Dear Diary escrita por 483amanda


Capítulo 21
21- Lembranças


Notas iniciais do capítulo

OMG, desculpem a demora! Eu tava com uns problemas aqui e não consegui postar antes, sem falar no surto de falta de criatividade que me deu.. bom, enfim, ta aqui mais um capitulo, espero que vocês gostem, beijo



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 “querido diário,

Fazem duas semanas que deixei o hospital. Graças a Deus, porque acho que eu me enforcaria se continuasse lá. Ok, talvez não no sentido literal, mas você me entendeu. A Chris, o Bill e o Tom não paravam de me encher a paciência lá, se preocupando à toa. Sei que eu estava doente e eles só estavam preocupados, mas eu prefiro como está agora, pelo menos tenho um pouco de privacidade.

Eu disse um pouco.

Hoje faz um ano que eu e o Tom estamos juntos; ainda não consigo acreditar que já faz tanto tempo. Ele disse que hoje vai me levar a um lugar especial, e estou curiosa pra saber aonde vamos. Estamos muito bem agora. Ele agora me lembra muito o Tom daqueles primeiros dias, quando não desgrudávamos, e qualquer coisinha que fazíamos nos levava para a cama no final. Não que eu esteja reclamando, claro.

Enfim.

Eu e Joe também estamos bem, e por incrível que pareça, agora somos amigos. Ele terminou com a Jennie quando soube o que ela havia feito. A Chris e o Bill estão noivos, e marcamos o casamento para o mesmo dia, que é daqui a dois meses, aliás.

 Estou feliz aqui no Brasil, e vou sentir falta disso. A Karol e o Ian vão voltar para Londres com a gente, mas fora isso todos vão ficar, e vou sentir saudade deles. Sei que é incrível eu dizer isso, mas gosto do Brasil, e uma parte de mim não quer ir embora.

-Amanda.”

Guardei meu diário e olhei para o Tom, que sorria pra mim.

-Ei, você não vai se levantar? Eu pretendo sair de casa hoje, sabia?

-Cala essa boca, Tom – levantei-me e o abracei, colando seu corpo junto ao meu – eu já poderia estar pronta, se você não tivesse me cansado tanto ontem à noite – mordi o lábio. Ele me lançou um sorriso malicioso e me beijou.

Afastei-me, já meio ofegante, e fui me arrumar. Escolhi uma blusa de caveira que o Bill havia me dado, short jeans, meia-calça preta e meu inseparável coturno. Fiz uma maquiagem mais pesada, deixei meu cabelo solto e saí.

Entrei na sala e todos me olharam. Corei e sorri.

-Camisa bonita, a pessoa que te deu deve ter bom gosto – Bill disse. Revirei os olhos, sorri e respondi:

-E ele tem, mas às vezes ele é um chato insuportável e tagarela – ele fez uma careta, e todos começaram a rir – mas quer saber de uma coisa? Ele é meu melhor amigo. – disse. Ele sorriu e me abraçou.

Tom riu, me puxou para si e me levou até o carro. Começamos a ir para algum lugar que era familiar, mas eu não conseguia lembrar aonde era.

-Aonde vamos? – perguntei, impaciente. Ele não me respondeu, só olhou pra mim de relance e acelerou ainda mais o carro. – vai demorar muito? – tentei novamente.

-Não sua chata, já estamos quase chegando – ele disse, enquanto entravamos numa ruazinha, com o Tom desacelerando o carro cada vez mais até parar de vez.

Saí do carro e olhei em volta. Quando me dei conta de onde estávamos, olhei-o chocada.

-Como você sabia desse lugar?

-A Chris me falou dele – ele sorriu, passou os braços à minha volta e me abraçou – ela me disse que esse lugar era importante pra você.

-Ela tinha razão – sussurrei – esse era o nosso lugar especial. Meu e da Kauane, sabe? – ele assentiu – vínhamos aqui quando éramos mais novas. Esse era o único lugar em que podíamos ser nós mesmas. Tenho tantas lembranças daqui.

-Eu estava pensando em nós dois construirmos nossas próprias lembranças aqui – ele acariciou meu rosto, enquanto eu corava. Sorri, contente por poder estar ali com ele.

Tiramos nossas coisas do carro, nos instalamos em um dos quartos da casa e quando acabamos de arrumar tudo fomos dar uma volta pelo lugar. Era uma espécie de sitio, bem no interior da cidade. Era tudo lindo, grande e muito aconchegante. Tinha o estábulo, a lagoa, os pastos, o pequeno bosque ao lado... era tudo perfeito, bem como eu lembrava.

