Dear Diary escrita por 483amanda


Capítulo 25
25 - Despedida de solteiro




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Acordei, olhei para o lado e Tom ainda estava dormindo. Olhei para o celular e sorri com o horário; eram 13:00 e haviam 5 ligações perdidas da Chris e do Bill. Eles entenderiam quando eu explicasse porque nao havia ligado antes, mas poderia apostar que eles estavam preocupados comigo e com o Tom.


Olhei para o ele e meu sorriso abriu-se ainda mais. Suas feições estavam serenas, e enquanto dormia ele parecia tão mais jovem e inocente. Comecei a rir pensando em como seria um Tom inocente. Levantei-me, depositei um beijo em sua testa e fui colocar uma roupa.


Escolhi uma roupa mais discreta que havia ganhado de presente dos meus amigos; uma saia rosa, uma blusa branca soltinha e um sapato de salto com estampa de flores. Terminei de tomar banho, fiz uma maquiagem discreta, ajeitei meu cabelo e sentei-me no sofá da sala enquanto esperava pelo café da manhã que eu havia pedido. Eu assistia distraidamente a um programa de fofocas na TV quando um par de mãos tapou meus olhos. Perguntei, sorrindo e segurando suas mãos:


–Quem será que é?


–Adivinha? – respondeu ele, rindo.


–Hum, deixe-me ver... – sorri – Bill, é você? – murmurei, sabendo que ele ficaria com ciúmes.


–Cale essa boca – respondeu ele, mal-humorado, sentando-se ao meu lado no sofá. Comecei a rir e abracei-o. De repente ele virou-se na minha direção e sorriu, dizendo sarcasticamente – sabia que é feio ficar vendo programas de fofocas na televisão?


Mostrei-lhe a língua.


–Não é feio quando se estão falando do seu futuro marido – respondi de mau humor, e ele me olhou assustado – é, olha lá. – apontei para a TV – aquela é Ria Sommerfeld, segundo os repórteres, sua ex-namorada. Eles estavam entrevistando ela e perguntando-a qual a reação dela ao saber que você agora está noivo – fiz uma careta. – a resposta dela não foi agradável. Mas ela é bonita.


Suspirei. Tom riu, abraçou-me com força e murmurou:


–Ela foi minha namorada sim, mas eu não conseguia gostar dela. Ela não foi a primeira mulher que amei – respondeu ele sorrindo quando cruzei os braços, enciumada – e ela não é bonita. Se você quer saber, eu prefiro as loiras. – disse ele, mordiscando meu pescoço e me deixando arrepiada.


Comecei a rir e relaxei; tomamos nosso café da manhã, terminamos de nos arrumar e voltamos para nossa casa. Fazia tempo que eu não reparava no quanto a casa era bonita; olhei-a admirada enquanto entrava, mas quando vimos a mesma estava vazia, e isso era estranho. Não havia ninguém na cozinha, na área de festas, nas salas, em nenhum dos quartos nem nas piscinas.


Fomos até nosso quarto, deixamos nossas coisas lá e fui dar uma volta lá fora enquanto Tom ia tomar um banho. Eu estava caminhando calmamente até que cheguei ao estábulo e encontrei o Bill e a Chris lá; sorri para os dois, que nem notaram minha presença até que falei:


–Vão procurar um quarto pra isso, por favor – eles se separaram e olharam pra mim, corados. Sorri de volta e abracei cada um deles. Contei a eles o que havia acontecido, como eu estava feliz com tudo aquilo e ficamos conversando até que Tom chegou, convidando-nos para andar de cavalo; adoramos a idéia, escolhemos nossos cavalos e fomos andar por aí.


Eu olhava para o Tom de vez em quando, e não conseguia deixar de notar no quanto ele era lindo à luz do Sol poente. Eu realmente duvidava de que pudesse existir qualquer pessoa no mundo que amasse alguém tanto quanto eu o amava. Era como se tudo que eu vivi até hoje não conseguisse chegar perto do que eu sentia quando estava perto dele, como se meu passado tivesse deixado de existir a partir do momento em que nós dois nos transformamos em um só.


Ele percebeu que eu o olhava e sorriu pra mim, fazendo com que meu coração disparasse. Quando já havia se passado mais ou menos uma hora e já havíamos cansado de apostar corrida voltamos, descemos dos cavalos, os deixamos no estábulo e fomos caminhando de volta para a casa.


