German Hotel escrita por Halina, Abublé


Capítulo 1
Que zumbis devorem a minha família!


Notas iniciais do capítulo

Bom, espero que você, Srta.Isabela, tenha se dado ao trabalho de vir olhar se eu postei a história. Porque não está sendo fácil, já que estou no meio do mato. Feliz aniversário, novamente. Amo você!



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Capítulo 1 Que zumbis devorem a minha família!

  O que o Alien Pai diria sobre aquilo? 

  Provavelmente que eu iria morrer, mas não era como se eu ligasse para isso. Qualquer coisa era melhor do que passar um mês inteiro ouvindo a minha avó contar pela milésima vez como eu caí da bicicleta e quebrei a perna quando tinha oito anos. 

  E eu ainda tinha esperança de que mamãe, quando visse o que eu fiz, dissesse que meu castigo seria ficar no Brasil e perder a grande viagem de férias. 

  Sorri diabolicamente para o monte de coisas inúteis que ocupava todo o porta-malas do carro. Eu havia certamente estourado o nosso limite de bagagem, tinha até uma poltrona ali no meio. 

— O. Que. É. Isso? — Bia se aproximou, segurando suas duas malas cor-de-rosa, e parou ao meu lado. — Por que você pode levar tudo isso e eu não? — fez um biquinho engraçado. — Poxa! A mamãe fez vista grossa nas minhas malas e você pode até levar uma poltrona. 

— Eu não posso, criatura! 

— Ué, então por que... ? 

— Acompanhe o raciocínio, cara Bia — falei, fazendo a pose de irmã mais velha que eu usava para mostrar para a Beatriz quem tinha os genes de inteligência da família. — Mamãe vai ficar chocada quando ver todos esses bregueços. Papai vai ficar fulo da vida por eu estar parecendo uma garotinha fútil da cidade. Você vai fazer um showzinho básico sobre como eu tenho o direito de levar tanta coisa sendo que você não pode, te recompenso depois. E euzinha vou ficar de castigo sem poder, ai que pena, ir para a Alemanha. 

— Haha. Como você é genial, Isabela! — não gostei nada da ironia na voz dela. Claro que eu era genial! — Não passou pela sua cabeça que, talvez, a mamãe apenas te faça voltar com isso tudo para dentro?

— Nah! Ela não vai fazer isso — fingi indiferença.

  Merda. Merda. Merda. 

  Por Hagen! Eu teria que arrumar um jeito de tirar aquilo tudo do porta-malas antes que minha mãe e meu pai aparecessem por ali. 

— Bia, me ajuda aqui com isso! — exclamei, já correndo em direção ao carro e puxando a poltrona. 

— Sem chances! — ela riu da minha cara. — Ainda existe a possibilidade de você ficar mesmo de castigo sem poder ir para a Alemanha. Não seria uma coisa negativa para mim. 

  Então a ingrata da minha irmã mais nova simplesmente deu meia volta e entrou na nossa casa. 

  Eu continuei desesperadamente tentando pegar a poltrona, que tinha ficado presa no meio de tanta bugiganga. Só naquele momento tomei consciência da variedade de castigos que existia no mundo. Castigos como me deixar sem computador, sem MP4, sem chocolate ou, o pior de todos, sem meus CDs de Tokio Hotel. 

  Eu não podia correr aquele risco. 

  Finalmente consegui desentalar a poltrona e, tirando forças de sabe se lá onde, a carreguei para seu devido lugar, no canto do meu quarto. Voltei correndo para a garagem e fui tirando as outras coisas do porta-malas. Em menos de quinze minutos, haviam restado quatro malas, que era a minha bagagem original. 

  Secando o suor da testa com as costas das mãos, me sentei no chão para bolar um novo plano infalível que fizesse com que meus pais mudassem de ideia a respeito de eu ter que ir com eles para a Alemanha. 

