Breaking Dawn escrita por Nara


Capítulo 12
Décimo Segundo Capítulo




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Décimo Segundo Capítulo

Não me olhei no espelho para saber como eu parecia, mas tinha certeza de que meus olhos estavam muito inchados. Algumas lágrimas teimavam em rolar por minha face, como ocorreu durante toda a tarde.

A noite avançara. Eu tinha me trancado no quarto desde a minha discussão com Edward. Não poderia conceber a ideia de ele pensar que eu não o amava mais, que eu havia perdido minhas convicções. Tratei de procura-lo. Ficar sem sua presença era um martírio.

Desci as escadas e olhei por todos os lados para encontrar meu marido. Ele não estava em lugar nenhum na casa. Dirigi-me até a varanda e o fitei sentado em uma pedra em frente ao lago, encarando a imagem da lua na água. Respirei fundo pensando no quanto ele deveria estar zangado comigo. Não apenas zangado, mas acima de tudo magoado. Meu peito estava apertado por saber que eu o havia deixado assim. Eu sentia vontade de chorar ainda mais, mas meus sentimentos estavam uma confusão. Era horrível pensar que magoei a pessoa mais importante da minha vida, o motivo da minha existência.

Tinha certeza de que ele já tinha notado minha presença, sabia que eu estava ali olhando para ele e o fato de ele não ter se voltado para mim me deu a confirmação de que ele estava muito, mas muito magoado. Ele me amava no fim das contas. Respirei fundo e decidi ir até ele. O máximo que poderia acontecer era ele me jogar no lago, mas como eu sabia eu ele me amava, era possível que ele me resgatasse e nós fizéssemos amor na água, como fizemos na nossa lua de mel. Desci as escadas da varanda e caminhei pela grama mesmo estando descalça. Não me preocupei realmente com o que estava cobrindo meu corpo, peguei a primeira roupa que vi para cobrir minha nudez, não me importando com a brisa gelada que batia contra mim.

Diminui o passo conforme me aproximei dele, estava apreensiva. Pude ouvi-lo suspirar algumas vezes. A brisa trazia seu cheiro até mim, o que me fazia lembrar que o que mais me importava naquele momento era ele. Nada mais. Sentei-me ao seu lado na grande pedra. Ele não se afastou ou sequer se mexeu. Permaneceu encarando os reflexos na água enquanto mexia uma pedrinha em sua mão. Tinha que concordar que a vista era linda. Deveria ser quase meia noite, a lua estava no meio do céu, brilhando como nunca.

Edward moveu seu braço lançando a pedrinha em sua mão na água, ela quicou algumas vezes causando oscilações no meio até que afundou.

Eu olhei para sua face, mas ele não fez o mesmo.

– Edward. – chamei baixinho, ele não me respondeu. Sua feição era dura e ao mesmo tempo perdida no tempo. – Amor... – disse carinhosamente. Ele virou seu rosto para mim, finalmente.

Ficamos em silêncio por cerca de um minuto, eu não sabia o que dizer. Voltei minha visão para o lago.

– O que está acontecendo conosco? – ele indagou com a voz muito baixa. Tão baixa que eu estranhei ter ouvido suas palavras.

– Nós nunca fomos um casal normal. – eu respondi dando de ombros. Edward olhou-me surpreso, provavelmente pelo fato de eu ter respondido. – Edward... – eu comecei com um sussurro. – Nunca duvide do meu amor por você. Eu te amo mais do que tudo nesse mundo.

– Então me diga por quê. Por que nós estávamos tão distantes? Por que eu sinto que estou te perdendo?

– Não, nunca! Você nunca vai me perder! Eu te amo. – me ergui para tocar sua face. – Eu te amo, ouviu? – ataquei seus lábios com os meus, enchendo de beijos. Ele me segurou pela cintura me afastando dele. Quando olhei em seus olhos meu coração ficou partido em mil pedaços. Ele estava chorando sem lágrimas.

– Não agora, por favor. – ele pediu colocando-me ao seu lado novamente. Eu sofri com aquilo, mais uma lágrima chata escorreu de meus olhos. Por que eu tinha que ser tão emotiva?

– Você precisa compreender. – pedi com um soluço se formando em minha garganta.

