Dear Diary escrita por 483amanda


Capítulo 18
18 - O grande dia


Notas iniciais do capítulo

Taí povo, finalmente o casamento >< esse capitulo ficou meio tenso, mas eu gostei até kkk se cuidem, beijo s2



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Amanda’s Pov

Chegamos na festa de casamento e na mesma hora todos pararam de olhar para a Jennie, que estava fazendo seus agradecimentos e começaram a olhar para mim e para a Chris.

Ok, talvez eu tivesse exagerado um pouco na produção.

Ignorei o olhar dela me fuzilando e fui me sentar ao lado dos meus amigos. Todas as minhas amigas estavam simplesmente lindas, e seus namorados também. A Karol finalmente havia me apresentado seu novo namorado, e comecei a rir quando vi que ela estava namorando com o Ian. Bom, na verdade ela não me apresentou a ele, nos esbarramos mais ou menos sem querer, como sempre:

-Ai, toma cuidado – disse eu, me virando pra ver em quem tinha esbarrado em mim, e quando vi comecei a rir. – você de novo? Parece que só assim que nos encontramos, né? – ele riu e respondeu:

-Pois é, que coisa estranha. Ei, o que você está fazendo aqui?

-Esqueceu que aqui é minha terra natal, e que meus amigos moram aqui? E na verdade estou aqui pelo Tom... o casamento hoje é dele, então eu não queria vir, mas meio que não tive escolha – ele assentiu, entendendo o que eu quis dizer. – e você? O que faz por aqui?

-Eu estou namorando uma menina que foi convidada, não sei se você a conhece... O nome dela é Karol. – quando ele me contou quem estava namorando comecei a rir e fomos andando até nossa mesa. Eu estava muito animada, e eu achava que dessa vez nada podia estragar minha felicidade.

Ah, eu estava tão errada quanto a isso.

Dei os parabéns ao casal de pombinhos; ela me agradeceu com um sorriso homicida e ele me deu um longo abraço e disse que queria que eu fosse muito feliz independentemente de tudo, e murmurou desculpas baixinho pelo que tinha feito comigo, coisa da qual eu não esperava. Depois ele disse que eu estava muito linda e me puxou para uma dança, coisa que eu também não esperava. Dançamos uma musica mais calma, e enquanto girávamos pelo salão me virei em direção do Tom e dos meus amigos, que me olhavam chocados. Eles também não esperavam por essa reação.

No final da dança ele me olhou meio tristonho, me deu um beijo na testa e me deixou ir ao encontro do Tom, que me olhava com uma mistura de medo e ciúme.

-O que foi isso? – perguntou a Chris, ainda chocada.

-Nem eu sei direito – respondi, lançando um olhar significativo para a Chris, a Mel e a Karol. Resolvemos esquecer isso tudo, e a festa seguiu e estava tudo indo muito bem, até que quase no final da festa, Jennie pegou o microfone, subiu no palco e começou a falar:

-Boa noite gente, um pouco de atenção, por favor.  – disse ela, e todos olharam em sua direção. – fiz uma homenagem ao meu querido marido, e queria que vocês a vissem. – dizendo isso, ela sorriu em minha direção, um sorriso sarcástico e foi se afastando, enquanto começavam a passar um vídeo.

Começaram a passar algumas fotos da infância deles e da adolescência, com algumas legendas e musicas e fundo. A homenagem era muito bonitinha, bem típica de casamentos, até eu ouvir uma das ultimas musicas e congelar nos braços de Tom, que me olhou preocupado.

“Aquela era a nossa musica” pensei, e quando percebi, Joe olhava de mim para Jennie, chocado. Eu não sabia o que falar até que vi o ultimo tema, e em seguida umas fotos que me deixaram chocada.

“A despedida de solteiro é, para os homens, uma coisa triste, porque significa o fim de seus dias de curtição. Digamos que Joe aproveitou bastante a sua, tanto ele quanto seus amigos”. E depois começaram a aparecer fotos dele e de uns amigos em um bar de stripers, mas com isso eu não me importei; o que me deixou completamente triste foram as fotos do Tom.

Na primeira, havia uma mulher deitada por cima dele, com o rosto a centímetros do seu, enquanto ele segurava sua cintura com força. Em outras ele estava com um sorriso pervertido enquanto dançava com umas mulheres, passava a mão pelo corpo delas e elas beijavam e mordiam seu pescoço e seu rosto. Eu estava sem reação nos braços do Tom, e tanto ele quanto meus amigos me olhavam preocupados. Jennie me olhava triunfante, enquanto continuavam a passar aquele vídeo.

