma toalha. De volta ao meu quarto abri as janelas, como há muito não fazia e deixei que os tímidos raios de sol que passavam por entre as nuvens carregadas adentrassem o cômodo.

Direcionei-me até o andar de baixo buscando duas coisas: meu marido e comida. Meu estômago reclamava muito de fome.

– Bom dia. – Edward saudou quando eu apareci na soleira da porta. Ele trajava apenas uma calça cáqui, o que fez lembrar-me da nossa lua de mel na Ilha Esme.

– Bom dia meu amor! – exclamei contente. – Senti sua falta e eu estou morrendo de fome!

– Nossa, como você está enérgica hoje! – ele riu de mim.

– Eu estou feliz hoje! – exclamei e então pendi a cabeça para o lado. – Sabe que eu acho que as coisas estão começando a entrar nos eixos: eu, você, o nosso bebê... – comentei, fantasiando o nosso futuro.

Edward no entanto pareceu ficar um pouco tenso. Eu pensei o que poderia tê-lo feito ficar assim.

– Pois é, Bella. Pois é. Bem, eu acho que agora é melhor você comer, afinal está morrendo de fome. – mudou rapidamente de assunto.

Como eu estava realmente morrendo de fome, decidi ignorar a forma estranha com que ele estava falando, até porque nós estávamos bem, muito bem e ele havia me provado durante a noite. Dei de ombros.

– Eu quero comer carne. – falei para mim mesma. A maldita audição vampiresca do meu marido não permitiu que eu falasse para mim mesma. Ele me olhou e estreitou as sobrancelhas. Qual o problema? Uma mulher grávida não podia ter seus desejos? Dali em diante me comportaria como uma princesinha mimada! Ri de mim mesma.

– Não está um pouco cedo para você comer coisas tão pesadas? – ele questionou. Eu dei de ombros novamente.

– Estou com vontade... – disse simplesmente.

– Certo, eu vou descobrir por que você tem andando com tanta vontade de comer carne. – ele disse enquanto abria a geladeira para tirar um prato com um grande bife. Em minha imaginação eu estava batendo palmas, vitoriosa.

Edward começou a cozinhar e eu passei a me sentir mal. Não pelo fato de ele estar cozinhando, mas um calor cresceu dentro de mim. Não era um calor bom, ao contrário, era algo incômodo. Minhas mãos voaram para o meu ventre, onde o fogo ara maior. Temi pelo meu bebê. Sentia meu corpo todo tremer e de repente eu não tinha mais controle de mim mesma.

Quando me dei por mim, estava deitada no braços de Edward, que estava no chão da cozinha. Eu ouvia sua voz ao longe, como se ele me chamasse a quilômetros de distância.

– Bella! Bella! – sua voz pareceu se aproximar de mim. Senti suas mãos segurado a minha face. Só então eu notei que eu não o estava enxergando, ainda que meus olhos estivessem bem abertos; e disso eu tinha certeza. Quando minha visão e minha audição voltaram ao normal, encarei Edward me olhando desesperado, gritando meu nome e quase chorando.

– Bella! Por favor, fale comigo! – ele implorou. Eu não consegui encontrar minha voz – Meu Deus do Céu! – ele exclamou.

Senti-me em seus braços sendo carregada pela casa. Meu marido me deitou no sofá da sala. Eu queria dizer a ele que eu estava bem, que o fogo logo iria passar, mas eu não consegui.

Desesperado, Edward pegou seu celular em seu bolso e discou algum número

– Carlisle. – ele disse. – Eu preciso de você! Minha Bella teve aquilo de novo, aquela crise. Ela não me ouve, não fala, não se mexe. – ele dizia. Houve uma pausa. – Não Carlisle, é muito sério! – ele respondeu. – Por favor, eu preciso de você aqui! – mais uma pausa. – Sim, eu vou esperar. Por favor, Carlisle. Não demore, por favor. – ele pediu novamente, desesperado e então desligou. Eu olhei para ele e então pela pareceu perceber que eu estava consciente.