– Mas eu não compreendo. Queria muito poder ler a sua mente, mas eu não posso. – falou resignado. – Nós estávamos tão felizes, nossa vida estava tão perfeita. Eu não entendo o motivo dessa reviravolta. Será uma provação?

– Não tem reviravolta nenhuma. Eu continuo te amando do mesmo jeito que eu sempre te amei. – levantei minha voz.

Ele riu sem graça. – Bem, talvez esse seja o problema. Eu não te amo do mesmo jeito que eu sempre te amei. Agora eu te amo mais. Talvez você não esteja conseguindo sentir o mesmo que eu sinto. Talvez o culpado seja eu e não você. Eu quero que você dê um passo maior do que as suas pernas. Quero que você sinta algo que não cabe no seu peito. – me senti a pior das mulheres ouvindo suas palavras.

– Por favor, Edward, não vamos discutir. O que eu sinto por você é maior do que eu e você sabe disso. Eu deixei tudo que eu tinha, deixei meus pais, deixei meus amigos, abri mão de tudo que eu tinha para ficar com você. Porque eu te amo e só por isso. E se eu não te digo o que sinto é porque eu tenho medo que você me ache uma louca. Você jamais acreditaria em mim.

Ele ergueu suas sobrancelhas. – Eu juro que não entendo você...

– Me escute, pelo amor de Deus. Só por um minuto. – implorei. Ele ficou quieto, prestando atenção em mim. Tomei coragem e procurei palavras para explicar tudo o que eu estava passando. – Estar com você para sempre é tudo o que eu mais quero, eu digo isso do fundo do meu coração. Eu te amo de verdade e isso nunca vai mudar. Mas agora eu estou muito confusa, eu não quero que você me transforme agora. E ainda mais depois de hoje.

– O que tem hoje? – ele perguntou, ainda que parecesse exausto daquela discussão sem alvo.

– Hoje eu tive certeza de que...

Ele esperou que eu terminasse a frase, mas eu não consegui.

– Teve certeza de quê? – ele indagou.

– Eu tive certeza de que... – fechei os olhos tomando coragem. – Eu tive certeza de que estou grávida.

Não sei quanto tempo passou, mas foram uns bons minutos. Eu permaneci de olhos fechados com medo de encarar seu julgamento. Com certeza ele pensaria que eu estou louca, mas eu não estava. Podia sentir algo crescer dentro de mim. Meu corpo estava diferente, mais forte. Eu tinha sensações estranhas, que eu nunca havia sentido e meu coração tinha inflado, aumentado de tamanho e eu tinha certeza de que ele quase não cabia mais no meu peito. Por mais que aquilo fosse ilógico, irracional eu tinha certeza de que eu estava grávida. Tinha um pedacinho do Edward crescendo dentro de mim. Minhas mãos voaram até o meu ventre.

– Você está o quê? – ele questionou verdadeiramente confuso. Abri meus olhos para olha-lo.

– Eu estou grávida. – confirmei.

Sua face dúbia voltou-se para a água do lago. Quase pude sentir a quantidade de pensamentos que estavam passando por sua mente, quase que emanando uma carga. Então era isso, ele pensava que eu estava louca.

– Bella... – ele procurou palavras. – Você percebe o que está me dizendo? – tentou ser o mais carinhoso possível, diferentemente de agora há pouco. É ele pensava que estava lidando com uma doente mental.

– Por isso eu não quis dizer. Você acha que eu estou maluca, não é? – chorei mais. - Mas eu não estou! Eu estou grávida, por mais duvidoso que isso seja. Eu estou esperando um filho seu! – afirmei novamente, transparecendo a firmeza em minhas palavras.

– Amor... Você deve estar confusa. Muita coisa mudou em nossa vida nos últimos dias, você saiu de Forks, teve que dizer adeus às pessoas que amava. Eu compreendo que isso pode ter te deixado um pouco abalada.