  Não que eu tivesse problemas com a Alemanha. Eu tinha as minhas controvérsias sobre o país, sim, ao mesmo tempo que achava as coisas meio frias demais por lá também ficava fascinada pela ideia de algum dia visitar a terra natal dos meus ídolos. Contudo, o meu problema era com o fato disso ser uma viagem de família. 

  Eu já devia estar acostumada com aqueles fiascos de viagem que meus pais insistiam de realizar. A minha vida inteira foi recheada por acampamentos malucos, hotéis caindo aos pedaços, histórias constrangedoras da vovó, Bia torrando minha paciência, mamãe me fazendo passar vergonha com suas insanidades zen, papai me metendo em confusões com os amigos pirados dele e, em resumo, minha família colocando minha dignidade no fundo do poço. Isso porque, para os Machinsky, “viajar” era uma variação de “torturar a Isabela”. Tínhamos que fazer isso sempre nas férias do meio do ano, o que me fazia ficar super por fora dos acontecimentos do meu país nesse período. 

  Ta, eu estava pouco me lixando para os acontecimentos do meu país. 

  Só que era bem chato ficar de fora das festinhas e passeios que a galera organizava e depois boiar nas conversas divertidas sobre as férias. Tudo o que eu tinha a relatar quando me perguntavam sobre a minha viagem era: merda total. 

  Suspirei profundamente, aposto que minha mãe teria um treco se chegasse perto de mim e sentisse toda aquela energia negativa. 

  O pior é que eu já havia tentado de tudo para evitar passar as férias com a minha família. Afinal, eu tinha dezoito anos de prática no assunto. Sabia muito bem que não adiantava me fingir de doente, porque minha mãe apenas me faria engolir alguma erva amarga e diria que tudo ficaria bem. Uma vez torci o tornozelo de propósito, mas papai apenas colocou gelo no machucado e me rebocou para o avião (e eu ainda tive que aturar um mês inteiro morrendo de dor). Não adiantava fazer greve de fome, não adiantava insultar a minha tia Suzana, não adiantava me trancar no quarto, não adiantava fugir para a casa do visinho, não adiantava gritar, chorar, implorar ou ameaçar matar sua irmã mais nova com uma AK45. 

  Eu realmente não tinha escolha. 

  Bom, o Alien Pai que rezasse por mim e, fosse o que fosse, eu ainda podia passar o tempo todo ouvindo musica e ignorando o mundo.

— CONVOCAÇÃO DA FAMÍLIA NA SALA! — ouvi meu pai gritar de dentro da casa e me levantei a contra-gosto. 

  Entrei na sala ao mesmo tempo que Bia, ela tinha uma expressão de quem achava aquilo uma completa birutice e imaginei que eu estava com a mesma cara. Sério, só o meu pai mesmo para fazer convocações de família. 

— Atenção, crianças — papai bateu com uma colher duas vezes em um copo que segurava. Totalmente desnecessário. — Essa é uma viagem muito importante porque, como sabem, é o país natal dos seus avós. 

— Ué, não era a Rússia? — Bia perguntou. 

— Da Rússia são os tataravós, estúpida, os nossos avós são da Alemanha — eu informei a ela. — Sério, Bia, por que você acha que agente fala alemão sempre que vai à casa deles? 

— Ah...

— Continuando — papai pareceu meio irritado com a interrupção. — Não é a primeira vez que vamos à Alemanha e vocês já conhecem as regras. Mas não faz mal relembrar... 

  Qual é? Eu já tinha decorado as vinte e seis regras. Na primeira vez que fomos à Alemanha eu tinha sete anos, na segunda dez, na terceira quinze e aquela seria a quarta. De modo que desliguei a minha mente do que era discutido na sala e só voltei a ligar quando mamãe disse:

— Hora do incenso!

  Sério, existia mesmo uma hora do incenso na nossa casa. Basicamente todos os dias. 

  Eu e Bia ficamos paradas enquanto nossa mãe dava voltas ao nosso redor, segurando um incenso de sabe-se-lá-que-tipo-de-mato. Eu tossi repetidas vezes por causa da fumaça com cheiro estranho e quase arranquei os meus pulmões de felicidade quando chegou a hora de partir. 