– Bella, você está me ouvindo? – indagou. Eu fiz que sim com a cabeça. – Tudo vai ficar bem, meu amor. Tudo vai ficar bem. – ele passou as mãos pelos meus cabelo. – Carlisle está vindo, nós dois vamos cuidar de você, meu amor. – ele prometeu. Eu gemi em resposta. – Você está sentindo dor? - perguntou preocupado.

– Edward. – eu chamei baixinho. Ele chegou mais perto de mim. – Eu te amo. – sussurrei. Ele sorriu e passou seus dedos longos por minha bochecha.

– Eu te amo muito. – respondeu-me.

Aos poucos eu podia sentir o controle voltar ao meu corpo. Tentei me levantar, mas as mãos de Edward me pararam.

– Fique deitada – ordenou.

– Eu não quero mais ficar deitada... – disse contrariada, como uma criança teimosa.

– Não, Isabella. – negou. Era a primeira vez que eu ouvia ele me chamar de Isabella, desde... desde nunca. Desde a primeira vez que ele falou comigo Edward me chamara de Bella e não Isabella. Fiquei um pouco intimidada com isso e me deitei a contra gosto.

Ele ajoelhou-se ao meu lado. Eu fazia biquinho, o que não o abalou.

– O que você estava sentindo, Bella? – ele arguiu.

Eu pus-me a pensar por um instante. – Bem... - comecei. – Primeiro eu senti um calor, sabe... Não era um calor normal, era uma queimação muito desconfortável que começou aqui. – levei minhas mãos até meu ventre para indicar. Ele ouviu tudo atenciosamente. – Eu fiquei com medo de que estivesse acontecendo algo de ruim com o nosso bebê. – confessei. Ele estreitou os olhos e depois engoliu seco.

– Nosso bebê...

– Sim. Você não se preocupa com isso? – perguntei indignada.

– Não diga bobagens, Bella. – ele falou nervoso. – Eu me preocupo, claro. Eu tenho muitas preocupações... Eu me preocupo com você...

– E com o nosso bebê? – questionei.

Edward encarou-me por um tempo com os olhos estreitos. Aos poucos seu olhar foi ficando suave, doce. Então ele me olhou cheio de amor e da mesma forma olhou minha mãos que ainda estavam em meu ventre.

– E com o nosso bebê. – respondeu. Eu sorri.

De repente minha garganta incomodou-me, tirando da minha fantasia romântica. Eu tossi.

– Eu estou com sede. – anunciei.

– Eu vou trazer água para você. – meu marido prontificou-se, saindo se seu transe. Eu o detive.

– Não... eu quero caminhar!

Edward me repreendeu com o olhar. – Eu não estou inválida, Edward. Apenas tive um mal-estar. – defendi meu ponto. Ele permitiu que eu me levantasse do sofá, mas passou um braço pela minha cintura para me auxiliar. Eu revirei meus olhos, mas aceitei a ajuda. Ele levou-me até a cozinha, ajudando-me a sentar em um dos bancos. Ele abriu a geladeira e pegou uma jarra d’água e em seguida um copo, entregando-me cheio. Eu bebi tudo de uma vez só, tamanha era a minha sede. No entanto aquilo não pareceu resolveu. Pedi mais e continuei tomando, sem resultados satisfatórios.

– Ainda está com sede? – eu fiquei acanhada com a sua pergunta. Ele me olhar com um misto de preocupação e curiosidade no olhar.

Passei pelo menos um minuto apenas olhando para o copo em minhas mãos quando, de repente, quis fazer algo. Levantei-me do banco e caminhei até o vampiro parado próximo a mim. Ele me recebeu com seu abraço de bom grado e eu me aconcheguei em seu peito.

– Me leva até o nosso quarto? – pedi com a voz doce. Ele concordou de pronto, auxiliando-me no caminho até o nosso quarto. Mordi meus lábios, estava um pouco nervosa. No entanto não pude lutar contra o meu desejo.

Quando chegamos aos nossos aposentos, ele me posou delicadamente na grande cama. Eu fui rápida e o puxei de encontro ao meu corpo, colando meus lábios nos seus. Ele retribuiu o beijo docemente. Irritei-me com a forma doce com que ele estava me tratando, ignorando minha urgência, e usando toda a minha força de vontade joguei-o na cama, subindo em seu colo. Edward me olhou com os olhos arregalados.