– Não! – eu gritei com ele, erguendo-me para ficar na sua frente. – Eu não estou abalada, não estou confusa! Eu estou grávida! Olha... – peguei suas mãos entre as minhas e levei até o meu ventre. – Sente? – olhei para ele. Não havia nenhuma protuberância ali, minha barriga continuava perfeitamente lisa. – Não é imaginação, Edward. Isso não é psicológico. Olhe nos meus olhos! – assim ele o fez. – É um pequeno milagre. – sorri em meio ao meu choro. – Eu estou esperando um filho seu, Edward.

Foi como se Edward tivesse levado uma tapa na cara. A veracidade em minhas palavras o abalou, foi como se eu o tivesse bombardeado. Parece que por fim ele acreditou no que eu estava dizendo, ainda que não pudesse conceber tamanha loucura.

De verdade duvidei de minha sanidade quando pensei ver um esboço de sorriso em seus lábios.

– Um filho meu? – ele indagou.

Eu sorri emocionada por em fim ele estar acreditando. – Sim, meu amor. Um filho seu. Ou melhor, um filho nosso. – apertei mais suas mãos em meu ventre. Ele me encarou.

– Bella, isso é impossível! É impossível! – ele se recusou a crer.

– Eu tenho certeza. Eu estou grávida. Tenho me sentido estranha nos últimos tempos, meu corpo está diferente e minha regras já estão muito atrasadas. – completei. De repente caí na risada. Ele franziu a testa sem compreender. – Você vai ser papai! – me expliquei.

Ele pareceu refletir por um instante e então sorriu de volta. Levantou-se e encostou seu corpo no meu, segurando minha face entre suas mãos em seguida.

– Promete que isso é verdade? Que não é apenas um engano...

– Eu prometo. – jurei. – Eu juro que é verdade. Eu vou ter um filho seu. – toquei suas mãos que seguravam meu rosto. Ele sorriu ainda mais abertamente.

– Eu vou ser...

– Pai! – completei a frase por ele. – Você vai ser pai! – exclamei.

Ele riu uma risada muito gostosa. Ergueu-me em seu colo sem nunca deixar de fitar meus olhos.

– Eu te amo. – sussurrei. Ele aproximou seu rosto do meu e me beijou apaixonadamente. Abracei seu pescoço e ele me rodopiou enquanto nos beijávamos, ri mesmo com meus lábios colados aos seus. Edward me girou até que eu senti a água batendo em nós. Nós caímos no lago e eu sequer me importei. Finalmente tinha meu marido de volta, finalmente ele havia acreditado que nós teríamos um bebê.

Depois de tanto tempo, desde que meu avião havia pousado no aeroporto de Washington, desde que eu havia entrado na viatura de meu pai rumo a Forks, desde que eu havia visto Edward pela primeira vez no refeitório da Forks High, desde o nosso primeiro beijo, nosso primeiro abraço, nosso primeiro “eu te amo”, desde a nossa primeira noite de amor, finalmente eu estava completamente feliz ao lado do homem da minha vida e – ilogicamente – carregando o fruto do nosso amor em meu ventre.

Nada poderia acabar com a nossa felicidade agora, seríamos felizes para sempre!




– Nós concordaremos com o que o senhor ordenar, Aro. – Jane falou obedientemente para o homem que encarava ela e seu irmão com grandes olhos vermelhos.

– Eu sei minha querida, eu sei. – ele sorriu. – E eu acredito que breve nós teremos que fazer uma visita a um feliz casal.

– Precisamos saber se eles estão cumprindo as ordens o mais rápido possível. – o loiro comentou.

Aro riu despreocupadamente.

– Não se preocupe jovem Alec. É bom que eles preparem a nossa chegada. Veremos como estão vivendo o belo Edward e sua cantante.


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Notas finais do capítulo

Primeiramente boa noite.
Gente, faz muito tempo que eu não apareço por aqui. Muito tempo mesmo. Eu nem sei se ainda tem alguém acompanhando a fanfic...
Bem, eu sou uma pessoa muito complicada a final de contas. Mas eu não costumo começar algo e não terminar.
Pretendo terminar essa fanfic (snif, snif) logo. Faltam alguns capítulos e eu vou dedicar os próximos dias a isso. Prometo que as próximas postagem serão em breve.
Peço mil desculpas! Agradeço aos comentários anteriores.
Espero que tenham gostado do capítulo - foi mais curto que de costume.
Beijinhos e até breve;
Nara ♥