Os Guardiões. escrita por LuluuhTeen, Luisa Druzik


Capítulo 5
Capítulo III - Não é um deus, deuses são velhos.


Notas iniciais do capítulo

Gente! Tenho muitos outros capítulos feitos, mas preciso terminá-los! Tentem se contentar com esse por enquanto, ok?



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– Mais rápido Mel! Estamos perdendo eles! - Doug gritara isso várias vezes, mas aparentemente o carro não era sensível a pressão de suas palavras nem de seus poderes.

– Eu não quero perdê-lá, mas o único culpado aqui é esse carro ridículo que Ana Licia insiste em dizer que é o melhor! - Eu nunca falaria a Alícia que achava o carro que ela escolheu com todo carinho era ridículo, mas um New Beetle rosa claro não é exatamente o que se pode chamar de carro de corrida.

– Eu disse para vir ao shopping com aquele meu preto, mas não! Nunca seremos atacados em um lugar público! - Ele realmente disse, mesmo o motor sendo potente o suficiente para alcançá-los não acho que seria o mais sensato ir com uma Lamborghini Sesto ao shopping...

– Eu pensava que a CCG nunca nos atacaria nessas situações, aparentemente eles não usam o nome Companhia Contra Sobrenaturais a toa! - O que ainda não batia era o porque deles terem sequestrado Alícia e não a matado, era isso que eles geralmente faziam. Ou tentam, pelo menos. Mas agora não era hora de saber os 'porques', mas sim resgatá-la.

– E a ASIS não parece nos oferecer tanta segurança quanto dizia no folheto! - Ele falou aquilo e eu logo tirei o foco da garota e comecei a pensar se eles recebiam um convite do tipo: "Olá, sobrenatural, gostaria de se juntar ao nosso grupo, ter uma moradia, treinamente e ainda receber proteção 24 horas? Em troca disso você só precisará ter que entrar em missões onde corre risco de vida, mas é claro que isso pode ser parcelado!"

– Folheto? - Ele se limitou a rolar os olhos e me olhar com irônia.

– Estou usando o meu modo de falar, claro que eles não distribuíram folhetos escrito " Procura-se Sobrenaturais "! - Então, o carro começou a soltar fumaça.

– Oh-oh... - Soltei quando o carro finalmente parou.

– Perfeito! Perdemos Alícia! Então, ligamos pra cancelar o cartão dela? - Eu o olhei como se ele estivesse falado a pior coisa do mundo, e realmente tinha.

– Sobrecarregamos o carro. Droga. - Suspirei e encostei a cabeça no volante. - Sei que ambos odiamos fazer isso, mas ligue para a ASIS.

– O que? Não, não, não e não! - Ele negou e saiu do carro pisando forte e balançando a cabeça. - Chamamos um táxi, contratamos um detetive. Tudo vai ficar bem, mas nada de chamar a ASIS!

– Doug, Alícia foi sequestrada, precisamos de uma placa nova para você e distintivos. Precisamos de uma Quaerere e um parceiro! Pegue a droga do seu celular e ligue para a ASIS! Agora! – Acho que nunca havia usado aquele tom com ele, pois quase imediatamente ele entrou no carro e pegou seu telefone, clicou o 7 na discagem rápida.

– Alô? - Ele colocou no viva-voz para que eu pudesse ver o que acontecia na ligação.

ASIS, quem fala?

Aqui é Douglas Niger, da equipe 34. Raptaram minha colega de equipe, Alícia Scopo e estou com o carro quebrado, teriam alguém para nos buscar?

Sr. Douglas, certo? Estou passand... - Então a voz do outro lado da linha mudou e passou a ser a de alguém com a voz mais grave. - Doug? É você? Eu ouvi direito, raptaram a Aninha?

Sim! Foi a CCG, eles a pegaram, não mataram, só a levaram.

Minha nossa... Estou rastreando seu número agora, estarei aí em 16 minutos e meio.

Tudo bem, obrigado Fred.

Nada que vá além do meu dever. - Depois que a ligação acabou eu virei pra ele.

– Fred? - Disse levantando uma sobrancelha, ele nunca tratava ninguém além de eu e Ana com tanta intimidade. E além do mais, o chamaram de Doug e a Alícia de Aninha, e eu nunca, jamais ouvi falar de um Fred.

– Sabe, você não foi a primeira que tentou nos ajudar. - Ótimo, ele queria dizer que eu tinha concorrência?

– E você vota nele, suponho. - Disse virando a cara

– Não, ele nunca deixaria eu dirigir no jardim ou esconderia as bonecas que arranco a cabeça para Alícia não ver. E acredite, Fred é muito pior que você no videogame, se é que isso é possível. - Eu não pude controlar um sorriso. Olhei de esguela e vi que ele também sorria de canto. Pulei em seu pesocoço e lhe dei um beijo na bochecha.

– Ah, Doug! Eu também gosto muitíssimo de você! - Ele lutava para sair do meu abraço, porém, um carro estacionou na nossa frente e de dentro dele saiu um rapaz... Digamos, de tirar o fôlego.