– Bella, você está bem? – indagou fazendo uma cara que me fez rir.

– Claro que eu estou! – respondi, inclinando-me para beijá-lo logo em seguida.

Quando Edward conseguiu se livrar dos meus lábios, sussurrou. – Às vezes eu acredito que você é não apenas bipolar, mas sim multipolar. Seu humor muda com tanta facilidade que eu fico espantado!

Eu ri de seu comentário. Agradeci o fato de ele já estar de camisa, facilitando meu trabalho. Eu o prendia com meu peso em seu colo. Direcionei minhas mãos ao cós de sua calça e, com uma habilidade que eu não sabia que tinha, rapidamente desabotoei-a. ele me parou.

– Nada disso, Isabella. Você acabou de ter um mal-estar grave, você não vai ter o que quer. – moveu suas mãos para fechar novamente sua calça.

– Eu quero você, Edward! Agora! E você não vai me impedir. – falei séria. Senti-o se arrepiar.

– O que está acontecendo com você? – ele perguntou após se recompor, trocando de lugar comigo. Ele era mais forte e eu não consegui impedi-lo de ficar por cima.

– Eu estou com vontade... – admiti um pouco envergonhada.

Ele pareceu ponderar por algum tempo.

– Certo, então agora eu sei que você tem sentido calores estranhos frequentemente e além disso seu apetite sexual está a mil. Sem contar seus instintos carnívoros. Eu vou fazer uma lista, certo?

– Faça, mas pode ser depois disso aqui? – ele revirou os olhos.

– Querida, você demonstrou estar com muita vontade, mas será que isso pode esperar? Eu estou realmente preocupado com você, Bella. Isso não é uma brincadeira. Eu preciso que Carlisle dê um diagnóstico, não posso negligenciar sua integridade. – ele respondeu sério.

– Você não se importou em negligenciar minha integridade na noite passada. – sussurrei. O maldito ouviu, claro.

– Controle-se, Bella. – repreendeu-me. Eu fiz biquinho.

Sentou-se ao meu lado na cama.

– Seria muito pedir que você descansasse por um tempo, até que Carlisle chegue?

– É claro que seria muito! – exclamei. Ele suspirou. – Já que você não me deseja, então eu vou pensar em outra coisa para fazer, não aguento mais ficar nesse quarto sem fazer nada.

– Você sabe muito bem que eu te desejo, não fale essas coisas. – resmungou.

– Ah, Edward... então vem cá um pouco. Eu te quero tanto! – ele sorriu para mim.

– Você fica tão linda dizendo essas coisas! – elogiou e aproximou-se de mim, beijando meus lábios.

Ele não perdeu tempo e tirou a regata que eu estava usando. Eu estava sem sutiã, então ele pode ter um boa visão dos meus seios (como se ele já não os conhecesse como a palma da sua mão). Distribuiu beijos pelo meu pescoço, descendo até chegar em meu colo. Acariciou meus seios me deixando contente. Eu sorri vitoriosa.

– Você conseguiu o que queria, afinal. – ele levantou uma sobrancelha.

– Não. – eu discordei. – Eu ainda quero muito mais.

Voltei a fazer o que ele havia me interrompido minutos atrás, ficando por cima dele e abrindo sua calça. Edward não se opôs. Nós fizemos amor intensamente, sentia-me queimar por dentro, mas não como há algum tempo atrás no andar de baixo da casa, mas sim de uma forma maravilhosa, cheia de luxúria.

Eu me deitei ao seu lado, saindo de cima dele. Edward me olhou curioso.

– Você definitivamente é uma caixinha de surpresas. Eu não posso mais ficar sem poder ler sua mente, isso me deixa tão frustrado. - comentou. Eu estava muito feliz e satisfeita, então gargalhei. – De onde veio toda essa animação? – questionou.

Eu dei de ombros, ainda um pouco ofegante. – Eu não sei, deve ser desejo de grávida. – dessa vez foi ele quem riu.

– Duvido muito. Desejo de grávida não tem nada a ver com isso. – discordou enquanto pegou minha mão e entrelaçou com a sua.