  A felicidade durou pouco, mas ainda tive vontade de arrancar os pulmões (só para morrer mesmo) quando me acomodei no banco de trás do carro. 

  Foi um longo trajeto até o aeroporto. Mamãe ainda estava com o seu incenso e, como consequência, ficamos todos mergulhados na fumaça aromática. Papai que, só para constar, estava levando apenas uma mochila como bagagem, repreendeu a mim e à Bia por levarmos tantas coisas desnecessárias. Minha mãe não perdeu a oportunidade de reclamar da falta de sorte que teve, gerando duas filhas tão apegadas às coisas materiais. 

  Ah, se eles tivessem visto a cena que preparei com poltrona!

  E claro que a viagem foi longa porque tivemos que voltar para casa três vezes, para buscar alguma coisa que alguém tinha tido a cara de pau de esquecer. Qual é! Nem arrumar as malas direitinho eles conseguiam!

  Tudo bem, digamos que possa ter havido um momento, não me recordo muito bem, que eu, com a minha digníssima memória, tenha esquecido alguma coisinha básica que nos obrigou a dar meia volta uma quarta vez... O quão básico pode ser esquecer uma mala inteira? 

  O resultado final foi quatro pessoas sem noção do ridículo correndo desembestados pelo aeroporto para não perder o vôo. Eu ficava toda hora tentando manter todas as minhas coisas no meu carrinho de bagagem, rezando para que não houvesse ninguém que pudesse me reconhecer por ali. 

  Quando finalmente me vi caminhando pelo corredor seguro do avião, murmurei baixinho meus agradecimentos ao meu ídolo/magnânimo/vocalista seduction: 

— Ó, Alien Pai, obrigada por não ter me deixado cair e rolar nessa minha trajetória. 

  Fechei os olhos, abrindo a boca para começar a cantar By Your Side, só para reforçar minha gratidão. Foi aí que algum engraçadinho colocou o pé na minha frente e me vi indo de cara com o chão. 

— Esquece o agradecimento, Alien Pai, vai à merda! 

— O que você disse, meu bem? — ouvi uma voz. 

  Primeiro achei que era o Alien Pai tentando entrar em contato comigo por telepatia, o que fez com que eu imediatamente me arrependesse de quase ter mandado ele ir a um lugar tão feio. Então me dei conta que o dono da voz era um aeromoço (é assim mesmo o masculino de aeromoça?). 

— Está tudo bem? — ele perguntou gentilmente, quando me viu torcer o pescoço para encará-lo. 

  Voltei a virar a minha cara no chão e levantei o polegar, fazendo sinal de joinha. Reuni o resto da minha dignidade que, segundo minhas amigas, nunca esteve realmente inteira, e levantei. Me apoiei nas poltronas para ficar de pé e, assim que o fiz, tratei de seguir meus pais e a minha irmã rumo ao nosso lugar. 

  Eles nem sequer notaram que eu havia acabado de pagar o maior mico!

  Fechei a cara, enquanto afundava a bunda no meu assento confortável e colocava os fones de ouvido. 

  Uma invasão zumbi seria legal naquele momento, só para levantar um pouquinho o meu astral. 

~*~

  Massageando as costas e bocejando de um modo que quase rasgou a minha cara, desci do avião. Com preguiça e com a minha mente ainda parcialmente mergulhada no sono do qual fui arrancada brutalmente pela minha irmã que repetia “Chegamos, Isa! Chegamos! Chegamos! Chegamos!” freneticamente, como se eu não tivesse entendido da primeira vez, resolvi deixar o trabalho de pegar minhas bagagens com meus pais. 

  Caminhei em direção aos bancos de espera quando, eis que vejo a cena com a qual já deveria ter me acostumado, mas que ainda me fazia querer enfiar a cabeça em um moedor de carne e ligar. 

