Coincidência Ou Ironia Do Destino?? escrita por BarbaraRodrigues


Capítulo 4
Capítulo 5 - estagio :@


Notas iniciais do capítulo

Ultimo capitulo por hoje, obrigada..



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–- espera, vamos entrar com o pé direito - Bia disse me tirando completamente da ansiedade e do pressentimento ruim que estava.

–- só você mesmo, então vai no três em, Um, dois, e três. – pulamos com o pé direto que nem duas crianças.

A empresa era de publicidade, era muito bonita por dentro, parecia mais essas empresas de televisão do que empresa de verdade. Fomos até a primeira secretaria que vimos.

–- Oi, somos as novas estagiarias e confesso que estamos um pouco perdida. – eu disse e entreguei um papel que comprova que eu tinha passado e a Bia também entregou o dela. A moça olhou o papel , leu meu nome e fez um cara de indignação.

–- não é da minha conta, mais porque você vai fazer estagio aqui? – ela perguntou pra mim, e eu não entendi muito bem o que ela queria dizer.

–- eu passei em uma prova da escola e gostaria muito de fazer estagio aqui. – respondi e ela pareceu confusa.

–- então vem comigo.

Olhei para a Bia sem entender nada. Seguimos ela, subimos para o ultimo andar.

–- vocês vão conhecer o Sr. Antonio e o Sr. Ricardo, eles são os donos e todos os estagiários que são indicados pelas escolas ele gostam de conhecer.

Sr. Antonio? Não é o mesmo Antonio, tomara que não, eu desejava isso mais que tudo.

–- Primeiro vamos à sala do Sr. Ricardo.

Entramos e elas nos apresentou para ele, ele tinha uma aparência boa, parecia ter uns 45 anos e era bem bonito. Quando a moça - que eu não sabia o nome – falou o meu nome ele olhou pra ela com uma cara, que eu não estava gostando nem um pouco, ele pediu para eu e a Bia sair da sala e ficou com a moça lá dentro.

–- Bia eu não to gostando disso não, na hora que a moça leu meu nome me fez uma pergunta estranha, agora o Sr. Ricardo a olhou com um olhar estranho. - comentei com a Bia, pra ver se ela me ajudava em alguma coisa.

–- como que chama mesmo a empresa do seu pai? – olhei pra ela com um olhar de raiva - quer dizer do Antonio?

–- não sei é alguma de publicidade, você sabe que eu nunca quis saber e já passou muito tempo, nem sei se pe mesma.

–- sei não Manu, tudo se encaixa.

–- não pode se Bia.

Ela pegou na minha mãe e me depois me abraçou.

–- se for eu estarei aqui.

Depois a moça chegou até nós e fomos para a sala do Sr. Antonio. Meu coração começou acelerar , parecia que eu ia ter algum ataque do coração.

Em nenhum momento eu olhei para cima, ficava olhando para o chão, com medo de tudo isso fosse destruído. A Bia apertou minha mão, e nessa hora eu olhei para frente e vi o homem que estava na minha frente.

–- não pode ser – respirei fundo varias vezes antes de sair da sala , antes que ele pudesse me impedir , falei no ouvido da Bia - fica aí, é o seu futuro , por favor.

Saí correndo, não podia ser verdade, meu sonho de começar uma vida profissionalmente foi pro lixo. Apertei o botão para chamar o elevador mais do que o necessário e nada dele vir, estava demorando demais.

–- Manuela espera aí por favor. - a voz de Antonio (sim, meu pai),me deu um arrepio. E nada desse elevador chegar.

–- o que foi? Eu não quero mais esse estagio, vou pedir para me transferirem ou sei lá. – o respondi com grosseria.

–- filha, por favor é seu sonho, você conseguiu isso.

–- preferia não ter conseguido.

–- essa magoa só te faz mal.

–- não Sr. Antonio, você já me fez mal há muito tempo.

Nessa hora o elevador chegou e eu entrei sem ver se tinha alguém, apertei o botão para entrada, não podia ser , porque tudo tem que ser assim?

Eu supus que não tinha ninguém no elevador, porque ninguém desceu ou entrou junto comigo, eu já não estava mais agüentando essa dor que estava me consumindo, eu precisava desabafar, foi aí que minhas lagrimas começaram a descer dos meu olhos freneticamente.