Bill sentou-se em uma das cadeiras que tinha na parte de trás da nossa casa com a Chris em seu colo e fiz o mesmo com Tom. Olhei ao redor, vendo como a paisagem ficava bonita à essa hora. Daqui podiamos ver grande parte do terreno, e ainda não acreditava na sorte que eu tinha.

Ficamos conversando por um tempo até que o Joe, o Ian e mais alguns amigos chegaram fazendo barulho.


–Que palhaçada é essa? – perguntou Joe – porque vocês dois ainda não estão prontos?


–Prontos pra que? – perguntamos eu e Tom, confusos.


–Pra sua despedida de solteiro! – disseram os dois, sorrindo. Olhei para a Chris, que parecia aflita.


–Como assim? Eu não sabia de nada disso! – falei. Ian olhou-me, revirou os olhos e murmurou em resposta.


–Não contamos porque sabíamos que você não concordaria, e alias – disse ele – acho melhor vocês duas se arrumarem logo, porque as meninas não vão gostar de esperar.


Olhei para o Tom assustada; ele sorriu me tranquilizando, beijou-me suavemente e murmurou:


–Vai ficar tudo bem, tá?


–Ta bom, mas se cuida – respondi – não faça nenhuma besteira, ta? Por favor.


–Prometo que vou me cuidar – disse ele, beijando-me – eu te amo muito.


–Eu amo mais.


–Dá pra parar com isso? – disse Joe – eu vou cuidar dele, relaxe.


–E esse é meu medo – respondi, fazendo-o rir.


Eu e Chris nos olhamos aflitas, mas deixamos os dois irem. Quando eles saíram resolvemos ir nos arrumar; eu coloquei um vestido xadrez com um salto preto, deixei meu cabelo solto e fiz uma maquiagem mais pesada; Chris colocou um vestido rosa, salto branco e também deixou seus cabelos escuros soltos. Estávamos lindas, e sorrimos uma para a outra.


–Boa sorte -disse ela.


–Pra você também. Uma cuida da outra, tá?


–Ta bom. Nada de beber até cair, né? -disse ela, lembrando-se do meu primeiro porre. Comecei a rir.


Ouvimos um barulho lá de fora, e quando olhamos pela janela vimos que as meninas tinham chegado. Eu estava animada para uma festa com minhas amigas, coisa que eu não fazia havia muito tempo.


–Resolvemos trazer a festa até aqui , para não correr o caso de aparecem paparazzi, sabe como é. – disseram elas – espero que vocês gostem.


Começaram a tocar todas as nossas musicas favoritas enquanto dançávamos, bebíamos e conversávamos muito. A Chris me olhava preocupada às vezes, mas eu sorria para ela, dizendo que ela não precisava se preocupar. Puxei ela para dançar comigo e no fim nos divertimos muito.


Já era tarde quando elas nos olharam e disseram sorrindo:


–Temos uma surpresa para vocês, mas primeiro precisamos saber se vocês topam uma brincadeira.


–O que? Não vão dizer que vocês contraram stripers né? – perguntei, segurando a mão da Chris, que riu com a pergunta.


–Não, mas se der tudo certo vai ter strip – disseram, sorrindo. Arregalei os olhos, chocada.


Nessa hora começou a tocar uma musica sexy e então todos os nossos amigos entraram na casa fazendo barulho, dançando e rindo. Tom aproximou-se de mim, me puxou para uma dança enquanto sorriamos um para o outro. Olhei para a Karol, perguntando o que diabos estava acontecendo ali, mas ela só sorriu e me disse pra relaxar.


Karol levantou-se, foi ate aonde o Ian estava, deu-lhe um beijo e virou-se para nós.


–Esse noite queremos propor uma coisa – disse ela mais alto quando a musica acabou, para que todos ouvissem – nessa brincadeira não pode existir compromisso, ciúme ou vergonha; e a partir do momento que se começa a brincar não pode parar.


–Dá pra falar logo o que é? – perguntou a Chris, meio mal-humorada pois ainda não havia encontrado o Bill no meio da muvuca.


–Quem topa brincar do jogo da garrafa? – perguntou ela – com direito a beijo, strip-tease e algo mais – completou, sorrindo maliciosamente.



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