  Duas tias minhas seguravam os lados opostos de um enorme cartaz no qual se lia “Família Machinky.”. Três primos meus foram obrigados a chacoalhar pompons de cores fluorescentes e vovó e vovô sorriam de expectativa, enquanto cantavam o hino da Alemanha. O resto de primos e tios apenas estavam lá para dar ênfase no tamanho da família, já que não prestavam nem para chacoalhar seus pompons. 

  Quer saber? Vou lá pegar minha bagagem! 

~*~

  Empoleirada no porta-malas, junto com toda a bagagem e duas crianças de seis anos, eu me empenhava na tarefa de não me jogar pela janela do jipe. Meu tio Gregor estava no volante, tia Amanda no banco do passageiro e papai, mamãe, Bia e a gaiola da iguana da família dividiam o banco de trás. Claro que eu fui a escolhida para ser despachada para o porta-malas. 

  Antonio estourou uma bolha de chiclete, bem próximo do meu rosto. 

— Se grudar chiclete no meu cabelo, te cozinho e te faço de janta, pirralho — ameacei. 

— Ô, manhê! A Isabela disse que vai me cozinhar! 

  Como não tinham colocado cobertura no porta-malas, pensando pelo menos em nos deixar respirar, era fácil manter contato com a classe superior da hierarquia familiar, que estava muito bem acomodada nos assentos. 

— Isa, pega leve por favor — tia Amanda pediu e minha mãe reforçou:

— Paz e amor, minha filha, quero você esbanjando energia positiva. 

  Revirei os olhos, fazendo uma careta de desgosto e mostrei a língua para o pestinha. Ele sorriu diabolicamente e estourou outra bolha de chiclete. Em seguida fez uma careta estranha que eu conhecia bem. Ele tinha engolido o chiclete. Bem feito! 

— Haha. Vai grudar seus órgãos — sussurrei maldosamente. 

  Antonio, como todo pestinha de seis anos, tratou de abrir o berreiro e aproveitou para dar o fora do porta-malas, indo sentar no colo da mãe dele. Espertinho. 

  Ótimo. Pensei satisfeita. Sobra mais espaço pra mim. 

  Estiquei a perna, tirando vantagem da brecha que o garoto tinha deixado, e encostei as costas em uma das malas, tentando ao máximo ficar confortável. 

— O queee aconteceeeeeu com o seeeeu cabeeeeelo? — Antonia, a gêmea de Antonio, me perguntou, prolongando o som dos “E”s como sempre fazia quando estava fascinada com alguma coisa besta. 

  Demorei um pouco para me assimilar o som das palavras e entender o que ela tinha falado. 

— Pintei — respondi simplesmente. 

— Uau! E sua mãeee deeeixou? 

— Não — ri, me lembrando do piripaque que ela teve quando me viu pela primeira vez com as pontas do cabelo castanho tingidas de roxo. 

— Pinta o meu? — sorriu com expectativa, já não mais surpresa, de modo que eu conseguia entender a melhor o que dizia. 

  Sorri de volta, cheia da malandragem, imaginando a minha tia fula da vida por eu ter feito isso com a criança. Não, a família inteira ia ficar de cara comigo. Quem sabe eles não me despachassem para o Brasil e eu pudesse ir na festa de aniversário do carinha que eu gostava? 

— Pode deixar — eu disse pisquei para ela. — Mas não hoje porque a cambada não vai nos deixar sozinhas. 

— Ta! — ela ficou feliz da vida, que gracinha. 

  Antonia era bem mais tolerável que o irmão dela. Eu até tinha parado de fazer piada com o negócio de eles se chamarem Antonia e Antonio. Pelo menos na frente da menina, porque ela ficava toda emocional, falando para a minha tia mudar o nome dela para Alice no País das Maravilhas. Mesmo quando eu explicava que a personagem se chamava só Alice e ela não podia usar o nome porque ele já estava reservado para a minha filha com o meu baixista favorito e futuro marido, Georg Listing. 

~*~

— Aaaaaaah! 

— Aaaaaaah! 