– Você duvida? Então me diga, por que eu estou desejando meu marido tão intensamente?

– Bem, eu não faço a mínima ideia, mas digamos que não é a primeira vez que você implora para fazer sexo comigo. Eu acho que é porque eu sou muito desejável, eu já deveria estar acostumado com isso.

Eu me virei para dar um soco em seu peito.

– Como assim imploro? Eu nunca implorei nada!

– Não? Estranho, eu me lembro que antes do casamento você tentou me levar para cama inúmeras vezes. – gargalhou.

– Aquilo era só porque o meu namorado normal não tomava a iniciativa de fazer esse trabalho por mim! – me defendi.

– Sabe que não foi por falta de vontade... – ele falou brincalhão vindo por cima de mim.

– Mesmo? – entrelacei minhas mãos em seu cabelo desalinhado. – Então por que você não recupera o tempo perdido? – falei sugestivamente.

– Não é possível que você queira mais! Alguém devolva a minha Bella recatada e tímida! – brincou, mas não perdeu tempo: uniu seu corpo ao meu de uma só vez, fazendo-me gritar de prazer. Como sempre ele foi exímio, levando-me ao ápice loucamente.

– Agora descanse, por favor. – pediu enquanto eu me encontrava sem ar, devido ao que nós havíamos acabado de fazer.

– Não é exatamente o que eu esperava ouvir depois de um momento como esse, mas eu aceito. – suspirei, deixando meu corpo relaxar na cama.

Passado algum tempo, após nós dois termos nos recomposto, saí da casa e fiquei sentada em um banco no jardim. Algumas flores estavam crescendo ali e eu fiquei a observar, como se eu pudesse vê-las crescer. O Sol fez seu caminho pelo céu indicando que as horas se passavam rapidamente. Edward ficou por algum tempo ao meu lado e eu me aninhei em seu peito. Quando a Lua apareceu no céu nós fomos para dentro e ficamos na sala de televisão assistindo um filme bobo qualquer. Eu me sentia enérgica demais, ainda que Edward tivesse insistido para que eu cochilasse. O filme acabou e já era noite. Eu anunciei que estava com fome e resisti aos protestos do meu marido quando disse que iria cozinhar, dirigi-me até a cozinha e procurei algo na geladeira. Havia um pote de sorvete de chocolate que não sobreviveu a minha gula: eu tomava colheres de sorvete enquanto cozinhava bacon. Edward observou tudo de longe, sem nada dizer.

Determinado momento, enquanto eu jantava, ele dirigiu-se até a entrada da casa. Eu ouvi vozes do lado de fora e levantei-me, afastando meu prato já vazio. Caminhei até a sala de estar e entrei no campo de visão de três pessoas: Carlisle, Jasper e Alice. Eu fiquei muito feliz em vê-los.

– Bella! – Alice veio até mim e me abraçou. Só então eu me dei conta do quanto eu sentia a sua falta.

– Alice, é tão bom te ver! – saudei. – Jasper, Carlisle!

– É bom vê-la novamente, Bella! – Jasper cumprimentou com um pequeno sorriso nos lábios, mas manteve a distância.

Alice segurou minhas mãos entre as suas e Carlisle veio até mim.

– Nós viemos vê-la, querida. – ele disse colocando uma mão em meu ombro. Eu sorri para ele. Será que nós podemos conversar um pouco? – ele indagou. Alice soltou minhas mãos.

– Jasper e eu adoraríamos ver o lago. Logo nós ficaremos juntas para conversarmos, certo Bella? – Alice anunciou indo até Jasper que permanecia calado.

Claro que Carlisle queria falar comigo, eu me lembrava bem da conversa apavorante que Edward teve com ele.

– Tudo bem. – concordei. Alice e o loiro e retiraram enquanto Carlisle e Edward permaneciam me encarando.

– Podemos subir... – Edward propôs.

– Filho, talvez seja melhor que eu converse com a Bella a sós, certo Bella? – ele falou. Eu agradeci mentalmente. Se Edward fosse comigo iria acabar convencendo Carlisle de que eu era uma moribunda. Fiz que sim com a cabeça. Edward pareceu um pouco decepcionado, mas não se opôs.

