–Quem topa brincar do jogo da garrafa? - perguntou ela - com direito a beijo, strip-tease e algo mais - completou, sorrindo maliciosamente.

Olhei para ela, chocada. Ela deveria estar bêbada ou alguma coisa do tipo, mas percebi que ela não era a única que queria jogar, quase todos aceitaram, menos eu, a Chris, o Bill e o Tom. Chris olhou pra mim com o olhar preocupado.

–Acho que a gente deveria jogar - disseram os dois - afinal, é nossa despedida de solteiro, e provavelmente a nossa ultima chance de fazer alguma coisa dessas.

–Tem certeza de que quer jogar? - perguntei.

–Sim. Vai ser divertido amor, vamos - respondeu Tom - por favor. - ele me olhou com uma cara de bebê, com seus olhos brilhando.

Droga.

–Não me olha com essa cara - sussurrei mau-humorada; ele sorriu, sabendo que tinha ganhado e eu disse mais alto - ok, eu topo.

Bill conseguiu convencer a Chris e começamos o jogo. Como haviam dito no começo, não tinha compromisso, ciúme ou vergonha nesse jogo. Sentei-me ao lado da Chris e os gêmeos sentaram-se do lado oposto ao nosso na roda, ao lado de Georg e Gustav.

–As regras são essas - começou o Joe - a garrafa vai ser girada duas ou três vezes. A primeira pessoa escolhe o desafio, a segunda e a terceira são as pessoas que têm que fazer o desafio.

–Se a pessoa não aceitar fazer o desafio, ou tira toda a roupa ou sai do jogo e não pode nem ficar perto para ver o que acontece - completou Karol. - tudo bem pra vocês? - todos assentiram e começamos o jogo.

O jogo começou leve, com desafios simples como virar copos de bebida, dançar juntos e coisas do tipo; já estavam todos bêbados e eu e Tom ainda não tínhamos feito nenhum desafio, até que giraram a garrafa e...

–Qual o desafio, Karol?

–Chega de brincar. disse Karol quero ver um strip aqui. - ela sorriu. Giraram novamente a garrafa, e ela parou na direção do Tom. - ok menino, espero que sua noiva não tenha problemas com isso disse ela, ainda sorrindo.

Tom olhou pra mim, examinando minha reação. Sustentei seu olhar e tentei passar tranquilidade, mas por dentro eu estava cheia de medo e com ciúme. Ele sorriu pra mim, levantou-se e começou a tirar a roupa.

Todas as meninas olhavam, algumas com olhares famintos, principalmente umas amigas dos gêmeos e dos Gs. Não pude deixar de lançar um sorriso malicioso para ele ao vê-lo tirar a camisa.

– Nossa - sussurraram duas amigas deles e olharam pra mim; lancei-lhes um sorriso convencido, e ouvi Tom rir ao perceber o que estava acontecendo.

–Dá pra ser um pouco mais rápido, Tom? - perguntei, emburrada. Chris riu e me cutucou. Ele sorriu, tirou sua calça e sentou-se. - obrigada. Dá pra girar logo essa garrafa?

A garrafa girou até parar na Chris; ela sorriu e murmurou:

–Agora que as coisas estão ficando interessantes, quero ver um amasso aqui - disse ela, sorrindo maliciosamente. Ian começou a rir e girou novamente a garrafa, até que finalmente parou justamente em mim...

E no Joe.

Olhei para ele e corei; ele sorriu tímido e perguntou se estava tudo bem. Olhei para o Tom que apenas assentiu e sorriu pesaroso, mas virou a cara.

–Sim, não quero sair do jogo - repondi. Joe se levantou, aproximou-se lentamente, colocou a mão em minha bochecha e me beijou. Iniciamos um beijo calmo, em que ele explorava minha boca com vontade e eu me segurava com força em seus ombros; eu conseguia sentir o gosto de álcool em sua boca e conseguia sentir um sorriso formando-se em seus lábios. Estremeci por lembrar-me de como seu beijo era bom, e colei um pouco mais nossos corpos.

Ouvi um pigarro e separei-me dele, que me olhava sorrindo. Joe pediu desculpas, deu-me um beijo no canto de minha boca, voltou ao seu lugar, deixando-me fazer o mesmo. As pessoas nos olhavam e soltavam risadas debochadas; Tom olhou-me enciumado, mas não disse nada.

O jogo continuou e as coisas começaram a esquentar. Em um dos desafios Tom teve que beijar a Chris, não liguei tanto por ser ela, mas não vou negar que fiquei com ciúme. Todos acabamos tendo que fazer um strip, e todos ficaram na expectativa olhando quando foi a minha vez.