— Aaaaaaah!

— Aaaaaaah!

— Parem com a gritaria, vocês duas! — vovó gritou da sala. 

  Eu e Julia paramos de gritar, mas continuamos dando pulinhos histéricos enquanto nos abraçávamos. 

  Como eu tinha sentido saudades da minha prima!  

  Não era nada legal frequentar uma faculdade em um estado diferente do dela, de modo que só nos encontrávamos em eventos e viagens de família. Julia era um ano mais nova que eu, mas ainda era a pessoa mais sã da bagaça que eram os Machinsky. Ela não era a única prima com a idade próxima a minha, havia Marina. Mas Marina não era nada sã, vivia com o rosto entupido de maquiagem e ficava trocando SMS com um namorado diferente cada vez que eu a via.

  Na minha família, se você quiser manter sua sanidade em um nível saudável, tem que manter distância de algumas pessoas e se aliar a outras. Julia era minha aliada, a única no momento. Estávamos pensando em recrutar Antonia para o time antes que fosse tarde demais e ela absorvesse a loucura dos nossos parentes. 

— Por que não foi com o pessoal nos buscar no aeroporto, sua ingrata? — ralhei com ela. — Eu sempre vou quando chego na casa da vovó primeiro que você! — fiz bico. 

— Eu sei, pequena Isa, olha que eu até estava arrumada toda sexy para ir te buscar... Mas aí a tia Suzana aparecendo falando alguma coisa sobre balançar pompons e eu fingi que estava morrendo de cólica. 

— Cara-de-pau! 

— Obrigada, aprendi contigo. 

— Me ajuda a descarregar minhas malas? — fiz cara de cachorro sem dono, porque eu odiava carregar malas e as minhas não eram poucas e nem leves. 

— Claro. Só vou no banheiro rapidinho — ela deu um sorriso amarelo.

— Você não vai sair do banheiro até eu terminar de levar minhas malas para o quarto, não é? 

— Isa esperta!

— Vaca. 

  Fui pegar as minhas malas, assim como Julia, o resto da família inventou uma desculpa para não me ajudar. Bem, na verdade a maioria falou na minha cara mesmo que nem a pau iriam me ajudar porque eu sempre levava muitas coisas. Sério, quanta preguiça! Solidariedade nessa família é lenda. 

  Tudo bem, se fosse outra pessoa pedindo ajuda eu provavelmente diria que tinha tendinite aguda. 

  Mais ou menos trinta minutos depois eu terminei de colocar as minhas coisas no quarto que ia ficar. Minha família inteira tinha se instalado em um hotel, porque assim nós podíamos “interagir” uns com os outros. Geralmente costumávamos alugar alguma cosa, mas vovó disse que havia conseguido um bom desconto por conta da quantidade de gente que iria ser hospedada de uma vez. 

  Eu acabei ficando no mesmo quarto que minha irmã, Julia, a pequena Antonia e tia Suzana. Não seria tão ruim se não fosse pela minha tia no meio, mas nós podíamos dopá-la caso ela mencionasse pompons outra vez ou algo do tipo. 

  No geral, eu até gostei do hotel. A área de lazer era enorme, havia uma pracinha, piscina, um campinho de futebol e o que eu julguei ser um parque de caminhada. Só esperava que isso distraísse o meu pai nos primeiros dias e ele não arriscasse a minha vida até eu terminar de me instalar. 

  Na minha primeira noite, resolvi começar a lista de coisas que eu colocaria na minha mala vazia, que estava ali só para ser lotada com coisas aparentemente inúteis que eu guardaria no fundo do armário quando chegasse em casa. De qualquer modo, nada era inútil a primeira vista. 

  

Lista de preenchimento da Mala Vazia. 

Propriedade de Isabela Machinsky. 

1. Sabonetinhos bonitinhos fornecidos pelo o hotel. 


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos que se deram ao trabalho de ler. Se você aguentou chegar até aqui, deixa um review e faz essa autora carente feliz.
Bjs,
Hali.