– Podemos ir até a biblioteca? – Carlisle perguntou. Novamente eu afirmei com a cabeça apenas e caminhei em silêncio escadas a cima com Carlisle logo atrás de mim.

Nós entramos na biblioteca e eu direcionei-me até o sofá. Ele sentou-se ao meu lado. Suspirei e ficamos alguns segundos em silêncio.

– Então Bella... – ele iniciou. – Edward me disse que você não tem se sentido muito bem nos últimos dias. – comentou eu ri.

– Ele disse que eu não estava me sentindo muito bem? Edward estava desesperado. – dessa vez foi Carlisle quem riu.

– Isso é verdade. – concordou – Mas isso é só porque ele se preocupa com você. Agora me diga, o que você tem sentido. Mas me explique tudo com detalhes.

Eu relutei.

– Lembre-se de que eu também sou seu médico. Pode me dizer qualquer coisa. – encorajou-me.

Carlisle era definitivamente um homem extremamente adorável.

– Bem... tudo começou um pouco depois do meu casamento. – comecei a contar. Ele ouvia tudo atentamente. – Eu comecei a sentir algo estranho, algo que eu nunca havia sentido antes. É como um queimação. As vezes se torna quase que insuportável. Começou no meu ventre e agora tem tomado meu corpo. No começo era apenas a queimação, mas agora, quando isso acontece eu perco os meus sentidos, eu estou consciente de tudo à minha volta, posso até ouvir, mas não consigo me mexer, não consigo falar. Da última vez eu quis dizer para o Edward que eu estava bem, que ele não se preocupasse comigo, mas eu não consegui. – expliquei.

Carlisle ponderou por um instante.

– E quando isso começou, exatamente? – Carlisle indagou.

– Eu não sei dizer, foi pouco tempo depois do meu casamento. – foi tudo que eu pude dizer.

– Depois que você e Edward passaram a ter intimidade...

Aquilo soou como uma pergunta. Eu corei.

– Acho que sim. – respondi.

– E você tem sentido algo além disso? Notou se algo tem andado diferente em seu corpo ou em seu comportamento?

Eu parei para pensar.

– Bem, para falar a verdade eu tenho sentido algumas coisas anormais, por exemplo, tenho estado agitada, tenho sentido muita fome e muita sede. Outro dia eu comi carne crua. – ri. – E estava tão bom! – ele ficou sério de repente.

– Carne com sangue. – afirmou de forma sombria.

– Eu acho que isso foi só porque... – deixei minha fala morrer.

– Diga, Bella! – encorajou-me. Eu tomei fôlego

– Eu sei que você vai dizer que eu estou louca e que isso é impossível, mas eu tenho certeza. – levei minhas mãos até meu ventre, como tinha feito quando tive a mesma conversa com meu marido. – Eu estou esperando um filho do Edward. – anunciei.

O queixo de Carlisle caiu.

– Eu sei que você não vai acreditar, mas eu tenho certeza. Eu tive certeza desde que eu desconfiei pela primeira vez, eu posso senti-lo.

– Bella, você tem certeza do que está me dizendo? – ele questionou recompondo-se.

– Sim. Eu tenho certeza. – afirmei veemente.

– Teve algum sintoma? Enjoo, tontura?

– Não, eu não enjoei nem um dia sequer. Mas minha menstruação está muito atrasada e isso nunca aconteceu comigo. Carlisle, eu sinto ele crescer dentro de mim.

Ele levantou-se.

– Nesse caso Bella, você não tem nenhum problema. Vamos, eu tenho certeza de que Alice quer muito conversar com você e matar a saudade. – ele estendeu uma mão para mim.

– Você acredita em mim, não é? – perguntei desconfiada.

– Por que eu não acreditaria?

– Porque eu tenho uma leve impressão de que o Edward não acredita. – falei tristonha.

– Não se preocupe, Bella. Eu tenho certeza de que o Edward está muito feliz. – sorriu para mim. Eu retribuí.

Ouvimos uma batida tímida na porta e em seguida meu marido entrou em meu campo de visão. Eu sorri para ele.

– Bem, eu acho que agora é a vez do Edward. – Carlisle anunciou. – Eu preciso conversar com ele.