Levantei-me e ao som de uma musica dançante comecei a abaixar lentamente minha saia, mas logo levantei-a novamente, fazendo com que os meninos gritassem frustrados; levantei uma de minhas pernas, apoiei-a na cadeira e tirei meus sapatos , logo depois tirando a saia e a blusa. Girei dançando pelo circulo até parar no meio, onde tirei meus sapatos olhando para o Bill e o Tom, que me olhavam com seus olhares famintos. Sorri, olhei ao redor e vi vários meninos com almofadas sobre seu colo.

Comecei a rir, tirei meus sapatos e puxei o Tom para uma dança; fiquei de costas para ele, que segurou em minha cintura com força e dançou com o corpo junto ao meu. Virei-me de frente para ele e beijei-o com vontade, fazendo-o colar seu corpo ainda mais no meu.

–Podem parar com isso? Já tivemos excitação suficiente - Bill pediu, emburrado. Comecei a rir e separei-me de Tom com relutância, voltando ao meu lugar.

A brincadeira estava indo longe demais, todos sabíamos disso, mas ninguém queria parar. Já estávamos todos bêbados e semi-nus quando giraram a garrafa pela ultima vez, que caiu justamente em mim e em Tom, que sorriu maliciosamente para mim; levantou-se, puxou-me contra si e me beijou ferozmente, dizendo em seguida para todos ouvirem:

–Só pra vocês saberem, não importa quem a beijou, dançou com ela ou se excitou quando ela fez seu strip, saibam que tudo isso que vocês estão vendo é meu, e ninguém vai mudar isso. - Olhei-o um pouco chocada, mas não pude deixar de sorrir ao ouvir as palavras dele.

Todos riram e olharam pra mim. Estava estampado no meu rosto como eu estava feliz.

Eu sorria feito idiota toda vez que olhava para ele, e não escondia isso.

De repente, Tom me pegou no colo e foi correndo até a piscina, pulou e se jogou dentro dela, levando-me junto com ele. Dentro da água senti suas mãos envolvendo minha cintura; passei meus braços sobre seus ombros e dei-lhe um beijo longo e profundo enquanto emergíamos. Arranhei de leve suas costas e pude mais sentir do que ouvir um gemido saindo de sua garganta enquanto ele me beijava com mais ferocidade.

Ele me pressionou contra a parede da piscina, beijando meu pescoço enquanto eu via as pessoas se jogando dentro da piscina como havíamos feito. Ele parou e olhou em meus olhos de um jeito que deixou minhas pernas bambas; ele sorriu, puxando-me para fora da piscina enquanto eu olhava para ele, hipnotizada.

–Ei, aonde vocês pensam que vão? - Ian perguntou.

–Para o quarto - respondeu Tom - nossa festa continua por lá - ele piscou e sorriu, fazendo-me corar.

Saímos da piscina, pegamos nossas roupas no chão e fomos andando até o nosso quarto. Entramos, Tom trancou a porta, pegou-me no colo e deitou-me na cama, ficando por cima de mim. Ele me beijou ferozmente, explorando cada canto de minha boca enquanto suas mãos exploravam meu corpo. Soltei um gemido baixo quando ele mordeu minha boca, fazendo-o sorrir.

–Não aguentava mais te ver dançando praquele monte de homem - disse ele, olhando-me possessivamente.

–E eu não aguentava aquele monte de mulher te olhando como se fosse te comer.

Ele riu e voltou a me beijar. Tom sentou-se, colocou-me em seu colo, tirou nossas ultimas peças de roupa e sentou-me em seu colo, fazendo com que nos tornássemos um só. Gemi alto e ele abafou meus gemidos com um beijo; comecei a me mexer em movimentos ritmados sobre ele, que gemia meu nome baixinho e coisas sem sentido em meu ouvido enquanto segurava minha cintura com força, guiando meus movimentos e incentivando-me a continuar até que ambos chegamos ao ponto máximo juntos.

Saí de cima dele, que sorria pra mim de um jeito meigo; ele me puxou e distribuiu beijos da minha bochecha até meus ombros e sussurrou com a voz rouca:

-Sabia que eu amo você? - assenti, incapaz de falar. Ele sorriu e continuou - eu nunca poderia pedir alguém tão perfeita pra mim. E não falo só de aparência; seu jeito, sua risada... você é a coisa mais preciosa que tenho. Casa comigo?

Meus olhos estavam marejados.

-Eu já aceitei casar com você, tom - sussurrei, mas ele limitou-se a sorrir. - eu aceito, e não importa quantas vezes você peça, sempre vou aceitar. Eu amo você, Tom Kaulitz.

Ele sorriu, me beijou, levantou-se e me levou até o banheiro em seu colo, onde tomamos um banho e depois voltamos para a cama onde logo pegamos no sono.

-Boa noite, senhora Kaulitz. - disse ele com os olhos fechados, acariciando meu rosto.

-Boa noite, senhor Kaulitz. - sorri e beijei-o suavemente. - eu te amo.

Não ouvi uma resposta pois logo dormi, mas eu não precisava; sabia que ele me amava e que seria assim.

Para sempre.