Enquanto eu ia mostrando o lugar, eu ia contando ao Tom todas as coisas que já haviam acontecido. Ele sempre ria quando eu contava das loucuras e palhaçadas que tínhamos feito lá. Eu adorava vê-lo sorrir, e ele me fazia tão bem.

-Obrigada – murmurei – depois de tudo que aconteceu, eu nunca imaginei que poderia voltar aqui. Mas de algum jeito, estou muito feliz por estar aqui com você. – ele sorriu.

-Não precisa agradecer, fico feliz em te ver desse jeito. Fazia tempo que eu não te via tão... – ele beijou minha bochecha e contornou minha boca com um dedo – feliz.  – estávamos na beira da lagoa, com ele deitado e eu com a cabeça pousada em seu peito, olhando o por do sol. –ela parecia ser uma pessoa incrível.

-E ela era. Ela era bonita, carinhosa, engraçada, protetora... eu a amava muito – sussurrei em meio às lágrimas.

-Tenho certeza de que ela também te amava muito, quase tanto quanto eu – sorrimos um para o outro – onde quer que ela esteja, tenho certeza de que ela está feliz e está te protegendo.

-Acho que sim – abracei-o com força – obrigada de novo. Eu te amo – sussurrei.

-Eu te amo mais – murmurou ele, antes de me dar um beijo.

Enquanto ele me abraçava, abri os olhos e pude jurar que a tinha visto, sorrindo e acenando pra mim. Ela estava linda, bem como eu me lembrava.

-Obrigada – sussurrei, sabendo que o Tom não poderia ouvir dessa vez. Ela sorriu. – eu te amo, nunca se esqueça disso.

Fechei novamente os olhos cheios de lágrimas, agradecendo mais uma vez por estar ali. Quando abri novamente os olhos, ela tinha sumido, deixando apenas uma pequena flor no lugar onde ela se encontrava antes.

Uma rosa branca. Sua favorita.

Sorri. Será que a vida podia ficar melhor que isso?

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Voltamos para a casa, jantamos e enquanto eu limpava a cozinha Tom foi preparar um banho de banheira para nós.

-Pronta? – disse ele, me pegando no colo e me levando até o quarto.

Tom me beijava com pressa, enquanto arrancávamos nossas roupas com pressa. Quando fiquei só com minhas roupas intimas, afastei-me do Tom, que me olhou confuso, e fui em direção ao enorme espelho do banheiro. Marcas vermelhas e brancas estavam espalhadas pelas minhas pernas, braços e minha barriga.

Tom me olhava preocupado enquanto se aproximava de mim lentamente. Ele sorriu de leve e começou a beijar cada uma de minhas marcas.

-Eu não ligo para as marcas – ele sussurrou – você é linda.

Sorri e o abracei-o. Tom me pegou no colo, tiramos o resto de nossas roupas e entramos na banheira. Ele beijava toda a extensão de meu corpo, enquanto minha voz assumia um tom de ofegar louco.

Ele foi cuidadoso, e sempre se lembrava de tocar gentilmente o local de minhas marcas. Voltamos para a cama e ficamos conversando até pegarmos no sono.

No outro dia acordei cedo, e decidi preparar um café especial para nós. Preparei waffles, cupcakes e quando estava terminando de fazer o chocolate quente, senti alguém pressionando seu corpo contra minhas costas.

-Bom dia – disse ele, passando os braços à minha volta.

-Bom dia amor – respondi. Ele beijava meu pescoço e pressionava ainda mais seu corpo junto ao meu, impedindo que eu conseguisse me concentrar nos pratos, ou em qualquer outra coisa.

-Não começa Tom. Preparei um café especial pra nós, e não vamos fazer nada enquanto não comermos.

-Eu até poderia me concentrar no café, se você não estivesse vestida desse jeito – disse ele. Mostrei a língua, sorrindo.

-Pare de olhar para meu corpo então. – falei, dando de ombros.

-Você fala como se fosse fácil – disse ele, mal-humorado. Eu estava com uma lingerie e com a camisa dele por cima, mas eu usava isso toda hora. Talvez seja porque minhas marcas estejam sumindo incrivelmente rápido e meu corpo esteja ficando mais bonito assim.

Bom, que seja.

Como estava frio, passamos o resto do dia dentro da casa, assistindo filme, brincando e rindo muito. Ele, além de ser meu namorado, era meu amigo, e eu adorava isso. 

Comemos brigadeiro, fizemos guerra de travesseiro e jogamos videogame. Tudo estava perfeitamente bem, eu não poderia querer coisa melhor pra mim. 

E eu realmente não acreditava que tinha como melhorar. Mas acredite em mim, melhorou. Muito.


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Notas finais do capítulo

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