– Vocês vão me deixar ficar, não é?

– Por que você quer ouvir a nossa conversa e eu não posso ouvir a de vocês?

– Era só o que faltava, como se você não pudesse ouvir de qualquer forma! – eu rebati. Carlisle riu.

– Tudo bem, Edward. O que eu tenho para dizer é do interesse de vocês dois, afinal de contas.

– Então diga, Carlisle. Seus pensamentos estão muito confusos. – Edward reclamou.

– É que eu realmente nunca tinha visto um casal tão extraordinário quanto vocês dois. É deslumbrante! – os olhos de Carlisle brilharam. Eu sorri timidamente. – Veja, o que Bella tem não é algo que eu possa provar com exames, mas eu já formulei uma teoria sobre isso. É tão surpreendente, nunca pensei que isso fosse acontecer realmente.

– Seja mais explícito Carlisle, sua mente está uma bagunça! – Edward repreendeu novamente.

– Veja... essas crises que você descreveu, Edward. Juntando a sua descrição com a descrição da Bella, todos as evidências apontam para uma coisa: Bella tem passado por experiências semelhantes à transformação, porém não de forma tão intensa quanto ela realmente é

A afirmação de Carlisle me pegou desprevenida. Eu me sentei no sofá novamente, absorvendo informação.

– Isso explicaria porque isso acontece sempre que nós ficamos juntos. – Edward pensou alto. Eu sequer consegui ficar corada com a sua afirmação, pois eu estava um pouco abalada.

– Você tem noção do que isso representa, Edward? É como se Bella estivesse recebendo pequenas doses do seu veneno. Por isso o interesse por carne crua, a sede... – Carlisle divagou.

– Sim, faz todo sentido. – ele concordou. Após alguns segundo em silêncio ele voltou a falar: - Isso não pode ser prejudicial à ela?

– Eu creio que não. Para falar a verdade, acho que isso veio muito bem a calhar, afinal de contas isso explica o fato de Bella estar reagindo tão bem à gestação.

Eu ergui minha cabeça para encarar meu amor. Ele estava completamente pálido, ou talvez fosse o fato de ele ser pálido como um estado constante. Mas sua expressão era indescritível. Ele estava paralisado.

– Então... – não pode completar sua fala. Ele realmente duvidava que eu estivesse grávida.

– Eu já ouvi inúmeras histórias de vampiros que engravidavam suas parceiras humanas. Claro, sempre acreditei que fossem lendas, mas agora eu sei que essas lendas existem. Bella é a prova disso. Uma mulher sabe quando está carregando um filho, Edward.

Ele olhou para mim com os olhos cheios de emoção. Uma lágrima escorreu por minha face, mas eu levantei a cabeça para encará-lo.

– Então isso tudo é verdade? Você vai mesmo me dar um filho.

– Eu jurei isso para você tantas vezes e você nunca acreditou!

– Me desculpe. – ele se ajoelhou ao meu lado. – Talvez eu não tenha acreditado porque isso é incrível demais para ser real. – revelou. Outra lágrima escorreu.

– Sabe o que dizem: uma mulher é mãe desde que sabe que está grávida, enquanto o homem só é pai quando segura o filho nos braços. Claro que quem disse isso não sabia que eu havia me casado com um homem que só acredita vendo. – brinquei.

Edward sorriu e de forma tímica colocou uma mão em minha barriga, fazendo carinho. – Eu te amo. – falou tão baixo que eu mal pude ouvi-lo.

– Eu também te amo.

Nós ficamos apenas nos olhando por algum tempo, até que decidimos falar com os outros. Descemos as escadas e nos encontramos com Alice e Jasper na sala.

– Eu sabia que ficaria tudo bem! – Alice disse assim que entramos em seus campo de visão. Ela e Jasper sorriam.

– Alice, por que você não me disse que isso aconteceria? – questionei correndo até ela.

– Isso o que? – pareceu confusa.

– Você sabe, Alice. Você pode ver o futuro, ora essa! Por que não me disse que isso aconteceria?

– Bella, eu não vejo nada sobre você há um bom tempo. Do que você está falando? – questionou confusa. Eu fiquei mais ainda.