Soltei na hora o garoto e acho que meus ombros subiram e abaixaram uns 10 centímetros com o suspiro que dei. Acho que Doug notou minha reação (n/a: E quem não notaria, Mel?), pois sorriu malicioso e saíu do carro, sacudi minha cabeça, como que isso fosse o suficiente para tirar a imagem daquele modelo da minha mente e saí também.

Acredite, sem o vidro ele era ainda mais espetacular.

– E aí, Fred? - Doug disse o cumprimentando de uma forma que provavelmente era um toque particular dos dois. Admito, senti uma pontada de inveja.

– Olá Doug, então, suponho que essa não seja a Alícia... - Doug riu rouco e Fred sorriu malicioso. Era impressão minha ou Douglas se tornava mais... Masculino, em contato com esse tal de Fred?

– Fred, essa é a Melanie Superna, Mel, esse é Fredericco Lumenus. - Me aproximei com ar de superioridade. O que? Você não achava realmente que eu ia dar uma de garotinha apaixonada, certo? Oh, não... Eu aprendi a agir diferente, ser forte acima de tudo, proteger Alícia e Doug. Tudo bem, eu havia falhado nessa última parte, mas, você viu que eu tentei, certo?

– Prazer. Então, sabe concertar esse carro? - Disse seca esticando minha mão para um aperto, que foi alterado para um beijo em minha mão por Fredericco. Ok. Eu corei.

– O prazer é todo meu. Quanto ao carro... Confeço que não sou o melhor mecânico do mundo, mas posso dar o meu jeito. - Sorriu cumplice para Doug e piscou um olho, ele soltou mais uma daquelas suas risadas roucas que eu confesso que nunca o tinha visto fazer antes e se dirigiu ao carro.

Quando ele soltou minha mão e eu me recompus, e me dirigi até lá, afinal, o carro não era exatamente meu, foi comprado no cartão de Alícia, e se alguém riscasse a pintura... Bom, não é nada legal ver uma garotinha sobrenatural de 9 anos completamente histérica por causa de um carro que ela nem mesmo usa, a não ser para brincar com bonecas e escutar música.

– Olha... Se não se importam de fazer uma parede, não acho que querem que os Funestas vejam eu fazendo isso, certo? - Bem, eu sei que Funestas é um termo que se refere às pessoas que não conhecem o mundo como ele realmente é. Agora, nem me pergunte o que ele faria, eu juro que não sei.

– Venha Mel! - Então sacudi a cabeça para me tirar de meus devaneios e juro que pude ver eles trocando uma conversa por olhares. Nossa, eu odeio me sentir assim, como uma pessoa estrangeira, sentada na cadeira da direção do aéroporto com dois funcionários ao seu lado conversando sobre você em uma língua completamente diferente.

Me juntei a eles entre a visão dos normais e o motor do carro.

Sphaera Virtutis – Com esse comando, várias bolas de luz avermelhada saltaram do carro e foram em direção ao peito de Fred, juro que fiquei com medo de tê-lo ali, morto, na minha frente. Acho que ficaria assim com qualquer um... Certo?

Eu nem tive tempo de pular na sua frente, as bolas simplesmente dançaram a sua volta e entraram em seu corpo, pensei que ele iria queimar até a morte, mas o que aconteceu foi ainda mais assustador. Ele começou a brilhar como se as esferas tivessem se dividido em milhares de partículas e agora passeassem sob sua pele (n/a: Tentem não lembrar do Edward (Crepúsculo) e eu dou um prêmio, sério, não pensem nisso, é mais como se ele estivesse pegando fogo por baixo da pele), mas o mais estranho ainda estava por vir. Todos aqueles minúsculos brilhos serpentearam em direção aos seus ombros, e por um momento pensei que eles iriam cortar seus braços fora, o que foi ainda pior do que a ideia de o ter morto, e logo seguiram em direção aos seus braços até chegar em suas mãos, que brilharam e tremeram, até voltar a cor normal. Isso tudo aconteceu em muito menos tempo do que você imagina, em torno de 8 segundos, mas é algo tão complexo que nem em um milhão de anos seria possível descrever o que é a sensação de ver alguém daquela forma, muito menos de como a pessoa se sentia.

– Mel? Você está bem? - Saí do transe com a voz e as mãos de Doug ao redor dos meus ombros. Eu deveria estar com a pior cara que já estive na minha vida, quando o choque passou eu soltei um grito estridente de mais até mesmo para mim, o que fez com que os dois homens tapassem os ouvidos e que eu tremesse. Antes que eu caísse no chão senti dois braços fortes me envolvendo e vozes, ao longe, então apaguei.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso, espero que tenham gostado, várias informações para um capítulo, certo? Então, é o seguinte, no próximo capítulo vamos ter muitas aulas de história e um pouquinho da descrição dos poderes de geral, mas a maioria vai ser voltado a história de Melanie e dos sobrenomes de geral. Para os curiosos de plantão: Todas as palavras 'estranhas' estão em latim.