–- posso ajudar Manu? –uma voz tirou dos meus pensamentos,eu olhei para a pessoa que estava do meu lado e eu não podia acreditar que era o Bernardo.

–- desculpa, mais acho que ninguém pode. – respondi pra ele com tamanha grosseria.

–- então pelo menos posso saber o porque de estar nesse estado na empresa do meu pai? - ele insistiu em saber.

–- me deixa em paz. – foi o que eu respondi antes de sair do elevador.

Sair correndo mais ele foi mais rápido e segurou meu braço.

–- espera aí, eu não vou deixa você sair nesse estado.

–- não precisa fingir que se preocupa - eu já estava alterada e as lagrimas ainda teimavam em cair sob minha face.

–- eu te considero minha amiga. - ele disse meio sem jeito.

–- eu mal troquei duas palavras com você, agora por favor me deixe passar.

Ele estava segurando no meu ombro na minha frente.

–- desculpe então, eu estou aqui tentando te ajudar.

–- eu não pedi sua ajuda - ta eu sei que fui muito grossa com ele, mais eu estava fora de mim, eu só queria ficar sozinha, mais eu não sei se ficar sozinha seria o melhor agora – desculpa por ser sem educação.

–- posso te acompanhar?

–- você vai me deixa ir sozinha? - ele balançou a cabeça negando - então pode.

Enxuguei minhas lagrimas e entrei em um carro com ele.

Eu não estava acreditando que tudo o que eu queria, tudo o que idealizei estava indo para o ralo, mais uma vez o Antonio estava envolvido, tudo o que eu queria era conseguir alguma coisa por mérito meu, mais trabalhar na empresa do Antonio isso não era mérito meu. Eu queria mostrar para ele que eu não preciso dele para mais nada. Mais eu estava me enganando, eu precisava de um pai, mais eu não iria admitir isso nem pra mim mesmo.

Não sabia onde o Bernardo estava me levando, só escutei o barulho do meu celular tocando, peguei e o atendi.



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Inicio da ligação:


–- por Deus Manu, onde você esta? Eu e o Antonio estamos aqui, preocupados - a Bia estava histérica do outro lado da linha.

–- Calma Bia, eu to bem e fala para o Sr. Antonio que não precisa se preocupar não, já que ele nunca se importou mesmo. Eu encontrei com o Bernardo no elevador e ele me OBRIGOU a ir com ele. – falei a palavra Obrigou mais alto do que o necessário, para ele escutar, ele deu um sorriso torto muito fofo.

–- Bernardo é o filho do Ricardo? – uma voz masculina, perguntou, deduzi que era Antonio.

–- não sei- a Bia respondeu. - você esta no viva-voz – era por isso que eu estava conseguindo ouvir o que eles estavam conversando.

–- estou bem Bia, depois agente conversa tchau.

–- espera... - a voz de Antonio falou mais eu desliguei.



Ligação finalizada.


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Resolvi desligar meu celular, para mais ninguém ficar me enchendo, eu sabia que minha mãe ficaria me ligando e me dando lição de moral pelo telefone.

–- ei, pra onde você esta me levando?? – perguntei ao Bernardo, pois não reconhecia esse caminho.

–- Para um lugar onde eu costumo ir, quando não quero que ninguém me ache.

Dessa vez foi o telefone dele que tocou.

–- meu pai – ele olhou pra mim e atendeu – oi –pausa –ta aqui comigo sim, fala pra ele ficar tranqüilo que eu vou levar ela pra casa mais tarde —pausa—então ta, tchau.

Ele desligou.

–- seu pai esta preocupado com você - ele disse e eu arrepiei tudo quando ele me falou a palavra “pai”.

–- pai não Antonio por favor.

–- ok.

Foi só isso que falamos ate chegar em um lugar lindo, era tipo um jardim com uma enorme arvore no meio desse jardim com uma casinha.

–- uma casa na arvore? – perguntei incrédula.

–- não é A CASA na arvore. - ele deu ênfase a A casa.

Ele me ajudou a subir e quando entrei era muito linda, tinha tudo, era como se fosse uma casa em miniatura.


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Carol


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Notas finais do capítulo

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