No outro dia, acordamos cedo e fomos aproveitar nosso ultimo dia no paraíso, como Tom gostava de se referir àquele lugar. Tomamos café e fomos nos arrumar para andar à cavalo, coisa que não fazíamos havia muito tempo.

Coloquei uma camisa xadrez, blusa preta short jeans, e botas. Fiz uma trança e saí. Tom estava lindo, também de lbusa xadres, jeans e tenis. Beijei-o, encantada novamente com sua beleza, e fomos para o estábulo.

Esperei-o do lado de fora do estábulo, mas ele não voltava e não respondia quando eu chamava. Achei isso estranho e entrei para procurá-lo.

–Tom? - perguntei, confusa. Ele pulou na minha frente e me puxou para si, me fazendo gritar de susto. Caímos em cima de um monte de feno, enquanto Tom ria e eu batia nele. Ele segurou minhas mãos e ficou me olhando, ainda rindo com a minha cara de braba.

Ficamos assim por um tempo, até pararmos e ficarmos olhando um para o outro. Tom me olhou de um jeito que faria meus joelhos cederem se eu já não estivesse deitada. Ele se aproximou lentamente, beijando suavemente minha testa, meu pescoço, meu queixo e finalmente me arrancando um beijo de tirar o fôlego. Sua língua explorava cada canto de minha boca com vontade, enquando nossos corpos se colavam, tentando se tornar um só.

Ele levantou-me, sentando-se e fazendo com que eu me sentasse em seu colo. Ele beijava e mordiscava meu pescoço, fazendo com que eu gemesse baixinho.

Antes que eu perdesse completamente o controle e me deixasse levar, murmurei com a voz rouca:

–Tom, espera... aqui não. - empurrei-o e ele se afastou, me olhando cheio de desejo. Ele voltou a me beijar. - espera amor.. por favro - sussurrei. Quando deixei claro que não aconteceria mais nada, ele baixou a cabeça e deixou-se cair ao meu lado, ainda ofegando um pouco. Ele passou a mão em minha cintura e sussurrou em meu ouvido:

–Você me deixa louco, sabia? - ele me mordeu e me beijou de novo. Me arrepiei e ele sorriu, malicioso - nunca mais faça isso. Posso não conseguir me controlar da próxima vez.

–Estou contando com isso - falei, levantando-me e puxando-o comigo. Ele me olhou sério, como se eu estivesse ficando louca. E talvez ele tivesse razão.

Ainda tínhamos um longo dia pela frente.

Pegamos nossos cavalos e fomos dar uma volta pelo lugar. Apostamos corrida até o lago, e ele ganhou. Ficou se gabando o tempo todo, até eu ficar braba e ele rir de mim. Fizemos pique-nique no bosque, e depois fomos dar uma caminhada. Descobrimos uma pequena casa da árvore lá, mas era muito pequena, e Tom ficou com medo de subir na escada improvisada. 

-Covarde - debochei.

-Ah é, sou covarde, é? - disse ele. Assenti. - vamos ver então. Se eu fosse você começava a correr - disse ele, vindo atrás de mim, enquanto eu corria o máximo que podia. Não demorou muito para ele me alcançar, ele me derrubou no chão, me abraçando em seguida.

Acabamos abraçados no lago no final do dia. Ficamos em silêncio olhando o pôr-do-sol, até ele quebrar o silêncio:

–Temos mesmo que ir embora? - perguntou ele, me deixando surpresa.

–Sim, apesar de que parte de mim quer ficar aqui pra sempre. - olhei-o, feliz e confusa ao mesmo tempo. - não sabia que você havia gostado tanto daqui.

–É, esse lugar me faz bem, e ver você melhorar tão rápido me deixa feliz - ele sorriu. - e poder te irritar o dia inteiro se o Bill pra te defender também é muito divertido.

Mostrei-lhe a língua. Ele mordeu-a, e dei um tapa nele por ter feito isso.

–Bobo. - murmurei.

–Chata.

-Idiota.

-Feia.

–Eu te amo.

–Eu te amo mais - respondeu ele, me beijando. Sorri.

Eu duvidava disso, mas ficava feliz de ouvir ele falando uma coisa dessas.

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Ficamos mais um tempo no lago, mas depois tivemos que arrumar nossas coisas pra ir pra casa. Tom ficava me apressando, mas não entendi o porquê disso.

Bom, não até chegarmos em casa.

Estava tudo quieto. Quieto demais.

Abri a porta, sentindo um aperto no coração e esperando pelos meus amigos, mas não havia ninguém lá, exceto o Bill e a Chris. Eles vieram me abraçar, dizendo que sentiram saudade. Sorri com isso. Contei um breve resumo do que havia acontecido lá, ela ficou muito feliz por mim, e também estava feliz por ver como ela estava feliz. Bill fazia muito bem a ela.

Quando perguntei onde estava o resto do pessoal, os dois se olharam sérios.

–O que foi? - perguntei, confusa.

–O Georg e o Gustav já foram embora, e o resto dos seus amigos viajou, não sei bem para onde - Bill respondeu, me olhando preocupado.

Sentei-me no sofá, desanimada. Tom e a Chris foram levar as malas para cima. Bill sentou-se ao meu lado, me abraçando forte e fazendo carinho em meu cabelo.

–Sinto muito, sei que você queria se despedir deles - disse ele, beijando o alto de minha cabeça. Abracei-o com força, inalando seu perfume doce.

–Tudo bem - sorri. Não foi um sorriso muito verdadeiro, mas foi o melhor que pude fazer. - estou feliz por vocês terem ficado.

Sorrimos um para o outro. Seríamos perfeitos um para o outro, e ambos sabíamos disso. Mas havia a Chris e o Tom, e ambos sabíamos também que não poderia haver coisa melhor para nós do que os dois.

Arrumamos nossas coisas e fomos para o aeroporto. A viajem foi rápida, e chegamos horas antes de o avião decolar.

Fui pegar um café, pra ver se me animava. Eu não havia contado a ninguém, mas eu estava triste por não poder me despedir dos meus amigos, ainda mais que no dia seguinte era meu aniversário. Fiquei triste com a falta de consideração deles. Nada grave, mas mesmo assim, triste.

Horas depois pegamos o avião, e fomos para Londres. Parte de mim estava aliviada pra chegar em casa, mas outra parte de mim se sentia mal por deixar aquele lugar.

É, as coisas mudam.

Cheguei mais perto do Tom, aninhando-me em seu peito. Ele beijou minha testa e sussurrou:

–Sinto muito por não pode te trazer de volta a tempo de ver seus amigos - ele sorriu, pesaroso - durma meu amor, prometo que você vai melhorar daqui a algumas horas.

Não entendi o que ele quis dizer com aquilo, mas não tive vontade de perguntar. Não com ele fazendo carinho em meus cabelos enquanto eu estava aninhada em seu peito, sentindo seu perfume.

Dormi depois de alguns minutos, e só acordei quando chegamos lá. Tom sorria o tempo todo enquanto me levava no colo até o carro. Seguimos até nossa casa, todos cansados por causa da longa viagem.

Já era noite quando entramos em casa. Era tudo lindo e grande, bem como eu lembrava. Estava muito feliz por voltar, e eu estava doida para tomar um banho e dormir. Bill e Tom ficaram atrás, enquanto eu e a Chris fomos andando na frente. Abri a porta da frente, e de repente....

–SURPRESAAAAAAAAAAAAAAA!