– Deve ser algo realmente bom, eu sinto que os três estão muito contentes. – Jasper falou.

– É algo incrível, um pequeno milagre! – respondi. – Eu estou grávida! – anunciei. Vi os dois ficarem chocados com o que eu disse.

– Isso é impossível! – eles se entreolharam enquanto Jasper falou.

– Eu não posso acreditar! – Alice exclamou quando saiu de seu transe.

– Não há mais nada que eu não possa acreditar, graças a Deus! – Edward exclamou atrás de mim, fazendo todos gargalharem. Era bom saber que ele havia recuperado sua fé, nosso bebê precisaria disso.

– Você está mesmo esperando um filho? – a baixinha questionou.

– Está sim, Alice. Bella está esperando um filho... ou uma filha. – Carlisle disse por mim.

Eu fiquei feliz com o que ele disse. Talvez fosse uma menina dentro de mim e não um menino, apesar de que eu sempre imaginava um filho e não uma filha. Parece que Edward havia ficado ainda mais feliz do que eu com aquela fala, pois sorriu de orelha a orelha.

– Isso é extraordinário! – Jasper pronunciou-se. – Esme ficará louca quando souber. Ou melhor, quando ela acreditar.

Sim, todos ficariam felizes: Esme, Emmett... Talvez Rosalie. Sabia que ela amava crianças.

– Certo Bella. Agora já está na sua hora. – Edward anunciou, deixando-me confusa.

– Hora de quê? – indaguei.

– De subir e dormir. Foi um dia agitado para você. – explicou-se.

– Agitado? Mas eu não fiz nada hoje! Eu não estou com sono! – fiz birra como uma criança.

– Pelo nosso bebê. – Edward apelou.

– Tudo bem, eu vou. – dei meia volta acenando para os presentes e subi as escadas, dirigindo-me ao meu quarto. Pensando bem, até que havia sido um dia agitado.

Na sala encontravam-se apenas Alice, Jasper, Carlisle e Edward.

– Eu vi em sua mente que você precisava dizer algo, Alice. Parece preocupada. Eu não quis que Bella ouvisse o que você tem a me dizer. – Edward falou para Alice que ainda estava ao lado de seu marido.

– Sabe que talvez não seja saudável esconder as coisas da Bella. Ela é sensata e muito forte. – Alice discordou.

– Eu procuro poupa-la de transtornos. Agora me diga o que está acontecendo.

– Ela está mesmo grávida, não é? – Alice perguntou.

– Não faça rodeios, Alice! – Edward pediu nervoso.

– Alice teve uma visão. – Jasper contou.

– Por que você simplesmente não me deixa ver qual foi a sua visão, Alice? Não bloquei os seus pensamentos.

– Filho... – Carlisle colocou uma mão no ombro de Edward, fazendo-o encara-lo. – O que Alice viu é muito importante. Os Vulturi estão vindo para cobrar a chance que eles deram à Bella e a você. – Carlisle anunciou.

– Eles querem se certificar de que ela é uma de nós. – Edward concluiu.

– Sim, filho. É isso que eles querem.

– Mas ela ainda é humana. – Jasper pronunciou-se. – Você precisa transformá-la antes que eles venham. Os Vulturi não param e não costumam dar segunda chance.

– A situação é outra, Jas. Bella está grávida, não podemos simplesmente transformá-la sem pensar as implicações que isso traria à gestação. – Alice falou.

– Quanto tempo? – Edward perguntou.

– No máximo dois meses. – Alice revelou, deixando-o aflito.

– Dois meses. E o que nós podemos fazer? Bella não pode ser transformada dentro de dois meses, como ela poderá gerar o bebê?

Carlisle falou: - Só há uma coisa a fazer, Edward: esperar. Esperar que os Vulturi venham e que eles nos ouçam. Do contrário isso será um grande problema.


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Notas finais do capítulo

Desculpem-me por qualquer erro de português, eu não revisei o texto e já são quase duas da manhã... Confio no corretor automático do Word rsrs'
Não se esqueçam de mim, ok? Eu estou tentando voltar!
Beijinhos e até a próxima,
Nara.