-Preciso ir ao banheiro – falei de repente, e saí correndo em direção ao mesmo, até que senti os braços de Tom à minha volta. – Tom, me solta. – falei, me recusando a olhar em seu rosto. Ele me soltou e fui andando até o banheiro, mas quando ia entrar Jennie se postou na minha frente e começou a falar:

-Viu? Nunca duvide quando eu digo que posso estragar sua vida. – ela sorria, triunfante – era só uma questão de tempo pra tudo acontecer de novo, você já devia imaginar. Não sei porque você insistiu em voltar, mas se eu fosse você, iria embora e dessa vez nunca mais voltava, e nem tentaria chegar perto do que é meu de novo, entendeu? – eu não consegui responder nada, eu estava triste demais para argumentar, então eu simplesmente disse:

-Sua vagabunda – e dei-lhe um tapa no rosto – nunca mais chegue perto de mim – falei, desistindo de ir ao banheiro e indo direto para fora. Cheguei lá, peguei o carro em que estávamos eu e Tom e fui para casa.

Cheguei em casa, me tranquei no quarto e comecei a chorar. Chorei por saudade da Kauane; chorei pela minha família, que eu sabia que nunca conseguiria voltar a falar como antes; chorei principalmente pelo meu coração, que agora se partia em milhões de pedaços e que eu tinha certeza que nunca mais voltaria a ser como antes.

Eu não aguentava mais tanta dor dentro de mim, e então uma ideia me veio à mente. Eu teria pouco tempo para fazer o que planejava, então saí correndo em direção ao meu pequeno baú e peguei duas coisas: meu diário e minha lamina, que eu ainda tinha desde a última vez que a havia usado.

“Querido diário,

Pra mim acabou. Eu não quero mais continuar aqui. Espero que a Chris me perdoe por fazer o que estou fazendo agora. Espero que todos me perdoem, principalmente o Bill, que sei que vai querer me matar se eu sobreviver a isso. A questão é que simplesmente não dá, eu perdi a coisa mais preciosa que tinha em questão de segundos, e pela segunda vez. Meu coração foi horrivelmente partido pela segunda vez, e não vou aguentar passar por tudo isso de novo. Eu não vou.

Eu sabia que não deveria ter voltado pra cá.

Não sei se vou voltar a escrever, então adeus, só por garantia.

-Amanda”

Fechei o diário, peguei meu celular e mandei a mesma mensagem para cada um dos meus amigos:

“Me desculpe por ter sido fraca. Só me perdoe caso eu não consiga resistir como da ultima vez, e nunca se esqueça do quanto eu amo você.”

Peguei a lamina, fui até o banheiro, liguei a banheira, tirei minhas roupas e entrei nela. Comecei a fazer pequenos cortes em minhas pernas, e fui subindo por minha barriga, meus braços e finalmente cheguei a meus pulsos. A banheira já estava vermelha e eu estava meio entorpecida, mas não liguei e fiz dois corte maiores e mais fortes em casa um de meus pulsos; depois esperei, ansiosa, para ficar inconsciente.

E, antes de chegar finalmente ao estado de inconsciência, me passaram pela mente o rosto de cada um dos meus amigos, e por ultimo o rosto do Tom. E então sorri em meio às lagrimas, feliz por seu rosto ser a ultima coisa da qual eu me lembraria.

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Narrador On

Depois da confusão da festa, Amanda saiu correndo, deixando pra trás todos os seus amigos aflitos. Enquanto a estava procurando, Chris encontrou Joe e sua nova esposa Jennie discutindo. Ela se escondeu atrás de um dos pilares e começou a filmar a discussão ao descobrir do que se tratava, pra depois poder mostrar à sua amiga.

Tom não conseguiu esperar e foi direto para fora à procura dela, mas quando percebeu que ela sumira e que o carro também não estava lá, sentiu um calafrio percorrer seu corpo. Ele se sentia tão mal por ter magoado-a daquele jeito, que tinha vontade de dar um soco em si mesmo. Tom sentou-se do lado de fora do salão e abaixou a cabeça, quando de repente Bill apareceu, completamente desesperado.

-Sai daqui Bill, eu não quero conversar com ninguém – murmurou Tom.

-Não, você vai me ouvir, e vai ser agora. – disse ele, sério – nós temos que ir pra casa.

-Por quê?

-Porque a Amanda corre risco de vida – ao ouvir isso, Tom levantou-se num instante e os dois correram para o carro, indo à toda velocidade em direção à casa dela.

Chegaram lá e subiram rapidamente as escadas, mas quando chegaram ao quarto, a porta estava trancada. Gritaram seu nome, mas ninguém atendia a porta, ou sequer dava algum sinal de vida. Bill começou a ficar com medo, e então ele olhou para o lado e viu Tom olhando a porta com determinação e um instante depois ele indo de encontro à mesma, arrombando-a. Os dois entraram no quarto e viram que o baú onde ela guardava o diário e as cartas estava aberto. Enquanto Bill lia seu diário, Tom foi à procura dela no banheiro, e quando entrou no banheiro imediatamente começou a chamar pelo irmão.

-O que foi, Tom? – disse Bill, exasperado, entrando no banheiro, e parando logo em seguida. A cena era simplesmente chocante.

Amanda estava deitada na banheira que estava completamente vermelha por causa de todo o sangue, com os braços completamente mutilados. Bill começou a gritar, chamando pelo nome dela e implorando para que ela não os deixasse, mas Tom apenas ficou quieto e a tirou da banheira ensanguentada.

Eles rapidamente rasgaram pedaços de pano e enrolaram em seu corpo, fazendo com que o sangue estancasse e a levaram de volta para o carro. Enquanto dirigia, Tom pensava em tudo que os dois haviam passado e ficou com medo. Acelerou mais o carro e logo eles estavam no hospital. Entraram e rapidamente ela foi levada à ala de emergência.

Enquanto esperavam pelo diagnostico no medico, os dois começaram a lembrar de tudo que haviam passado e do que ela havia feito por eles.

-Será que ela vai ficar bem? – perguntou Tom – eu estou com medo. –admitiu ele.

-Eu espero que sim, Tom. Precisamos esperar. – Bill o olhou com lagrimas nos olhos – eu também estou com medo. Ela não pode nos deixar. Eu preciso dela, Tom, eu... eu preciso da minha melhor amiga.

-Eu sei, eu também preciso dela. Eu a amo, a ultima coisa que eu queria era vê-la assim. Eu causei tudo isso. Eu a trouxe pra cá, por começo de historia. Ela não estaria correndo perigo de vida se eu não a fizesse vir pra cá. – Tom repetia isso, e ficava cada vez pior. “você prometeu”, ele a imaginava dizendo pra ele. “você me prometeu me proteger. Você prometeu que ficaria comigo quando eu precisasse. Porque não ficou?”.

Eles ficaram remoendo isso até que a Chris chegou, junto com duas das amigas dela. “Karol e Mel, acho que se chamam”, pensou Tom.

-O que aconteceu com ela? – perguntava a Chris. Como ninguém respondeu, na hora ela começou a chorar, logo depois sendo consolada pelo Bill. Isso deixava Tom pior ainda, porque seu irmão conseguira proteger a garota que ele amava. “Eu não consegui proteger aquela que amo. Sou um inútil” , pensava Tom.

-Isso não pode acontecer. Ah, por favor, eu faço qualquer coisa, mas não leve minha melhor amiga embora. Eu não posso ficar sem ela, por favor, não a leve embora – repetia Chris,para qualquer santidade ou coisa do tipo. Ela estava com medo de perder sua melhor amiga, e isso a assustava muito. Com suas preces sussurradas, aos poucos todos começaram a chorar baixinho, menos Tom.

Ele não queria chorar. Ele não iria chorar, simplesmente porque não havia necessidade; para ele, logo sua amada acordaria e ficaria bem, nem que isso custasse sua vida.

E se ela não acordasse, algo do qual ele se recusava a pensar, Tom jurou para si mesmo que ele daria um jeito de acabar com a própria vida, para enfim poder se juntar a ela.

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Já havia se passado uma semana, e nenhum sinal de melhora por parte dela. O medico tinha dado o diagnostico há alguns dias atrás, e suas palavras não saíam da mente de Tom de jeito nenhum.

“-Ela perdeu muito sangue, e seu estado não é bom. Ela tem chances de sobreviver, mas não garanto que isso seja certo.”

Ele não havia saído do hospital desde que ela entrou, e todos estavam preocupados com ele, em especial Bill, que o conhecia melhor que ninguém, mas ele não ligava. Tom não iria sair de perto dela, não até ela acordar. Tom se aproximou e acariciou seu rosto, grato de novo por estar sozinho com apenas com ela.

-Ah, amor, porque você fez isso? – sussurrava – você não sabe o quanto dói te ver assim e não poder fazer nada. Se você puder me ouvir, por favor, não me deixa. Fica comigo, por favor. – ele não conseguiu aguentar e começou a chorar de novo. “Ainda bem que eu estou sozinho”, pensava. Tom não queria que mais ninguém o visse chorar – por favor, não me deixa. Sei que errei, que fui um idiota, mas eu te amo, e preciso de você. O Bill precisa de você, e Chris precisa de você. Por favor, não nos deixe.

Ele estava cada vez mais abalado e mais aflito. Tom queria ouvir a voz dela, nem que pelo menos uma ultima vez. Queria senti-la em seus braços novamente, e saber que talvez isso nunca mais acontecesse fez com que uma dor enorme crescesse em seu peito.

E enquanto ele murmurava coisas sem sentido e chorava, Amanda deixou cair uma única lagrima, imperceptível, mas que significaria muito no futuro


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Notas finais do capítulo

Não me matem, e não esqueçam meus reviews u.u



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